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Mostrando postagens de junho 24, 2025

Roger Scruton

 A cultura importa, Roger Scruton  Uma dos últimos livros do maior filósofo inglês do século, Sir Roger Scruton (1944-2020). E coroando o esforço de uma vida a eleger a cultura, e seu principal conteúdo simbólico de fé e sentimento, religião e arte, como determinantes históricos do destino das sociedades humanas. Não que não trate da política, da economia, da educação e dos conflitos sociais, mas sempre subordinados a égide da religião e da arte, que é a condição de eternidade da humanidade, como se referia seu antecessor como o mais completo filósofo da cultura do século XX, Chesterton, ao afirmar a eternidade do homem através de Deus. No primeiro parágrafo de sua dissertação, Scruton já anuncia as causas da crise cultural da humanidade: as ameaças interna e externa do multiculturalismo e do islamismo às tradições judaico-cristãs do Ocidente. E afirma a fonte na “Decadência do Ocidente”, de Oswald Spengler (1880-1936), que ressalta a crise do cristianismo como cerne de nossa ...

Ativos remanescentes

 *Ativos remanescentes do regime iraniano / Desafios não resolvidos para Israel:* 1. O regime iraniano não caiu (ainda) 2. As aspirações do regime de desenvolver armas nucleares permanecem; o programa foi danificado, mas não apagado 3. As ambições do Irã de desenvolver mísseis continuam; a infraestrutura foi duramente atingida, mas não eliminada 4. O objetivo do Irã de destruir Israel permanece inalterado 5. O Irã continuará operando de forma encoberta e enganando o Ocidente para reconstruir suas capacidades nucleares e de mísseis 6. Um futuro ataque israelense contra os programas nuclear/missilístico do Irã não será fácil — mesmo sob uma administração Trump, muito menos sob outra 7. O futuro das sanções ocidentais ao Irã continua incerto 8. O destino de 400 kg de urânio enriquecido a 60% é desconhecido *Resumo:* Israel obteve um sucesso tremendo. Se há dois anos você tivesse visto um curta-metragem mostrando o que aconteceu no Irã nos últimos 12 dia...

Fabio Alves

 FÁBIO ALVES: A HORA DO OURO O ouro caminha para ameaçar a posição do dólar como o grande refúgio dos investidores em busca de proteção a um ambiente global de aguda incerteza, especialmente diante da escalada do conflito no Oriente Médio, após os Estados Unidos juntarem-se a Israel com ataques militares contra o Irã. Não há quem descarte novo recorde de alta no preço do metal ao longo das próximas semanas, caso a turbulência geopolítica aumente. Esse movimento não reflete apenas as características do ouro como um ativo de reserva de valor ou de proteção à inflação, mas é também uma história de corrosão do dólar e de outras moedas fortes, a exemplo do iene e até do euro, como refúgio para momentos de crise ou de grande instabilidade dos mercados globais. O caso do dólar é o mais emblemático. Em razão do crescente e preocupante déficit fiscal dos EUA nas últimas décadas, além da errática política econômica no atual mandato do presidente Donald Trump, a moeda americana perdeu prestíg...

Ata do Copom

1. O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos; 2. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica; 3. Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado algum dinamismo, mas observa-se certa moderação no crescimento; 4. O cenário prospectivo de inflação segue desafiador em diversas dimensões; 5. A conjuntura de atividade econômica doméstica segue marcada por sinais mistos com relação à desaceleração de atividade, mas observa-se certa moderação de crescimento. A divulgação do PIB do primeiro trimestre indicou, conforme es...

Paulo Roberto de Almeida

 A The New Yorker, a excelente revista intelectual americana, da qual fui assinante enquanto residia nos EUA, tem um artigo de capa, na edição de 23 de junho de 2025, cuja pergunta título eu vou responder antes mesmo de ler a matéria:  Can Ayatollah Khamenei, and Iran’s Theocracy, Survive This War? The future of the Islamic Republic may be shaped more by the country’s culture and politics than by the military prowess of its opponents. Vou responder que sim, totalmente sim, absolutamente sim, qualquer que seja a destruição infligida a seu patrimônio material, a seus equipamentos bélicos, a seu programa nuclear, ainda que toda a sua atual liderança teocrática, reacionária, repressiva, ditatorial, antifeminista, antigays, antissionista e antiamericana, ainda que tudo isso seja eliminado, a golpes de mísseis, bombardeios, assassinatos dirigidos, operações abertas ou clandestinas de supressão de seus guardas revolucionários e até mesmo Forças Armadas, mesmo que sua capital e princi...

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Ata do Copom e fala de Powell são destaques* … Trump ficou tão animado com a resposta protocolar do Irã às bases americanas do Catar e os ataques “fracos” telegrafados aos Estados Unidos, que foi às redes sociais festejar: PARABÉNS AO MUNDO, É HORA DA PAZ! Fez mais: anunciou um acordo de cessar-fogo entre o Irã e […] … Trump ficou tão animado com a resposta protocolar do Irã às bases americanas do Catar e os ataques “fracos” telegrafados aos Estados Unidos, que foi às redes sociais festejar: PARABÉNS AO MUNDO, É HORA DA PAZ! Fez mais: anunciou um acordo de cessar-fogo entre o Irã e Israel, “completo e total”, levando o petróleo a ampliar as perdas de quase 7% do pregão regular. O barril já vinha caindo com os sinais de que o Estreito de Ormuz ficaria fora da guerra, na aposta certeira do mercado. De volta à rotina, investidores têm hoje como destaques a fala de Powell na Câmara dos Representantes (11h), quando já poderá suavizar os riscos dos impactos inflacionários...

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal  SESSÃO: Israel/Irão, aparentemente, está terminado. Nas últimas horas, foi declarado um cessar-fogo indefinido promovido por Trump, que pretende marcar o fim de uma guerra de 12 dias. O petróleo recua entre 8 e 10 dólares de imediato, com o USD a depreciar-se até 1,16 e o ouro a cair para perto dos 3.300 dólares por onça. Perante a esmagadora superioridade militar de Israel/EUA, o Irão aproveitará esta oportunidade para dar por terminada a guerra. Sobretudo porque pode justificar que salvou a face depois de atacar uma base americana no Qatar (praticamente sem danos, pois aparentemente estava acordado com os EUA), sem que os EUA retaliassem, e de lançar uma última vaga de mísseis balísticos sobre Israel, com consequências limitadas. Os EUA e Israel preferiram suportar estas ações sem retaliar, proporcionando assim uma saída aceitável ao Irão, que opta por salvar a face em vez de arriscar a sobrevivência do regime—o seu verdadeiro objetivo interno—an...