sábado, 27 de dezembro de 2025

Para entender a econometria

 

Para entender econometria

Antes de prever, é preciso compreender.
E A Guide to Modern Econometrics, de Marno Verbeek, é o livro que transforma o “como” e o “por quê” da econometria em clareza.

Com uma abordagem moderna e intuitiva, Verbeek mostra como teoria, modelos e dados se conectam para responder às perguntas que importam.
É o tipo de leitura que não só ensina a aplicar regressões, mas também a interpretar relações causais, avaliar políticas e testar hipóteses com rigor.

💡 Cada capítulo combina fundamentos teóricos, exemplos empíricos e aplicações computacionais — o equilíbrio perfeito entre o que se lê e o que se faz.

Se você quer deixar de “rodar modelos” e passar a entender modelos, este é o caminho.

Alexandre de Moraes

 A íntegra: 

Ações de mulher de Moraes no STF e STJ vão de 27 para 152 após marido tomar posse

Levantamento mostra que cerca de 85% dos processos em que Viviane Barci de Moraes atuou nas Cortes Superiores tiveram início após a chegada de Alexandre de Moraes ao Supremo; procurados, Viviane e Moraes não se manifestaram


SÃO PAULO E BRASÍLIA - O volume de processos conduzidos pela advogada Viviane Barci de Moraes nas cortes superiores saltou de 27 para 152 ações após a posse de seu marido, o ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF). O crescimento expressivo concentra-se nos últimos oito anos, período que supera em cinco vezes o acumulado nos 16 anos anteriores à chegada do magistrado à cúpula do Judiciário, ocorrida em março de 2017.


Ao todo, 85% das ações em que a advogada atuou nessas instâncias foram autuadas depois que Moraes assumiu a cadeira na Corte. Levantamento realizado pelo Estadão aponta que esse movimento representa um aumento percentual de 463% na atuação do escritório da família Barci de Moraes em Brasília.


A banca da família Barci de Moraes, da qual Viviane é sócia-administradora, foi aberta em 2004, mas a primeira atuação da advogada em Cortes superiores data de 2001, em um processo no STJ. Os dados mostram que, no STF, 22 dos 31 processos com atuação da advogada tiveram início após a posse de Moraes. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), no mesmo período, esse total chega a 130 de 148 casos.


Procurados, Viviane Barci e o gabinete do ministro Alexandre de Moraes não se manifestaram.


Enquanto o Supremo julga controvérsias constitucionais, o STJ atua como a principal instância de revisão das decisões da Justiça comum, responsável por uniformizar a interpretação das leis federais, o que resulta em uma concentração maior de recursos cíveis e empresariais nesta Corte.


Em alguns processos, a atuação de Viviane conta com a colaboração dos advogados Giuliana de Moraes e Alexandre Barci de Moraes, filhos do casal.


em diferentes setores da economia. Viviane representa, por exemplo, a Santos Brasil, uma das principais operadoras do Porto de Santos, e o empresário brasileiro Jair Antônio de Lima, fundador de um dos maiores frigoríficos do Paraguai, o Frigorífico Concepción. Procurada, a Santos Brasil informou que não vai se manifestar.


Esse perfil de clientes inclui ainda grandes companhias do setor de serviços. Um dos representados pela advogada é a Qualicorp, que atua nas áreas de saúde e seguros.


Desde novembro, Viviane disputa em nome da Qualicorp com a SBA Corretora de Seguros e Benefícios um recurso em tramitação no STJ. A advogada venceu a ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas a parte contrária recorreu à instância superior.


A SBA alega que a Qualicorp rescindiu um contrato de comercialização de seguros e benefícios para associados, vinculados e integrantes da Associação Brasileira de Bacharéis de Direito (ABBDIR) sem pagar os valores devidos a título de comissão até o fim definitivo do vínculo entre as duas partes.


A gigante representada por Viviane afirma, por sua vez, que o contrato não era vitalício e poderia ser rescindido a qualquer momento, sem a necessidade de pagar o valor previsto para o restante do contrato. Ao vencer no TJSP, o escritório de Viviane fez jus a 15% de honorários sobre o valor da causa.


Os honorários advocatícios recebidos a partir de vitórias em processos judiciais ampliam, com uma porcentagem sobre o valor da causa, os ganhos geralmente elevados dos escritórios que atuam em tribunais superiores. Procurada, a Qualicorp não se manifestou.


Viviane também atua para empresas dos setores de construção e mercado imobiliário, entre elas a Savoy Imobiliária Construtora e a Centerleste Empreendimentos Comerciais.


