Resultado da fusão da BM&F Bovespa com a Cetip,
aprovada em março, a B3 está demitindo funcionários em
diversas áreas. A integração entre as empresas, que começou devagar, agora está
a pleno vapor. Procurada, a B3 não comentou.
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
APERTE O BOLSO: O CALOTE VEM AÍ, artigo do Luiz Cezar Fernandes, citado acima
O próximo governo se sentirá seduzido,
inevitavelmente, por um calote na dívida pública. O crescimento da dívida
pública interna atingirá 100% do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil, já na
posse do próximo governo. A situação será insustentável, gerando uma completa
ingovernabilidade.
Os bancos, hoje cartelizados em
5 grandes organizações, têm diminuído assustadoramente os empréstimos ao setor
privado e vêm aumentando, em proporção inversa, a aplicação em títulos da
dívida pública.
Os países que recentemente
entraram em default, como a Grécia, não causaram grandes impactos internos,
pois sua dívida era sobretudo externa e em grande parte pulverizada, inclusive
em bancos centrais, fundos mútuos e de pensão.
O caso do Brasil é
essencialmente diverso. Um default nossa dívida interna implicará na falência
do sistema, atingindo de grandes bancos a pessoas físicas, passando por family
offices e afins.
Para evitarem uma corrida
bancária, as grandes instituições bancárias terão, obrigatoriamente, que
impedir seus clientes de efetuarem os saques de suas poupanças à vista ou a
prazo.
Caso contrário, teremos uma
situação ainda mais grave que a vivida pela Venezuela. Reformas já ou só
restará o calote.
O ALARME TEM PROCEDÊNCIA
Deu no site Sputnik
Deu no site Sputnik
Ouvido pelo site
Sputnik, o economista Istvan Kasznar, professor da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), diz que, embora a previsão de Fernandes tenha um tom alarmista, reforça
o alerta que vem sendo dado por economistas há algum tempo: a necessidade de o
governo fazer uma política fiscal séria e parar de sacrificar a população com
mais impostos.
“Esses são déficits
públicos gigantescos que se tornam maiores depois de declarações oficiais. São
heranças do governo Dilma Rousseff, no mínimo. Eram R$ 175 bilhões de déficit
em 2015, R$ 190 bilhões em 2016, este ano falava-se em R$ 136, depois pulou
para R$ 139, aumentou para R$ 159, daqui a pouco foi R$ 169. Ninguém sabe onde
é o teto e onde vai parar isso. O que está sendo dito pelo Ministério da
Fazenda, às claras e em bom português, é que existe um desgoverno, sem
capacidade de controle, sem capacidade de gerar fixidez de reducionismo no
déficit público e incapaz de mostrar outra coisa que não seja um déficit
primário, que continua um desastre. Isso é consequência de uma política
assistencialista, onde se pensa que dinheiro nasce em árvore”, diz o
economista.
RENTISMO – “De 45% a 47%
do valor arrecadado pela União é pago em juros e amortização da dívida interna
pública, o que é absurdo. É ótimo para banqueiro e para quem vive de renda e um
desastre para a nação, que precisa de investimentos, empregos e riqueza. O Luiz
Cesar é mais um na multidão de pessoas que faz um alerta: a possibilidade de um
calote que se gera em função de uma má prática contínua no processo de gestão
das contas públicas e do Estado no Brasil”, acrescenta Istvan Kasznar.
“Não é tão terrível
quanto nos Estados Unidos (102%), Dinamarca (117%) e Itália (108%), mas há uma
diferença: nos EUA, eles emitem dólar em divisa e o mundo aceita. No Brasil, a
gente emite em real — e nem dá para emitir porque a Casa da Moeda também
quebrou e vai ser privatizada — e isso implica que não temos esse grau de
liberdade para emitir dinheiro e dizer que nossa moeda é divisa. O Brasil está
acostumado há décadas a viver num regime de classe média com lamúrias e uma
elite acompanhando com muito prazer taxas de juros estratosféricas que lhes
asseguram mais retorno através de aplicações financeiras do Tesouro Direto,
CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e uma população miserável que se
contenta com as migalhas de um assistencialismo mal engendrado que acaba
quebrando o Estado.”
Criador dos bancos Pactual e Garantia diz que governo vai dar calote na dívida
Criador dos bancos
Pactual e Garantia, o empresário Luiz Cezar Fernandes, sócio da
corretora Grt Partners, alarmou o mercado financeiro com um texto publicado em
seu perfil da rede social Linkedin nesta quarta-feira (dia 23)Disse ele que com o crescimento da dívida pública interna, atingindo 100% do PIB no início do próximo
governo, em 2019.
