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Contra o Estado

 Contra o Estado, G.K. Chesterton  O livro traz transcritos dois grandes debates públicos do grande escritor e pensador inglês do século XX em face de dois titulares de Prêmio Nobel de literatura. Daí a ênfase na genialidade de Chesterton (1874-1936) diante de Bertrand Russel (1872-1979), filósofo já celebrado desde o início do século, e Bernard Shaw (1856-1950), dramaturgo de renome internacional, premiados com o Nobel em 1950 e 1925 respectivamente.  Na época em que o debate público não se cingia apenas aos círculos acadêmicos e políticos de universidades e Parlamento, mas era abrangente e frequente através da intermediação de uma imprensa e rádio como veículos de alta cultura e não apenas de narrativas de grupos de interesses e entretenimento vulgar. Uma imprensa com ideais para além de opiniões a vender. Ambos os debates, transcritos em livro, ocorreram com transmissão ao vivo pela BBC, em 1927, com Bernard Shaw sobre a propriedade privada e coletiva e o papel do Esta...

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Sem emendas, Congresso rompe acordo* … A leitura final do PIB/1Tri é destaque entre os indicadores nos EUA, onde a agenda inclui ainda a fala de quatro dirigentes do Fed e uma entrevista “interessante e irrefutável” do secretário de Defesa, Pete Hegseth, como anunciou Trump, no esforço para dissipar dúvidas sobre os danos […] … A leitura final do PIB/1Tri é destaque entre os indicadores nos EUA, onde a agenda inclui ainda a fala de quatro dirigentes do Fed e uma entrevista “interessante e irrefutável” do secretário de Defesa, Pete Hegseth, como anunciou Trump, no esforço para dissipar dúvidas sobre os danos causados pelos ataques americanos às instalações nucleares do Irã. Aqui, o dia é cheio: IPCA-15, arrecadação da Receita, o resultado primário do Governo Central, o Relatório de Política Monetária do BC, com entrevista de Galípolo (11h), e a repercussão da derrota expressiva do governo Lula com a derrubada das medidas que elevaram o IOF. O PDL passou na Câmara, co...

Artigo muito bom. Tapa na cara.

 O Brasil Voltou. Mas Para o Século Errado. Alex Pipkin, PhD — Com licença, esta cadeira está vaga? — Sim, claro. Estava reservada para um país sério. — Perfeito. O Brasil senta mesmo assim. Foi mais ou menos assim que recomeçamos nossa jornada diplomática, após a eleição de 2022. Com pompa de salão, promessas de gala e a ilusão de que bastava trocar o ocupante do Planalto para transformar o país num baluarte da civilização. O grande mote, repetido ad nauseam por colunistas progressistas, artistas de streaming e doutores em sociologia de campus, era claro: o país precisava de luz, diálogo e prestígio. O que recebemos foi sombra, monólogo e desprestígio disfarçado de causa. Dois anos depois, aqui estamos. Com um presidente que abraça Putin, parabeniza Ortega, afaga Maduro, sorri para Xi Jinping, e relativiza um massacre brutal em Israel com a leveza de quem comenta um empate na Série B. Um presidente que, diante da barbárie do Hamas em 7 de outubro — que incluiu estupros, decapitaçõ...

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado. Quarta Feira, 25 de Junho de 2.025. *Haddad poupa Galípolo de mão pesada no juro* … Powell volta ao Congresso americano hoje para falar no Senado (11h), após ter reafirmado na Câmara que o Fed não precisa ter pressa para reduzir os juros. Deve repetir a mesma mensagem de cautela, que reforçou as apostas no primeiro corte apenas em setembro. O cessar-fogo nos […] … Powell volta ao Congresso americano hoje para falar no Senado (11h), após ter reafirmado na Câmara que o Fed não precisa ter pressa para reduzir os juros. Deve repetir a mesma mensagem de cautela, que reforçou as apostas no primeiro corte apenas em setembro. O cessar-fogo nos conflitos entre Israel e o Irã ajuda a distender as tensões, mas informações de que os ataques às instalações iranianas não destruíram as ambições nucleares dos aiatolás mantêm a tensão na região. Aqui, a ata do Copom não abriu espaço para especulações, mantendo o alerta hawkish, que projeta a Selic a 15% por muito tempo. A agenda d...

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal  SESSÃO: Um frágil cessar-fogo é suficiente para que se voltem a assumir riscos categoricamente. Ontem, SOX (semis) quase +4%. Expressa a mudança de abordagem. Contudo, há sérias dúvidas de que o programa nuclear iraniano tenha sido “aniquilado” como Trump afirma. A Agência de Inteligência de Defesa (Inteligência Militar) publicou um relatório de situação em que afirma que os ataques bloquearam as entradas de duas instalações nucleares, mas não destruíram as fábricas de processamento subterrâneas, e que várias centrifugadoras continuam intactas. Trump agora usa o termo “degradado” em vez de “aniquilado” para se referir às instalações nucleares do Irão. Mas para o mercado isto não parece importante.  Ontem, o IFO Clima Empresarial na Alemanha melhorou (88,4 desde 87,5), mas a Confiança do Consumidor americana saiu inesperadamente fraca (93,0 vs. 99,8 esperado vs. 98,0 anterior). Powell (Fed) continuou com a sua mensagem-força de “esperar e ver” ...

Roger Scruton

 A cultura importa, Roger Scruton  Uma dos últimos livros do maior filósofo inglês do século, Sir Roger Scruton (1944-2020). E coroando o esforço de uma vida a eleger a cultura, e seu principal conteúdo simbólico de fé e sentimento, religião e arte, como determinantes históricos do destino das sociedades humanas. Não que não trate da política, da economia, da educação e dos conflitos sociais, mas sempre subordinados a égide da religião e da arte, que é a condição de eternidade da humanidade, como se referia seu antecessor como o mais completo filósofo da cultura do século XX, Chesterton, ao afirmar a eternidade do homem através de Deus. No primeiro parágrafo de sua dissertação, Scruton já anuncia as causas da crise cultural da humanidade: as ameaças interna e externa do multiculturalismo e do islamismo às tradições judaico-cristãs do Ocidente. E afirma a fonte na “Decadência do Ocidente”, de Oswald Spengler (1880-1936), que ressalta a crise do cristianismo como cerne de nossa ...

Ativos remanescentes

 *Ativos remanescentes do regime iraniano / Desafios não resolvidos para Israel:* 1. O regime iraniano não caiu (ainda) 2. As aspirações do regime de desenvolver armas nucleares permanecem; o programa foi danificado, mas não apagado 3. As ambições do Irã de desenvolver mísseis continuam; a infraestrutura foi duramente atingida, mas não eliminada 4. O objetivo do Irã de destruir Israel permanece inalterado 5. O Irã continuará operando de forma encoberta e enganando o Ocidente para reconstruir suas capacidades nucleares e de mísseis 6. Um futuro ataque israelense contra os programas nuclear/missilístico do Irã não será fácil — mesmo sob uma administração Trump, muito menos sob outra 7. O futuro das sanções ocidentais ao Irã continua incerto 8. O destino de 400 kg de urânio enriquecido a 60% é desconhecido *Resumo:* Israel obteve um sucesso tremendo. Se há dois anos você tivesse visto um curta-metragem mostrando o que aconteceu no Irã nos últimos 12 dia...