quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Monica de Bolle

Estados-pêndulos (3)

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Eleição nos Estados-pêndulos....(1)

EUA: ANÁLISE APÓS AS ELEIÇÕES

ELEIÇÕES NORTE-AMERICANAS

Muito disputada as eleições norte-americana, mas a vantagem do Trump já começa a se cristalizar. Infelizmente! Isso sempre me preocupou.
Depois de uma crise devastadora em 2008, diante do grave quadro social, a ascensão de um populista, prometendo mundos e fundos....Um candidato saído de NY, mas amplo apoio das áreas rurais e sulistas mais atrasadas dos EUA...dos racistas, xenófobos, machistas e sexistas....
Trump representa os wasp....˜white, anglo-saxan and protestant˜.
Do outro lado, a favor de Hillary, o eleitor urbano, cosmopolita, bem informado, q sabe onde fica o Brasil e q nossa capital não é Buenos Aires, mas sim BRASÍLIA....não q ela seja uma boa candidata, longe disto...é fraca, sem carisma ou simpatia...mas o q será do mundo com Trump no comando literal das carrapetas da maior potência do mundo? Teremos o retorno da escalada armamentista, o fechamento das fronteiras....o retorno da recessão...
Lembremos que foi Bush que sucedeu Clinton, depois de dois bons mandatos e estragou toda sua gestão fiscal...corremos o mesmo risco agora com Trump substituindo Obama, terminando seu mandato com alta popularidade, acima de 50%, mas com uma candidata fraca....
Incrível se perder para Trump! Impressionante! O candidato cacareco ganha as eleições nos EUA....
E a maior democracia do mundo acaba avacalhada.

LOBO EM PELE DE CORDEIRO....

DEVANEIOS

Governos populistas aqui e acolá. Depois da crise vem as promessas de um mundo melhor...é só fechar as fronteiras, perseguir os imigrantes, dar subsídios para os falcões do Pentágono...e ingressaremos em mais um atoleiro de uma nova guerra, depois dos loucos do ISIS explodirem o Empire State Building. Crise, mais uma crise, qual tal o nosso George W. Bush nos enfiou na virada do século. E todos soltando foguetes só porque o Trump não é Democrata.....tolos! Nem Republicano ele é...ele é apenas um "salto no escuro"....Bom pouso senhores. Amadureçam nas suas análises e saiam dos conceitos pseudo-liberais, free market, q bem podem ter alguma consistência nos modelos, mas acabam se esborrachando no chão (ou nos muros da fronteira com o México) diante da realidade crua dos fatos. Muita bobagem também sai, e aos borbotões, desta turma. Perdi o sono.

SEMPRE É BOM LEMBRAR

Adolf Hitler incendiou o Reichtag e botou culpa nos comunistas...depois obteve a anuência do Parlamento..se tornando Chanceler e depois Furher....foi o caminho livre para criar a maior máquina de destruição e de guerra da história. Trump ganha e passa a comandar o Congresso, com maioria na Câmara dos Representantes e no Senado...querem o caos? Dêem muito poder a um populista....

O RISCO TRUMP

Os mercados estremeceram na semana passada diante da virada na disputa eleitoral dos EUA. Pesquisas mostrando Donald Trump ultrapassando Hillary Clinton e boatos de que o FBI reabriu novas investigações sobre o caso dos emails privados de Hillary acabaram detonando um movimento generalizado de aversão ao risco pelo mundo. Até na reunião do Fomc isto ficou bem claro, depois que a autoridade monetária resolveu aguardar “novas evidências” para decidir sobre a taxa de juros. Acabou embolando a disputa e é extremamente prematuro afirmar qualquer coisa sobre o desfecho das eleições desta terça-feira, dia 8.

Vencendo Trump o que deve acontecer com os EUA, o mundo e, em particular, os emergentes?

Tentemos responder a esta e a outras indagações nas próximas linhas.

