quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Alguns já começam a cogitar de pedir um suporte do FMI para aliviar no ajuste fiscal

COPOM MAIS CAUTELOSO

Sem surpresas a decisão do Copom de cortar o juro em 0,25 ponto percentual, a 13,75%, na reunião do Copom desta quarta-feira. Foi uma decisão unânime.

Para o Bacen, o cenário externo acabou pesando para esta decisão mais cautelosa. Depois da eleição de Donald Trump, o real se depreciou consideravelmente, hoje negociado em torno de R$ 3,39 a R$ 3,40, o que pode ter efeitos inflacionários mais a frente. Mesmo assim, apesar deste cenário externo incerto, considerou a possibilidade, em breve, de uma "normalização".

Para as próximas reuniões, a autoridade monetária estará monitorando de perto a cena externa e também a inflação, em desaceleração nas últimas apurações. Alguma atenção também será necessária para a cena política, muito conturbada nos últimos dias, e o ritmo de ajuste fiscal. Tivemos uma votação folgada em primeiro turno no Senado da "PEC do teto", devendo passar sem sustos em meados de dezembro, mas a Reforma da Previdência deve enfrentar resistências em 2017. 


Diante disso, estamos em revisão na taxa Selic de 2017, visto que é grande o risco de novas depreciações cambiais, dados os movimentos do presidente Trump em favor de uma política fiscal mais expansionista nos EUA, e a cena política doméstica piorar.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...