terça-feira, 31 de março de 2020

VALE E SIDERÚRGICAS SOBEM APÓS DADOS INDUSTRIAIS POSITIVOS DA CHINA



São Paulo, 31/03/2020 - Os papéis de Vale e siderúrgicas têm desempenho positivo na manhã de hoje. Vale ON tem alta de 2,94%, enquanto que CSN ON sobe 2,97%. Gerdau PN tem alta de 3,17%, e Usiminas PNA ganha 2,51%. O Ibovespa sobe 0,25%, aos 74.825 pontos. As altas do setor vêm após o PMI da China, que mostrou forte expansão em março ante fevereiro. Jorge Junqueira, responsável pela área de renda variável da Gauss Capital, explica que as empresas são beneficiadas por uma melhora nas condições da economia chinesa, e que mesmo nomes menos dependentes da China, como a Usiminas, se beneficiam, dado que os papéis de siderúrgica são negociados juntos.


CHINA: PMI INDUSTRIAL SOBE DE 35,7 EM FEVEREIRO PARA 52,0 EM MARÇO E MOSTRA RECUPERAÇÃO

Pequim, 30/03/2020 - O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China subiu de 35,7 em fevereiro para 52,0 em março, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país na noite desta segunda-feira (horário de Brasília). O resultado veio acima da expectativa de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que previam alta a 51,5. A marca acima de 50,0 indica expansão da atividade no país asiático, após o indicador ter caído à mínima histórica no mês passado, devido à paralisação da economia chinesa em meio à pandemia de coronavírus.
Já o PMI de serviços chinês avançou de 29,6 em fevereiro para 52,3 em março.

Fonte: Dow Jones Newswires.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Visão geral da Conjuntura IPEA

Por José Ronaldo de C. Souza Júnior, Paulo Mansur Levy, Francisco Eduardo de L. A. Santos e Leonardo Mello de Carvalho
A situação mundial passou por uma mudança radical de perspectivas desde que a epidemia do novo coronavírus, inicialmente circunscrita a uma região da China, adquiriu caráter global, transformando-se numa pandemia. O impacto econômico inicial, até meados de fevereiro, ocorreu principalmente no país de origem, porém rapidamente estendeu-se aos mercados financeiros mundiais. Hoje, medidas de isolamento social ou quarentena abrangem quase todos os países, numa escala e velocidade nunca antes vista, nem mesmo em períodos de guerra.
Dado o ineditismo do choque sobre a economia mundial, fazer projeções macroeconômicas com um nível razoável de confiança tornou-se tarefa muito difícil. O grau de incerteza ainda é muito grande mesmo em relação aos aspectos epidemiológicos associados à Covid-19. Nesta visão geral da Carta de Conjuntura, não se pretende avaliar modelos epidemiológicos nem fazer juízo de valor sobre os tipos de medidas de isolamento social implantadas. O objetivo é fazer um diagnóstico da conjuntura econômica, analisar as medidas de política econômica apresentadas para mitigar os efeitos da crise aguda e apresentar previsões para a economia brasileira condicionais a cenários. Em todos os três cenários avaliados, mantemos fixa a hipótese de rápida recuperação parcial da atividade econômica já no terceiro trimestre deste ano. Esta hipótese depende da efetividade das políticas econômicas mitigadoras sendo adotadas no Brasil e no mundo, e de um relativamente rápido avanço no controle da pandemia, que permitiria a retirada gradual das medidas restritivas. O que varia entre os cenários analisados é o tempo necessário de isolamento social. No cenário em que o isolamento duraria mais um mês (até o final de abril), a previsão é que o PIB feche o ano com uma queda de 0,4%. Nos cenários com isolamento por dois e três meses, as quedas do PIB em 2020 seriam ainda maiores, de 0,9% e 1,8%, respectivamente. O custo em termos de PIB é crescente porque, mesmo com meditas mitigadoras bem sucedidas, os riscos de falências e de demissões aumentam quanto maior for o tempo em que as empresas ficam com perda muito grande (ou total) de faturamento.

