quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Gabriel Galípolo

 ++ De todas as instituições públicas, BC tem o objetivo mais transparente e claro.

++ BC tem uma meta de inflação e essa meta é de 3%; e temos uma ferramenta para perseguir a meta, que é a taxa de juros.

++ Mensagem transmitida hoje cedo é que, em nenhum momento, estamos transmitindo sinais sobre qualquer tipo de movimentação futura.

++ Estamos recolhendo dados, avaliando economia e vendo como isso está influenciando o cumprimento da meta.

++ De todas as instituições públicas, BC tem o objetivo mais transparente e claro.

++ BC tem uma meta de inflação e essa meta é de 3%; e temos uma ferramenta para perseguir a meta, que é a taxa de juros.

++ Mensagem transmitida hoje cedo é que, em nenhum momento, estamos transmitindo sinais sobre qualquer tipo de movimentação futura.

++ Estamos recolhendo dados, avaliando economia e vendo como isso está influenciando o cumprimento da meta.

++Dados mostram convergência da inflação para meta, ainda que lenta e gradual

++ Esse 'lenta e gradual' é claro que incomoda o BCB

++ Isso reforça postura de vigilância e perseverança do BCB, com juros em patamar restritivo

++Temos trabalhado entre incerteza e adversidade

++ Quando incerteza diminui é porque, geralmente, um cenário adverso se concretizou.

++ Discrepância entre o que se imaginava de cenário e o que se concretizou tem sido bastante alto.

++ Esse é um dos motivos que o BC tem evitado sinalizar passos futuros.

++ BC aumentou participação das reservas em ouro e capturou um pouco da alta do metal.

++ Em geral, gestão das reservas é menos oportunista.

++ Estamos vendo suavização do crescimento; dados não indicam um declínio mais agudo da economia.

++ Canal de crédito continua crescendo, não a 2 digitos, mas a 8,5%, 9%; não estamos vendo economia caminhando para uma recessão.

++ Economia está se comportando de forma supreendentemente resiliente para atual patamar de juros.

++ Isso abre discussão sobre os canais de transmissão da política monetária.

Marcelo Viana, do IMPA

 Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo.

Considere um segmento de reta de comprimento 1. Divida-o em três partes de igual comprimento e remova a do meio: sobram dois segmentos de comprimento 1/3, certo? Em seguida, divida cada um desses segmentos em três partes de igual comprimento e remova a do meio: agora sobram quatro segmentos de comprimento 1/9. Novamente, divida cada um desses segmentos em três partes iguais e remova a do meio: o resultado são oito segmentos de comprimento 1/27. E assim sucessivamente. O que sobra ao final de infinitas operações como essa é chamado “conjunto de Cantor”, em homenagem a Georg Cantor (1845-1918), que introduziu esse conceito em 1883.

Em 1974, o estudante de doutorado Douglas Hofstadter conjecturou que os níveis de energia de um elétron preso num cristal sob a ação de um ímã formam um conjunto de Cantor quando o fluxo magnético é irracional. Seus colegas físicos acharam a ideia bizarra (“numerologia!”). E ele não sabia provar que era verdade.

Anos depois, em 1981, dois matemáticos se encontraram para almoçar e discutir a conjectura de Hofstadter. Marc Kac (1914-1984) e Barry Simon vinham estudando um modelo da equação de Schrödinger e, baseados em seu próprio trabalho, concluíram que Hofstadter provavelmente estava certo. Mas eles também não sabiam provar a conjectura: Kac avaliou que seria tão difícil que ofereceu pagar dez martinis a quem conseguisse. Simon propagandeou a oferta, e assim nasceu o “problema dos dez martinis”.

No ano seguinte, Simon conseguiu um avanço parcial no problema, e Kac pagou três martinis pelo resultado. Mas quando Kac morreu, em 1984, o problema continuava em aberto, e assim permaneceria por mais duas décadas. Não por falta de esforço.

matemática ucraniana Svetlana Jitomirskaya vinha trabalhando no tema há anos. Mas em 2003 ela estava desanimada: no ano anterior, o espanhol Joaquim Puig tinha resolvido a questão para a maior parte dos valores do fluxo magnético. E o pior é que ele tinha usado o trabalho dela para isso! “Queria dar um soco em mim mesma: eu tinha feito todo o trabalho difícil, e aí ele chegou e encontrou aquela solução linda.”

