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Bankinter Portugal Matinal 1701

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: HOJE NOVA IORQUE enfraquecerá. ONTEM, lógico assentamento de níveis após as fortes subidas de quarta-feira graças, recordemos, a uma inflação subjacente americana uma décima inferior (+3,2%), embora a Taxa Geral aumentasse 2 décimas, até +2,9%. Os excelentes resultados dos bancos americanos têm sido outro apoio para o mercado. E a surpresa positiva, a melhoria do luxo graças a umas vendas de Richemont (Cartier) repentinamente boas, apesar da decadência de China, e isso melhora a perspetiva sobre todo o setor. Além disso, Waller (Fed) com tom dovish/suave, a favor de baixar taxas de juros várias vezes e, por isso, mais o anterior, as yields das obrigações reduziram-se também, ontem, entre -2/-4 p.b., e isso permitiu que as bolsas perdessem apenas alguns milímetros das subidas anteriores. Por isso, assentamento inercial em positivo. É inquestionável que se as bolsas não têm medo de uma yield do T-Note de 5%, então consigam subir um pouco devagar para melhorar. Agora, T-Note ca. 4,60% e Bund ca.2,50%. Se não subirem, as bolsas aguentam decentemente. 

 

ESTA MADRUGADA, resultados chineses tão bons quanto pouco fiáveis: PIB 4T +5,4%, Vendas a Retalho +3,7%, Produção Industrial +6,2%... e Preços de Habitação a moderar a sua queda livre (-5,3% desde -5,7%). Sem impacto por escassa credibilidade. As Vendas a Retalho no Reino Unido (07:00 h) aparentemente boas (+3,6%), mas também impactarão pouco, porque ali a chave é a sobrevivência política do P.M. Starmer e a gestão das contas públicas. 

 

HOJE temos 2 referências: (i) 13:30 h Produção Industrial EUA (+0,3% vs. -0,1%) + Nível de Utilização da Capacidade Produtiva (77,0% vs. 76,8%). Se saírem resultados bastante bons para o ciclo, pior para o mercado a curto prazo. E isso parece o mais provável. (ii) Às 14 h, WEO (World Economic Outlook) do FMI: é chave é se os PIBs 2025/26 estimados melhoram um pouco ou não, que agora estão em +3,2% para Mundo e +1,8% economias desenvolvidas (EUA +2,8% e +2,2%). Não há argumentos sólidos a favor de serem revistos em alta, porque essas estimativas já são generosas e, contudo, se considerassem que as descidas de taxas de juros serão menores e/ou mais lentas (parece sensato pensar assim), então teriam de rever PIBs em baixa. Isso teria uma interpretação mista para o mercado a curto prazo. 

 

Mas tenhamos em conta os condicionantes não tão formais: na segunda-feira, Nova Iorque fechada (M Luther King) e Trump toma posse. 

 

CONCLUSÃO PRÁTICA: Intuitivamente, e por via das dúvidas, o mercado deverá tender a recolher posições até terça-feira. Principalmente se Trump antecipar alguma medida já conhecida, mas em tom impactante (impostos alfandegários, imigração, impostos, desregulação…). Por isso, a sessão deverá enfraquecer na tarde americana, inclusive ao realizar lucros de forma suave e preventiva. É provável que a Europa aguente melhor. E as yields das obrigações já não se reduzirão mais, de momento. USD a apreciar-se um pouco (1,0285/€?), como também o petróleo, que aguantará ca. 80$ ou um pouco acima. Espera tensa com tendência a aligeirar posições. 

 

S&P500 -0,2% Nq-100 -0,7% SOX +0,2% ES-50 +1,5% IBEX -0,5% VIX 16,6 Bund 2,51% T-Note 4,61% Spread 2A-10A USA=+37pb B10A: ESP 3,17% PT 2,96% FRA 3,33% ITA 3,65% Euribor 12m 2,563% (fut.2,319%) USD 1,029 JPY 159,9 Ouro 2.714$ Brent 81,6$ WTI 79,2$ Bitcoin +1,7% (101.404$) Ether -0,3% (3.363$). 

 

FIM

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