Em uma das ações no STJ, a advogada defende as empresas em uma disputa que envolve a execução de uma dívida de R$ 15 milhões. A Corte rejeitou os recursos apresentados e manteve a possibilidade de cobrança imediata do valor, reconhecido pelas próprias rés na fase de liquidação da sentença. Procuradas, as duas empresas não se manifestaram.


O escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, liderado por Viviane, também representa pessoas físicas perante as mais altas instâncias do País. Um desses nomes é o do ex-servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) Paulo Rodrigues Vieira, que foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em 2012 sob suspeita de liderar uma organização criminosa infiltrada em órgãos públicos que vendia pareceres de agências reguladoras a empresas privadas.


Viviane representou Vieira em duas ações encerradas no STF — uma sob relatoria do ministro Dias Toffoli e outra relatada pela ministra aposentada Rosa Weber — e um caso também encerrado no STJ.


Nas ações no STJ e sob relatoria de Weber, a advogada apresentou recursos às Cortes superiores após decisões desfavoráveis ao seu cliente nas instâncias inferiores. Ele não foi encontrado para se manifestar.


Já na ação relatada por Toffoli, o cliente de Viviane constava apenas como intimado em um recurso apresentado por Rosemary Novoa Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo e amiga do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que chegou a ser denunciada por improbidade administrativa pelo Ministério Público (MP) por ligação com a quadrilha liderada por Vieira.


No STJ, a esposa de Moraes pleiteava a anulação de interceptações telefônicas de Vieira. O caso retornou ao tribunal de origem após análise da Corte. Rosemary Noronha não se manifestou.


Em outro caso de repercussão, a advogada atua na defesa do espólio do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia em uma ação de improbidade administrativa que discute um contrato firmado sem licitação em 1989, no valor de R$ 34 milhões, para a aquisição de sistemas de ensino.


A Justiça paulista declarou a nulidade do contrato e condenou os réus ao ressarcimento do dano ao erário, em montante ainda a ser apurado em liquidação. No STJ, os recursos foram considerados prejudicados por perda de objeto, sem análise do mérito, após sentença condenatória nas instâncias inferiores.


Atuação de familiares X legislação

A atuação de familiares de ministros como advogados em processos no STF não é vedada pela legislação. As regras, porém, impedem que um magistrado julgue ações em que parentes atuem, exigindo a declaração de suspeição e o afastamento do caso.


Em 2023, o STF flexibilizou essa regra ao decidir que juízes podem julgar processos em que as partes sejam clientes de escritórios nos quais atuam cônjuges ou parentes. A única exigência é que haja outra banca de advocacia representando a pessoa na ação.


A atuação do escritório de advocacia do qual Viviane Barci de Moraes e os dois filhos do ministro são sócios passou a ser alvo de questionamentos após a revelação de um contrato de R$ 129 milhões firmado com o Banco Master, instituição que acabou liquidada em meio a suspeitas de fraudes financeiras.


O caso envolvendo o Banco Master tramita no STF sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Em novembro, Toffoli foi alvo de questionamentos após viajar a Lima, no Peru, em um jato particular ao lado de um advogado ligado ao caso, durante a final da Taça Libertadores. Após a viagem, o ministro decretou sigilo dos autos e barrou o acesso da CPI do INSS a documentos obtidos com a quebra de sigilos bancário e fiscal.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado.*


Sexta Feira, 26 de Dezembro de 2.025.


*Bolsonaro oficializa Flávio e mantém crise*

BC divulga nota de crédito de novembro (8h30), dados semanais do fluxo cambial (14h30) e faz leilão de linha (10h30)


… Os mercados funcionam normalmente hoje em Nova York e aqui, mas seguem fechados na Europa para o feriado do Natal. A agenda esvaziada não prevê nenhum indicador importante nos Estados Unidos. No Brasil, o BC divulga a nota de crédito de novembro (8h30) e os dados semanais do fluxo cambial (14h30). Em primeiro plano, porém, os investidores continuam ligados nos desdobramentos do quadro eleitoral para 2026. Alegando problemas de saúde, Bolsonaro desistiu em cima da hora de dar entrevista na terça-feira. Mas escreveu ontem uma carta confirmando o seu apoio público à pré-candidatura de Flávio, para manter o desconforto de uma aposta pouco competitiva.


“CAVALO PARAGUAIO” – A “benção” do pai na correspondência escrita de próprio punho foi lida pelo filho zero um ontem para a imprensa no Hospital DF Star, onde Bolsonaro fez cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral.


… “Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar o Flávio Bolsonaro como pré-candidato à presidência da República, em 2026”, escreveu.


… “Trata-se de uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representação daqueles que confiam em mim”, disse ainda, em meio às dissidências no Centrão e ao racha no próprio bolsonarismo.