O PAPEL DAS MICROFINANÇAS NA RECUPERAÇÃO DE DESASTRES

"O microfinanciamento funciona como uma ferramenta de recuperação após desastres? Evidência do Tsunami de 2004" 

Leonardo Becchetti (Universita ́ di Tor Vergata) & Stefano Castriota (Universidade de Perugia) Desenvolvimento Mundial Vol. 39, Nº 6, pp. 898-912, https://lnkd.in/e-ZERuV 

Resumo. — 

"Avaliamos a eficácia do microfinanciamento como uma ferramenta de recuperação após o tsunami, testando o impacto de uma injeção de capital de doadores estrangeiros que recapitaliza um MFI do Sri Lanka e permite que ele refinancie mutuários seriamente danificados pela calamidade. Constatamos que os empréstimos obtidos com o IFM após o evento catastrófico têm um efeito positivo e significativo sobre a mudança na renda real e nas horas trabalhadas semanais, e que o impacto sobre as variáveis de desempenho é significativamente mais forte para os mutuários danificados do que os não danificados. Os resultados se mantêm após o controle dos efeitos de seleção e da heterogeneidade tanto no tempo da intervenção quanto nas características das amostras de tratamento e controle."

XP revisando estimativas

XP REVISA ESTIMATIVA DO IBOVESPA AO FINAL DE 2020 DE 132 MIL PARA 94 MIL PONTOS
Por Fabiana Holtz

 São Paulo, 30/03/2020 - A XP Investimentos revisou sua estimativa para o Ibovespa ao final de 2020 de 132 mil para 94 mil pontos, diante do forte impacto esperado no lucro das empresas.
 "Nessa projeção, o índice atingirá um múltiplo de Preço/Lucro de 10,7x o lucro projetado para 2021, ainda abaixo da média histórica de 12,5x e o pico de 14x", destaca.

 Mesmo diante das fortes altas nas bolsas na última semana, o estrategista chefe da XP, Fernando Ferreira, recomenda cautela ao estimar que os indicadores econômicos e das empresas devem continuar deteriorando nas próximas semanas e o tempo que levará para o retorno a normalidade ainda é incerto. Além disso, as boas notícias, pelo menos nas principais economias, já foram anunciadas.

 O ponto que mais preocupa, ressalta a XP, é o risco de pequenas empresas ficarem pelo caminho, e não conseguirem sobreviver a um cenário sem nenhuma ou com baixa receita por dois ou três meses. Tal cenário pode levar o País a um número recorde de falências e um aumento exponencial no desemprego.

 Embora acredite que o mundo voltará ao normal em 2021, Ferreira observa que essa crise é diferente de 2008 e a volatilidade deve seguir elevada nos próximos meses.

 O analista ressalta ainda que os pacotes de resgate anunciados até o momento são os maiores da história, e devem "ajudar a aliviar os impactos da crise e evitar uma depressão econômica". Outro ponto positivo, em especial para o mercado de commodities no Brasil, é que a China e a Ásia como um todo começam a dar sinais de voltar ao normal, destaca a XP.

Klabin e Magazine Luiza

 Ao mesmo tempo, a XP elevou as recomendações das ações de Klabin e Magazine Luiza de neutro para compra, após recente correção ao revisar seu cenário econômico e preços-alvo de empresas que estão no seu escopo de cobertura. O preço-alvo da fabricante de papel para embalagens foi ajustado de R$ 20,5 para R$ 18,5, enquanto o da varejista foi mantido em R$ 58.

 Segundo Ferreira, os principais beneficiados no curto prazo são os setores de varejo de alimentos e drogarias, empresas com caixa líquido e baixa alavancagem e empresas de commodities expostas à receitas em dólar e a China, visto que o país já começa a dar sinais de recuperação econômica.

 Todos os setores, afirma o analista, terão algum tipo de impacto, mesmo que indireto. "Esperamos um forte impacto nos números reportados do 1º e 2º trimestre para a maior parte dos setores, mas com preocupações maiores com o setor aéreo e de varejo", conclui.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Luiz A. Esteves

Luiz A. Esteves
KEYNES, IMORTALIDADE E OBITUÁRIOS
Recebi essa charge que - de forma irônica – acaba apresentando um fato estilizado bem conhecido e documentado da história econômica. A resiliência do pensamento de Keynes é realmente incrível. Keynes parece ser o único sobrevivente do longo prazo keynesiano.
Por falar em imortalidade, Keynes foi um grande escritor de biografias e obituários. Em “The Collected Writings of John Maynard Keynes” – uma coleção com 30 volumes editado por Elizabeth Johnson e Donald Moggridge (LINK 1 abaixo) - há 45 biografias escritas por ele, sendo 16 obituários publicados no Economic Journal (prestigioso periódico onde Keynes dividia a função de Editor com Francis Edgeworth). Contudo, o trabalho mais fantástico foi o obituário que ele escreveu para o Alfred Marshall, um Tour de Force de 66 páginas (LINK 2 abaixo).


Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

quinta-feira, 26 de março de 2020

Rumo à recessão

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Pelo relatório do BACEN nesta quinta-feira temos o crescimento do PIB em intensa revisão por causa do Coronavirus (Covid 19). Pelo lado da oferta, o maior tombo deve acontecer pelo lado da Indústria, revisando de 2,9% de crescimento para -0,5%. As indústrias extrativa mineral e da construção civil deve levar o maior tombo, de 7,5% para 2,4% e de 3,0% para -0,5%, respectivamente. Serviços deve escorregar de 1,7% para 0,90% e o setor agrícola mantendo-se em 2,9%. 

Já pelo lado da demanda, o maior tombo acontece pelo lado dos investimentos, passando de 4,1% a -1,1%. Consumo das famílias deve crescer 0,8% contra 2,3%; e Consumo do governo de 0,3% para 0,2%. 

Ao fim do ano, o governo acredita no crescimento de 0,012% contra projeção de 2,2%. 


Economia norte-americana em recessão

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

"De acordo com o modelo macro da Crescat Capital, a recessão americana está apenas no começo, com bastante espaço para evoluir. Enquanto isso, o Fed e o Governo americano continuam "jogando dinheiro do Helicóptero". Conseguirão conter a recessão?"

quarta-feira, 25 de março de 2020

Nouriel Roubini

"O choque para a economia global do COVID-19 foi mais rápido e mais severo que a crise financeira global de 2008 (GFC) e até a Grande Depressão. Nos dois episódios anteriores, as bolsas de valores caíram em 50% ou mais, os mercados de crédito congelaram, as grandes falências se seguiram, as taxas de desemprego subiram acima de 10% e o PIB contraiu a uma taxa anualizada de 10% ou mais. Mas tudo isso levou cerca de três anos para acontecer. Na crise atual, resultados macroeconômicos e financeiros igualmente terríveis se materializaram em três semanas."

Dilema moral: focar na saúde, salvar vidas ou retomar a economia ??

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Este dilema moral é o que permeia os debates por agora. 

O discurso do presidente Jair Bolsonaro conclamou a população a retomar à vida normal, mantendo cuidado especial, apenas, para os idosos. Muitos contestam esta posição, mas como devemos agir, realmente? Sem emoção ou influência política? O Estado tem um papel essencial neste momento, visando direcionar as vidas das pessoas. Será eficiente para isso? Como estabelecer o bom senso, ter equilíbrio,e não se perder no emocionalismo político? 


O gráfico acima mostra o tempo que levou para uma recuperação da bolsa em várias crises.


Nenhuma crise é igual a outra e esta é ainda a mais peculiar de todas.

Bom senso e equilíbrio

O momento é muito complexo. Exige frieza e racionalidade.
Não há relativização, frouxidão, nem tão pouco estremismo. Não acho que radicalismo, para ambos os lados, seja a solução. O que já se sabe, pelos especialistas de saúde? o que é possível fazer? Devemos nos fechar em casa por meses? E o sistema econômico, suas várias capilaridades? Como fica?
Hoje, com a cabeça mais fria e não contaminado pela histeria reinante, dei uma refletida e coloquei na mesa. O que se pode fazer para não mergulhar o País numa profunda recessão e evitar mais mortes pelo Coronavirus?
É esta equação que precisa fechar.
Bom senso e equilíbrio são essenciais neste momento e esperamos que os atores envolvidos estejam atentas à isso.

terça-feira, 24 de março de 2020

Notas do Alentejo, por Julio Hegedus Netto

Tenho escrito todas as semanas neste espaço  para tentar entender melhor o momento que vivemos. Tenho focado, em especial, na cena econômica, por ser este o objeto central de análise deste blog/grupo, espaço que eu considero relevante para levantar o debate. 

Por outro lado, inevitável abordar outros temas, visto que tudo nos remete para o clima político açodado entre governo federal, governadores e outros atores. 

No plano político, na eclosão desta crise do Coronavirus, irrita muito a atitiude vacilante do presidente Bolsonaro. Primeiro considerou a pandemia uma fantasia, depois migrou para uma gripezinha, até encarar como realmente algo sério. Grande foi a contribuição do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, meio que colocando o presidente na "real". Decorrente disso, o grande personagem do governo neste momento é este ministro, embora causando algum ciúme. Afinal, vivemos ainda a "sindrome de Polyana", com o presidente negando a realidade?

