quarta-feira, 18 de março de 2020

Direto do Alentejo by Julio Hegedus

Tento decifrar o comportamento do presidente por estes dias de emergência mundial devido ao Convid 19, já considerado pela OMS uma pandemia mundial. Tudo por causa do esforço dele de relativizar a situação, criticando a histeria da sociedade, falando que o virus mortal é uma "fantasia" ou uma "gravidez". "Daqui a pouco vai passar".
Tudo bem. Todo virus é temporário, mas é importante evitá-lo ao máximo e tomar todas as medidas precaucionais. Não dá para relativizar esta tragédia global.
E ela se torna ainda maior quando chegamos ao Brasil, no seu caos urbano, nas aglomerações sem o mínimo saneamento, nos riscos de uma espalhamento rápido, na saíde em colapso. O distanciamento social é uma necessidade e uma ordem. Não só aqui em Portugal, no Alentejo, na Alemanha, ao lado, na Espanha, na França, em todos os lugares!
No entanto, segue o capitão "surfando numa perigosa onda de irresponsábilidade".
Onde ele quer chegar? Por que faz pouco caso da gravidade da situação ??
A impressão que tenho é q ele tenta minimizar no esforço de não alarmar a população. Além disso, transmite um certo desequilíbrio cognitivo e também um tremendo complexo de inferioridade, a se mostrar incomodado com o éxito de algum ministro. A bola da vez agora é o Mandetta.
Na cabecinha de vento dele o ministro da Saúde já é mais falado do que ele opróprio e isso significa fazer sombra. Mas sombra à quê? Será q ele pode se tornar um real adversário para 2022? Diante disso, começa a desmerecer o ministro de ocasião, fazer pouco caso da sua atuação e até fritá-lo.
Façamos um balanço.
Ele fez isso com o pobre do Gustavo Bebbiano, então Secretário Geral, o Gen Mourão, q começou a se destacar por simples bom senso e equilíbrio nas intervenções, o Gen Santos Cruz, uma unanimidade de tão educado, depois o Sergio Mouro, o Paulo Guedes e agora o ministro da Saúde Mandetta. Ou seja, os ministros que se destacam são sabotados por fazer sombra ao seu egocentrismo boçal. Já os que se destacam negativamente, q bancam fanáticos, nesta política do ódio e confrontação, como o Weintraub e a Damares, são acolhido e não criticados pelo capitão.
Todos q tentem ter uma relação civilizada e republicana com a sociedade e se destacam por isso, começam a ser "sabotados".
Ele quer ministros servis e que mantenham este clima de campanha, de confrontação, na minha opinião, totalmente tolo e inútil. Cheguei a achar q esta era culpa da "prensa", mas observei também q ele caia em todas as provocações. Na verdade, ele se alimentava desta confrontação e destas provocações.
Acho q começa a errar e muito a partir daí.

Editorial do Estadão (17/02)

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