sábado, 27 de setembro de 2014

Não é panacéia, mas ajuda

Ótimo debate no Conta Corrente Especial de Sábado sobre Independência do BACEN. Marcio Garcia, da PUC, deu um nó analítico e teórico, com argumentos bem embasados e consistentes, no Fernando Nogueira, da UNICAMP, q só gaguejou....Realmente, foi um banho !! 

O economista da UNICAMP chegou ao cúmulo de achar q não havendo "harmonia" na equipe econômica (realmente, não há nenhuma !!) é mais do q natural q o BACEN não tenha autonomia....Tá bom, então vamos aceitar q a inflação estoure a meta, vá para mais de 6,5%...q o descontrole fiscal seja norma, q o governo cometa todas as barbaridades possíveis e o BACEN contribua para esta desmoralização...realmente...A atuação do BACEN no combate a inflação não existe "copo meio cheio, ou meio vazio"...não existe meio termo, nem relaxamento...ou se combate a inflação com seriedade ou não se combate...

Além do mais, a diretoria do BACEN tem q ter autonomia de atuação sim....tem q ter unidade de discurso e os seus mandatos devem ser fixos e suas nomeações não podem coincidir com os mandatários do poder executivo...

O objetivo primordial do BACEN é "preservar o poder de compra da moeda e fiscalizar o sistema bancário", evitando o risco sistêmico. Não dá para ficar "negociando" com os políticos e a Fazenda...se a Fazenda só faz bobagem..é e expansionista nos seus gastos, o q o BACEN deve fazer?? Para ancorar as expectativas e manter a credibilidade dos agentes, deve ir na direção contrária e endurecer na Política Monetária...foi o q fazia o Meirelles na época do Lula, com sua anuência!! A cada medida parafiscal, cada estímulo do BNDES aos bancos públicos, mais o BACEN se tornava prudente e endurecia na PM! 

O q eu observo neste debate é q enquanto a turma que defende o BCI coloca este diagnóstico de um BACEN mais independente às ingerências externas que afetem sua atuação como algo definitivo, fruto do amadurecimento institucional e econômico do país (afinal são 27 países adotando BCI com bons resultados...não dá para negar !!), a turma da "politização das decisões econômicas" fica enrolando...com uma retórica frágil, com argumentos tolos e muita política (muito papo furado!!)....

A verdade é q qdo não se tem argumentos, resvala-se para subterfúgios, para a apelação, retórica política...E é isto q eles fazem...De um lado Marcio Garcia consistente, tranquilo...do outro, este senhor da UNICAMP  totalmente perdido...

O problema é q como a gerentona defendeu o BACEN "subordinado" às decisões do governo, a turma da UNICAMP acabou se vendo numa sinuca. Uma pobreza os argumentos deles...a impressão é q estes caras inventam as maiores heterodoxias só para ir contra a corrente....só para ser oposição, contra é consagrado em todos os países maduros democraticamente e institucionalmente....realmente, peçam para sair!!

Uma FIESP mais pragmática

O próximo ano será marcado por “uma crise brava”, com novas interrupções na produção industrial e desemprego elevado, avalia o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch. Para o empresário, o assunto estará na pauta dos candidatos à Presidência no segundo turno. A entidade estima que, apenas neste ano, cem mil trabalhadores deverão ser dispensados na indústria paulista. Até agosto, 31,5 mil vagas já tinham sido cortadas no estado de São Paulo, no pior resultado dos últimos cinco anos.

The Economist

A revista The Economist diz que a corrupção e o fim do ciclo das commodities abrem espaço para o fortalecimento dos partidos de centro-direita na América do Sul. Mas isso só acontecerá se partidos souberem se "adaptar à nova realidade". "Isso significa convencer eleitores de que eles vão governar para todos e não apenas para os gatos gordos". No Brasil, porém, o PSDB não deve "surfar nessa onda" e ficarão de fora do segundo turno, que será, infelizmente, entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).

Qual é a saída para o País ??

Começo a achar o Aeroporto Internacional do Galeão uma boa saída...

Futuro das gestoras

A exigência de capital mínimo para gestoras de investimentos que está sendo estudada pela CVM pode contribuir para uma consolidação do setor, com possíveis fusões e até o fechamento de algumas assets. Embora a sugestão tenha um caráter regulatório, isto pode ser uma maneira da autarquia controlar de forma mais eficiente um número menor de gestoras de recursos.  De acordo com a Anbima, o ranking de gestão de fundos de investimentos até julho é composto por 506 instituições, que juntas têm um patrimônio líquido de R$ 2,4 trilhões. Deste total, cerca da metade está concentrada em apenas cinco gestoras. 

