quarta-feira, 9 de junho de 2021

PROBLEMAS A SEREM RESOLVIDOS

Amigos enumeraram alguns riscos, considerados relevantes para esta travessia tupiniquim de 2021, quem sabe, também para o ano eleitoral de 2022, ano também de Copa de Mundo no Catar e de fim de festa para este presidente "verborrágico", que nos "governa" desde 2019. 

Alguns dos riscos: grande desequilíbrio fiscal, com a dívida bruta tendo chegado a 86% do PIB em fevereiro passado. Em dezembro de 2019 estava em torno de 74%; ambiente político muito açodado; grande volume de títulos públicos alongados emitidos (LTN e NTNF); inflação elevada; e trajetória da curva do rendimento da curva dos treasuries de 10 anos dos EUA.

"Estamos vendo uma disseminação de espuma, bolhas, tomada de risco e alavancagem. Muitos players se alavancaram muito e assumiram muito risco, e alguns deles vão explodir” disse Roubini, em entrevista à Bloomberg TV.

Vamos nos ater aos desafios no plano federal, embora tenha severas restrições à governança de muitos estados da federação, um desafio daqueles.  
Dentre os piores, citaria o meu estado, RJ, na "mão de uma corja mafiosa". De fato, observo, parafraseando Gustavo Franco, que somos o país da procrastinação, dos "puxadinhos", do empurrar com a barriga.

A agenda de reformas é bem extensa, não é uma invenção dos "neoliberais", como tantos "intelectuais" preguiçosos gostam de rotular. A dívida da Previdência é explosiva e os regimes previdenciários do País insustentáveis no logno prazo e sim, verdadeiras "fábricas de desigualdades", não importa de quem tenha sido dito (por dizer, pelo Paulo Guedes). 

São regimes em que grande parte dos servidores públicos se servem de "penduricalhos e agrados" variados, pela mobilização e concentração dos seus sindicatos e lobistas, enquando que no regime privado, INSS, na falta de quem os represente, tudo se perde pelas desigualdades e por mtas aposentadorias restritas à salários mínimos. 

É uma aberração déficits equiparados, um para um milhão de servidores, outro para mais de 30 milhões de pobres brasileiros. Uma verdadeira aberração! 

E o que dizer da necessária reforma tributária? É aqui q os "HETERODOXOS" se servem, primeiro pensando onde gastar mais, na certa, depois pensando em arrecadar em cima de fortunas e heranças. Dane-se se a carga fiscal já "caótica e concentradora". 

O negócio, ao que parece, é garantir a farra de gastos ineficientes nas universidades públicas, outro tema, que mereceria um debate mais aprofundado e menos patrulhador ou cancelador. 

Ficariamos dias debatendo também sobre a urgência de uma reforma na EDUCAÇÃO. 

Sou totalmente favorável que haja uma revolução no ensino básico e fundamental, no desafio de formar pessoas qualificadas e aptas para ingressar na fase adulta, sem bobagens, como indefinição de gênero, patrulhamentos ou lavagens cerebrais diversas nas várias escolas públicas do país. 

Lugar de criança é nas escolas e em educação de primeiro mundo. 

Depois, em rankings diversos, as crianças seriam selecionadas pelas várias universidades do país a partir das suas notas, e quanto maiores, mais recursos receberiam as escolas públicas básicas e fundamentais. 

É isso, por exemplo, que acontece em Portugal. 

Nas universidades, várias mudanças se fazem necessárias e urgentes, como o início da cobrança de mensalidades e matrículas. 

Por fim, chegamos a reforma do Estado, chamada Administrativa, talvez a mais radical e necessária, dado o "sistema de castas", que se transformou este país. 

Tudo isso que os governantes deveriam ter atacado de frente e ficaram procrastinando, pouco avançando na institucionalidade do país, na urgente necessidade de mudanças profundas. 

Em 20 anos poucos atacaram estas agendas, poucos. Preferiram se ater a distribuir Bolsas Famílias e agradar as elites com sinecuras e subsídios. Fracasso absoluto.

Vamos conversando. 


DIA DE IPCA

Depois de oito pregões em alta era previsível algum ajuste no Ibovespa. Foi o que aconteceu nesta terça-feira, ainda mais com a maior cautela pelo cenário fiscal, depois do ministro Guedes sinalizar a extensão do auxílio emergencial “por dois ou três meses”, talvez até setembro. Tudo irá depender do ciclo de vacinação em curso.

Neste clima de correção, a bolsa de valores caiu 0,76%, a 129.787 pontos, mesmo com a Petr4 em alta, este decorrente da alta do barril de petróleo WTI, acima de US$ 70, pela primeira vez desde outubro de 2018. No mercado de juro futuro, as taxas, de manhã em queda, acompanhando os treasuries americanos, fecharam o dia estáveis.

Tanto no Brasil, como nos EUA, saem índices de inflação que podem alterar o transcurso da taxa de juros nos próximos meses.

Para o presidente do BACEN, Roberto Campos Neto, em seminário, os choques inflacionários devem ser “encarados como temporários”. Para ele, “a curva de juros perdeu um pouco da inclinação recentemente, em função da alta dos juros, mas as commodities em reais se estabilizaram e algumas caíram”. Ele acredita que “seremos capazes de abrir a economia no segundo semestre, o real tem estado mais comportado nas últimas semanas, as expectativas de inflação implícita em 2021 subiram, mas longas se estabilizaram”.

Para Campos Neto, “o BACEN tem sido "bem explícito" que normalização total traria inflação para abaixo da meta de 2022. Estamos 100% comprometido com a meta. No entanto, no problema hidrológico, não se sabe em que nível o impacto da energia vai vazar para 2022”. Por fim, complementou que “teremos reunião do Copom na semana que vem e desde a anterior, muitas coisas aconteceram e serão analisadas. Há preocupação com inflação de serviços, com total reabertura da economia, e, como dito, com o choque tarifário de energia.” 

 Aguardemos então.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...