segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Amilton Aquino

 Da mesma forma que aconteceu com a bandeira do patriotismo (tradicionalmente associada à direita, mas que acabou caindo no colo do PT diante da patacoada Bolsonaro/Trump), nesta semana o governo Lula marca mais um gol mirando a disputa de 2026 em um tema que sempre relegou: o combate ao crime organizado.


O tempo dirá o quão efetiva será a operação deflagrada e até que ponto o governo está realmente disposto a contrariar sua fama de conivência com a impunidade e com o crime. Mas é preciso admitir: foi um gol de placa na corrida para 2026.


Ora, até a última eleição o PT recebeu quase 100% dos votos vindos dos presídios do país. Do “diálogo cabuloso” ao “diálogo” mais recente que viabilizou um comício de Lula na favela do Moinho em SP (repetindo episódios anteriores envolvendo ministros com livre trânsito em territórios dominados pelo tráfico), passando pelo intocável “bolsa-presidiário”, não faltam motivos para os criminosos preferirem o PT no poder.


Mas eis que, de repente, o mesmo governo que na semana passada rejeitou um projeto para enquadrar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, e cuja principal proposta na área de segurança é o projeto Pena Justa — voltado sobretudo a melhorar as condições carcerárias e combater supostas “violações de direitos humanos” (as mesmas bandeiras de ONGs com boas relações com o crime organizado e que fazem lobby descarado em Brasília) — aparece nas manchetes como o grande desarticulador do PCC! Melhor ainda: associando-o à Faria Lima e, de quebra, ao deputado Nikolas Ferreira!


Pois é. Hoje existem cerca de R$ 10 trilhões distribuídos em milhares de fundos imobiliários no Brasil. Mas o envolvimento de alguns fundos em operações criminosas, somando R$ 30 bilhões, já basta para o governo colar a pecha em todo o setor, reforçando seu velho discurso de rico contra pobre.


Como o próprio Lula já admitiu em mais de uma ocasião, tudo é uma questão de narrativa. E, nesse campo, o demiurgo petista reina absoluto. É sintomático que o atual ministro da Justiça, o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski — patrono das famigeradas audiências de custódia, símbolo maior da impunidade brasileira — venha a público capitalizar politicamente uma operação conjunta da PF com os órgãos de segurança de São Paulo. Detalhe: seu filho é advogado de uma das empresas pegas na operação, a Terra Nova Trading! Aliás, também de um dos sindicatos fraudadores do INSS.


O que dirá o ministro sobre tais conexões? Coincidência? Que foi “surpreendido” pela descoberta? Ou será que ele próprio foi pego de surpresa pela evolução das investigações e resolveu, de última hora, surfar a onda, como aponta o governador Tarcísio de Freitas, que também reivindica os louros da operação?


Certeza mesmo só que o governo vai tentar caçar o mandato do deputado Nikolas por “fake news”. Até lá, aguardemos os arranjos garantistas para assegurar todos os direitos possíveis aos chefões do PCC, se possível com a devolução do dinheiro roubado — como já aconteceu com corruptos confessos da Lava Jato e até com o tráfico, caso do célebre André do Rap.


Enquanto isso, os filhos dos chefes do PCC e do Comando Vermelho continuarão posando de artistas, sendo ovacionados e normalizados pela mídia de viés esquerdista e até por ministros do STF, como Barroso, que chegou a participar do documentário O Grito ao lado do “rapper” Oruam, defendendo o desencarceramento e a liberdade de seu pai assassino.


Enfim, nada mais adequado para simbolizar o momento atual do que o mapa-múndi invertido apresentado no ano passado pelo tresloucado presidente do IBGE. E, de narrativa em narrativa, seguimos rumo a mais um circo eleitoral.

Julgamento de Bolsonaro

 *JULGAMENTO DE BOLSONARO DOMINAM A SEMANA – MC 01/09/25*

*Por Anderson Nunes – Analista Político*


Os holofotes se voltam para Brasília, onde o início do julgamento de Jair Bolsonaro no STF define o tom de uma semana decisiva para a política e a economia.