… Em vídeo publicado nas redes sociais na véspera de Natal, Michelle parece ter lançado ataques velados. “Não se deixem abater pelas maldades. Perseverem, apesar das traições, ainda que venham das pessoas mais próximas.”


… Na Folha, Mônica Bergamo apurou que a decisão de Bolsonaro de cancelar repentinamente na terça-feira a entrevista que daria ao portal Metrópoles foi influenciada por resistência de Michelle e advogados do ex-presidente. 


… Avaliando os riscos jurídicos e políticos, a ex-primeira-dama, que nos bastidores é contrária à candidatura de Flávio, temia que uma declaração explícita de apoio de Bolsonaro a Flávio tornaria o movimento irreversível.


… Neste sentido, a carta sacramentando a indicação do filho à corrida ao Planalto põe a família em pé de guerra, complica os planos da centro-direita e eleva a guarda da Faria Lima, que não acredita no capital político de Flávio.


… Fontes contaram à CNN Brasil que Tarcísio não deve participar ativamente da campanha de Flávio, preferindo dividir o seu tempo entre a gestão do governo estadual e a própria campanha à reeleição em São Paulo.


… De seu lado, o Centrão já deu um deadline para embarcar na aventura e cobra que o nome de Flávio decole até março, ou deve partir para outras composições políticas que considerar mais combativas para enfrentar Lula.


… O desgaste pode continuar deflagrando volatilidade defensiva nos mercados domésticos nesta reta final de 2026.


… Para compensar as remessas sazonais de lucros e dividendos ao exterior e, de quebra, aliviar a pressão dos ruídos de Brasília, o BC fará nova atuação no câmbio hoje (10h30), oferecendo até US$ 2 bilhões em dois leilões de linha.


… A operação não está vinculada à rolagem de transações anteriores e representa injeção de recursos novos.


CONFLITO DE INTERESSE – No outro foco de polêmica do front, Alexandre de Moraes (STF) divulgou nota na terça-feira esclarecendo que o encontro com Galípolo tratou exclusivamente da aplicação contra ele da Lei Magnitsky.


… O ministro do Supremo afirmou ter feito consultas não apenas ao BC, mas também à Febraban e a executivos do Itaú, Bradesco, BTG Pactual sobre as consequências das sanções impostas a ele e à sua esposa pelo governo Trump.


… A nota veio em resposta à reportagem publicada pelo O Globo informando que a reunião entre Moraes e Galípolo ocorreu para que o ministro pressionasse o BC a aprovar a venda do Banco Master para o BRB.


… A denúncia fez com que senadores bolsonaristas anunciassem o pedido de impeachment de Moraes junto à PGR.


… O BC divulgou nota de um parágrafo confirmando a reunião com o ministro para tratar da Lei Magnitsky.


… No Estadão, Moraes chegou a telefonar seis vezes no mesmo dia para Galípolo para saber do andamento da operação de compra do Master pelo BRB, que salvaria o banco de Vorcaro, liquidado pelo BC em novembro.


… A mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, fechou um contrato de R$ 129 milhões para representar o Master em Brasília, inclusive no BC, apesar das suspeitas de fraudes de R$ 12,2 bilhões do banco, que levaram à liquidação.


… Outra novidade em torno do Master que movimenta o noticiário é a decisão de Toffoli de negar um pedido do PGR, Paulo Gonet, para suspender por tempo indeterminado uma acareação sobre a tentativa de venda do Master.


… Toffoli convocou a acareação para 3ªF (dia 30), em pleno recesso do Judiciário, para confrontar as versões de Vorcaro com as do diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, e do ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa.


… O Globo apurou que integrantes da PGR e do BC reagiram com incômodo e classificaram como “atípica” a decisão de Toffoli de marcar a acareação ainda em fase inicial do inquérito, sem a provocação da PF ou do Ministério Público.


BANDEIRA VERDE – A Aneel definiu na última terça-feira que as contas de energia elétrica não terão cobrança extra em janeiro, retomando patamar que não era alcançado há oito meses e representando uma boa notícia à inflação.


… A Terra Investimentos calcula um alívio de 0,11 ponto porcentual no IPCA do mês que vem, mas como a decisão já estava incorporada ao cenário da casa, a estimativa para o indicador oficial de inflação foi mantida em 0,41%.


AS GUERRAS DE TRUMP – O presidente americano disse na noite de ontem, em sua rede social Truth Social, que ordenou um ataque “poderoso e mortal” contra os terroristas do Estado Islâmico na Nigéria.


… No noticiário do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Zelensky demostrou otimismo no dia do Natal, após conversas com Steve Witkoff, enviado especial da Casa Branca, e Jared Kushner, genro de Trump, sobre o plano de paz.