Entra em cena o jovem matemático brasileiro Artur Avila, então com apenas 24 anos, propondo trabalharem juntos nos casos restantes do problema. “Expliquei a ele que ia ser difícil e demorado, e que ninguém estava nem aí”, conta Svetlana. Foram em frente assim mesmo e deu certo: logo os dois resolveram um dos problemas mais relevantes e desafiadores da física matemática. O trabalho conjunto foi publicado em 2005 no periódico Annals of Mathematics, o mais prestigioso da área da matemática. E a solução do problema dos dez martinis seria uma das realizações do Artur mais citadas quando ele ganhou a Medalha Fields em 2014.

Comemoraram com martini? “Claro. Teve um monte de bebidas comemorativas, inclusive martinis”, esclarece Svetlana, com um sorriso.

Dan Kawa

 Brasil: Mais perto de juros menores...

By Dan Kawa
12Nov25

Um IPCA (inflação) mais comportado e uma mensagem menos dura da Ata do Copom ajudaram a dar suporte adicional aos ativos do Brasil na terça-feira.

O IPCA (inflação) registrou alta de 0,09% em outubro (MoM) e 4,68% em 12 meses (YoY), ambos resultados inferiores às expectativas de 0,15% e 4,74%, respectivamente.

O dado confirmou mais um mês de boa qualidade inflacionária, com destaque para a moderação dos serviços e dos núcleos, componentes que costumam refletir pressões mais persistentes sobre os preços.

Esse comportamento reforça a visão de desinflação consistente, ampliando a probabilidade de cortes de juros pelo BCB nos próximos meses. Como consequência, o resultado contribui para ancorar a curva de juros local, favorecendo tanto a precificação de ativos domésticos — em especial títulos de renda fixa e setores sensíveis à taxa de juros — quanto a melhoria do ambiente de financiamento e investimento no país.

A curva de juros passou a precificar uma alta probabilidade de queda de 25bps na Selic já em janeiro de 2026, com ciclo que levaria os juros para próximo a 12% ao final de 2026:

A Ata do Copom, em que o BCB manteve a Selic em 15,00%, sinalizou uma postura um pouco menos hawkish do que nas comunicações anteriores, reconhecendo que a política monetária está funcionando e gerando moderação gradual da atividade, da inflação e das expectativas.

Apesar desse progresso, o comitê reforçou que o cenário ainda é desafiador — com mercado de trabalho resiliente, expectativas desancoradas e pressões inflacionárias persistentes — o que exige manter uma política “significativamente contracionista por um período prolongado”.

A autoridade monetária demonstrou maior confiança de que a taxa atual é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta, mas reiterou que seguirá vigilante e pronta para retomar o aperto se necessário.

No mundo emergente (EM), relatório do JPM mostra que existe um potencial enorme de alocação para ações da região, o que seria capaz de sustentar os mercados de ações da região nos próximos meses:

Foram anos de fluxo negativo e performance relativa pior, movimentos que costumam ser cíclicos e reverterem a média no longo-prazo:

Quaest Genial

 🇧🇷 *Felipe Nunes comenta Genial/Quaest*


1/ Aprovação ao governo interrompe tendência de alta e fica estável neste mês - aprovação vai de 48% para 47% - e a desaprovação sai de 49% para 50%. 


2/ As taxas de avaliação do governo registraram piora no último mês: saldo da avaliação foi de -4 (37% - 33%) para -7 (38% - 31%). O regular ficou em 28%.


3/ A estabilidade é explicada por fatores que se anulam: de um lado, alívio no bolso. Caiu de 88% para 58% a parcela que reclama da alta dos alimentos no supermercado.


4/ E uma impressão positiva do encontro que Lula teve com Trump na Malásia: 45% afirmam que o Presidente saiu mais forte, enquanto 30% afirmam que ele saiu mais fraco.


5/ De outro, as falas de Lula sobre a operação no Rio repercutiram mal. No país, 81% discordaram da declaração sugerindo que traficantes seriam “vítimas dos usuários” — proporção semelhante à vista no RJ há uma semana.


6/ O posicionamento teve efeito negativo porque 51% acreditam que essa é uma opinião sincera do presidente, mesmo após a justificativa apresentada pela Presidência; 39% veem como mal entendido.


7/ Além disso, 57% discordam da tese defendida pelo presidente Lula de que a operação no Rio foi “desastrosa” do ponto de vista da atuação do Estado.


8/ Sobre a operação, a aprovação nacional supera a do RJ: 67% aprovam e 25% desaprovam a ação policial nos complexos do Alemão e da Penha.


9/ E 67% dizem que não houve exagero por parte da polícia; 29% veem excesso na força empregada.


10/ Se o tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente. Foi justamente nesse grupo que a tendência de melhora se inverteu.


11/ É inegável que a preocupação com a violência escalou e pautou o debate nas últimas semanas, atraindo atenção e olhares para o tema.