*MERCADOS EM MODO DE ESPERA*


Mercados internacionais operam em ritmo lento com o feriado do Dia do Trabalho nos EUA e Canadá. No Brasil, as atenções se voltam para a divulgação do PIB do segundo trimestre amanhã e novos preços de combustíveis que entram em vigor hoje. 


*O FOCO NO EMPREGO AMERICANO*


Com os mercados em compasso de espera pelo feriado nos EUA, a agenda da semana é dominada por dados de emprego, como o payroll. Os números serão decisivos para calibrar as apostas sobre os próximos cortes de juros pelo Federal Reserve.


*O JULGAMENTO NO SUPREMO*


A Primeira Turma do STF inicia amanhã o julgamento do ex-presidente pela acusação de tentativa de golpe. A primeira fase se concentrará na leitura da denúncia e das defesas, sem previsão de votos dos ministros. O veredito é visto como um gatilho para novas sanções dos EUA contra o Brasil.


*TENSÃO DIPLOMÁTICA*


O governo Lula intensifica o confronto com Trump ao acionar a Lei da Reciprocidade contra as tarifas americanas. A medida eleva a apreensão do mercado, que teme uma retaliação ainda mais dura de Washington, especialmente com o início do julgamento de Bolsonaro.


*ORÇAMENTO SOB CRÍTICA*


O Projeto de Orçamento de 2026, enviado ao Congresso, é recebido com ceticismo por economistas. As projeções de receita são consideradas superestimadas, colocando em dúvida o cumprimento da meta fiscal para o próximo ano.


*HADDAD DEFENDE AGENDA ECONÔMICA*


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad defende a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. A aprovação da medida, contudo, depende de uma articulação política complexa no Congresso em meio ao clima tenso.


*CPI MIRA EX-MINISTROS*


A CPI do INSS avança sobre ex-ministros do governo e promete uma semana de pressão política. A comissão define hoje os próximos depoentes, com Carlos Lupi sendo o mais cotado para iniciar os trabalhos. 


*CONGRESSO AVANÇA CONTRA FRAUDES*


O Congresso reage a operações contra fraudes em combustíveis e deve votar o projeto que tipifica o “devedor contumaz”. A medida visa a combater esquemas de sonegação fiscal usados como modelo de negócio. 


*RADAR CORPORATIVO*


1. GPA: A família Coelho Diniz, agora com 24,6% das ações, irá propor uma nova chapa para o conselho de administração, buscando consenso com os demais acionistas, incluindo o grupo francês Casino.

2. PETROBRAS: O Conselho de Administração aprovou Cristina Bueno Camatta para a ouvidoria-geral da companhia, segundo informações do mercado.

3. SABESP: O nível dos reservatórios que abastecem São Paulo atingiu o menor volume para o período desde a crise hídrica de 2015, registrando 37,2%.

4. EMBRAER: A decisão da empresa de retomar o trabalho presencial por três dias na semana é alvo de uma ação coletiva movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

5. NATURA: A gestora BlackRock reduziu sua participação na empresa de 5,09% para 2,51%, vendendo uma fatia significativa de suas ações.

6. IGUATEMI: A empresa vendeu sua participação no Shopping Pátio Higienópolis para um fundo imobiliário por R$ 169,9 milhões.

7. LOJAS MARISA: O conselho aprovou novas emissões de notas comerciais no valor total de R$ 152,9 milhões para reforçar seu caixa.

8. SINQIA: A companhia sofreu um ataque hacker em seu ambiente de transações PIX, com relatos não confirmados de desvios milionários.

9. ENERGISA: A empresa anunciou a aquisição facultativa de debêntures de diversas séries, com prazo para manifestação de interesse até 15 de setembro.

10. Túnel Santos-Guarujá: Concorrentes entregam hoje as propostas para o leilão do túnel de R$ 6,8 bilhões. A disputa final ocorre na sexta-feira na B3. 

