domingo, 7 de setembro de 2014

Debate econômico: empacado na intransigência e na vaidade intelectual

Tento decifrar e entender o debate econômico existente no país. No espaço de interação, FACEBOOK, observo este debate, ainda mais intenso com a proximidade das eleições e constato como existe intransigência boba entre as principais vertentes.

Dentre as principais, destaco uma mais keynesiana, defendendo medidas de política econômica (ao meu ver desastrosas, como as do governo Dilma). Nesta são poucos os q se atrevem a criticar abertamente as medidas deste caótico governo. Na outra ponta vejo os "neoliberais" (neologismo criado pelos economistas de esquerda para demarcar seus territórios), economistas mais ortodoxos, críticos às políticas atuais. Nestes, em sua maioria, vemos os economistas de mercado, mtas vezes, com uma visão mais pragmática sobre os rumos da economia do País.

Por escolas, de um lado, em sua maioria, economistas mais à esquerda, heterodoxos, keynesianos, mais humanistas, da UNICAMP, UFRJ, UFF, FGVSP...Do outro, economistas "neoliberais", mais à direita, próximos dos clássicos, ortodoxos, com ótima instrumentalização de análise, oriundos da PUC, EPGE-FGVRJ, entre outros.

Ambos não se misturam...Os debates são sempre muito acirrados, com poucos avanços ou pontos de convergências...uns mais dogmáticos, não aceitam serem contestados...o q torna o debate totalmente estéril...Cada corrente, nas suas "redomas de vidro", vivendo nos seus "mundinhos intelectuais", q eles mesmo constroem a partir da vasta literatura existente. Acho isto pouco frutífero, pouco evolutivo. Acho, inclusive, que este dualismo tolo impacta diretamente na evolução da economia brasileira...basta ver como nos encontramos hje, por aderirmos mais aos heteredoxos de Campinas...O governo Dilma foi um grande fracasso em termos de política econômica e terapias empregadas!!

Acho, já colocando o meu pitaco, PORTANTO, na análise crua dos fatos, que a turma mais à esquerda fracassou redondamente no seu diagnóstico sobre o que fazer no governo Dilma, enquanto q boa parte dos ortodoxos foi bem sucedidos na reconstrução da moeda, vilipendiada por 30 anos de inflação galopante...com o lançamento do Plano Real...

Não reconhecer isto é entrar de novo no estéril debate do FlaxFlu. Apenas para registro...esta turma da ortodoxia está convocada para voltar a entrar em campo tanto com Marina como com Aécio. Na situação temos um excelente quadro da heterodoxia, Nelson Barbosa, q tbém fracassou nos seus diagnósticos em passado recente...aguardemos para depois das eleições.

Independência do BACEN, segundo a UFF

http://www.conjuntura.uff.br/politica-monetaria/a-independencia-do-banco-central/

Tolices de um debate raivoso

Acho a suposta rivalidade entre acadêmicos, na sua maioria de esquerda ou keynesianos, e profissionais de mercado uma bobagem. Vejamos porque. 

  • Há uma certa arrogância entre ambos os lados. Os profissionais da academia (professores), algumas vezes, são preconceituosos. Eles, muitas vezes, têm a capacidade de fantasiar a realidade com uma série de pré-conceitos bobos (rentistas x produtores, p.e.) q não se encaixam com o dia-a-dia da análise econômica dos mercados. Já os economistas de instituições financeiras tendem a não dar mto crédito ao que os academicistas dizem, por estes não conhecerem o dia-a-dia do mercado financeiro.  
  • A rapidez cada vez maior dos mercados e a necessidade de tomada de decisões ágeis, neste caso, levam à análises mais precisas e menos floreadas (mais objetivas) pelos economistas de mercado. Nesta relação acima descrita (rentistas x setor produtivo), por exemplo, todos nós sabemos q o q leva a esta distorção é a péssima situação fiscal, fruto de uma gestão incompetente do governo Dilma. Os bancos apenas se aproveitam disto, comprando títulos públicos rentáveis, colocando nas suas carteiras e fundos e oferecendo aos clientes...
  • Acho este debate raivoso entre keynesianos acadêmicos e profissionais de mercado uma bobagem. Desqualificar um economista por trabalhar no mercado financeiro é de uma burrice e simplificação sem tamanho. Sei de mtos do meio acadêmico q defendem esta tese...são preconceituosos e infantis. Também sou contra a arrogância de alguns do mercado por não considerarem o q dizem os acadêmicos.
  • O profissional de mercado é extremamente qualificado e precisa de rapidez no acero das suas análises, pois isto envolve $$ milhões...decisões de investimento precisam ser bem embasadas e consistentes...
  • Ele não é o "tubarão de mercado" q os acadêmicos tanto apregoam...pode ganhar mto $$ desde q tenha análises acertadas sobre a realidade, tentando mitigar o impacto q a instabilidade e a incerteza trazem à economia e ao mercado financeiro.
  • O ideal é q o debate seja elevado e limitado apenas à análise dos fatos, sem ataques pessoais depreciativos...o problema é q isto não acontece. 

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...