12/ Mas isso não quer dizer que a população queira ver operações como a que aconteceu no RJ em seu estado: 42% apenas defendem ações policiais nesse formato em seus estados.


13/ Os maiores animados em ver outras operações policiais como a que vimos no RJ é a direita não bolsonarista (62%); os maiores opositores às operações são parte da esquerda não lulista (23%).


14/ Mas por que mesmo sendo aprovada, a população não deseja ver operações acontecendo em todo o território nacional? Porque no RJ as operações se justificam. Lá, a violência é maior do que nos outros estados.


15/ Mas quais as saídas? A maior parte deseja leis mais rígidas, penas maiores, uma justiça que deixa criminosos presos e ações duras contra facções. Mais edução, oportunidades e medidas sociais aparecem com apenas 27% das indicações.


16/ De todas as medidas discutidas pelo Congresso, armar a população e liberar a legislação estadual para que cada estado faça sua própria lei são as que tem menor apelo popular. Aumentar a pena de homicídio e retirar o direito de visita íntima tem mais apoio.


17/ Outra proposta com viabilidade popular é a classificação das organizações criminosas em terroristas. Chama muita atenção que o resultado observado no Rio replica o resultado nacional.


18/ A pesquisa investigou ainda o consorcio de governadores da direita. Na avaliação dos brasileiros, Claudio Castro é quem se sai melhor até aqui (24%), seguido de Tarcísio (13%) e Caiado (11%).


https://x.com/profFelipeNunes/status/1988548642706256354

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado*


Quarta Feira, 12 de Novembro de 2.025.


*Mercado mira Galípolo após ata e IPCA*


Dia tem ainda pesquisa Quaest, volume de serviços, balanço do BB, Fed boys e votação do shutdown


… A Câmara dos Republicanos dos Estados Unidos vota hoje o projeto que encerra o shutdown, animando novas apostas em corte dos juros em dezembro, com a divulgação dos dados atrasados. Aqui, a ata mais dovish do Copom e o IPCA benigno também resgataram as chances de janeiro para a queda da Selic, mas sem comprometer o carry trade, que derruba o dólar e explica os sucessivos recordes do Ibovespa. Na agenda, o dia começa com relatório da Opep sobre o petróleo e uma pesquisa Quaest sobre o governo Lula, seguidos das falas de vários Fed boys, volume de serviços, entrevista e palestra de Galípolo e mais balanços, com destaque para Banco do Brasil, após o fechamento.


GALÍPOLO – Terá duas oportunidades hoje para corrigir ou validar a leitura mais suave que o mercado fez da ata do Copom, nesta terça-feira.


… Às 10h, ele participa de coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira, que será divulgado às 8h, e depois do almoço, às 14h, faz palestra sobre Política Monetária no Brasil em evento da Bradesco Asset Management. Ambos transmitidos ao vivo.


… Sob pressão do governo, inclusive do ministro Fernando Haddad, que tem insistido no espaço de queda para a Selic, a mensagem do presidente do Banco Central pode ser ainda mais decisiva do que a própria ata para orientar as expectativas do mercado.


… Depois do comunicado hawkish na semana passada, onde não houve nenhum sinal de que o ciclo de flexibilização já estaria sendo considerado, a ata começou a ajustar o tom, recuperando apostas de que janeiro não está fora do páreo para o primeiro corte.


… Na curva de juros, as chances de uma queda de 25pbs da Selic na primeira reunião de 2026 saltaram de 55% para 80%, enquanto as chances de um corte maior, de 50pbs, em março, subiram de 30% para 40%, segundo cálculos de Flávio Serrano (BMG) ao Broadcast.


… Uma informação importante da ata foi o BC confirmar que já havia incorporado um impacto preliminar da reforma do Imposto de Renda em suas projeções do IPCA, que, no caso do 2Tri/2027, horizonte relevante da política monetária, foi reduzida de 3,4% para 3,3%.


… Com a inflação mais perto da meta de 3%, e sem o risco de subir mais pelo IR, isso significa que o corte pode estar mais próximo.


… Enquanto o mercado avançou nas apostas para janeiro, economistas reagiram mais cautelosos.


… Reconheceram que o Copom veio mais suave e que começa a ajustar a mensagem e a construir terreno para reduzir a Selic no início de 2026, mas a maioria ainda só espera corte em março, segundo revelou nova pesquisa do Broadcast, realizada após a ata.


… De 34 casas consultadas, 12 ainda fecham com janeiro; 17, com março; quatro em abril e uma só (FGV/Ibre) a partir de junho. Na lista dos que acham janeiro possível para o primeiro corte estão os grandes bancos: Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual.


