sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Negociação? Que negociação?

O renomado jurista Modesto Carvalhosa sobre as declarações do advogado de Eike Batista de que está negociando a apresentação de seu cliente. "Negociar? Negociar o quê? Isso não existe. É um absurdo completo. Não há precedente de negociação para deixar de cumprir uma ordem de prisão. Negociar prisão não existe. Negociação só faz sentido em caso de sequestro com reféns." Como dissemos mais cedo, nem PF nem MPF confirmam a tal negociação.

Visão do BofA

Visão do BofA sobre o Brasil. Veja os destaques abaixo:
1. Reforma da Previdência
A aprovação de uma reforma da Previdência "abrangente" é chave para que o crescimento dos gastos públicos se encaixar no texto estabelecido pelo governo e para a continuidade do ajuste fiscal. "Esperamos que as discussões no Congresso diluam os termos originais da proposta, especialmente no que tange a idade mínima para aposentadoria", diz o texto. O banco estima que a votação final ocorra no terceiro trimestre de 2017. 
2. Renegociação da dívida dos Estados
O BofA projeta que novos termos para renegociação das dívidas dos Estados sejam apresentados pelo governo federal em fevereiro, após o presidente Michel Temer vetar trechos do projeto aprovado na Câmara
 em 2016 que isentava os governadores de cumprir contrapartidas em troca do alívio na dívida  com a União. "Isso é positivo por sinalizar um compromisso forte do governo em forçar um ajuste fiscal no nível estadual também", diz o relatório
3. Operação Lava Jato As investigações e a delação premiada da Odebrecht envolvendo cerca de 200 políticos, muitos deles com ligações próximas ao governo, devem manter o cenário político volátil e afetar a governabilidade do governo Temer, diz o banco. 
4. Processo da chapa Dilma-Temer no TSEO relatório aponta que o relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já sinalizou que pode apresentar seu relatório em fevereiro, mas que a inclusão de informações oriundas de novas delações premiadas pode atrasar a tramitação. Se isso de fato ocorrer, destaca o BofA, o resultado final pode ser influenciada pela substituição de três ministros até outubro. 
5. Crescimento da economia
A retomada mais rápida do crescimento segue em risco em meio à estagnação na melhora dos índices de confiança e da queda nos investimentos. "A incerteza política inibe e adia decisões de investimento, limitando a recuperação da economia", afirma o banco norte-americano, que projeta que o desemprego atinja um pico no segundo trimestre de 2017, com as condições de crédito ainda restritas. O crescimento deve ganhar força apenas no segundo semestre deste ano, refletindo as discussões da reforma previdenciária e a queda dos juros, projeta o Bank of America.
6. Popularidade do governoA fraqueza da atividade , em meio às impopulares medidas de ajuste fiscal e aos vazamentos da operação Lava Jato devem manter a popularidade do governo Temer em baixa.
7. ManifestaçõesO fraco crescimento e a agenda de ajustes fiscais podem levar a "tensões sociais", com aumento do risco de protestos se espalhando pelo País. "Sindicatos estão organizando dois protestos para o fim de janeiro", observa o relatório.
8. Ajuste externo
A esperada retomada do mercado interno “dos níveis extremamente baixos de 2015 e 2016” deve desacelerar o ajuste externo, segundo o banco. O Bofa projeta “uma piora marginal da balança de pagamentos em relação a 2016”, na medida em que as importações devem se recuperar e o acréscimo nas exportações deve ser limitado pela fraqueza da demanda global. O banco no entanto considera que haverá uma depreciação adicional do real que limitará a deterioração da conta corrente, que deve registrar um déficit mais brando, de 1% do PIB (Produto Interno Bruto), ante rombos maiores, da ordem de 3% do PIB, de anos anteriores.
9. Inflação
O BofA considera que o “forte comprometimento” do BC (Banco Central) em levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, resultou na ancoragem das expectativas inflacionárias. Os analistas projetam a inflação em 4,7% em 2017 e em 4,4% em 2018. “Em um cenário tão benigno, o foco se volta para a reunião do Conselho Monetário Nacional de junho, em que deve decidir a meta de inflação para 2019 e reafirmar a de 2018”, diz o relatório. Segundo a instituição, o avanço nas reformas de impacto estrutural, como da previdência e o teto dos gastos públicos, permitem discutir a possibilidade de reduzir a meta de inflação para níveis próximos aos de países comparáveis ao Brasil.
10. Juros
Com o cenário favorável para a inflação, o ciclo de afrouxamento monetário deve ser antecipado, como sinalizou o aumento do ritmo de redução dos juros básicos de 25 para 75 pontos-base entre as reuniões de novembro de janeiro. “Esperamos um corte total de 400 pontos-base em 2017, com a Selic terminando o ano em 9,75%”, diz o texto.

O que se sabe...

A demora de Eike Batista para se entregar à PF tem uma explicação simples. O ex-homem mais rico do Brasil não quer ficar nem um minuto na cadeia. Sua estratégia é preparar uma delação bombástica e, assim, livrar-se da prisão. Acho q os dias do "sapo barbudo" estão contados. 

Negociando...

Fernando Teixeira Martins, advogado de Eike Batista, afirmou que se reunirá hoje com representantes da PF e do MPF para 'negociar' o retorno do cliente ao Brasil. Ele nega fuga e diz que Eike não pode ser considerado foragido.

Taxa de Corrupção. Os menos corruptos

Confira os top 10:

1. Luxemburgo: 5,62
2. Japão: 5,57
3. Suécia: 5,50
4. Finlândia: 5,42
5. Noruega: 5,39
6. Nova Zelândia: 5,36
7. Suiça: 5,32
8. Cingapura: 5,27
9. Dinamarca: 5,27
10. Holanda: 5,25

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...