Pesquisa Focus. Trabalha-se com um crescimento de 1,5% em 2020, sendo importante analisar a queda de 0,2% no primeiro trimestre deste ano contra o anterior. Importante observar, porém, que várias casas e o próprio governo já revisaram o crescimento do PIB para este ano. O governo trabalha com estagnação de 0,02%, o Itaú -0,7%. 

Receituario econômico. O que deve predominar a partir de agora. Políticas keynesianas anti-cíclicas fiscais e liberações de créditos, num mix de políticas que devem se complementar? Sobre a questão do desemprego, a ordem é criar alguma política de renda mínima ou abrir para livres negociações entre as partes. Possível que estes acordos sejam possíveis, com desligamentos temporários em prazos de até quatro meses.  

Já observamos sim algum desvio de rota na macroeconomia, com mobilização de recursos do Tesouro. Segundo o brilhante Armínio Fraga, ex-presidente do BACEN e ex-CEO da Gávea, algumas alternativas de políticas públicas são postas, diante de um cenário de calamidade pública. 

Aos mais pobres temos a ampliação do Bolsa Família; para os trabalhadores informais, importante se  cadastrarem, num grande esforço de comunicação. Linhas de crédito são abertas.

Para os pequenos empreendedores da rua. Quando eles perdem a receita, quebram. A CEF já sinalizou mecanismos de financiamento. Fraga abre a possibilidade do Tesouro liberar recursos para estas pessoas. 

Nesta terça-feira, dia 23, o mercado foi altista, subindo 9,6% a 69,7 mil pontos, impulsionado pelos bons ventos externos, dado o pacote fiscal em discussão no Congresso norte-americano. Decorrente, o dólar recuou 1,4%, a R$ 5,07. 

Importante observar por este gráfico a seguir o descolamento da China frente a outros emergentes. Talvez por ser uma ditadura seja mais fácil "segurar" as populações que acabam agindo mais ordeiramente. O fato é que o tombo dos emergentes tende a ser bem maior. 

 Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Luiz A. Esteves, Phd. Mais uma preciosa contribuição.

RESEARCH ARTICLE

The Hidden Geometry of Complex, Network-Driven Contagion Phenomena

 See all authors and affiliations

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

segunda-feira, 23 de março de 2020

Ações Coletivas - como evitar catástrofes ?


Um interessante artigo nos trouxe ao debates modelos teóricos, conhecidos como "Ações Coletivas". O esforço é tentar responder à catastrofes, como esta vivenciada atualmente.

  • A pandemia, primeiro epidemia, limitada a Wuham, do Coronavirus, depois cientificamente, chamada de Covid 19, rapidamente se espalhou pelo mundo.
  • Gênese. Importante que se diga que, inicialmente, o governo central chinês, quer dizer, o PCC, primeiro negou o fato. De certa forma foi leniente nos dois primeiros meses, como toda burocracia centralizadora e corrupta. Depois quando "caiu a ficha", se mobilizou, convocando a população a ficar em casa, no tal "distanciamento social". Foi uma decisão tardia, o que o obrigou a ser radical. Mesmo assim, como é um virus altamente transmissível, acabou saindo da zona de controle. Aqui, o crescimento de infectados se deu em progressão geométrica, numa velocidade impressionante.
  • Na Ásia. Passados seis meses (dizem q o primeiro caso aconteceu em meados de novembro naquela procíncia chinesa) observa-se que os países asiáticos conseguiram "achatar a curva de crescimento".
  • Na Europa. Os italianos, muito lenientes inicialmente, levaram um "drible do destino" e só recentemente caíram na real. A ITÁLIA ingressou em quarentena radical, a ponto de prender quem saísse à rua sem um motivo. Na Europa, outro país muito atingido foi a Espanha, pelos mesmos motivos dos italianos, por não terem levado à serio o poder de transmisão do virus.
  • Ação coletiva. Discutimos agora qual a eficácia da chamada "ação coletiva". Como mobilizar uma sociedade em torno de um objetivo comum definido, neste caso, a emergência de debelar uma pandemia, que se espalha rapidamente. Para isso, necessário haver "coesão social", política em harmonia, poderes se entendendo bem, capacidade de mobilização da sociedade, postura cívica, economia em bom ritmo, não em crise permanente, já que estas ações coletivas exigem sacrifícios, etc.
  • Concluindo. Chegamos agora ao ponto essencial. Como o Brasil vem respondendo? Por parte do Ministro da Saúde, Mandetta, nada à criticar. Seu comportamento, poder de mobilização, no enfrentamento da pandemia, vão sendo dignos de maiores eleogios e todos têm destacado seu papel. Uma obra marcante neste debate é o livro ao fim, "The Dark Side of the Force, de Jack Hirshleifer", versando sobre a teoria do conflito e seus principais mecanismos. Para isso, importante observar implicações políticas. Vejamos.
  1. Importante observar que a capacidade dos países, de se organizarem para evitar catástrofes, depende criticamente da incerteza sobre o limiar ou ponto de inflexão para mudanças catastróficas;
  2. Se essa incerteza é pequena, para se evitar a catástrofe é preciso coordenação - algo que os países são muito bons em fazer;
  3. Quando essa incerteza é grande, a ação coletiva exige a aplicação de um acordo de cooperação - algo que os países são muito ruins em fazer;
  4. A aplicação pode ser aprimorada se os países cedem alguma soberania - e, no entanto, historicamente, os países não estavam dispostos a fazer isso sem antes experimentar um resultado catastrófico;
  5. Em alguns casos, pode ser possível conceber estratégias que transformem um problema de ação coletiva em um jogo de coordenação.