IPCA – Junto com a ata mais dovish, o IPCA de outubro também animou o mercado de juros, desacelerando de 0,48% em setembro para apenas 0,09%, abaixo da mediana do Projeções Broadcast (0,14%) e bem perto do piso das estimativas (0,08%).


… Economistas viram também uma composição benigna do índice, com núcleos de inflação comportados, apesar da ligeira aceleração, de 0,19% para 0,26%. O resultado desencadeou novas revisões para baixo nas estimativas para a inflação de 2025.


SERVIÇOS – Ainda na agenda dos juros, é importante hoje o volume de serviços de setembro, que o IBGE divulga às 9h. No Broadcast, a mediana das estimativas indica crescimento de 0,4% na margem, após alta de 0,1% em agosto. As estimativas variam de -0,4% a +0,8%.


… O avanço para os serviços de transporte aéreo, serviços técnico-profissionais e serviços prestados às famílias deve puxar o crescimento em setembro. Em contrapartida, é esperada moderação para os serviços de tecnologia da informação e para outros serviços.


… O economista Rodolpho Sartori, da Austin Rating, projeta estabilidade para o volume de serviços prestados em setembro e afirma que, de forma geral, o setor está desacelerando. Mas ele nota que ainda apresenta certa resiliência atrelada ao mercado de trabalho.


TARCÍSIO – O governador de São Paulo também participa de evento da Bradesco Asset, em São Paulo, às 17h.


ANTIFACÇÃO – Após um dia intenso de negociações, o relator da Lei Antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Tarcísio, protocolou, ontem à noite, a terceira versão do seu relatório, atendendo aos dois principais pleitos do governo.


… Derrite suprimiu as menções à Lei Antiterrorismo e retirou as citações à competência da Polícia Federal, que despertaram críticas do Executivo, da Polícia Federal, da Receita Federal, de especialistas e de parlamentares da base aliada.


… Todos apontavam o enfraquecimento da PF e riscos para a soberania brasileira no caso da equiparação do crime organizado ao terrorismo.


TARIFAÇO – O chanceler Mauro Vieira, que representa o Brasil na reunião do G7, não conseguiu ainda encontrar-se com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, que chega apenas hoje ao Canadá para participar da cúpula de ministros das Relações Exteriores.


… Ontem à noite, em entrevista à Fox News, Trump disse que vai reduzir algumas tarifas sobre as importações de café. Não deu detalhes.


TAXAÇÃO DAS BETS – Congresso adiou para a terça-feira, 18, a votação da MP que prevê socorro a empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. O relator, senador Fernando Farias (MDB), deve incluir no parecer o aumento da taxação das casas de apostas.


… A elevação da alíquota das bets de 12% para 18% fazia parte da MP do IOF que foi derrubada pela Câmara.


… Há ainda no Senado PL de Renan Calheiros (MDB), que propõe alíquota maior para bets, de 24%, além de aumentar a taxação de fintechs.


NO PISO DA META – A ministra Simone Tebet (Planejamento) afirmou que há a possibilidade de não ter aumento do bloqueio de gastos do Orçamento no relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que será divulgado até o dia 22 deste mês.


… Segundo ela, o governo está com uma expectativa “bem positiva” para o relatório deste mês, porque a receita vem performando bem.


… “Além disso, a gente tem o faseamento, que está fazendo toda a diferença”, disse a jornalistas, repetindo o que havia dito Haddad na véspera à CNN, ao comentar que nem todo o orçamento é executado e as sobras aproximam o resultado primário do centro da meta.


… De qualquer modo, Tebet acredita que o Congresso deve autorizar o governo a mirar o piso da meta fiscal em 2026.


… Como revelou o Valor, o governo negocia essa alteração junto ao relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, Gervásio Maia (PSB).


MAIS AGENDA – O dia começa com a pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do governo Lula, às 7h. O levantamento é o primeiro nacional depois da megaoperação policial no Rio de Janeiro com mais de 120 mortos.


… Na parte da tarde, às 14h30, o Banco Central solta os dados semanais do fluxo cambial.


BALANÇOS – Problemas nos empréstimos ao agronegócio, que respondem por um terço da carteira de crédito do Banco do Brasil, devem seguir pesando negativamente nos resultados trimestrais da instituição.


… Analistas projetam lucro de R$ 3,7 bilhões no terceiro trimestre, o que representaria uma queda de 61% contra o mesmo período de 2024 e baixa de 1,8% contra o segundo trimestre, que já foi um dos piores da história do banco.


