Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Itaú deveria comprar a XP...de Geraldo Samor
O Itaú Unibanco deveria comprar a XP Investimentos antes do seu IPO, tirando do mercado um concorrente cujo crescimento tem incomodado os bancos.
O IPO da XP está se desenhando como um dos maiores e mais concorridos do ano, com a empresa buscando um valor de mercado entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões (os números variam dependendo do interlocutor).
Mesmo se comprasse 100% da empresa — o que seria improvável — e pagasse no topo da faixa, o preço ainda seria uma fração do valor de mercado do banco, de R$ 237 bilhões.
A XP fechou o ano passado com 330 mil clientes ativos, um lucro de R$ 280 milhões e ativos de R$ 65 bilhões. Mas seu CEO disse ao Valor em janeiro que a meta é dobrar de tamanho este ano: lucro de R$ 480 milhões, ativos de R$ 130 bilhões e 650 mil clientes ativos.
Como o negócio cresce a taxas velozes, um múltiplo ‘caro' hoje ficaria mais razoável ao longo do tempo.
Mas a transação não poderia ser avaliada apenas com a métrica estática dos múltiplos: seu verdadeiro valor é estratégico.
O mercado estima que, a cada mês, a XP ‘roube’ R$ 2 bilhões que estavam ou poderiam ser aplicados nos bancos de varejo. Não se sabe se este número é sub ou sobre-estimado, mas a tendência de 'crescimento disruptivo' da XP é clara. “Ninguém está competindo direito com a XP,” diz uma fonte que trabalha na área comercial de um banco concorrente.
Se os dois lados chegassem a um acordo, o mais provável seria o Itaú manter a XP como uma entidade em separado de forma a proteger a cultura de ‘startup’ que prevalece na casa. Seria uma repetição do arranjo societário bem sucedido que o banco fez há 15 anos, quando comprou o BBA, então um agressivo banco de investimentos.
Todo o raciocínio feito aqui em tese também vale para o Bradesco, mas Osasco não tem a mesma inclinação para M&A, nem uma experiência como a compra do BBA para servir de molde.
Para o Itaú, um acordo com a XP eliminaria uma importante incerteza competitiva para os próximos anos, no momento em que os bancos começam a se preocupar com as fintechs e o próprio Itaú trabalha para ficar mais leve.
Para a XP, a venda eliminaria as incertezas relacionadas ao processo de IPO — que neste momento parece promissor mas está sempre sujeito aos desígnios da sorte — e o peso associado a se tornar uma empresa pública, com imposições regulatórias e de transparência com investidores que frequentemente vão contra os interesses estrategicos da companhia.
A XP atraiu clientes com uma inovação relativamente simples: uma arquitetura aberta que oferece produtos de terceiros e, na média, cobra taxas de administração menores do que a dos grandes bancos.
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas mostrou que a taxa de administração média cobrada pelos bancos em fundos de renda fixa básicos é de 1% ao ano, enquanto a taxa cobrada por gestoras independentes para o mesmo produto é de 0,4%. (Não é mágica nem caridade: como não precisa manter uma rede de agências nem é regulada como os bancos, a XP tem um custo de aquisição de clientes muito menor.)
Mais do que uma corretora, a XP é um supermercado financeiro que ganha dinheiro em todas as gôndolas: fundos imobiliários, gestão de recursos, corretagem, ‘float' (o dinheiro que o cliente deixa na conta e não aplica), venda de seguros, etc. Sua legião de mais de 2 mil agentes autônomos e 600 escritórios de investimento parceiros deu à empresa uma capilaridade nacional — e uma cultura de atendimento personalizado.
A venda (ou o IPO) coroaria uma trajetória que começou há 16 anos em Porto Alegre, onde os sócios Guilherme Benchimol e Marcelo Maisonnave montaram uma modesta empresa de agentes autônomos de investimentos com um ‘pitch' de educação financeira. Com a incorporação da Americainvest CCTVM em 2007, a XP passou a atuar como corretora.
Parte do crescimento veio por M&A: a XP comprou a Interfloat e a Senso Corretora (2011), a Prime (2012), a Clear (2014) e a Rico no ano passado. Além disso, desde 2011 a XP é dona do Infomoney, site que mistura notícias de mercado com a promoção dos produtos da casa.