… O presidente ucraniano reconheceu que ainda há trabalho a ser feito em “temas sensíveis” nas próximas semanas, mas disse que “alguns documentos estão quase prontos ou totalmente prontos” para um plano de paz.


RALI DE SANTA CLAUS – A liquidez reduzida e a sessão mais curta não foram problema para Wall Street cravar novos recordes na 4ªF, com os mercados domésticos já fechados, e dar sequência ao rali de Natal.


… O Dow Jones subiu 0,60%, para 48.731,16 pontos, e o S&P 500 avançou 0,32%, para 6.932,05 pontos, ambos renovando suas marcas históricas de fechamento. O Nasdaq registrou alta de 0,22%, aos 23.613,31 pontos.


… Depois do “pibão” do 3º trimestre, que mostrou alta de 4,3%, contrariando expectativa de que a economia americana tivesse desacelerado de 3,8% no 2º trimestre para 3,3%, outro dado voltou a surpreender na 4ªF.


… O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caiu para 214 mil na semana passada, frente aos 224 mil da semana anterior, e na contramão das projeções dos analistas, que era de alta para 226 mil.


… Depois de acumular perdas expressivas desde a divulgação do balanço, na semana passada, Nike (+4,64%) se recuperou graças à notícia de que o CEO da Apple, Tim Cook, comprou 50 mil ações da fabricante de calçados.


… Já Intel caiu 0,52%, após a Nvidia (-0,32%) encerrar a produção de chips do modelo 18A da empresa, segundo a Reuters. Especialistas levantaram dúvidas sobre a capacidade de a Intel retomar a liderança em semicondutores.


… No setor de saúde, a Dynavax Technologies disparou 38,19%, depois que a francesa Sanofi anunciou a compra da especialista em vacinas por US$ 2,2 bilhões, para fortalecer seu portfólio de imunização.


… O petróleo perdeu força na véspera de Natal, após cinco dias seguidos de alta, e fechou praticamente estável, em uma sessão de poucos negócios, com investidores monitorando a atuação dos EUA contra a Venezuela.


… Segundo o Wall Street Journal, Donald Trump quer bloquear a “frota fantasma” de petroleiros em sua ofensiva na região, tentando abalar financeiramente o governo de Nicolás Maduro.


… O WTI para fevereiro fechou na 4ªF em leve baixa de 0,05%, a US$ 58,35 o barril. Já o Brent para março recuou 0,11%, para US$ 61,80 o barril.


CANCELADO – Depois de sete sessões seguidas em alta, o dólar à vista finalmente deu uma trégua na 3ªF, caindo 0,95%, para R$ 5,5314, bem próximo da mínima do dia (R$ 5,5304).


… Além da atuação do BC, que injetou US$ 500 bilhões de dinheiro novo, de um total de US$ 2 bilhões oferecidos em dois leilões de linha, investidores não disfarçaram o alívio com o cancelamento da entrevista de Bolsonaro.


… Lá fora, apesar das apostas de manutenção dos juros pelo Fed em janeiro, o dólar caiu frente aos pares (DXY -0,35%, a 97,945 pontos). O euro subiu 0,25%, a US$ 1,1789. E a libra ganhou 0,25%, a US$ 1,3496.


… O alívio no câmbio doméstico se refletiu também sobre os juros futuros. Além da redução no ruído político com o cancelamento da entrevista de Bolsonaro, os investidores reagiram ainda ao IPCA-15 de dezembro.


… Com alta de 0,25% na margem, em linha com o esperado pelos economistas, a prévia da inflação de dezembro encerrou o ano em 4,41%, abaixo do teto da meta do BC (4,5%).


… No fim da tarde veio mais uma notícia para manter os DIs em baixa: a Aneel informou que vai adotar a bandeira tarifária verde (sem cobrança de taxa extra) nas contas de luz em janeiro, algo que não acontecia há oito meses.


… No fechamento de 3ªF, o DI para janeiro de 2027 marcava 13,840% (de 13,839% no ajuste anterior); Jan/29 a 13,295% (13,354%); Jan/31 a 13,575% (13,650%); e Jan/33 a 13,690% (13,757%).


CORRIGIU – Na bolsa, o cancelamento da entrevista de Bolsonaro foi interpretado como um sinal de dúvida sobre a candidatura de Flávio, o que contribuiu para o mercado corrigir parte do pessimismo dos últimos dias.


… O Ibovespa subiu 1,46% e fechou na máxima do dia, aos 160.455,83 pontos, registrando o melhor patamar desde o dia 15 de dezembro (162.481,74). Por causa do feriado de Natal, o volume foi mais fraco, de R$ 21,4 bilhões.