… Depois do fechamento dos negócios, saem ainda os resultados trimestrais da Americanas, Allos, Auren, Casas Bahia, Copel, Direcional, Equatorial Energia, Hapvida, MRV, PagBank, Positivo, Ultrapar e Vittia Fertilizantes.


… A Ambipar, em recuperação judicial, adiou o seu balanço previsto para hoje e não informou uma nova data.


… Confira no Companhias abertas os balanços divulgados ontem à noite.


LÁ FORA – O foco vai para os Fed boys: John Williams (11h20), Christopher Waller e Anna Paulson (12h), Raphael Bostic (13h30), Stephen Miran (14h30) e Susan Collins (18h). Bessent (Tesouro) participa de conferência às 12h45.


… Sem horário certo, o relatório mensal da Opep costuma sair cedinho. Na Alemanha, tem CPI de outubro (4h).


… Trump planeja jantar hoje com executivos de Wall Street, incluindo o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, informou a Bloomberg.


AFTER HOURS – Os papéis da AMD saltaram 4,75%, após a companhia elevar a perspectiva de receita nos próximos anos, diante do boom da Inteligência Artificial, provando que não está com medo do estouro da bolha de tecnologia.


CHOREM, HATERS! – O Ibovespa continua dando show e ontem contou a precificação de corte da Selic em janeiro e a chance de o juro terminar o ano que vem abaixo de 12% como drivers para continuar exibindo a sua potência.


… Além disso, a rotação global do fluxo para os emergentes continua fazendo toda a diferença para a bolsa.


… O índice à vista conquistou a marca inédita dos 157 mil pontos e cruzou os 158 mil no pico intraday (158.467,21). Em uma arrancada de 1,60%, fechou aos 157.748,60 pontos e completou 15 altas em série (com 12 recordes).


… Com esta sequência, a bolsa igualou o recorde de 31 anos, em meados de 1994, no lançamento do Plano Real.


… O giro ontem ficou bem acima da média, em R$ 35,4 bilhões, reforçando as suspeitas de fluxo expressivo de recursos estrangeiros. Hoje tem vencimento de opções sobre o índice, o que deve redobrar a volatilidade.


… Um contra-ataque dos vendidos precipitaria a realização de lucro que está demorando tanto para acontecer. Mas nunca se sabe. A bolsa já foi tão longe, que ninguém se atreve a duvidar que possa conquistar ainda mais espaço.


… Entre as blue chips, Petrobras brilhou de novo, com a sétima alta seguida. Escalou junto com o petróleo: PN subiu 2,60%, cotada R$ 33,20, e ON ganhou 2,40%, a R$ 35,41, enquanto o Brent para janeiro avançou 1,72%, a US$ 65,16.


… Há sinais de que as sanções dos Estados Unidos começam a ter impacto sobre as exportações russas de petróleo.


… O minério de ferro fechou em leve alta de 0,20% e explicou a apatia da Vale, em baixa de 0,26%, a R$ 65,04.


… Os bancos tiveram peso relevante no pregão de gala: BB saltou 3,03% (R$ 23,47), apesar da aposta em balanço fraco hoje. Bradesco PN subiu 2,15% (R$ 19,49); Itaú, +1,93% (R$ 41,22); e Santander unit, +2,33% (R$ 33,41).


… A liderança positiva do Ibovespa foi de Braskem, que disparou 18,04% (R$ 7,72) após acordo de R$ 1,2 bi para indenizar o Estado de Alagoas por danos geológicos, eliminando a dúvida sobre um passivo importante.


… Já na ponta negativa, Natura desabou 15,65% (R$ 7,76), após números trimestrais piores do que as expectativas.


RASGOU O COMUNICADO – Certa ou não, a leitura dovish que o mercado fez da ata do Copom acabou combinada ao IPCA de outubro mais baixo para o mês em 27 anos e levou a uma forte queima de prêmio na curva de juros.


… Os investidores dobraram a aposta no início do ciclo de afrouxamento monetário a partir de janeiro e os contratos de curto e médio prazo da curva do DI encerraram o pregão nos menores patamares desde que o ano começou.


… A surpresa positiva com o IPCA próximo de zero em outubro (+0,09%) e abaixo do nível de 5% no acumulado em 12 meses (4,68%) provocou uma onda de revisões em baixa nas projeções de inflação deste e do próximo ano.


… O PicPay reduziu a sua estimativa para o IPCA em 2025 de 4,9% para 4,6% (quase dentro do teto da meta de 4,5% fixado pelo CMN) e, em função da inércia inflacionária, também baixou a aposta para 2026, de 4,4% para 4,2%.