Stuhlberger

Após destacar, por meses, que o mercado estava "votando e não investindo", o Fundo Verde, um dos maiores hedge funds do mundo, destacou a "virada nas eleições" após o "black swan", com a morte do candidato Eduardo Campos (PSB) em um trágico acidente aéreo e a entrada de Marina Silva na disputa.

Se antes o gestor do fundo, Stuhlberger, apontava que Dilma Rousseff (PT) deveria vencer as eleições, mesmo em um páreo mais difícil, enquanto o mercado apontava que não é essa era a justificativa para o mau desempenho do fundo, este foi o "momento da virada". 

Em carta comentando o desempenho do fundo em agosto, mês em que o fundo rendeu 1,76% negativo, Stuhlberger estava vendo uma chance de oposição vença, através de Marina Silva. "Vemos uma possibilidade de 70% de Marina ganhar as eleições e, com isso, herdar um quadro econômico e social muito complicado e sem uma ampla base no Congresso que lhe garanta governabilidade". 

Schwartsman

Não importa quem vai ganhar as eleições presidenciais de 2014: "o próximo ano, 2015, será muito difícil devido aos ajustes que devem ser feitos para que a economia brasileira volte a crescer". Esta é a avaliação do economista Alexandre Schwartsman, que destaca: "a perspectiva ruim não é algo temporário". 

Deus te ouça Maílson, Deus te ouça

Maílson da Nóbrega acha que a vitória de Marina Silva nas eleições de outubro seria "o cenário mais favorável para o País". Ele chegou a sugerir o nome de Armínio Fraga para o Ministério da Fazenda da candidata. Maílson defende que a eleição de Marina levaria ao "retorno da gestão macroeconômica responsável". Ao afirmar que "tudo indica que o ciclo do PT no poder está chegando ao fim".
Ele argumentou que, na democracia, dificilmente um grupo fica no poder por um longo período. "O PT sairá do poder por processo natural de desgastes. Se não sair agora, sairá em 2018", disse, acrescentando que o eleitor do tucano Aécio Neves tende a apoiar Marina Silva no segundo turno.

Situação patética.

Por uma hora, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, assinou atos como chefe do Executivo, substituindo constitucionalmente a presidente Dilma Rousseff, em viagem aos Estados Unidos para a 69ª Assembleia Geral da ONU; ele acumulou os cargos até o início da noite de quarta-feira 23, quando o avião de Dilma entrou no território nacional; ele foi o 5º presidente do Supremo a assumir a Presidência da República. Realmente...

Estratégia errada

Uma PESQUISA de uma agência de propaganda paulista que acompanha a eleição com lupa, nos últimos dez dias, afirmou que os ataques sofridos por Marina Silva no horário eleitoral  foram desferidos mais pela campanha de Aécio Neves do que por Dilma Rousseff. Em números, 60% das bordoadas que Marina toma foram dadas por Aécio e o resto por Dilma. Com isto, só Dilma se fortaleceu. Chegaremos ao segundo turno com Marina desgastada, Dilma fortalecida e Aécio fora...Além disto, o arco de alianças do PSDB não deve desembarcar em peso na campanha da Marina, havendo até quadros que devem votar na Dilma. É o velho racha da oposição dando sua inestimável contribuição para a manutenção do PT no poder. 

Quadro definido em primeiro turno

Especialistas das pesquisas eleitorais, apontam o quadro eleitoral já definido. Seria Dilma Rousseff em torno de 38% a 40% das intenções de votoseguida por Marina Silva (PSB), com 30%. Aécio pode até reagir um pouco mas não deve alterar este quadro. Marina pode manter o recente movimento de queda lenta e consistente, diminuindo a distância em relação a Aécio Neves (PSDB), que havia subido de 15% para 19% e manteve o mesmo patamar nas últimas pesquisas, mas isso não deve ameaçar a ida da ex-ministra ao segundo turno. No segundo turno aguardemos como deve se comportar o PSDB no apoio "velado" a Marina e o tempo de TV e rádio, igual para ambas as candidatas. 

PREVI

A Previ prepara uma limpeza na sua carteira de renda variável. A princípio, deve atingir empresas como a Kepler Weber.

Fundo Sequoia

O fundo de venture capital americano Sequoia, um dos mais tradicionais do Vale do Silício, vai anunciar seu primeiro investimento no Brasil. O fundo vai liderar o aporte de US$ 14,3 milhões na Nubank, empresa brasileira de cartões de crédito que tem uma operação totalmente online e promete taxas de juro mais baixas do que a concorrência. A Kaszek Ventures e o bilionário americano Nicolas Berggruen também colocaram dinheiro no projeto. O cartão estreia com taxa de juro de 7,75% ao mês.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...