Diz ele que a situação ficará insustentável, gerando
completa ingovernabilidade, e o próximo governo se sentirá seduzido,
inevitavelmente, por dar um calote na dívida pública. O artigo de Luiz Cezar
Fernandes está sendo replicado em sites e blogs, numa velocidade
impressionante, sem que o governo tenha respondido até agora.
Tesouro Direto supera 1,5 milhão de investidores cadastrados
O
Tesouro Direto superou em julho, pela primeira vez, a marca de 1,5 milhão de
investidores cadastrados.
De
acordo com dados divulgados hoje (25), o programa ganhou 54.698 novos
participantes, totalizando mais de 1,539 milhão de investidores. Em 12 meses, houve
crescimento de 73,9%.
O
acréscimo no número de investidores que efetivamente possuem aplicações foi de
12.970. Com isso, o total de investidores ativos no programa alcançou 520.624,
uma variação de 61,9% nos últimos 12 meses.
Segundo
a Secretaria do Tesouro Nacional, em julho foram realizadas 194.041 operações
de investimento no programa, com valor médio de R$ 7.094,95. As aplicações de
até R$ 1 mil atingiram o recorde de 54,1%. Em julho, as aplicações no Tesouro
Direto atingiram R$ 1,376 bilhão. Já os resgates totalizaram R$ 1,060 bilhão,
sendo R$ 987,2 milhões relativos às recompras e R$ 73,2 milhões aos
vencimentos.
Sobre
os estoques do Tesouro Direto, alcançou R$ 47,3 bilhões, com um crescimento de
pouco mais de 1% em relação ao mês anterior (R$ 46,7 bilhões) e de 38,5% sobre
julho de 2016 (R$ 34,2 bilhões). Os títulos remunerados por índices de preços
respondem pelo maior volume do estoque, alcançando R$ 29,7 bilhões (62,8% do
total). Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com
participação de 20,7%, e os títulos prefixados, com 16,4%.
A
maior parte do estoque, 45,7%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e
5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 32,7% e os com
vencimento acima de 10 anos, a 17,1% do total. Cerca de 4,4% dos títulos vencem
em até 1 ano, informou o Tesouro Nacional.
Dória melhor do que Alckmin
As
movimentações para as eleições de 2018 já estão intensas e um dos grandes
pontos de atenção do mercado fica para a definição sobre a candidatura do PSDB,
a ocorrer em dezembro na convenção nacional do partido.
Enquanto
o governador por São Paulo, Geraldo Alckmin, já anunciou sua intenção
de se pré-candidatar, o prefeito de São Paulo, João Doria, corre por fora e,
apesar de não ter manifestado sua intenção de concorrer, continua nas sondagens
a partidos como DEM e o PMDB para lançar sua candidatura.
Estes
convites se sustentam pelas últimas pesquisas de intenção de voto:
desde
que assumiu a prefeitura paulistana, João Doria tem tido resultados
melhores que Alckmin (conforme pesquisa do DataPoder360 de agosto, o
prefeito teria 12% dos votos, ante 4% do governador), enquanto o Instituto
Paraná aponta que 40,3% vêem o prefeito como melhor candidato à presidência, ante
13,2% do governador.
Com
esse cenário desenhado, quem se mostra como o candidato mais competitivo do
partido?
Janet Yellen de saída do Fed
Na interpretação do mercado, Janet
Yellen, presidente do Fed, pode estar com os dias contados. Isso parece ter
sido reforçado pelo seu discurso no simpósio de Jackson Hole (EUA), na qual não
teceu nenhum comentários sobre a perspectiva econômica ou a direção da política
monetária. Seria um sinal de que ela não estaria inclinada a continuar à frente
do Fed – seu mandato termina no início de fevereiro.
Seu discurso, aliás, defendendo as
regulamentações financeiras do pós-crise vai contra a defesa do presidente
Donald Trump por menos regulamentação no setor.
Isso posto aumentam as chances para
Gary Cohn – atual diretor do conselho nacional econômico, grupo de assessores
econômicos da Casa Branca – para assumir a presidência do Fed.
Citação pega na rede....
"It is time for economists to stop pretending that implementing effective negative rates is as difficult today as it seemed in Keynes’ time,” Kenneth Rogoff wrote. “The growth of electronic payment systems and the increasing marginalization of cash in legal transactions creates a much smoother path to negative rate policy today than even two decades ago.”
Será que os agentes econômicos terão essa mesma percepção?
Será que os agentes econômicos terão essa mesma percepção?
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