… As ações mais sensíveis aos juros, que tinham apanhado no pregão anterior, se recuperaram com o alívio nos DIs. C&A ON puxou as altas (+6,39%; R$ 13,16), seguida de Cogna ON (+5,85%; R$ 3,62) e Yduqs ON (+4,85%; R$ 12,54).


… Na ponta oposta ficaram Braskem PNA (-4,92%; R$ 7,53), seguida de Bradespar PN (-1,41%; R$ 20,30) e GPA ON (-0,79%; R$ 3,76).


… Vale ON terminou estável (-0,03%, a R$ 72,90), enquanto Petrobras ON (+0,09%, a R$ 32,02) e PN (PN +0,20%, a R$ 30,31) seguiram a valorização do petróleo.


… Entre os grandes bancos, Itaú PN ganhou 1,64% (R$ 40,26); Bradesco PN subiu 0,93% (R$ 18,41); Santander Unit avançou 4,41% (R$ 34,10); e BB ON teve alta de 2,11% (R$ 21,75).


CIAS ABERTAS NO AFTER – B3 aprovou a distribuição de R$ 1,915 bilhão em JCP, sendo R$ 415,5 milhões (R$ 0,0821 por ação) em JCP intercalares e R$ 1,5 bilhão (R$ 0,2965 por ação) em JCP extraordinários…


… No primeiro caso, pagamento será em 12 de janeiro; no outro caso, pagamento será dividido em quatro parcelas (12 de janeiro; 13 de abril; 7 de julho e 7 de outubro); ex em 2 de janeiro…


… Empresa também aprovou a alteração do guidance de payout previamente divulgado ao mercado, passando do intervalo de 90% a 110% para a faixa de 110% a 130%.


PETROBRAS informou que sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF) anunciou o preço do resgate antecipado aos investidores dos títulos 8,750% Global Notes com vencimento em 23 de maio de 2026…


… O valor total equivale a aproximadamente US$ 350 milhões, excluindo juros capitalizados e não pagos. A liquidação financeira do resgate ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 29.


EMBRAER e AZUL reduziram encomenda de jatos E195-E2, de 51 para 25 unidades


… Segundo a Reuters, a repactuação da encomenda, realizada entre 2014 e 2018, foi homologada no âmbito da recuperação judicial da Azul nos EUA.


REDE D´OR anunciou a sua 39ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 3 bilhões.


GUARARAPES comunicou que seu conselho de administração aprovou o aumento do capital social em R$ 1 bilhão.


PETZ informou que seu presidente e acionista Sergio Zimerman elevou sua exposição ao capital social da companhia para 45,3%, após negociações financeiras entre os dias 22 e 23 de dezembro.


WEG concluiu a compra do controle da Tupinambá Energia; segundo a companhia, negócios adquiridos serão consolidados nas demonstrações financeiras a partir de dezembro de 2026…


… Operação, que resultou na aquisição de 54% do capital social da empresa, conhecida como Tupi Mob, foi anunciada em outubro, com investimento total de R$ 38 milhões.


COPASA informou, por meio de fato relevante, que o Conselho de Administração elegeu Marília Carvalho de Melo como nova diretora-presidente da companhia.


AXIA ENERGIA informou que foram emitidas as licenças de instalação dos Lotes 3 e 5 (blocos 1 e 2), arrematados no leilão de transmissão de energia 01/24, com investimentos de R$ 983 milhões e R$ 2,65 bilhões, respectivamente.


AMPLA ENERGIA aprovou por unanimidade o aumento de capital social de R$ 1,6 bilhão com a emissão de 73 milhões de novas ações ON nominativas.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Merval Pereira

 Comedimento não tem sido característica do Supremo

Por Merval Pereira — Rio

25/12/2025 07h14  


O que seria adaptar à cultura nacional as rígidas regras de conduta dos magistrados das Supremas Cortes da Alemanha ou dos Estados Unidos, como sugere um ministro brasileiro? Levar o jeitinho brasileiro na avaliação do que pode ou não pode? A rejeição da maioria dos ministros do Supremo à ideia de um código de conduta proposto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, mostra que comedimento não é uma característica desta Corte. Alegam que a quase totalidade das exigências dos códigos no exterior já está na legislação brasileira. Se é assim, por que não fazer uma compilação das leis e publicar um documento esclarecendo à opinião pública que os ministros já são regulados pela legislação atual?


Ou é melhor simplesmente não ter nada escrito? Ou ter regras escondidas por incisos e artigos que o comum dos mortais não é capaz de decifrar, deixando ao alvitre de cada um dos senhores ministros das Cortes superiores a interpretação das regras? (Sobre aceitar carona num jatinho particular; não se sentir impedido de julgar um caso envolvendo o apadrinhado porque “o casamento nem durou tanto”.) Ou flexibilizar a Lei da Magistratura para que parentes até o terceiro grau possam trabalhar em escritórios que tenham causas no Supremo? Qual a necessidade de mudar tal lei, quem estava incomodado, além dos parentes dos próprios ministros do STF? Os advogados têm toda a estrutura do sistema judiciário para atuar, por que querem também atuar na última instância, justamente onde estão instalados seus parentes?