11. iFood e Mottu: As empresas se unem para oferecer aluguel de motos para entregadores. O programa visa a facilitar o acesso ao veículo de trabalho com descontos e planos diários. 

12. Stellantis: A montadora inicia um regime de jornadas reduzidas para 1.800 funcionários na Itália. A medida reflete a fraqueza do mercado e o impacto de tarifas norte-americanas. 


O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: ‘Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance’.

O último refúgio dos canalhas

 https://www.estadao.com.br/opiniao/o-ultimo-refugio-dos-canalhas-esta-cheio/?recomendacao=home_0&pos=1&readed=1


*O último refúgio dos canalhas está cheio*


_Na guerra dos patriotas de fancaria, perdemos todos. Enquanto lulopetismo e bolsonarismo se engalfinham para definir quem é mais brasileiro, os patriotas de verdade só querem um governo decente_


Se o patriotismo “é o último refúgio dos canalhas”, como diz o escritor inglês Samuel Johnson (1709-1784), então esse refúgio está lotado no Brasil. Lulopetistas e bolsonaristas andam se esmerando em transformar esse sentimento de pertencimento a uma comunidade nacional em arma política para fins eleitorais.


Em reunião anteontem, o presidente Lula da Silva e seus ministros apareceram com um boné azul em que se lia “O Brasil é dos brasileiros”, um constrangedor contraponto governista aos bonés vermelhos Make America Great Again (“Torne a América grande novamente”), o movimento político nacionalista liderado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Ainda estamos a mais de um ano da eleição presidencial, mas já é possível antever que essa patacoada será o grande mote do lulopetismo na campanha.


O patriotismo fajuto que Lula abraçou não tem qualquer relação com os reais interesses e necessidades da Pátria. Ao presidente e seus marqueteiros só interessa explorar eleitoralmente o elo afetivo dos brasileiros entre si e deles com o lugar em que nasceram ou escolheram viver, no momento em que o Brasil é agredido pelos EUA de Trump. No limite, Lula quer se confundir com a própria ideia de pátria, e não à toa, na reunião ministerial, a título de reafirmar sua disposição para defender o Brasil contra os EUA, leu um discurso de Getúlio Vargas, o autocrata que quis inventar uma identidade brasileira moldada conforme seus propósitos autoritários. Nesse discurso, Vargas denunciava “forças internacionais” que se uniram aos “eternos inimigos do povo humilde”, que “procurarão, atingindo minha pessoa e o meu governo, evitar a libertação nacional e prejudicar a organização do nosso povo”.


Como se percebe, Lula se vê como Vargas, isto é, como a própria personificação do Brasil e de seu povo – donde se conclui, conforme essa retórica, que qualquer ataque a Lula equivale a crime de lesa-pátria cometido por traidores do Brasil. Não é à toa que o slogan do governo, apresentado na reunião, passará a ser “Do lado do povo brasileiro”, que substituirá o “União e reconstrução”. Em vez de união, o lulopetismo agora quer que se escolha um lado – o do “povo brasileiro”, obviamente encarnado em Lula.


Enquanto isso, “patriotas” bolsonaristas, que há anos prejudicam o País, esmeram-se em criar uma crise sem precedentes no Brasil a título de livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Nesse sentido, Bolsonaro, como Lula, também se considera a própria encarnação do Brasil, e mobilizar uma força estrangeira – o governo americano – para pressionar magistrados tidos como inimigos do ex-presidente seria, na verdade, um gesto para salvar o País e a democracia brasileira. O Leitmotiv golpista é, portanto, evidente.


Nenhuma surpresa. O brado retumbante de Jair Bolsonaro – “Brasil acima de tudo” – é tão verdadeiro quanto uma nota de três reais. Dono de um próspero empreendimento familiar, dedicado a fazer dinheiro com rachadinhas e afins sob a proteção de mandatos políticos, Bolsonaro nunca se importou com partidos, com o decoro parlamentar, com a Constituição ou com o Brasil. Seu propósito sempre foi e continua a ser a exploração do ressentimento de eleitores insatisfeitos com a política para acumular patrimônio pessoal. Bolsonaro, que jamais respeitou a farda militar que um dia vestiu e que foi capaz de conspurcar seguidamente o 7 de Setembro, invoca o patriotismo não no sentido de inspirar união e orgulho, e sim com o objetivo de semear o antagonismo, do qual extrai votos e poder.


