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Mostrando postagens de abril 3, 2025

Benito Salomão

Longa matéria no Valor sobre a expansão do custo real de rolagem da dívida pública. Economistas de mercado alegam incertezas sobre a condução fiscal, penso que estão parcialmente certos, sempre que a política econômica é subordinada a decisões políticas, há incertezas associadas. No entanto, há também uma melhora do resultado primário que não está sendo considerada na ponta longa de juros, isto é, na precificação do risco fiscal. Portanto, continuo acreditando que o problema fiscal está sobredimensionado no Brasil, repercutindo em preços financeiros. Se um país rola sua dívida pública a um custo real de 8% ao ano, se as emissões a este custo começam a transbordar para prazos mais longos, não há superávit primário que estabilize a dinâmica do endividamento. Uma ressalva! Não é culpa do mercado que o custo de rolagem tem alcançado níveis tão alarmantes. O governo tem grande culpa, já que seus membros dão contínuas declarações flertando com políticas econômicas de má qualidade, apesar dos...

Fundos de pensão

 Ao menos 5 fundos de pensão de Estados e municípios investiram mais de R$ 1 bi no Banco Master Por Gabriel Baldocchi e Cristiane Barbieri São Paulo, 02/04/2025 - Pelo menos cinco fundos de pensão de funcionários públicos de prefeituras e Estados, do chamado Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), investiram cerca de R$ 1,1 bilhão em títulos emitidos pelo Banco Master, nas chamadas letras financeiras. O Rioprevidência, do Estado do Rio de Janeiro, é o maior deles, com R$ 970 milhões investidos, aproximadamente 8% do patrimônio da entidade no fim do ano passado. A operação com esses títulos é a mesma que foi desaconselhada por técnicos da gestora da Caixa, a Caixa Asset, que pretendia investir R$ 500 milhões no Master. Após o parecer negativo, os técnicos foram destituídos dos cargos e, com a polêmica, o presidente da instituição foi substituído em novembro. Ao contrário dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), adquiridos em sua maioria para pessoas físicas, as letras fi...

BDM Matinal Riscala 0304

 *Rosa Riscala: Mercados reagem mal às tarifas de Trump* … Os futuros das bolsas de NY ontem à noite deram o primeiro sinal de que os mercados não gostaram nem um pouco das tarifas anunciadas por Trump no Liberation Day. As techs eram as ações que mais perdiam no after hours, com os 34% para a China e os 32% para Taiwan. A Apple, que fabrica os iPhones na Ásia, teve um tombo de 6%. Em seguida, os pregões asiáticos refletiam o baque, assim como os negócios na Europa, taxada em 20%. O Brasil ficou entre os menos atingidos, com a tarifa mínima de 10% a todos os parceiros comerciais dos EUA, mas o agronegócio já pressiona o governo para tentar reverter. Hoje, a expectativa é para as reações dos países, em especial, da China e da União Europeia, que podem determinar a proporção da guerra comercial. … Em entrevista à Fox News, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que o governo observará a reação de Pequim, avisando que, “se quiserem retaliar, haverá uma escalada, pois Tr...

Bankinter Portugal Matinal 0304

 Análise Bankinter Portugal SESSÃO: Chegou o “Liberation Day”. Ontem, a recuperação tardia das bolsas europeias, que, mesmo assim, não conseguiram fechar em terreno positivo, e a subida de Wall St. com a esperança de que as medidas finais não fossem tão punitivas foram ingénuas. Trump, às 21 h, com as bolsas fechadas, anunciou impostos alfandegários de 10% praticamente gerais para todos os bens importados para os EUA a partir de 5 de abril, além de ouros superiores a alguns países, como 34% adicional à China (sobre 60% já existente), 24% ao Japão e 20% à Europa a partir de 9 de abril. Canadá e México não receberão impostos alfandegários adicionais aos 25% já anunciados. Ficam isentos, de momento, bens como cobre, farmácia, semis, madeira, ouro, energia e alguns minerais não disponíveis nos EUA. Estes ficam pendentes dos possíveis impostos alfandegários específicos mais adiante. Os impostos alfandegários de 25% já anunciados sobre automóveis e componentes entrarão hoje em vigor. Por...

Bco Master 2

 Os números do balanço do Master que assustaram o setor financeiro Documento mostra que o banco não tem disponibilidade de caixa para honrar todos os compromissos assumidos até o final de 2025 Por  Malu Gaspar 02/04/2025 12h07  Atualizado agora   O banco Master, que está negociando a venda de parte de sua operação para o BRB, divulgou nesta terça-feira (1) suas demonstrações financeiras de 2024 com um lucro de R$ 1 bilhão, bem maior do que os R$ 523 milhões de 2023. De acordo com o banco, o patrimônio líquido também aumentou, de R$ 2,3 bilhões para R$ 4,7 bilhões. Mas o balanço também traz um dado preocupante: a menos que receba uma injeção de capital, o banco só tem condições de pagar metade das obrigações que assumiu com os compradores de CDBs e CDIs até o final de 2025. Os dados estão nas páginas 50 e 58 do documento. A tabela que discrimina quanto o banco tem que pagar e em qual período mostra que R$ 7,6 bilhões em CDBs e CDI – títulos oferecidos aos investidores...