sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

UM PUXADINHO

O Brasil precisa sim ser revirado de trás para frente, de cabeça para baixo, ao avesso. Uma revolução nos costumes, na forma de pensar, na seriedade no trato dos diversos temas, na gestão, nos modelos de gerenciamento, precisam sim passar pela mente dos brasileiros. 

Uma pessoa lúcida, equilibrada, que busque o entendimento, mas assertiva e determinada, agindo de forma corajosa, realmente, para enfrentar os interesses, precisa surgir para as eleições de 2022. Uma pessoa com a razão ao seu lado, sabedora do que deve ser feito, com bom senso e uma disposição para enfrentar abusos e interesses escusos. 

No setor público não dá para manter uma "casta de servidores privilegiados", mobilizados por sindicatos aguerridos, mas de costas para a sociedade e a verdadeira dimensão da "coisa pública". Não faz sentido a maior aspiração de um jovem ser fazer concurso e ir para as mamatas e estabilidades do serviço púiblico. Este deve ser vocação, sacrifício, não um "nicho de privilegiados".  

Não podemos fortalecer o setor público, às custas do definhar do setor privado, até porque este mesmo setor público precisa de arrecadação federal, obtida pelo sistema econômico, pelas empresas, pelas famílias, para assim manter seus fluxos de despesa. 

Daí a indagação: mais de privilégios e sinecura e do aumento de arrecadação, da carga de impostos sobre a iniciativa privada? 

Há um cansaço perceptível. 

A mídia se aproveita e o "presidente" atual vive a gerar tensões, bate bocas, que não levam a nada. 

A última foi a sua surpreendete grita sobre as decisões do presidente do Banco do Brasil, André Beltrão, de saneá-lo, defendendo seis mil bancários no PDV e a redução do número de agências bancárias. Em resposta, Bolsonaro, disse que iria demitir o prisidente e que o momento era inadequado. Se Jair acha q o setor bancário não precisa passar por um "enxugamento pesado", pensar o quê? 

Isso é, aliás, um fenômeno global. Os grandes bancos, no Brasil e no mundo, vão passando por transformações, dada a emergência da internet, das operações virtuais. O pobre presidente do Banco do Brasil fez o certo. É preciso passar sim por um "profundo saneamento do banco". A verdade é que o BB, como tantos "elefantes brancos", é pesado, ineficiente e vem perdendo share de mercado para a concorrência. 

Aí chega o presidente e diz que não vai fazer nada disso e que o pobre presidente do BB está demitido. 

Como fica o PAULO GUEDES numa hora destas? Sim, porque a agenda liberal do ministro, o programa de privatização e de liberalização da economia vem sendo ignorado! Desde sempre. 

Se eu fosse o Guedes, pegava o boné e um abraço, ia embora. Mas não. 

Ele se cala, engole em seco e entuba mais esta loucura do "capitão". Na nossa opinião, mais um enigma a ser decifrado neste comportamento do "chicagoboy". Um doutor por Chicago se sujeitando a humilhação por um cidadão sentado na cadeira, mas sem a mínima qualificação!!!  

Guedes entubou uma reforma da Previdência, totalmente descaracterizada, não consegue avançar na sua agenda de reforma, a Administrativa e a Tributária se resumem a poucas medidas! Isso torna sua gestão na Economia, na Fazenda, um "arremedo", um puxadinho. 

Faz o possível diante das circunstâncias políticas? Sim, mas quem gerou estas circunstâncias altamente tóxicas para o avanço da gestão econômica? 

Vamos conversando. 


Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...