Uma das coisas mais lamentáveis do mundo atual é o aumento expressivo das possibilidades de criação de narrativas. Para qualquer coisa, por mais absurda que seja, uma massa acéfala estará pronta para consumi-la e disseminá-la. E, num mundo cada dia mais complexo, cheio de nuances e contradições, basta uma meia-verdade, uma foto descontextualizada ou um material qualquer falsificado pela IA para tocar o berrante da massa ávida por reforçar suas doentias crenças. Ver a mentira ser reproduzida por um cidadão comum já é lamentável. Agora, ver a mentira mais absurda ser repetida e normalizada pelo homem mais poderoso do mundo é de embrulhar o estômago. Se o início de fevereiro de 2025 entrou para a história como a data da cisão da cooperação militar entre os EUA e as democracias europeias, esta semana marca o triunfo da mentira de Putin — o denominador comum que une populistas de direita e de esquerda. “Zelensky iniciou a guerra!”. Não foi Putin quem invadiu a Ucrânia duas vezes em sei...
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.