O sucesso da XP tem inspirado vários players a apostar na conversão da pessoa física em investidor: nos últimos meses, a Geração Futuro (agora repaginada como Genial Investimentos) e até o BTG Pactual entraram na disputa pelas economias dos milhões de brasileiros que não têm milhões na conta.
O próprio Itaú ensaiava uma contraofensiva para tentar defender seu mercado e reter clientes, cada vez mais interessados em retornos gordos e taxas de administração magras.
O Itaú abriu sua plataforma de investimentos do Personnalité para produtos de outras gestoras. Na campanha do novo conceito, batizado de “Investimento 360”, um locutor pergunta: “Por que você não pode ter o melhor de um banco e uma corretora no mesmo lugar?”
A resposta, talvez, dependa só da XP e do Itaú.
O IPO da XP está se desenhando como um dos maiores e mais concorridos do ano, com a empresa buscando um valor de mercado entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões (os números variam dependendo do interlocutor).
Mesmo se comprasse 100% da empresa — o que seria improvável — e pagasse no topo da faixa, o preço ainda seria uma fração do valor de mercado do banco, de R$ 237 bilhões.
A XP fechou o ano passado com 330 mil clientes ativos, um lucro de R$ 280 milhões e ativos de R$ 65 bilhões. Mas seu CEO disse ao Valor em janeiro que a meta é dobrar de tamanho este ano: lucro de R$ 480 milhões, ativos de R$ 130 bilhões e 650 mil clientes ativos.
Como o negócio cresce a taxas velozes, um múltiplo ‘caro' hoje ficaria mais razoável ao longo do tempo.
Mas a transação não poderia ser avaliada apenas com a métrica estática dos múltiplos: seu verdadeiro valor é estratégico.
O mercado estima que, a cada mês, a XP ‘roube’ R$ 2 bilhões que estavam ou poderiam ser aplicados nos bancos de varejo. Não se sabe se este número é sub ou sobre-estimado, mas a tendência de 'crescimento disruptivo' da XP é clara. “Ninguém está competindo direito com a XP,” diz uma fonte que trabalha na área comercial de um banco concorrente.
Se os dois lados chegassem a um acordo, o mais provável seria o Itaú manter a XP como uma entidade em separado de forma a proteger a cultura de ‘startup’ que prevalece na casa. Seria uma repetição do arranjo societário bem sucedido que o banco fez há 15 anos, quando comprou o BBA, então um agressivo banco de investimentos.
Todo o raciocínio feito aqui em tese também vale para o Bradesco, mas Osasco não tem a mesma inclinação para M&A, nem uma experiência como a compra do BBA para servir de molde.
Para o Itaú, um acordo com a XP eliminaria uma importante incerteza competitiva para os próximos anos, no momento em que os bancos começam a se preocupar com as fintechs e o próprio Itaú trabalha para ficar mais leve.
Para a XP, a venda eliminaria as incertezas relacionadas ao processo de IPO — que neste momento parece promissor mas está sempre sujeito aos desígnios da sorte — e o peso associado a se tornar uma empresa pública, com imposições regulatórias e de transparência com investidores que frequentemente vão contra os interesses estrategicos da companhia.
A XP atraiu clientes com uma inovação relativamente simples: uma arquitetura aberta que oferece produtos de terceiros e, na média, cobra taxas de administração menores do que a dos grandes bancos.
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas mostrou que a taxa de administração média cobrada pelos bancos em fundos de renda fixa básicos é de 1% ao ano, enquanto a taxa cobrada por gestoras independentes para o mesmo produto é de 0,4%. (Não é mágica nem caridade: como não precisa manter uma rede de agências nem é regulada como os bancos, a XP tem um custo de aquisição de clientes muito menor.)
Mais do que uma corretora, a XP é um supermercado financeiro que ganha dinheiro em todas as gôndolas: fundos imobiliários, gestão de recursos, corretagem, ‘float' (o dinheiro que o cliente deixa na conta e não aplica), venda de seguros, etc. Sua legião de mais de 2 mil agentes autônomos e 600 escritórios de investimento parceiros deu à empresa uma capilaridade nacional — e uma cultura de atendimento personalizado.
A venda (ou o IPO) coroaria uma trajetória que começou há 16 anos em Porto Alegre, onde os sócios Guilherme Benchimol e Marcelo Maisonnave montaram uma modesta empresa de agentes autônomos de investimentos com um ‘pitch' de educação financeira. Com a incorporação da Americainvest CCTVM em 2007, a XP passou a atuar como corretora.
