BANCO MASTER – O MALABARISMO FINANCEIRO, OU COMO FAZER UM AGIOTA CORAR Se Ivan Sant’Anna encontrasse Fernando Blanco no balcão de um boteco de mercado financeiro, saía esse texto. Sarcástico. Incisivo. E, claro, com aquele tom de “eu avisei” que só quem sobreviveu a crises sabe usar. ⸻ O malabarismo verbal continua. E eu me desmancho de rir. Não é piada. É o Brasil. O país onde banqueiro malandro é promovido a herói e banco podre vira ativo estratégico. Vamos aos fatos: o Banco Master, um nome que até outro dia era sinônimo de CDB com juro de agiota, virou sócio de um banco estatal. E não qualquer banco: o BRB, o querido do governo do Distrito Federal, aquele que tem funding tão barato que faz chover depósito com um telefonema — ou talvez por telepatia. Pois bem, o BRB resolveu comprar um banco que ninguém queria nem de graça. E por quê? Porque o Master estava encalhado. Podre. Saturado de ativos que fariam o Credit Suisse parecer conservador. Alguém precisava salvá-lo. E ninguém ...
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.