sábado, 14 de março de 2020

Benito Salomão

Toda discussão acerca da expansão de gastos públicos para combater os efeitos da eventual crise causada pelo Coronavírus ou por qualquer outro tipo de choque, deve vir previamente acompanhada por uma discussão acerca do seu financiamento.

No Brasil conheço muitos economistas que, por ingenuidade ou oportunismo, defendem a elevação dos gastos públicos para acelerar o crescimento. Omitem, no entanto, que expansões do gasto público trazem consigo elevações de impostos e/ou dívida pública, que sob dadas condições são recessivas.

No Brasil há evidências de que a política fiscal seja configurada como Spend-Tax, o que significa que expansões de gastos públicos, mesmo quando temporários, são acompanhados de elevações permanentes na carga tributária.

Ir pra imprensa apresentar o benefício gerado pelo gasto e omitir o custo gerado pelo imposto ou dívida, não me parece uma forma adequada de se levar o debate sobre política fiscal no Brasil.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...