Por que os ministros das Cortes superiores gostam tanto de participar de seminários no exterior? O que acontece lá que não poderia acontecer aqui? As viagens, os jantares, os vinhos especiais, jatinhos particulares que cruzam os céus da Europa antes ou depois dos convescotes? Por que cargas d’água os ministros não podem ser cobrados por suas condutas se são servidores públicos e, teoricamente, não são partidários políticos? Criticar o Supremo uma hora indica que o crítico é de esquerda, outra que é de direita, o que isso mostra da sociedade brasileira?


Os ministros, no entanto, podem tomar decisões que os coloquem momentaneamente num lado ou noutro do espectro político, quando é a Constituição que deveria situá-los ao lado da lei. É a constatação explicita de que perdemos o respeito institucional pelos juízes e os colocamos no mesmo balaio dos políticos com mandato popular, eleitos defendendo ideologias ou programas de governos que os distinguem entre si. Medir juízes pela mesma régua com que medimos políticos mostra que eles, os julgadores, não se impõem pela imparcialidade, mas por suas preferências pessoais.


Acontece porque a ideia de que os governos de coalizão podem ser construídos por partidos diferentes parece ser democrática, mas o jeitinho brasileiro deturpou o conceito. Se o Partido Verde adere ao vencedor num país em que o partido vitorioso não obteve a maioria no Legislativo, exige que pontos críticos de seu programa sejam absorvidos na aliança. O Brasil superou essa barreira. Os partidos aderem aos governos sem contrapartidas programáticas, bastando que cargos e emendas atendam a seus anseios. Programa, quem os tem?


Na eleição de 2022, Lula foi eleito sem programa de governo, e pelo jeito continuará sendo assim ano que vem. O bolsonarismo, por sua vez, era contra tudo o que estava no poder, um programa de destruição em massa, em vez de construção. Continua a mesma coisa. Escolher um ministro do Supremo por ser “terrivelmente evangélico” não distingue Bolsonaro de Lula. O que distinguia Lula de seus sucessores era ele ter indicado em seus primeiros mandatos a maioria de ministros que demonstraram independência quando encararam julgamentos importantes para o destino do país, como o mensalão e o petrolão. Depois deles, a lealdade vale mais que a independência, numa demonstração clara de que os presidentes buscam reforçar sua defesa, não a da República.


P.S.: Feliz Natal!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Coluna do Broadcast

 *Coluna do Broadcast: Sem galpões nas capitais, reforma de imóveis antigos vira alternativa*


Por Circe Bonatelli e Aramis Merki II


São Paulo, 24/12/2025 - O mercado de galpões logísticos sofre com a escassez de empreendimentos localizados bem próximos das cidades grandes. A falta deve estimular cada vez mais os operadores do setor a apostar na reforma e na modernização de imóveis antigos, hoje desocupados, que despontam como alternativa para atender à demanda reprimida. A constatação faz parte de um levantamento da consultoria Newmark. O gargalo está nos galpões que fazem a “última pernada” da cadeia de estocagem e distribuição de mercadorias, a chamada last mile, ou última milha. Esses imóveis ficam a até 15 quilômetros das capitais, o que permite entrega rápida de mercadorias com custo reduzido de frete. "A demanda por imóveis desse tipo continua em alta, puxada por grandes empresas do comércio eletrônico", afirma a diretora de pesquisa de mercado da Newmark, Mariana Hanania. “O cenário abre espaço para investimentos na modernização de galpões antigos e que estão sem uso, que despontam como alternativa para ampliar a oferta em localizações estratégicas da capital.”




REQUISITOS. O total de espaços vagos nos galpões do tipo ‘last mile’ representa 11% da área total desses imóveis. Esse número, entretanto, esconde um problema: a área desocupada não atrai inquilinos porque fica dentro de galpões antigos que não atendem aos requisitos mínimos de pé-direito, número de docas e área de pátio para manobra de caminhões que os varejistas exigem atualmente. “Com reforma, as empresas de comércio eletrônico vão correr atrás", diz Mariana.


EXEMPLO. A multinacional australiana Goodman é o maior expoente dessa estratégia, tendo investido na reforma de antigas fábricas da Avon e da Rhodia, na Grande São Paulo. Um dos empreendimentos já foi entregue no Jaguaré, zona oeste da capital paulista, e ocupado rapidamente pelo Mercado Livre.