… Duas outras instituições veem agora boas chances de a inflação terminar o ano dentro do intervalo de tolerância superior da meta: UBS BB, que reduziu a projeção do IPCA de 4,6% para 4,5%, e o C6 Bank, de 5,0% para 4,5%.


… No fechamento, o contrato de juro para janeiro de 2027 despencava para 13,680% (contra 13,835% no ajuste anterior); Jan/29 derretia a 12,860% (de 12,983%); Jan/31, a 13,175% (de 13,282%); e Jan/33, a 13,370% (13,462%).


… A rigor, a interpretação do mercado de que a Selic vai cair mais cedo poderia ser (e é) menos vantajosa ao carry trade. Mas não é nada que vá fazer alguma diferença significativa, a ponto de abalar o câmbio doméstico.


… Assim, o dólar à vista completou cinco sessões em baixa, furou os R$ 5,30 e voltou para a cotação mais barata em quase um ano e meio (desde junho de 2024), encerrando o pregão negociado aos R$ 5,2732, em queda de 0,64%.


… “O real pode até apreciar mais, com o dólar a R$ 5,00, porém, neste momento, vejo um intervalo tático de R$ 5,10 e R$ 5,20 no curto prazo”, disse ao Broadcast o diretor de pesquisa macroeconômica do Pine, Cristiano Oliveira.


… Já no Valor, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, avalia que o câmbio deve sofrer uma leve depreciação até o final de dezembro e se aproximar dos níveis de R$ 5,40 e R$ 5,50 no fechamento do ano.


… “Temos uma sazonalidade de fluxo de saída no fim do ano que não é trivial e, neste ano, há o adicional da mudança tributária de lucros e dividendos, que pode aumentar o total a ser remetido para o exterior.”


… Ela reconhece, no entanto, que o capital estrangeiro que não quer perder o ciclo da Selic a 15% pode contrabalançar estas remessas sazonais na reta final de 2025 e manter o câmbio doméstico bem comportado.


ENTROU COMO COADJUVANTE – Além de estar faturando o fluxo, o real também foi embalado ontem pelo exterior.


… O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,15%, a 99,443 pontos. O euro subiu 0,24%, a US$ 1,1587. Já a libra (-0,06%), a US$ 1,3164, e o iene (154,14/US$) ficaram estáveis.


… Dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que sugeriram novo recuo dos juros em dezembro, e o otimismo sobre o fim do shutdown enfraqueceram a moeda americana e ajudaram os índices acionários a subirem.


… Segundo a série semanal da pesquisa ADP, o setor privado americano perdeu 11.250 vagas nas quatro semanas até 25 de outubro. A leitura mensal divulgada semana passada havia revelado criação líquida de 42 mil vagas no setor privado em outubro.


… O Dow Jones avançou 1,18% e renovou a máxima histórica de fechamento, perto dos 48 mil pontos (47.927,96).


… O S&P 500 ganhou 0,21%, aos 6.846,61 pontos, mas o Nasdaq fechou negativo (-0,25%), aos 23.468,30 pontos, comprometido pelo setor de tecnologia, que retomou o receio de que esteja esticado demais pela IA.


COMPANHIAS ABERTAS – B3 registrou lucro de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, alta de 3,5% na comparação anual; receita somou R$ 2,8 bilhões, crescimento de 2% ante mesmo período de 2024.


GOL reverteu prejuízo e terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 248 milhões. O Ebitda ficou em R$ 1,63 bilhão, salto de 232% contra o apurado um ano antes. A receita líquida cresceu 11,6%, para R$ 5,54 bilhões.


EMBRAER. Brandes Investment Partners reduziu participação de 9,99% para 4,95% do capital social, o equivalente a 36.646.723 de ações.


CVC registrou lucro líquido de R$ 40,6 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 181,4%; Ebitda somou R$ 143,5 milhões, aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2024.


ECORODOVIAS registrou lucro de R$ 430 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 63,8%; Ebitda somou R$ 1,66 bilhão, crescimento de 41% em relação ao mesmo período de 2024.


MOTIVA registrou tráfego consolidado de 89,1 milhões de veículos em suas rodovias em outubro, alta anual de 3%…


… Comparação na base anualizada não incluiu a operação da ViaOeste, que teve o fim de sua concessão em março deste ano, e as operações das vias Sorocabana e PRVias, iniciadas em março e junho de 2025, respectivamente.


ENEVA registrou lucro líquido de R$ 351,7 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 242,6%; Ebitda somou R$ 1,8 bilhão, crescimento de 60,7% em relação ao mesmo período de 2024.