    Faço questão de destacar a contribuição do economista Doutor Luiz A. Esteves, ao abordar este tema.


A publicação recomendada.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

domingo, 22 de março de 2020

Densidade de médicos

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Livro no prelo

Como o mercado editorial é rápido. Lançando um livro no exterior

"Mitigating the Covid economic crisis: act fast do wathever it take"



Leia um trecho: ...

"o impacto disruptivo da luta contra o COVID-19 sobre empregos, dívidas e empréstimos, bem como sobre as cadeias de suprimentos, coloca em risco todo o tecido econômico das economias europeias. Se não agirmos como a situação exige, podemos descobrir que quando quisermos voltar ao normal depois que o vírus passar, acharemos impossível fazê-lo"... #macroeconomics #economy #corporatestrategy #crisismanagement #riskmanagement #financialmanagement #corporatestrategy #financialmarkets # #creditrisk #capitalmarkets #fiscalpolicy #monetarypolicy #debt #bonds #loans #equities #supplychain #covid19 #coronavirus #buythedips #yieldhunt #investments #privateequity #realestate #liquidityrisk #cashmanagement #liquidity

sexta-feira, 20 de março de 2020

Na real

#Repost @osrealistasbr with @make_repost
・・・
Tem gente que ainda acha que o coronavírus é uma gripe piorada. Não é. A gripe é causada pela família do vírus influenza. Ele é velho conhecido e todo ano são produzidas vacinas para as cepas em circulação.
Os coronavírus são outra coisa. Eles são da família que causa a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), doenças que atacam severamente o sistema respiratório.

O novo coronavírus, o SARS-Cov-2, que causa a doença COVID-19, é particularmente perigoso. Tem se mostrado muito mais contagioso que outros coronavírus e vem causando pneumonias duplas, graves e resilientes, principalmente nos mais velhos. Os pulmões entram em colapso e dependem de ação externa para funcionar, com respiradores e entubações feitas em UTIs. Sem isso, a pessoa não consegue respirar e morre.

Se você é jovem e saudável, o risco de ter problemas mais sérios é muito pequeno, mas se contrair a doença, pode transmiti-la a seus pais e avós. Então, quando se deparar com as recomendações de prevenção, antes de dar de ombros, lembre-se: não é gripe forte, é outra coisa, muito mais séria, causa pneumonia dupla e resiliente, e pode matar. Se não você, alguém que você ama.

Tirado da LEVANTE

"Nos últimos 15 dias, as negociações de índices futuros das bolsas americanas foram travadas diversas vezes por atingirem os limites de baixa e de alta, os índices europeus derreteram até 14% em um único dia e, no Brasil, foram acionados seis Circuit Breakers em 10 dias.
Os retornos diários do Ibovespa dos últimos 9 pregões foram os seguintes:
• Segunda-feira (9/mar): -12,2% – 3ª maior queda do século (1 Circuit Breaker).
• Terça-feira (10/mar): +7,1% – 2ª maior alta em 11 anos.
• Quarta-feira (11/mar): -7,6% (1 Circuit Breaker).
• Quinta-feira (12/mar): -14,8% – maior queda no século (2 Circuit Breakers).
• Sexta-feira (13/mar): +13,9% – maior alta em 11 anos.
• Segunda-feira (16/mar): -13,9% – 2ª maior queda do século (1 Circuit Breaker).
• Terça-feira (17/mar): +4,9%.
• Quarta-feira (18/mar): -10,35% (1 Circuit Breaker). Ibovespa a 66.894 pontos.
• Quinta-feira (19/mar): +2,15%.
A boa notícia é que, diante da situação atual – como em qualquer adversidade –, o aprendizado é muito mais forte e surgem boas oportunidades de negócios.