Como está a disputa? Está totalmente em aberto, mas com leve vantagem para Hillary. No colégio eleitoral são 538 delegados. Hillary ainda está na frente com 226 e Trump com 180, sendo 132 votos em disputa. Analistas consideram que esta eleição será decidida na Florida, estado com 29 delegados e uma disputa muito acirrada. No placar Hillary teria 46,4% e Trump 46,6%. Outros estados também são considerados importantes nesta reta final, como Pensilvânia, Ohio, Carolina do Norte, Virginia e Wisconsin. Será nestes colégios eleitorais que as eleições serão decididas. Muitos consideram, também, duvidosa a eficácia destas pesquisas divulgadas. Como o colégio eleitoral é bem pequeno e concentrado, é difícil afirmar qual a capacidade destas de prever o quadro final. 

Sobre os candidatos. São dois candidatos à presidência da maior potência do mundo considerados fracos. Talvez a escolha deva recair mesmo sobre os “menos pior”. Enumerando os defeitos, Trump é considerado “intolerante, protecionista e isolacionista”, enquanto que Hillary é “vacilante, arrogante, com fraca oratória (ao contrário de Trump) e pouco simpática”. Não tem carisma nenhum. Por outro lado, pela experiência pregressa, como Secretária de Estado no governo Obama e já conhecedora dos atalhos no Congresso, acaba em vantagem. Para a revista inglesa The Economist, Hillary “é melhor candidata que parece e está mais capacitada para lidar com os desafios da política em Washington”. Já Trump é considerado um outsider, um líder do meio empresarial, e isto pode ser um ponto a favor. Trump caracteriza sua campanha por uma “atitude de ruptura com o mundo político e o establishment”.

Desafios se eleito. São vários, mas um dos principais será transitar pelo Congresso, também em disputa. O partido do presidente eleito precisa controlar ao menos uma das casas do Congresso – Senado ou Câmara dos Representantes – para que as suas reformas possam ser aprovadas. Na Câmara dos Representantes todos os 435 lugares estão em disputa para dois anos, representando os distritos locais. Atualmente, os republicanos controlam esta casa, com 246 cadeiras contra 186 dos democratas. Expectativas indicam que essa deve continuar com os republicanos no dia 8. No Senado, um terço das cadeiras (34), de um total de 100, será renovada. Todos os estados possuem dois senadores. Atualmente, os republicanos controlam o Senado com 54 cadeiras, contra 44 dos democratas e dois independentes.

O que pretendem? Este é um dos “nós da questão”. Pouco sabemos como será o governo Trump, caso eleito. Muitos consideram até “um salto no escuro”. Trump mantém um discurso beligerante, até para as plateias mais conservadoras dos EUA, mas não acreditamos que suas propostas sejam exequíveis. Alguém levaria a sério construir um muro na fronteira com o México? Ou abrir uma guerra comercial com a China? Agora parece claro que ele deve dificultar os fluxos migratórios, tão importantes para atender o mercado de trabalho de baixa renda. No comércio exterior, Trump ameaça também abrir vários contenciosos com a China e os países emergentes. Sua retórica é altamente protecionista, isolacionista, além de beligerante. Ele deve se aproximar de Wladimir Putin e abrir uma “guerra de nervos” com os países muçulmanos. Na gestão da economia comenta-se sobre a proposta de redução de impostos para os ricos e aumento de gastos, em especial, na indústria bélica.

Sobre Hillary, não observamos grandes mudanças em relação às diretrizes do governo Obama, mais parcimonioso nas negociações com o Oriente Médio, menos belicista e afeito a acordos de comércio. Discute-se, inclusive, que o Acordo de Parceria Trans-Pacífico (TPP), antes previsto para fechar neste final de ano, um dos projetos de Obama, deve ser adiado para o novo presidente. O TPP estipula a eliminação de 18 mil taxas que outros países impõem aos EUA e envolve 40% do que é produzido nos EUA. Com Trump, o TPP acabará enterrado, visto que ele é muito mais afeito a chamada “guerra comercial” entre os países. Uma onda protecionista acabará se espalhando pelo mundo. A abertura política com Cuba, por exemplo, acabará afetada.

Impactos Econômicos. Com Trump eleito, um movimento generalizado de venda de ativos pode ocorrer no mundo (sell-off), com a valorização do dólar num primeiro momento e a desvalorização das moedas dos emergentes. O real, por exemplo, pode sofrer forte depreciação em relação ao dólar no curto prazo. Acreditamos, no entanto, que este seria um movimento temporário, voltando depois a um patamar menor. O Fed terá que aguardar um pouco mais para saber quais seriam as políticas de Trump, o que significa a elevação da taxa de juros de curto prazo, precificada para dezembro, mas sendo adiada. Isto até seria bom para o Brasil.