Parte do crescimento veio por M&A: a XP comprou a Interfloat e a Senso Corretora (2011), a Prime (2012), a Clear (2014) e a Rico no ano passado. Além disso, desde 2011 a XP é dona do Infomoney, site que mistura notícias de mercado com a promoção dos produtos da casa.
O sucesso da XP tem inspirado vários players a apostar na conversão da pessoa física em investidor: nos últimos meses, a Geração Futuro (agora repaginada como Genial Investimentos) e até o BTG Pactual entraram na disputa pelas economias dos milhões de brasileiros que não têm milhões na conta.
O próprio Itaú ensaiava uma contraofensiva para tentar defender seu mercado e reter clientes, cada vez mais interessados em retornos gordos e taxas de administração magras.
O Itaú abriu sua plataforma de investimentos do Personnalité para produtos de outras gestoras. Na campanha do novo conceito, batizado de “Investimento 360”, um locutor pergunta: “Por que você não pode ter o melhor de um banco e uma corretora no mesmo lugar?”
A resposta, talvez, dependa só da XP e do Itaú.
Corai Ronai - sempre ela...
Mas sério - eu nunca vi nada mais parecido com um filme de gangster na vida real do que essa sequência
Palocci depõe
("O dia que o senhor quiser, se o senhor tiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o senhor determinar, eu imediatamente, apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser, certamente, do interesse da Lava Jato.”)
Gilmar solta Dirceu
("Creio que hoje o Tribunal está dando uma lição ao Brasil.")
Palocci desiste da delação
Melhor chamar o Lula de uma vez, trazer a querida de volta e soltar a putada toda, porque este país não tem mais jeito.
De um amigo da rede social
"Mercados de alta nascem no pessimismo, crescem no ceticismo, amadurecem no otimismo, morrem na euforia". J Templeton
Carteira Lopes Filho & Associados
Nossa carteira continua um sucesso. Até abril rentabilizamos 21%, contra 9% da Bovespa. Em abril, os papéis escolhidos foram: Localiza, Alpargatas, Vale, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Tractebel, Copel, EDP, Multiplan e Raia Drogasil. Para maiores informações, 2272 9602 (Lucimar).
Advogado de Dilma sofre revés na Uerj
O advogado Ricardo Lodi, que atuou na defesa de Dilma Rousseff, sofeu um revés na UERJ, onde é diretor da faculdade de direito.
O problema começou quando Lodi abriu um concurso público para preencher a vaga para professor titular de Direito Financeiro. Só que ele mesmo concorreu ao cargo que criou.
A iniciativa foi parar na justiça, onde acabou suspensa pela desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves.
“Destaco que o princípio de moralidade deve ser observado de forma objetiva. O simples fato de ser Diretor da UERJ coloca em questão a lisura do concurso. Seu afastamento provisório do cargo não é suficiente para dar aparência de impessoalidade e transparência que rege o concurso público”, escreveu a desembargadora em sua decisão (Alessandra Medina).
O balanço da gigante
O balanço do primeiro trimestre da Petrobras será divulgado no dia 11, quinta-feira — véspera, aliás, do primeiro aniversário da queda de Dilma Rousseff (Lauro Jardim).
Produtos em q mais se paga impostos
Confira, abaixo, os 10 produtos com mais imposto no Brasil:
Produto
|
Tributação
|
1. Cachaça
|
81,87%
|
2. Casaco de Pele
|
81,86%
|
3. Vodca
|
81,52%
|
4. Cigarro
|
80,42%
|
5. Perfume importado
|
78,99%
|
6. Caipirinha
|
76,66%
|
7. Vídeo Game
|
72,18%
|
8. Revólver
|
71,58%
|
9. Perfume Nacional
|
69,13%
|
10. Motos acima de 250cc
|
64,64%
|
Assinar:
Postagens (Atom)
Editorial do Estadão (17/02)
LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...
-
Foi uma quinta-feira agitada. Na CPI da Covid, Carlos Wizard, mesmo com Habeas Corpus, não compareceu, mas, meio que "coercitivamente&q...
-
Prestes a completar dois anos de mandato, é importante que traçemos um painel sobre o que foi o governo Bolsonaro até o momento. Primeiro, f...
-
Qual o papel do STF!? Seu papel "é interpretar a CF 88" e não atuar politicamente, como vem fazendo nos últimos tempos. Foi pergun...