MACROECONOMIA E A QUARENTENA

Do meu amigo Luis A. Esteves, a ler neste recesso forçado. 

Listei 3 artigos que considero "representativos" (dentro do possível) para cada Escola de Pensamento cuja abordagem Macro costuma aparecer com maior frequencia nos debates.

** NOVOS KEYNESIANOS (MAINSTREAM)
1- NEW AND OLD KEYNESIANS
GREENWALD & STIGLITZ
https://lnkd.in/ehbHSuc


2- THE SCIENCE OF MONETARY POLICY: A NEW KEYNESIAN PERSPECTIVE
CLARIDA, GALI & GERTLER
https://lnkd.in/e2c_52w

3- THE 3-EQUATION NEW KEYNESIAN MODEL
CARLIN & SOSKICE
https://lnkd.in/ekwqcHr

* NOVOS CLÁSSICOS (MAINSTREAM)
1- REAL BUSINESS CYCLE MODELS: PAST, PRESENT, AND FUTURE
REBELO
https://lnkd.in/eB9HP9w

2- UNDERSTANDING REAL BUSINESS CYCLES
PLOSSER
https://lnkd.in/e3EHTg2

3- ON THE MECHANICS OF ECONOMIC DEVELOPMENT
LUCAS
https://lnkd.in/eyzv-eX


* PÓS KEYNESIANOS (HETERODOXA)
1- THE FINANCIAL INSTABILITY HYPOTHESIS
MINSKY
https://lnkd.in/ecjTR_2

2- ALTERNATIVE THEORIES OF DISTRIBUTION
KALDOR
https://lnkd.in/eUjtJyi

3- BALANCE OF PAYMENTS CONSTRAINED GROWTH MODELS: HISTORY AND OVERVIEW
THIRLWALL
https://lnkd.in/e6ZmDYG

As epidemias e o mercado

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Evolução do Coronavirus

Seguem, os últimos dados da evolução do coronavírus, divulgados pelo dashboard da Johns Hopkins University. 

A Itália ultrapassou a China em número de mortos, 3405 versus 3249 com um nível de letalidade (mortos/confirmados) duas vezes maior, 8,30% versus 4,0%. Nota-se também pelo gráfico que a Itália, da mesma forma que o Brasil ainda tem um ritmo de novos casos bastante alto. A taxa de crescimento de hoje em relação ao dia 18, foi de 14,90% contra 12,93% do Brasil. Devem, obviamente, serem feitas todas as ressalvas quanto à acuracidade destes dados: os infectados são certamente um bom múltiplo dos casos já confirmados. De qualquer forma, analisemos os dados disponíveis e continuemos o grande esforço de isolamento social voluntário para derrubar a trajetória destas curvas!!!


 Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

quinta-feira, 19 de março de 2020

Olhem este fluxograma...

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

A FUGA DOS EMERGENTES!

Em momentos de choques exógenos adversos, os mercados emergentes são os primeiros a debandar, perdendo a função de "diversificação de portfólio". A crise atual presencia a maior fuga de capital dos emergentes desde 2008, mostrando a incapacidade dos bancos centrais em darem suporte, indefinidamente, aos ativos de risco.

Palavras do CEO do Mercado em Pauta Tullio Bertini.



Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

BALANÇOS E PERSPECTIVAS

Muito difícil o momento que estamos atravessando. Um clima de guerra, com todas as nações mobilizadas num esforço conjunto. Não me recordo de ter vivido momento mais pungente. 

A cada dia novas ações são engedradas pelas autoridades de vários países. Difícil saber quais os próximos passos. Qual a dimensão da pandemia? A China parece estar superando a fase mais aguda, mas por lá o estado de emergência é algo permanente, com strictu sensu nas condutas. É só observarem em quantos dias eles contruíram um hospital meio de campanha para atender aos infectados. 

