FÁBIO ALVES: AS TENTAÇÕES AO COPOM Faz muito tempo que uma reunião do Copom não acontece em meio a uma irrefutável queda tanto nas expectativas inflacionárias dos analistas, quanto na inflação implícita nas taxas dos títulos públicos, mostrando um progresso efetivo da política monetária restritiva que levou os juros a 15%. Mas a melhora ainda é incipiente, e o perigo é de o Banco Central baixar a guarda e afrouxar a sinalização dos seus próximos passos. Esta é a primeira reunião que o Copom deverá deixar a taxa Selic parada após ter indicado, em junho, que pretende mantê-la inalterada por “período bastante prolongado”. Assim, a atenção recairá sobre o comunicado que acompanhará o anúncio da decisão amanhã. O desafio do Copom é dissuadir o mercado de apostar num eventual início de um ciclo de corte de juros antes do desejável, o que colocaria a perder todo o esforço do BC em levar as expectativas inflacionárias em direção à meta de 3%. Como, porém, não evitar uma sinalização mais s...
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.