quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Quaest Genial

 🇧🇷 *Felipe Nunes comenta Genial/Quaest*


1/ Aprovação ao governo interrompe tendência de alta e fica estável neste mês - aprovação vai de 48% para 47% - e a desaprovação sai de 49% para 50%. 


2/ As taxas de avaliação do governo registraram piora no último mês: saldo da avaliação foi de -4 (37% - 33%) para -7 (38% - 31%). O regular ficou em 28%.


3/ A estabilidade é explicada por fatores que se anulam: de um lado, alívio no bolso. Caiu de 88% para 58% a parcela que reclama da alta dos alimentos no supermercado.


4/ E uma impressão positiva do encontro que Lula teve com Trump na Malásia: 45% afirmam que o Presidente saiu mais forte, enquanto 30% afirmam que ele saiu mais fraco.


5/ De outro, as falas de Lula sobre a operação no Rio repercutiram mal. No país, 81% discordaram da declaração sugerindo que traficantes seriam “vítimas dos usuários” — proporção semelhante à vista no RJ há uma semana.


6/ O posicionamento teve efeito negativo porque 51% acreditam que essa é uma opinião sincera do presidente, mesmo após a justificativa apresentada pela Presidência; 39% veem como mal entendido.


7/ Além disso, 57% discordam da tese defendida pelo presidente Lula de que a operação no Rio foi “desastrosa” do ponto de vista da atuação do Estado.


8/ Sobre a operação, a aprovação nacional supera a do RJ: 67% aprovam e 25% desaprovam a ação policial nos complexos do Alemão e da Penha.


9/ E 67% dizem que não houve exagero por parte da polícia; 29% veem excesso na força empregada.


10/ Se o tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente. Foi justamente nesse grupo que a tendência de melhora se inverteu.


11/ É inegável que a preocupação com a violência escalou e pautou o debate nas últimas semanas, atraindo atenção e olhares para o tema.


12/ Mas isso não quer dizer que a população queira ver operações como a que aconteceu no RJ em seu estado: 42% apenas defendem ações policiais nesse formato em seus estados.


13/ Os maiores animados em ver outras operações policiais como a que vimos no RJ é a direita não bolsonarista (62%); os maiores opositores às operações são parte da esquerda não lulista (23%).


14/ Mas por que mesmo sendo aprovada, a população não deseja ver operações acontecendo em todo o território nacional? Porque no RJ as operações se justificam. Lá, a violência é maior do que nos outros estados.


15/ Mas quais as saídas? A maior parte deseja leis mais rígidas, penas maiores, uma justiça que deixa criminosos presos e ações duras contra facções. Mais edução, oportunidades e medidas sociais aparecem com apenas 27% das indicações.


16/ De todas as medidas discutidas pelo Congresso, armar a população e liberar a legislação estadual para que cada estado faça sua própria lei são as que tem menor apelo popular. Aumentar a pena de homicídio e retirar o direito de visita íntima tem mais apoio.


17/ Outra proposta com viabilidade popular é a classificação das organizações criminosas em terroristas. Chama muita atenção que o resultado observado no Rio replica o resultado nacional.


18/ A pesquisa investigou ainda o consorcio de governadores da direita. Na avaliação dos brasileiros, Claudio Castro é quem se sai melhor até aqui (24%), seguido de Tarcísio (13%) e Caiado (11%).


https://x.com/profFelipeNunes/status/1988548642706256354

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