TAESA reportou lucro líquido consolidado de R$ 323,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida regulatória totalizou R$ 650,5 milhões, avanço de 9,8%…


… O Ebitda ficou em R$ 548,8 milhões, crescimento de 12,6%.


CURY registrou lucro líquido de R$ 255,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 49,6%; Ebitda somou R$ 337,2 milhões, avanço de 53,7% em relação ao mesmo período de 2024.


FRAS-LE registrou lucro líquido de R$ 106,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 23%; Ebitda somou R$ 271,8 milhões, avanço de 42,2% em relação ao mesmo período de 2024.


HELBOR registrou lucro líquido consolidado de R$ 13 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 63,5%.


SABESP fará o resgate antecipado das debêntures da primeira série da 30ª emissão, no total de R$ 257,2 milhões; da primeira série da 29ª emissão, de R$ 534,29 milhões; e da segunda série da 28ª emissão, de R$ 468,54 milhões.


COSAN anunciou a conclusão de sua segunda oferta pública de ações ordinárias, que resultou na emissão de 287,5 milhões de papéis e na captação de R$ 1,437 bilhão…


…  Somadas à primeira oferta realizada anteriormente, as operações totalizam R$ 10,5 bilhões em recursos levantados pela companhia…


… O preço por ação foi mantido em R$ 5, sendo R$ 1 destinado ao capital social e R$ 4 à reserva de capital. Com isso, o capital social da Cosan passa a ser de R$ 10,28 bilhões, dividido em cerca de 3,97 bilhões de ações ordinárias.


PRIO concluiu a aquisição de 40% de participação e da operação dos campos Peregrino e Pitangola (em conjunto, Campo Peregrino), após cumprimento das condições precedentes e das aprovações necessárias.


AMBIPAR teve vitória na Justiça contra o Opportunity, que não poderá mais vender ações da companhia que foram dadas em garantia por financiamentos feitos ao controlador da empresa, Tércio Borlengui.


DEXCO. O conselho de administração aprovou a realização da primeira emissão de 1 bilhão de Cédulas de Produto Rural (CPR-Fs), com prazo de vencimento de oito anos.


VIVEO. A fabricante e distribuidora de insumos hospitalares teve lucro de R$ 226,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, encerrando um período de cinco trimestres seguidos de prejuízo.


OI. B3 informou que analisa novas medidas a serem tomadas depois da suspensão das negociações com papéis da empresa, que teve sua falência decretada pela Justiça.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: A sessão de ONTEM foi melhor do que aparenta quando se olha para a tecnologia (-0,3% e -2,5% semis EUA), visto que os retrocessos respondem ao facto de Softbank ter vendido 0,1% em Nvidia e, por isso, ter caído -3% (Softbank -10%). Mas hoje já irá subir como correção inercial. AMD ajuda, porque sobe quase +5% em aftermarket depois de afirmar que as suas receitas anuais por chips para centros de dados irão alcançar a fronteira de 100.000 M$, que triplicará lucros neste negócio em 3/5 anos e que não descarta crescer mediante compras.


A Câmara de Representantes irá aprovar hoje a reabertura do governo americano, encerrado parcialmente há 40 dias. Trump sai reforçado pela forma como os democratas se viram obrigados a ceder. Curiosamente, os congressistas tiveram de viajar de carro por conta própria para chegar à votação em Washington, porque não há voos. Para que um viajou 16 horas no seu Harley Davidson… A reabertura fará com que o consumo privado americano se normalize pouco a pouco, porque os funcionários e semelhantes voltarão a receber os seus salários e, também, iremos ter indicadores económicos para nos guiarmos. Principalmente os relativos ao emprego, que agora é o fator-chave para que a Fed decida o que fazer na sua reunião de 18 de dezembro. O “consenso” (o que quer que isso seja, medido por Reuters) atribui uma probabilidade de 64% para uma descida de -25 p.b. até 3,50%/3,75%, mas nós não estamos nada convencidos disso… ainda, porque é óbvio que os resultados de emprego que deveremos conhecer a 5 de dezembro serão determinantes para a sua decisão.


NY +0,2% US tech -0,3% US semis -2,5% UEM +1,1% España +1,3% VIX 17,3% Bund 2,66% T-Note 4,09% Spread 2A-10A USA=+52pb B10A: ESP 3,16% PT 3,01% FRA 3,42% ITA 3,40% Euribor 12m 2,216% (fut.2,248%) USD 1,158 JPY 179,1 Ouro 4.116$ Brent 65,0$ WTI 60,8$ Bitcoin -1,7% (103.356$) Ether -3,3% (3.442$).


