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Mostrando postagens de junho 27, 2017

"CRISE, "HORIZONTE TEMPORAL" E RISCO PARA REFORMAS", RAFAEL CORTEZ

"Horizonte Temporal". Trata-se de um jargão fartamente utilizado entre os analistas políticos. Em linhas gerais, a constatação da redução do horizonte temporal das lideranças partidárias está associada ao aumento da percepção de risco. Decisões políticas tomadas sob forte incerteza, em geral, são marcadas pela miopia da classe política. Os ganhos de curto prazo esconderiam, na verdade, ineficiências e custos não esperados no longo prazo. Crises políticas agudas, em geral, são situações em que os indivíduos e organizações perdem a capacidade de antecipar resultados. Não por um acaso, crises são marcadas por instabilidade, rompimento de acordos e perda de popularidade de lideranças. Existe a temor de que a associação política com um governo com baixa popularidade reduza as chances de vitória em 2018. Se a eleição funciona como uma espécie de plebiscito do governo do momento, Temer não representa um ativo político em linha com a enorme rejeição e a ausência de um "fato ...

Esperança europeia Macron tem uma virtude suplementar para Bruxelas: ele tem fé na Europa Gilles Lapouge, CORRESPONDENTE / PARIS, O Estado de S.Paulo 23 Junho 2017

Na quinta-feira, começou a Cúpula Europeia. Coisa de rotina? Não. O continente atravessa um período estranho, com más estrelas (as teimosia de Trump, em particular, sobre o clima, o início das conversações sobre o Brexit com uma Theresa May enfraquecida e, portanto, imprevisível), mas também estrelas boas: fim da demorada crise econômica mundial, retomada das indústrias, reveses dos partidos populistas de extrema direita e antieuropeus em todos os países, a começar pela França onde Marine Le Pen vacilou. Emmanuel Macron, o jovem presidente francês saído como um prestidigitador do nada será a vedete absoluta. Toda a Europa observa este Óvni com os olhos arregalados. Arregalados demais. Uma passagem em revista da imprensa europeia seria quase cômica. Europa. Mais união com Macron e Merkel na direção Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch Para o Financial Times, Macron é o rei Luis XIV (séculos 17 e 18); para Le Temps (suíço), ele é o general De Gaulle; La Stampa (Itália) e El País (Espanha) o in...

Temer chama denúncia de 'ilação' em ataque à Procuradoria Em pronunciamento, presidente acusado critica 'denúncias frágeis e precárias' que 'atentam contra o País', Carla Araújo e Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo 27 Junho 2017

Com uma claque de deputados aliados e ministros, o presidente Michel Temer fez nesta tarde de terça-feira, 27, um pronunciamento no Palácio do Planalto em que criticou o fatiamento da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, oferecida contra ele ao Supremo Tribunal Federal. “Se fatiam as denúncias para provocar fatos semanais contra o governo. Querem parar o País, parar o Congresso num ato político, com denúncias frágeis e precárias. Atingem a Presidência da República, atentam contra o País”, disse. Conforme antecipou o Estado/Brodcast, Temer disse que “reinventaram o Código Penal e incluíram uma nova categoria: a denúncia por ilação”. “Se alguém cometeu um crime e eu o conheço, logo sou também criminoso”, disse. Janot denunciou criminalmente ao STF na segunda-feira, 26, o presidente por corrupção passiva com base na delação dos acionistas e executivos do Grupo J&F, que controla a JBS. O ex-assessor especial do presidente e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures...

Carta de Otto Lara Resende a Fernando Sabino

Nessa carta a Fernando Sabino -- que considero extraordinária --, Otto faz alusão à "questão de Minas", que vem a s er "as reações, por vezes passionais, provocadas por um artigo que Vinicius de Moraes publicou em 'O Jornal', do Rio de Janeiro, em 5 de novembro de 1944". O título do artigo: "Carta contra os escritores mineiros (Por muito amar)". Nele, Vinicius questionava: "Por que só olhais o mundo das janelas de vossas casas ou dos vossos escritórios?". "Por que economizais e para quê: para comprar o vosso túmulo?". Belo Horizonte, 23 de dezembro de 1944 Nesta chatíssima questão de Minas*, você me coloca como sujeito tipicamente sem caráter, que não quer perder os partidos, que quer navegar nas duas margens. Você me pergunta por que escrevi ao Tristão**. Porque achei que devia e estou certo que devia mesmo, por nada mais. Estou burro para dizer o que quero, a mão está dura, mas continuo. Eu não vejo nenhuma atitude de s...

Em Curitiba...