Mesmo assim, a total incerteza política com Trump no poder, jogará o mundo num período de intensa volatilidade. Muitos, por outro lado, acham que a maturidade das instituições nos EUA servirá de contraponto aos possíveis devaneios desastrados do presidente eleito. O próprio sistema político, no chamado balanceamento de forças (checks and balances) trataria de enquadrar Trump. Esta é uma esperança, mas com certeza, ingressaremos num período de muitas incertezas para a economia e a geopolítica global. 

MACRO ESTRATÉGIA 07/11/2016

Uma semana carregada, na qual o foco das atenções está voltado para as eleições presidenciais norte-americanas nesta terça-feira (dia 8). Devemos estar atentos, também, no plano político, à assinatura dos termos de delação da Odebrecht. O que sairá daí ninguém sabe. No Congresso, as atividades são retomadas, podendo haver a conclusão na Câmara da votação do projeto que retira da Petrobras a obrigação de ter que investir nos campos do pré-sal, enquanto que no Senado teremos a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da PEC do Teto.

Sobre a disputa norte-americana, os mercados parecem estar respirando aliviados, diante da possibilidade de vitória da candidata democrata Hillary Clinton, contra o histriônico republicano Donald Trump. Isto só foi possível depois do FBI afirmar que a candidata não cometeu crime ao usar um servidor privado de internet quando Secretária de Estado do governo Obama. Pesquisas já começam a indicar alguma vantagem de Hillary. Expectativas indicam até um forte rally nos mercados globais se tal fato se confirmar. No modelo desenvolvido pelo respeitado site FiveThirtyEight, do estatístico Nate Silver, por exemplo, as chances de vitória de Hillary continuam, mas recuaram se comparados há 15 dias: passaram de 90% para 64,2%.

Sobre os fatos e indicadores do dia, a pesquisa Focus revisou para baixo o PIB deste ano (-3,3% para -3,31%) e o IPCA de 2017, abaixo de 5,0%, a 4,94%. Já a Anfavea veio com a venda e a produção de veículos em outubro. Neste mês houve algum avanço na produção, 2,3% contra setembro, mas recuo de 15,1% contra outubro de 2015. Já as vendas recuaram 0,6% na passagem de setembro para outubro, despencando ainda mais, 17,2% na comparação anual. No acumulado, as vendas recuaram 22,3% e a produção 17,7%. Em 12 meses, até outubro, foram 9,17 mil vagas fechadas pelo setor. Ou seja, no ano são os piores números de venda e de produção em uma década. 

Na agenda da semana em destaque o IPCA de outubro na quarta-feira. A expectativa é de que a inflação desacelere de 8,48% para 7,9% em 12 meses, no mês registrando algo em torno de 0,3% a 0,4%. Temos ainda o IGP-DI e prévias do IGP-M, do IPC-S e do IPC da FIPE, além de dados de venda de varejo (PMC-IBGE). Já no cenário externo, depois dos índices PMI da China reduzirem as preocupações de curto prazo acerca da economia chinesa, as atenções se voltam para a divulgação de diversos indicadores do país em outubro, como, por exemplo, a balança comercial, as concessões de empréstimos e a inflação. Nos EUA, atenção para o relatório sobre empregos JOLTS de setembro e o índice preliminar de Sentimento do Consumidor de novembro (Sentimento de Michigan).

Nos mercados. O dólar caiu ante o real, os juros futuros também recuaram, enquanto o Ibovespa futuro subiu mais de 2%, na esteira das suas pares na Europa e mercado futuro em Nova York.

A redução do "risco Trump", que sacudiu os mercados na semana passada, fez as bolsas asiáticas fecharem em alta e impulsiona as bolsas europeias e futuros de Nova York para uma valorização de mais de 1%. Já o dólar sobe ante o euro e iene, mas recua em relação à maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities. O petróleo, por sua vez, tem avanço de mais de 1%, também com o radar nas eleições americanas, que devem ser o principal condutor dos negócios até quarta-feira, quando sai o resultado das urnas.


Julio Hegedus Netto, CNPI, Economista-chefe Lopes Filho & Associados

Editorial do Estadão (17/02)

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