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Mostrando postagens de agosto 24, 2025

Leitura de domingo

 *Leitura de Domingo: Setores ligados à economia doméstica têm bom desempenho, mas juro é alerta* Por Ana Paula Machado, Beth Moreira, Caroline Aragaki, Isabela Mendes e Mateus Fagundes São Paulo, 19/08/2025 - A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 teve como destaque positivo as empresas ligadas à economia doméstica e os bancos. Esses segmentos apresentaram crescimento expressivo nas receitas e boas margens, salvo algumas exceções pontuais - como o Banco do Brasil. No levantamento feito pela reportagem a partir do compilado do Prévias Broadcast, 60% das empresas apresentaram números em linha ou acima do esperado no segundo trimestre. O setor de varejo foi um dos destaques da temporada, na opinião do head de Equity Research para América Latina do Citi, André Mazini. O profissional ressalta que o segmento registrou alta de dois dígitos nas vendas no conceito mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), impulsionado pelo clima mais frio. Nessa lista de companhias com as melho...

Paulo Baía

 A crosta sígnica da existência humana **       * Paulo Baía  “Compreender, interpretar é traduzir um pensamento em outro pensamento num movimento ininterrupto”, escreve Lucia Santaella, em um de seus trechos mais luminosos sobre a semiótica. E prossegue: “É porque o signo está numa relação a três termos que sua ação pode ser bilateral: de um lado representa o que está fora dele, seu objeto, e de outro lado, dirige-se para alguém em cuja mente se processará sua remessa para um outro signo ou pensamento onde seu sentido se traduz”. Santaella, nesse gesto de precisão conceitual e lirismo poético, revela o que somos: seres aprisionados e libertos por signos, criaturas que respiram significados, que só existem porque habitam símbolos que, ao mesmo tempo, nos aproximam e nos afastam do real. Essa formulação ecoa o núcleo da semiótica de Charles Sanders Peirce. O signo, em sua concepção, é triádico: há sempre um objeto, um signo e um interpretante. E não há fim no pro...

Amilton Aquino

 Hora de superar Lula e Bolsonaro: lições e desafios para 2027 O editorial do Estadão deste domingo, intitulado “Hora de acordar, Brasil”, faz coro a uma demanda cada vez mais urgente: precisamos nos livrar dos populismos que nos dividem. O problema é: como? A teoria dos jogos, infelizmente, nos diz que ainda teremos de conviver por um bom tempo com a odiosa polarização que nos impede de chegar a consensos mínimos sobre o que é melhor para o país. Ao que tudo indica, porém, o eleitor chegará à urna menos empolgado e mais desconfiado do que está por vir, temendo inclusive uma vitória de pirro. E sim, isso já representa um avanço — um primeiro passo rumo à contagem regressiva para a superação de Lula e Bolsonaro, cada dia mais envelhecidos e mais expostos diante das contradições que se acumulam. O certo mesmo é que 2027 será um ano difícil. A dívida pública, que em proporção ao PIB recuou de 88,6 % em 2020 para 76,1% % em 2022, voltou a se expandir rapidamente a partir da nova tempor...