EM CONSTRUÇÃO. Segundo monitoramento da consultoria, há 125 mil m² de novos projetos last mile em construção na região metropolitana de São Paulo, com entregas previstas até o fim de 2026. "É um volume considerável, mas, perto da necessidade, da procura, não é tão elevado", pondera Mariana.


IA. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), investiu cerca de R$ 1,5 milhão na PhDsoft, empresa que está na vanguarda da tecnologia para a gestão de estruturas industriais e equipamentos.


GÊMEOS. A solução que eles desenvolvem se chama "gêmeos preditivos digitais": sensores e o histórico de manutenção de equipamentos são usados para "digitalizá-los". Com a versão digital, é possível prever problemas, programar atualizações e evitar paradas inesperadas que prejudicam a produção.


INDÚSTRIA 4.0. O investimento foi feito com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Na prática, equipamentos e estruturas que antes eram apenas "metal e concreto" passam a operar de forma inteligente, adequados à chamada Indústria 4.0, segundo Duperron Ribeiro, CEO da PhDsoft.


INFRAESTRUTURA. A tecnologia pode ser aplicada em diversos setores: manutenção de navios e plataformas de petróleo, equipamentos industriais de diferentes segmentos e obras de infraestrutura, como pontes e viadutos. Segundo a Finep, o desabamento da ponte na divisa entre Tocantins e Maranhão, em dezembro de 2024, é um exemplo de acidente que poderia ser evitado com esse tipo de monitoramento.


Contato: colunabroadcast@estadao.com


Broadcast+

Alexandre Moraes x Andre Esteves

 *André Esteves, do BTG, é a fonte das matérias contra Alexandre de Moraes*


André Esteves, do BTG, é apontado como fonte de informações que geraram acusações contra o ministro Alexandre de Moraes.

As acusações envolvem suposta pressão de Moraes sobre Gabriel Galípolo e um contrato entre a esposa do ministro e o Banco Master.

A motivação seria uma disputa de mercado entre o BTG e o Banco Master, que culminou na intervenção do Banco Central no Master.

A guerra da Faria Lima está agitando a mídia brasileira nos últimos dias e foi parar no Supremo Tribunal Federal.


O ministro Alexandre de Moraes virou alvo de inúmeras acusações a partir de apurações com base no “ouvi dizer”. Xandão teria, segundo uma primeira matéria da blogueira de O Globo Malu Gaspar, pressionado Gabriel Galípolo para que não interviesse no Banco Master. Antes disso, a mesma colunista já tinha publicado a cópia de um contrato do banco com a esposa do ministro no valor de R$ 3,2 milhões por mês.


O contrato de fato é considerado por advogados com quem o blog conversou fora dos padrões do mercado.


E aí começa toda a saga que vai chegar em André Esteves e no seu BTG. O banco Master, de Daniel Vorcaro, concorria com o BTG no mercado de aplicações e estava pagando taxas absurdas, de até 140% do CDI.


Com isso ampliava seu número de correntistas e fazia o BTG perder. André Esteves passou então a pressionar o Banco Central e a Fazenda para que o Master sofresse intervenção. Havia, de fato, algo muito suspeito e perigoso naquelas operações. Foi quando Vorcaro, em 2024, contratou o escritório de Viviane Barci, a esposa de Alexandre de Moraes.


André Esteves passa a ver então os dedos de Xandão na sua disputa contra o Master. E começa a operar na surdina a disseminação dos tais boatos da Faria Lima contra o ministro.


O Master sofre a intervenção do Banco Central e em tese tudo estaria resolvido. Mas não.


André Esteves começa a achar que Alexandre de Moraes iria se vingar dele. É aí que entra a divulgação do contrato do banco de Vorcaro no blog de O Globo. Como o ataque não teria surtido o efeito desejado, veio a tal pressão a Galipolo na sequência.


Em resumo, não existe nada de republicano nessa caça a Xandão patrocinada pelo PIG, como dizia Paulo Henrique Amorim. Alguns veículos e influencers progressistas acabaram aderindo também, por ingenuidade ou porque têm a mesma fonte do mercado.


