sábado, 13 de setembro de 2014

Política cambial depois de 2014

Segundo o blog do Vicente, o BACEN está convencido de que terá de estender, para além de 31 de dezembro de 2014, as intervenções no mercado de câmbio por meio de contratos de swap. Fontes do governo garantem que a atual diretoria do BC vê com "perigoso" um desmonte das operações que somam quase US$ 100 bilhões da "noite para o dia". Ou seja, se Dilma Rousseff vencer as eleições e Alexandre Tombini continuar à frente do BACEN, as operações de swap cambial serão desmontadas gradualmente, de forma a não provocar fortes oscilações no mercado nem pressionar a inflação. "Um desmonte dos swaps da noite para o dia, como defendem alguns, provocará um estrago no mercado e na inflação. O céu seria o limite para os preços do dólar. Estamos dispostos a pagar esse preço?", indaga um dos mais influentes assessores da presidência da República. Na avaliação do governo, mesmo que a oposição venha a vencer as eleições, dificilmente os contratos de swap serão resgatados da noite para o dia, devido ao impacto que tal decisão teria tanto sobre a economia brasileira e a mundial. "Não podemos esquecer que o Brasil tem um dos maiores mercados de derivativos do mundo. O que acontece aqui tem repercussões da cidade do México a Mumbai, na Índia, passando por Jacarta, na Indonésia", ressalta a mesma fonte.


Esta é a realidade: vamos ver como Marina chega ao segundo turno

A campanha da presidente Dilma Rousseff tenta aproveitar a ampla vantagem no tempo de TV em relação a Marina Silva para continuar a tentar desconstruir a candidata do PSB. Isso porque, no 2º turno, os concorrentes terão o mesmo tempo de TV. Ao todo, a campanha de Dilma conta nesta fase da disputa com cerca de 2 minutos e 45 segundos por dia para as inserções - que são pequenos comerciais durante a programação normal de TV. Marina tem uma média diária de apenas 29 segundos deste tipo de exibição. Serão nove dias de programas presidenciais entre esta sexta-feira e o dia 2 de outubro, quando encerra o horário eleitoral gratuito do 1º turno, sempre às terças, quintas e sábados. São nessas propagandas, com cerca de 30 segundos cada uma, que Dilma aproveita para atacar a candidatura do PSB. Além da vantagem nas inserções, a petista dispõe de 11 minutos dos programas eleitorais fixos, enquanto Marina tem apenas 2 minutos.

"Necessidade de maior articulação no Congresso para manter a governabilidade"

Independentemente de quem vença as eleições presidenciais de outubro, o novo mapa político que sairá das urnas exigirá um poder de negociação ainda maior do executivo federal com os governos estaduais. 

"A composição só será conhecida quando as urnas forem abertas, mas, pelas recentes pesquisas sobre as eleições nos Estados, dá para perceber que haverá uma pluralidade de legendas no poder, o que exigirá de quem estiver no comando da Presidência da República uma capacidade maior de articulação e negociação. Podemos dizer que o próximo presidente terá mais atores políticos para conversar"afirmou Marco Antônio Carvalho Teixeira, cientista político e professor do curso de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas.

Luis Stuhlberger

Em relatório mensal enviado aos clientes esta semana, Luís Stuhlberger, gestor do Fundo Verde, do CSHG, o maior multimercado do Brasil e um dos maiores fundos do mundo, acha que a candidata Marina Silva tem 70% de chances de vencer a eleição, mas o quadro ainda está muito indefinido. Ninguém sabe para onde vão os ataques que Dilma tem feito à candidatura Marina e qual será a postura do AÉCIO em segundo turno. Para Stuhlberger, "a candidata herdará um quadro econômico e social muito complicado e sem uma ampla base no Congresso que lhe garanta governabilidade”.

Mais pesquisas

Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (12) mostrou a candidata do PT, Dilma Rousseff na frente das intenções de voto no primeiro turno, com 39%, 8 pontos na frente de Marina Silva, com 31% dos votos. O candidato do PSDB, Aécio Neves, se manteve -parado na terceira posição com 15% das intenções de voto. A pesquisa também comprovou o que tem sido visto nos últimos dias: um empate no segundo turno. Caso a disputa seja entre Dilma e Marina, a candidata do PSB fica com 43% enquanto a petista registra 42%. Sobre a postura do Aécio, se justifica pelo esforço de aumentar o poder de barganha para poder negociar melhor o apoio no segundo turno. 

Tese interessante

Conforme a ultima pesquisa do IBOPE, temos os seguintes índices de rejeição:
- Dilma: 42% => logo, 100-42=só 58% é o potencial máximo do seu eleitorado
- Marina: 26% => logo 100-26= 74%, bem maior de potencial máximo que Dilma.  


Isso ajuda a explicar, em parte, porque que a Dilma ganha no 1º turno com 39 a 31 de Marina mas perde no 2º turno de 43 a 42 a favor de Marina.
Na mesma linha de racicíonio, Dilma já conseguiu 67% do seu potencial máximo (39 p/ 58) enquanto Marina só conseguiu 42% do seu potencial (31 p/ 74). Logo, em tese, teria maior espaço para crescer que Dilma. Mas o principal ainda é que no 2º turno a grande maioria do eleitorado do Aécio que é de franca oposição a Dilma/fora PT, irá naturalmente migrar para Marina. Vamos torcer. 

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...