No mundo, as mortes já passam de 10 mil, sendo no Brasil 21, mas devendo explodir nos próximos dias, dadas as trajetórias dos gráficos de óbitos. Em resposta, o governo, antes com intervenções tímidas, vem atuando fortemente tanto na área econômica, como na saúde. Bônus de 200 reais já foram anunciados para os informais, assim como antecipação da primeira parcela do décimo terceiro salário. Na saúde, o ar preocupado do ministro da Saúde, Mandetta, colocando sob hipótese o colápso do sistema de saúde a partir de fins de abril.

Na semana passada, o Copom anunciou a redução do juro Selic a 3,75% ao ano, mas é importante estar atento de que o problema é de saúde pública, retração da demanda privada. Neste contexto, estímulos fiscais seriam inevitáveis. 

A seguir, uma listagem destes estímulos. 

 Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

  

BCE em resposta

Os canhões do BCE, como reação ao Fed, são encarados como um sinal de fraqueza, não de força. Isso porque não se trata de uma crise de liquidez, mas de um completo blackout da economia global. Todos atingidos pelo mesmo impacto. Como venho dizendo neste espaço, a crise não é economica, mas de calamidade pública, frente ao obrigatório recolhimento das pessoas às suas casas ao redor do mundo. 

Consulta ao blog do economista Daniel Lacalle

Imagem

Merecem nossos aplausos.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Maiores tombos do BOVESPA B3

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Escassez da moeda norte-americana, retratando o momento delicado que vivemos

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Dólar contra uma cesta de moedas muito usadas no mercado global - Movimento é geral.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Um resumo da evolução do Covid 19

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Mercado nesta quinta-feira

MERCADOS – O comportamento dos mercados acionários na manhã desta quinta-feira mostrou que a tensão continua. Na Ásia, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou com queda de 1,04%. O índice Kospi, da bolsa de Seul, na Coreia do Sul, recuou 8,39%. Na Europa o movimento foi menos linear. Ao passo que o índice britânico FTSE estava em baixa de 1,53%, o alemão Dax mostrava um recuo de apenas 0,6%. No entanto, os contratos futuros do índice americano Standard & Poor’s de 500 ações abriram com uma queda de 2,95%.

LUIS A. ESTEVES, PHD

MAIS MANCUR OLSON, MAIS ELINOR OSTROM

"COLLECTIVE ACTION TO AVOID CATASTROPHE: WHEN COUNTRIES SUCCEED, WHEN THEY FAIL, AND WHY"
By Scott Barrett (SIPA, Columbia University)
Global Policy, Volume7, IssueS1, May 2016: Pages 45-55

https://lnkd.in/ep_kuPh

POLICY IMPLICATIONS
# The ability of countries to organize to avoid catastrophes depends critically on uncertainty about the threshold, or tipping point, for catastrophic change.
# When this uncertainty is small, avoiding catastrophe requires coordination – something countries are very good at doing.
# When this uncertainty is large, collective action requires enforcement of a cooperative agreement – something countries are very bad at doing.
# Enforcement can be enhanced by countries ceding some sovereignty – and yet, historically, countries have been unwilling to do this without having first experienced a catastrophic outcome.
# In some cases it may be possible to devise strategies that transform a collective‐action problem into a coordination game.


Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Impactos da epidemia podem ser reduzidos, por Marcelo Cirne de Toledo

São cada vez maiores e mais frequentes as decisões de autoridades fiscais e monetárias para tentar sustentar suas economias.

Não podemos perder de vista, contudo, que a raiz do problema continua sendo uma questão de saúde pública. Ou seja, a resposta mais importante deve vir dos sistemas de saúde.

China e outros países (Coreia, Taiwan, Japão, Singapura e outros) já desenvolveram e implementaram um sistema que chamo de “microtargeting” de monitoramento e isolamento dos casos.

Não há nada no campo fiscal ou monetário que substitua isso. Os países que conseguirem copiar esse sistema de controle é que terão maior sucesso em limitar os efeitos econômicos. Durante o período de desenvolvimento de um tratamento e uma vacina, essa é a ação mais relevante, para a qual nenhum país deverá poupar recursos. É possível controlar a epidemia, portanto, sem restrições extremas à mobilidade social e econômica.

Preocupação das pessoas, nas redes sociais, com a crise do virus Covid 19

Volatilidade nas alturas...




Mercados Globais (Daily News) – Passos importantes foram dados, outros ainda são necessários.

Por estes dias tivemos novamente uma intensa atuação dos bancos centrais. Além dos já ordinários cortes de juros, vimos nova atuação do ECB, na Europa, e do Fed, nos EUA, com o anúncio de novos programas de estabilização. Contudo, primeiro, vamos falar sobre Brasil.