Os próximos rounds devem ser sangrentos. O andar de cima decidiu rifar Alexandre de Moraes, como fez com Eduardo Cunha depois do impeachment de Dilma. É preciso saber se ele está preparado para essa guerra ou se acabou se locupletando e ficará isolado. Mas depois disso, se Xandão sair da frente a caravana da “moralidade” provavelmente vai para cima de Flávio Dino, por conta do orçamento secreto, e de Lula. Que segundo matérias com base em ouvi dizer, sabia de tudo. O mesmo método da Lava Jato e do Mensalão está em curso no jornalismo desses dias.


https://revistaforum.com.br/blogs/blog-do-rovai/andre-esteves-do-btg-e-a-fonte-das-materias-contra-alexandre-de-moraes/

Caso MASTER toma rumo estranho

 Caso Master toma rumo estranho


Ao arrogar para si o controle da investigação de Daniel Vorcaro, e ainda sob inexplicável sigilo, Dias Toffoli estimula uma percepção de acobertamento que só degrada a integridade do Supremo

5 dez. 2025
Estadão Editorial

O ministro Dias Toffoli arrogou para o Supremo Tribunal Federal (STF) o controle da investigação de crimes financeiros envolvendo Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Ademais, decretou elevado grau de sigilo aos atos processuais, concentrando em seu gabinete o fluxo de informações sobre o caso. Essa decisão de Toffoli não resiste a um exame jurídico primário, muito menos ao confronto com o ideal de transparência que deve nortear os Poderes da República.

A defesa do empresário argumentou que Vorcaro teria mantido negócios com o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA). Com base nisso, o empresário acionou o STF para tirar o processo da primeira instância da Justiça Federal de Brasília em razão da prerrogativa de foro do parlamentar baiano. O busílis é que o documento que cita Bacelar, como revelou o Estadão, diz respeito a uma transação imobiliária de R$ 250 milhões que nem sequer foi consumada, além de não guardar relação com a investigação de fraude na venda de carteiras de crédito do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB), operação suspeita que pode ter injetado R$ 12 bilhões na instituição financeira controlada por Vorcaro.

Mas, abstraindo-se a evidente falta de nexo causal, Dias Toffoli poderia perfeitamente ter mantido no STF somente a investigação de Bacelar, deixando a cargo da primeira instância as providências relativas aos demais investigados sem prerrogativa de foro, como Vorcaro e seus sócios.

Para piorar, ainda há o sigilo inexplicável. O art. 5.º , inciso LX, da Constituição determina com clareza solar que somente a intimidade ou o interesse social legitimam a eventual restrição à publicidade dos atos processuais. Mais abaixo na hierarquia normativa, o Código de Processo Civil enumera as quatro hipóteses em que se admite o segredo de Justiça, a saber: (i) situações em que o interesse público ou social o imponha; (ii) processos de família; (iii) casos que envolvam dados íntimos (como, por exemplo, estado de saúde de uma das partes); e (iv) processos que versem sobre arbitragem.

Ora, enquadrar as atribulações judiciais do sr. Vorcaro em quaisquer das alíneas acima requer uma mui criativa hermenêutica jurídica. A rigor, à luz do interesse público, o caso do Banco Master e seu controlador exige o exato oposto: absoluta transparência.

As peripécias de Vorcaro transbordam de relevância pública. Seus desdobramentos envolvem potenciais impactos financeiros para fundos públicos de aposentadoria, suspeitas de tráfico de influência e indícios de proximidade muito além dos limites republicanos entre o empresário e autoridades dos Três Poderes. Ou seja, é precisamente o tipo de ação que não pode tramitar nas sombras, resguardadas às partes, por óbvio, todas as garantias do devido processo legal.

Some-se a tudo isso dois dados incômodos, que qualquer magistrado minimamente cioso de sua responsabilidade teria considerado suficientes para se declarar impedido. Em 2024, Dias Toffoli participou de um evento empresarial em Londres patrocinado, ora vejam, pelo Banco Master. Até hoje, o ministro não prestou o devido esclarecimento sobre quem custeou suas despesas de viagem. Como se isso não bastasse, a mulher do ministro, Roberta Rangel, foi sócia de um dos advogados que hoje atuam na defesa de Vorcaro perante o Supremo. A simples aparência de parcialidade já seria óbice incontornável à permanência de Dias Toffoli como relator do processo.

Não há razão factual ou jurídica que sustente a manutenção do caso de Vorcaro no STF nem tampouco o sigilo determinado por Dias Toffoli. Há, isso sim, a imperiosa necessidade de que o próprio STF não deixe sua imagem ser tisnada pela suspeita de acomodação de conveniências empresariais ou proteção de relações pessoais mal explicadas.

Este jornal quer acreditar que Dias Toffoli e o Supremo estão tratando do caso do Banco Master de maneira republicana, mas, por ora, a sensação é de que há algo inconfessável sendo escondido dos olhos dos cidadãos. Considerando-se que o sr. Vorcaro habilmente soube cultivar relações com os altos escalões de Brasília, não é uma desconfiança infundada.

Alvaro Costa e Silva

 Coluna do Alvaro Costa e Silva na Folha de hoje (27 de dezembro), p. A3. QUARTETO FANTÁSTICO  O lugar-comum publicitário inventou uma fórmu...