terça-feira, 23 de maio de 2017

Lula e Renato Duque em 2012: longa amizade

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Há dois cenários para o Brasil hoje: um ruim e outro péssimo, diz Figueiredo

Ex-diretor do BACEN entre 1999 e 2003, Luiz Fernando Figueiredo, enxerga apenas dois cenários: o ruim, porém otimista, que seria a aprovação da reforma com vários meses de atraso; ou o pessimista, onde não teremos nenhuma reforma e tudo vai ficar para 2018. Você concorda que ambos cenários apontam para um prêmio de risco maior exigido pelo mercado, certo? Pois é, este é o cenário: estávamos a beira de criar um equilíbrio fiscal e agora tudo ficou mais distante. O ponto central é que os dois cenários mais prováveis carregam uma dose extra de risco. "Na economia, teremos uma parada súbita relevante de atividade. Pode ser temporária caso a situação política seja resolvida rapidamente, mas pode não ser. Não dá pra cravar, a única coisa que sabemos é que está “contratado” um nível de contração da economia. Contudo, não vemos um processo inflacionário acompanhado disso: hoje o impacto cambial na inflação é baixo e com a economia tão ociosa o efeito será menor ainda. Podemos ter um impacto no curto prazo pela alta do dólar mas estruturalmente o efeito é baixo.
Por isso não acho que o mercado mudará a opinião sobre a velocidade de cortes de juros do Banco Central no curto prazo [na última reunião, o corte foi de 100 pontos-base; próxima reunião será em 31 de maio], mas aquela percepção de Selic abaixo de 8% até o final do ano está bem mais difícil. Agora é esperar: vamos viver no curto prazo aos dissabores dessas notícias. Ativos no Brasil vão andar em cima disso, com um prêmio de risco mais caro e contando com a “retração” dos investidores". "Não estamos acrescentando risco, estamos na verdade reduzindo risco. Para aquele investidor de longuíssimo prazo, pode ser sim uma oportunidade [de comprar ações], olhando com cautela e para empresas de qualidade. Hoje elas estão bem precificadas para um ambiente turbulento, mas no longo prazo, diante de um cenário mais controlável, elas estão baratas".

CVM abre investigação de gestora JGP

A CVM acaba de abrir uma investigação (de número 19.957.00.4665)para apurar se a gestora JGP teve informação privilegiada sobre a delação da JBS. O desempenho positivo de três de seus fundos multimercados contrastou com a queda generalizada do mercado na quinta-feira. Na semana passada, a CVM já abrira processos para investigar a JBS por manipulação do mercado.

Fim do sigilo das operações do BNDES

Lasier Martins protocolou requerimento de urgência para votação de um projeto dele que prevê o fim do sigilo das operações do BNDES. O pedido poderá ser votado em breve no plenário do Senado.

CRISE POLÍTICA E AS AGÊNCIAS

Continuamos monitorando a crise eclodida na quarta-feira passada, com a delação de Joesley Batista, da JBS, atingindo de morte o governo Temer. Ele segue resistindo, negando que estas gravações tivessem conteúdo suficiente para justificar sua saída, mas crescem rumores sobre a sua saída e possíveis alternativas.

Já se comentou sobre FHC, Henrique Meirelles e até pela manutenção de Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara, até as eleições de 2018. Outro nome ventilado nesta terça-feira foi Tasso Jereissati, presidente do PSDB. Com bom trânsito, experiente e sem nada que o desabone, Tasso seria uma boa opção, mas sem Henrique Meirelles como Ministro da Fazenda. Seu ministro preferido seria Armínio Fraga, sempre especulado para governos do PSDB.

A verdade é que, havendo uma eleição indireta, é extremamente difícil encontrar alguém com a credibilidade suficiente no Congresso Nacional para tocar as reformas e conduzir o Brasil bem até as eleições de 2018.

Em paralelo, as agências de rating, diante da crise política atual, já começam a reavaliar o risco soberano do País. Segundo a Standard and Poor’s “se as alegações contra Temer se confirmarem, a capacidade dele permanecer no governo de maneira eficaz ficará insustentável”. Neste quadro, esta agência colocou o rating BB do País em revisão para um possível rebaixamento num prazo de 90 dias.


Na semana passada a Fitch manteve em BB os rating de longo prazo do País e em B os de curto prazo. Manteve também a expectativa negativa, devido ao quadro de incerteza na capacidade de retomada e no andamento da agenda legislativa. Considerou que “a nota de crédito é pressionada pela fraqueza estrutural de suas finanças públicas e limitada pelos recorrentes episódios de instabilidade política, que têm consequência negativa para a economia do País”. Apontou também que “os recentes eventos políticos relacionados ao presidente Michel Temer podem prejudicar a confiança na recuperação econômica do Brasil”. Ou seja, corremos sério risco de novos rebaixamentos...

As cifras bloqueadas na Operação Panatenaico

Bloqueio das seguintes cifras dos principais integrantes da ORCRIM do Mané Garrincha:
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Fundo do Safra é um dos maiores perdedores na crise de Temer

Um fundo de hedge gerido pelo Banco Safra, do bilionário Joseph Safra, e um fundo de ações administrado por uma unidade do banco de investimento Brasil Plural, foram os maiores perdedores do setor quando US$ 215 bilhões (US$ 65 bilhões) foram eliminados da Bolsa de Valores de São Paulo em um único dia na semana passada. Neste caso, na quinta-feira depois das delações da JBS vazarem na imprensa. 

Eduardo Cunha

Eduardo Cunha resolveu fazer delação premiada. Mais cabeças rolarão...

UBS acerta compra da Consenso, maior multi-family office do país

O UBS GROUP concordou em adquirir participação majoritária na Consenso Investimentos, maior multi-family office independente do país, segundo comunicado por email. O UBS se torna, assim, o mais recente banco suíço a apostar no crescimento do setor de private banking no país.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...