Nessa guerra entre patriotas de fancaria, perdemos todos. De um lado, temos um entreguista que, com a expectativa de safar-se da cadeia, pôs-se a serviço de um governante estrangeiro que humilha o Brasil como quem dá um peteleco numa mosca. De outro, temos um contumaz oportunista, convencido de ter encontrado a fórmula para ganhar mais um mandato presidencial sem a necessidade de apresentar programas de governo e soluções efetivas para os reais problemas brasileiros. No meio dos dois estão os brasileiros que amam seu país e só querem um governo decente."

Carlos Pereira

 A democracia brasileira não sobreviveu por sorte ou incompetência de Bolsonaro.

Ela resistiu porque nossas instituições funcionaram como barreiras contra o autoritarismo.

Esse é o tema da minha nova coluna no Estadão:


Título: Democracia brasileira não sobreviveu por sorte ou incompetência


Olho: O fracasso do projeto autoritário de Bolsonaro não se explica por seus erros pessoais, mas por barreiras institucionais.


Carlos Pereira, Professor Titular FGV EBAPE e Sênior Fellow do CEBRI


A revista The Economist publicou nesta semana um editorial provocativo: “Brazil offers America a lesson in democratic maturity”. A lição, segundo a revista, seria que a democracia brasileira sobreviveu à tentativa de golpe de Jair Bolsonaro porque ele foi inábil, incompetente e incapaz de sustentar seu projeto autoritário. Trata-se de uma tese que ecoa a interpretação de Kurt Weyland, no livro “Democracy’s Resilience to Polulism Threat”, para quem populistas, por sua natureza errática e personalista, são propensos a fracassos que terminam beneficiando a democracia.


Esse diagnóstico tem sua dose de verdade, mas erra no essencial. Reduzir a resistência democrática à incompetência de Bolsonaro é comprar uma narrativa de acaso, como se a democracia brasileira tivesse sobrevivido apenas por sorte. Não foi isso que aconteceu.


No livro “Por que a democracia brasileira não morreu? escrito em parceria com Marcus André Melo, argumentamos que o populismo autocrático de Bolsonaro encontrou no Brasil um conjunto de barreiras institucionais que limitaram suas investidas autoritárias. O multipartidarismo fragmentado impôs custos de coordenação que o presidente não conseguiu superar; o federalismo deu voz e poder a governadores em momentos cruciais, como durante a pandemia; e a independência do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal garantiu a continuidade de investigações e julgamentos que afetaram diretamente aliados e familiares do presidente.


O Congresso, dominado por interesses fundamentalmente pragmáticos e não ideológicos, funcionou como barreira eficaz, impondo uma série de derrotas às iniciativas iliberais de Bolsonaro.


Além disso, a combinação de checks and balances – do Supremo Tribunal Federal ao Tribunal Superior Eleitoral – impediu que o projeto de captura institucional avançasse. Não se trata de negar os riscos que corremos, mas de reconhecer que instituições amadurecidas e interdependentes criaram contrapesos eficazes.


Atribuir a sobrevivência democrática à incompetência de Bolsonaro é, portanto, um equívoco em dois sentidos: primeiro, porque diminui o papel da arquitetura institucional de 1988 e das escolhas de atores que souberam resistir; segundo, porque transmite a perigosa mensagem de que bastaria contar com a sorte de enfrentar populistas ineptos. Democracias não podem depender do acaso. Precisam de instituições robustas, capazes de limitar mesmo líderes hábeis e carismáticos.


Essa é a verdadeira lição que o Brasil pode oferecer ao mundo: não se trata de confiar na falibilidade do populista, mas na resiliência das instituições.

