sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Enigmas da China

Está se tornando recorrente. A cada início de ano, a China recebe uma atenção especial, principalmente pelos mistérios que rondam a segunda maior economia do mundo. No começo do ano passado, todos os olhos do mercado se voltavam para a derrocada dos mercados acionários do país, que chegaram a cair 10% em apenas uma semana e levou a uma disparada de venda de ativos de risco. No dia 7 de janeiro de 2016, por sinal, foi acionado o "circuit breaker", com o encerramento precoce dos negócios após um recuo de mais de 7% no índice CSI 300, que reúne as principais empresas listadas em Xangai e Shenzhen. Além do impacto sobre as outras bolsas mundiais, a apreensão do mercado também ocorre em meio aos questionamentos sobre a causa de tamanha turbulência.A desaceleração da economia, fonte de preocupação não só do gigante asiático mas também de países que possuem forte ligação comercial com ele (caso do Brasil), foi "isentada de culpa" na época. "Creio que há pouca conexão entre a queda dos mercados acionários e a economia real", disse o economista do Standard Chartered Shen Lan para a Reuters na época. A perspectiva de desaceleração econômica do país trazia um cenário mais nebuloso; contudo, dados da época mostraram alguma resiliência do gigante asiático. Além disso, na época, o governo chinês buscou intervir no mercado, lançando investigações sobre o que definiu como "vendas a descoberto malévolas" e gastando US$ 200 bilhões para tentar segurar a queda nos preços das ações. Porém, não foi suficiente e a "bolha" estourou. 

Desemprego mundial em 2017, segundo a OIT

O Brasil responderá por mais de um terço dos novos desempregados que vão surgir em 2017 no mundo todo, com 1,2 milhão de pessoas a mais que perderão seus postos, reforçando o cenário de que a economia brasileira ainda patina para começar a se recuperar. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê que existirão 3,4 milhões a mais de desempregados no mundo neste ano, levando o total a acima de 200 milhões.

Mais Janet Yellen

"A economia dos Estados Unidos está em um caminho sólido, mas enfrenta riscos de longo prazo colocados pela baixo crescimento da produtividade e pela ampliação da diferença salarial", disse a presidente do Fed, Janet Yellen. Ao falar a uma plateia de professores na quinta-feira, Yellen disse que não vê riscos importantes no curto prazo, mas indicou que o fraco crescimento da produtividade e o aumento da desigualdade de renda são preocupações sérias no longo prazo.

Janet Yellen, do Fed

"O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) trabalha para melhorar a economia real, não para garantir benefícios ao mercado financeiro" disse a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, durante uma sessão de perguntas e respostas com professores ocorrida ontem à noite. “O Fed trabalha a favor da Main Street, e não de Wall Street”. Ela destacou que as funções do Fed incluem garantir que a inflação fique baixa e estável – impedindo, por exemplo, cenários de deflação que dificultam o pagamento de dívidas por empresas e consumidores – e supervisionar as instituições financeiras para que a concessão de empréstimos funcione de forma justa. Yellen também defendeu que os estudantes de Economia sejam ensinados sobre o funcionamento das crises e situações incomuns que elas podem gerar, usando como exemplo a crise de 1929. Segundo a presidente do Fed, quando ela ensinava Economia havia mais informações sobre políticas econômicas e monetárias heterodoxas do que nos anos que antecederam a crise de 2008, que obrigou o banco central dos Estados Unidos a adotar medidas incomuns de política monetária – compra de títulos de dívida – para injetar a liquidez necessária no sistema financeiro.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...