CONCLUSÃO: Os futuros vêm com certa alegria (ca.+0,5%/+0,6%), apoiados também por mais empresas, além de AMD, que apoiam abordagens “agradáveis”: Fedex ontem +5% ao melhorar o seu guidance 2025, ABN Amro bate expetativas 3T 2025… e Infineon publicou em linha com expetativas e sem emocionar no guidance, mas parece que o mercado esperava algo mais triste para uma empresa de semis focada em automóveis e industrial, porque sobe ca.+1% em pré-abertura. Na frente corporativa, a contrarreação positiva da tecnologia e a reabertura do governo americano e as suas consequências positivas irão favorecer uma sessão de ligeiras subidas (+0,5%?), que seria a 4.ª subida consecutiva em Wall St. e a 3.ª na Europa. Obrigações e divisas estão bastante tranquilas. 


FIM

José Eduardo Agualusa

 VAMOS SABER MAIS E MAIS SOBRE O PREFEITO ELEITO DE N.Y.C. !!! ALGUMAS COLOCAÇOES DO AUTOR NAO CONCORDO...MAS:


Mamdani, o africano

Novo prefeito de NY é síntese da diversidade. Nunca perdeu contato com a Uganda Natal. Entre Seus assessores mais próximos, vários são judeus, antissionistas

Por José Eduardo Agualusa

08/11/2025 00h30  


Zohran Kwame Mamdani, o novo prefeito de Nova York, é uma síntese viva do melhor que o continente africano tem — a diversidade.


Leão de Ouro em Veneza: Mãe de Zohran Mamdani, novo prefeito de Nova York, já concorreu ao Oscar; conheça a cineasta Mira Nair

 

Zohran nasceu na capital de Uganda, Kampala, em 1991, filho de uma das mais aclamadas cineastas independentes da Índia, Mira Nair, e de um respeitado cientista político ugandês, Mahmood Mamdani. O pai, filho de tanzanianos de origem guzerate, de religião muçulmana, decidiu que o filho se chamaria Kwame, em homenagem a Kwame Nkrumah, primeiro presidente de Gana e um dos fundadores do movimento pan-africanista.


O pequeno Zohran viveu em Kampala e na Cidade do Cabo — na África do Sul da era de Mandela —, em uma casa sempre cheia de artistas e de figuras importantes da vida política africana. A família se fixou em Nova York quando ele ainda era criança. Porém, Zohran nunca perdeu contato com a terra natal. Já adulto, tentou uma carreira como rapper em Kampala, cantando, sem grande talento, mas com muita alegria e convicção, em inglês e em swahili. Em Uganda, aliás, a vitória de Mamdani foi acolhida com enorme euforia, sobretudo pela juventude.


Mamdani acendeu um clarão de esperança no coração de muitos americanos — e não apenas deles. Finalmente, parece ter surgido alguém capaz de enfrentar com sucesso o discurso populista de Donald Trump e dos seus sinistros simulacros internacionais.


Trump intuiu isso. Dias antes das eleições, aterrorizado, apelou aos seus seguidores para que não votassem no candidato republicano, Curtis Sliwa, e sim em Andrew Cuomo — um democrata da velha guarda, que concorreu como independente —, uma vez que este parecia ter mais possibilidades de vencer o jovem candidato socialista. Na mesma ocasião insurgiu-se também contra os largos milhares de judeus que apoiam Mamdani, classificando-os de “estúpidos”.


A este propósito, vale a pena referir que entre os assessores mais próximos do futuro prefeito de Nova York estão vários judeus jovens, antissionistas. Naturalmente, não têm nada de estúpidos. A vitória de Mamdani deve ser creditada não só ao seu brilhantismo, autenticidade e carisma, mas também à perspicácia da equipe que o rodeia.


Em um dos momentos mais emocionantes do seu discurso de vitória, Mamdani dirigiu-se diretamente ao presidente norte-americano: “Donald Trump, sei que está assistindo. Só tenho estas palavras para você: aumente o volume!” Logo acrescentou: “Se existe alguma forma de aterrorizar um déspota é desmantelando as condições que permitiram que acumulasse poder.”


Nova York já foi governada por brancos e negros, por milionários, por advogados pouco escrupulosos, por todo gênero de políticos profissionais, mais ou menos comprometidos com o sistema. Nunca por um contador de histórias africano, com uma mãe hindu e um pai criado numa família islâmica. Em Zohran Mamdani, a grande cidade reencontra a sua alma mestiça e cosmopolita. A vitória do jovem imigrante ugandês abre uma explosão de luz num tempo sombrio.


E quanta falta nos fazia um pouco de luz!

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