"Mercados globais sentindo o tranco. O q o mercado mais detesta é a falta de horizontes, de previsibilidade. O Covid 19 é o imponderável, o imprevisível, a incerteza. Nada disso agrada aos investidores. Por outro lado, a China já começa a colher os resultados das suas ações, mas lá a disciplina é algo impressionante. País pós socialista, manja? Vejam o doc "Industria Norte´-Americana" no NETFLIX."

https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/03/daily-news-passos-importantes-foram.html

IVO CHERMONT

Eu não gostei da decisão do Banco Central ontem.
Na minha opinião, estamos diante de um choque de demanda muito violento, muito desinflacionário, nosso PIB está indo pra negativo em 2020 e o 2Q em particular deve surpreender muito até os pessimistas do BC.
E o câmbio? Pra isso existem reservas. O BC passou os últimos 50 anos tentando nos ensinar que ele separa os instrumentos cambiais e monetários. Cada um no seu quadrado.
Essa diretoria tem nos mostrado ser do tipo hawk. Sempre com uma retórica mais dura, sugerindo uma trajetória para os juros acima do que os dados requerem. A boa notícia é que eles se rendem aos fatos quando eles se apresentam.
E é isso que acho que vai acontecer dessa vez. BC cortou 50, diz que cenário base é manutenção na próxima. Mas, acho que quando eles se reunirem no dia 6 de maio, os dados Corona-based serão tão violentos que ele não terá alternativa que não cortar mais 50.

PS. Não faz parte do cenário base da quantitas, que eh 2x50, com selic final em 2,75%, mas arma na cabeça, eu acho que o mercado e o próprio bc vão pensar e discutir se vale uma extraordinária em algum momento de abril.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Direto do Alentejo by Julio Hegedus

Tento decifrar o comportamento do presidente por estes dias de emergência mundial devido ao Convid 19, já considerado pela OMS uma pandemia mundial. Tudo por causa do esforço dele de relativizar a situação, criticando a histeria da sociedade, falando que o virus mortal é uma "fantasia" ou uma "gravidez". "Daqui a pouco vai passar".
Tudo bem. Todo virus é temporário, mas é importante evitá-lo ao máximo e tomar todas as medidas precaucionais. Não dá para relativizar esta tragédia global.
E ela se torna ainda maior quando chegamos ao Brasil, no seu caos urbano, nas aglomerações sem o mínimo saneamento, nos riscos de uma espalhamento rápido, na saíde em colapso. O distanciamento social é uma necessidade e uma ordem. Não só aqui em Portugal, no Alentejo, na Alemanha, ao lado, na Espanha, na França, em todos os lugares!
No entanto, segue o capitão "surfando numa perigosa onda de irresponsábilidade".
Onde ele quer chegar? Por que faz pouco caso da gravidade da situação ??
A impressão que tenho é q ele tenta minimizar no esforço de não alarmar a população. Além disso, transmite um certo desequilíbrio cognitivo e também um tremendo complexo de inferioridade, a se mostrar incomodado com o éxito de algum ministro. A bola da vez agora é o Mandetta.
Na cabecinha de vento dele o ministro da Saúde já é mais falado do que ele opróprio e isso significa fazer sombra. Mas sombra à quê? Será q ele pode se tornar um real adversário para 2022? Diante disso, começa a desmerecer o ministro de ocasião, fazer pouco caso da sua atuação e até fritá-lo.
Façamos um balanço.
Ele fez isso com o pobre do Gustavo Bebbiano, então Secretário Geral, o Gen Mourão, q começou a se destacar por simples bom senso e equilíbrio nas intervenções, o Gen Santos Cruz, uma unanimidade de tão educado, depois o Sergio Mouro, o Paulo Guedes e agora o ministro da Saúde Mandetta. Ou seja, os ministros que se destacam são sabotados por fazer sombra ao seu egocentrismo boçal. Já os que se destacam negativamente, q bancam fanáticos, nesta política do ódio e confrontação, como o Weintraub e a Damares, são acolhido e não criticados pelo capitão.
Todos q tentem ter uma relação civilizada e republicana com a sociedade e se destacam por isso, começam a ser "sabotados".
Ele quer ministros servis e que mantenham este clima de campanha, de confrontação, na minha opinião, totalmente tolo e inútil. Cheguei a achar q esta era culpa da "prensa", mas observei também q ele caia em todas as provocações. Na verdade, ele se alimentava desta confrontação e destas provocações.
Acho q começa a errar e muito a partir daí.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...