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Mostrando postagens de agosto 19, 2025

Carlos Eduardo Novaes

 A VOLTA POR CHINA –  Carlos Eduardo Novaes Fazem 36 anos. O dia 4 de junho de 1989 marcou o fim dos maiores protestos que a China conheceu, realizados por milhares de estudantes que pediam liberdade e democracia na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O Exercito chinês conteve a manifestação à bala provocando a morte de 300 pessoas (número oficial). Pouco depois Deng Xiaoping, chefe supremo do país, iniciou a “Segunda Revolução”,  trazendo ao mundo uma improvável novidade: a combinação de um regime totalitário com uma economia de mercado. Na ocasião Xiaoping declarou em alto e bom som: “Lamentem os mortos mas recebam a prosperidade”. De lá para cá a China cresceu 10% por ano (em média), tirou quase 900 milhões de pessoas da pobreza e da miséria (dados do Banco Mundial), tornou-se a segunda economia do planeta, ganhou estabilidade social e sob a batuta do Partido Comunista enterrou definitivamente as esperanças de algum dia virar uma democracia. - Nem em meus sonhos mais do...

Aula prática de economia

 AULA PRÁTICA DE ECONOMIA Como funciona a economia. Isso não ensinam na escola. Todas as tardes, dez amigos se encontravam no Bar do Leôncio, no centro da pacata cidade de Santa Aurora, para beber, conversar e esquecer um pouco as preocupações da vida. A conta era sempre a mesma: R$ 100,00 por rodada de cerveja. Mas eles nunca dividiam essa conta igualmente, pois sabiam que suas realidades eram muito diferentes — e então decidiram contribuir de forma proporcional ao que cada um podia pagar: Os quatro mais pobres não pagavam nada. O quinto, que fazia bicos, pagava R$ 1,00. O sexto, com um trabalho irregular, dava R$ 3,00. O sétimo, que tinha um salário fixo, contribuía com R$ 7,00. O oitavo, funcionário público, pagava R$ 12,00. O nono, dono de um pequeno negócio, desembolsava R$ 18,00. E o décimo, o mais rico — Artur Dourado, um investidor de sucesso — bancava o restante: R$ 59,00. Todos achavam justo. Todos brindavam juntos. Todos se beneficiavam da cerveja.  Era como funcion...

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal  SESSÃO: Bolsas em compasso de espera até à reunião dos banqueiros centrais em Jackson Hole (de quinta a sábado), reagindo de forma muito moderada às restantes referências. Isto foi o que aconteceu ontem (EUA estáveis e Europa -0,3%) e hoje é previsível que a mesma tendência se mantenha. Será uma sessão com praticamente nenhuma referência. Teremos apenas: (i) alguns indicadores do mercado da habitação nos EUA (Inícios de Construção e Licenças de Construção), que deverão continuar sólidos; (ii) resultados do segundo trimestre da Home Depot antes da abertura americana, que poderão dar as primeiras pistas sobre o impacto das tarifas de Trump no consumo; e (iii) ruído no plano geoestratégico, sendo que será apenas isso mesmo. Ruído com poucas conclusões práticas e pouco impacto nos mercados. Fica claro que no fim de semana as posições se mantiveram distantes, pelo que damos pouca probabilidade a uma resolução rápida do conflito. Em suma, o mais provável...

Aperto dos EUA

 *ESTADÃO: EUA APERTAM CERCO A MORAES; BRASIL CONTESTA INVESTIGAÇÃO* 22:30 18/08/2025  Brasília, 18/08/2025 - O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira, 18, que leis e ordens estrangeiras que atinjam cidadãos brasileiros, relações jurídicas celebradas no País, bens situados em território nacional e empresas que atuam no Brasil não têm efeito automático e precisam ser homologadas para ter eficácia. A determinação ocorre após os Estados Unidos aplicarem a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Em reação, o governo americano fez novas ameaças, afirmou que nenhum tribunal estrangeiro pode anular punições impostas pelos EUA e chamou Moraes de "tóxico". "Ficam vedadas imposições, restrições de direitos ou instrumentos de coerção executados por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País, bem como aquelas que tenham filial ou qualquer atividade profissional, comer...

Crise insolúvel

 *COLUNA DO ESTADÃO: FLÁVIO DINO TRANSFORMA SANÇÃO DA LEI MAGNITSKY A MORAES EM 'CRISE INSOLÚVEL'* 22:40 18/08/2025  Ao tentar blindar seu colega da Corte Alexandre de Moraes de sanções da Lei Mag-nitsky, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, provocou uma "situação inédita, complexa, sensível e insolúvel". Além disso, levou os bancos brasileiros "à estaca zero" sobre o que pode ou não ser feito no relacionamento comercial com o magistrado que foi punido pelo governo dos Estados Unidos. O cenário acima foi traçado à Coluna por representantes de grandes instituições do País. Eles destacaram que os bancos acionaram novamente seus departamentos jurídicos porque não sabem o que fazer. O setor tem características peculiares, porque as relações dos bancos são glo bais, interligadas com o mundo, comerciais e contratuais. SITUAÇÃO. Um dos interlocutores observou que o Banco do Brasil, que tem parte da folha de pagamento do STF, é um banco público de ca...

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Mercados entre Ucrânia e Jackson Hole* A vice-presidente de supervisão do Fed, Michelle Bowman, discursa hoje, em evento pré-Jackson Hole … Em dia sem indicadores relevantes, os mercados entram na contagem regressiva para a fala de Powell no Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira. Aqui, o fortalecimento do dólar, nesta segunda-feira, e a mensagem conservadora de Diogo Guillen no Warren Day impediram reação dos juros ao IBC-Br mais fraco. No noticiário corporativo, destaque para o balanço de Home Depot antes da abertura em NY, enquanto o resultado da XP, ontem à noite, impôs queda às ações no after hours. Investidores também acompanham as negociações para a paz na Ucrânia, após a reunião de Trump, Zelensky e líderes europeus, em Washington, que avançaram, mas ainda permanecem incertas. TRATATIVAS – Trump afirmou que já iniciou os preparativos para um encontro trilateral com Putin e Zelensky, após telefonema de 40 minutos com o presidente russo. O vice J.D. Vance, o...