Fundos com cotistas únicos

 Mercado volta atenção para fundos com cotista único sem identidade revelada

 

Fundo sem identidade de cotista gera preocupação A megaoperação que desmantelou o esquema do crime organizado para lavar dinheiro acendeu um alerta para a compra de participações de empresas listadas por fundos nos quais não há visibilidade sobre seus beneficiários finais — ou seja, não se sabe o nome do investidor. No geral, esses investimentos são realizados por “fundos de prateleira”, como são conhecidos aqueles constituídos pelas administradoras, com seu CNPJ, antes de terem sua função designada. Antes da operação, o início do processo de venda de ativos detidos pelo controlador do banco Master, Daniel Vorcaro, já havia chamado a atenção do mercado por ele usar esse tipo de estrutura. Página Cl Fernanda Guimarães De São Paulo Mercado volta atenção para fundos com cotista único sem identidade revelada Regulação Operação Carbono Oculto e casos ligados ao banco Master revelam brechas em normas Um fio condutor faz uma conexão entre a administradora de fundos Reag, a maior independente do país, a Trustee, ambas alvos da Operação Carbono Oculto, e o banco Master, de Daniel Vorcaro, com fundos de investimento em que não se conhece o beneficiário final, mesmo quando têm apenas um cotista. A compra de participações em empresas por meio dessas estruturas, conhecidas como “fundos de prateleira”, ou “baniga de aluguel”, está no centro dos holofotes, com o mercado — e agora os próprios reguladores e governo — pressionando por novas normas que fechem as brechas para o uso indevido desse tipo de fundo. Antes mesmo da eclosão da operação que expôs essas administradoras no fim da semana passada, evento que jogou luz nessas estruturas, o mercado já olhava com atenção fundos que escondiam o real investidor por trás de cada um, algo que ficou mais em evidência com o início do processo de venda de ativos detidos por Vorcaro. No geral, esses investimentos são realizados por fundos de prateleira, como são conhecidos no mercado aqueles que são constituídos pelas administradoras, com seu CNPJ, antes de terem sua função designada e ainda sem nenhum investimento sob seu guarda-chuva. O assunto ganhou relevância com os laços apontados na Carbono Oculto, já que a acusação é que fundos com esse formato vinham sendo utilizados para lavagem de dinheiro. Essa estrutura de fundos é vista em participações em empresas de capital aberto, onde chamam mais a atenção. Mas também pode ser uma forma de esconder participação em empresas de capital fechado, algo que pode ser ainda mais obscuro, como observado na Carbono Oculto. No mercado, a Reag, que multiplicou seu patrimônio nos últimos anos e hoje é uma das maiores gestoras independentes do país, é conhecida por oferecer esse tipo de estrutura. Se nas empresas fechadas não existe uma regulação própria sobre abertura de dados de um investidor, nas abertas, quando um acionista atinge uma posição relevante na companhia, a partir de uma fatia de 5%, ele precisa reportar à empresa, que transmite a informação ao mercado. Ainda assim, em alguns casos não se conhece o beneficiário final desses fundos que têm apenas um cotista. A mesma regra de abertura de dados vale para o administrador, quando seus fundos, mesmo que em conjunto, atinjam essa fatia. No entanto, sob a lei do sigilo bancário, o beneficiário final não é conhecido quando está dentro da estrutura desses fundos. O Valor conversou com especialistas, advogados e fontes que acompanham alguns dos casos citados, que optaram em falar em condição de anonimato. Também consultou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informações sobre diversos fundos, especialmente os citados na operação da semana passada, e na grande maioria não há qualquer informação ou, em muitos casos, os dados têm anos de defasagem. Poucas semanas antes da Carbono Oculto, questionamentos sobre o uso dessas estruturas entraram em evidência depois que Vorcaro vendeu sua participação na empresa de varejo de moda Veste, dona das marcas Dudalina e Le Lis Blanc, ao BTG Pactuai, que já protocolou pedido de autorização ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concluir o negócio. A questão é que, conforme o formulário de referência da Veste, constavam como acionistas veículos ligados ao Master, como as gestoras WNT (49,55%) e Trustee (13,78%) — ou seja, a posição não estava consolidada. A Trustee , inclusive, pertence a Maurício Quadrado, ex-sócio de Vorcaro no Master. A companhia, em fato relevante divulgado na ocasião do negócio, se disse surpresa. Vorcaro, se utilizando de dois fundos distintos, era, assim, controlador da empresa, algo que não era conhecido publicamente. Procurada para comentar o caso, a companhia não se manifestou. Segundo fontes, caberá ao regulador analisar o caso e eventualmente abrir processo sancionador. Nesse exemplo específico, a posição de controle foi atingida por meio de dois fundos que tinham o mesmo beneficiário final. Assim, conforme especialistas consultados pelo Valor, se houver má-fé, a estrutura pode, em tese, ser utilizada para driblar obrigações como a realização de oferta pública de aquisição (OPA) por mudança de controle, ou até mesmo não ficar claro potencial conflito de interesses. Pela regulação vigente, o investidor precisa tornar pública a informação sobre sua participação a partir de 5%, sendo necessário ainda reportar quando a posição aumenta em mais 5%, ou seja, quando atinge 10%, 15%, 20% em diante. E precisa, ainda, esclarecer seu objetivo nesse aumento de participação. Nos casos dos desinvestimentos de Vorcaro, sob pressão para colocar mais capital no Master em meio ao processo de venda ao BRB, ele tem se desfeito de ativos que detém como pessoa física. Como consequência, ao longo das últimas semanas, algumas participações antes desconhecidas foram reveladas. Foi o caso de Metalfrio, Light e Méliuz, todas compradas em um pacote fechado com o BTG. Nas três empresas as posições eram detidas por meio da gestora WNT. Master, Vorcaro e WNT preferiram não se pronunciar. Fontes de mercado e advogados consultados pelo Valor afirmam que a prática está amparada sob a lei do sigilo bancário. No entanto, uma outra vertente aponta que, quando existe um investimento feito por um fundo de um único cotista, a regra que deveria prevalecer seria a obrigação de transparência ao se investir em uma empresa de capital aberto, especialmente quando são atingidas participações relevantes. Um dos problemas apontados também é quando um único investidor compra posição acionária em uma companhia por meio de mais de um fundo e não consolida a participação total, como ocorreu na Veste. Os demais investidores, em casos assim, ficam no escuro e não sabem quem controla a empresa. Uma fonte que acompanha o assunto de perto diz que o problema é que a estrutura tem sido utilizada em alguns casos com má-fé. Ele afirma que a preocupação também se dá em razão dos poderes políticos que esse investidor passa a ter na companhia quando ultrapassado um determinado nível de participação, como a possibilidade de indicar conselheiros ou chamar assembléia de acionistas. No geral, essas participações aparecem no capital social das investidas com o nome da administradora do fundo. “O caso Master trouxe holofote em uma questão que a CVM terá que endereçar, que é dar participação para participações acionárias”, disse uma fonte que tem acompanhado alguns dos casos. Em tese, a obrigação da administradora, como a Reag, é apenas em torno da diligência sobre a origem do dinheiro do fundo e se o cotista possui recursos compatíveis com o investimento. A Justiça tem poder para exigir a abertura do nome do cotista. A depender do caso, a própria CVM pode pedir a abertura do beneficiário final de determinado fundo, mas essa medida não teria poder para fundos “offshore”, que são aqueles estabelecidos fora do Brasil, disse uma fonte. Uma eventual mudança de norma podería, para fechar essa brecha, fazer uma diferenciação ente os fundos pulverizados e os monocotistas. Isso porque, nos fundos com muitos cotistas, o poder decisório fica de fato na mão do gestor do fundo, o que não é uma realidade de um fundo de um único investidor. Como Vorcaro segue vendendo participações para fazer frente aos compromissos do banco por ele controlado, nos bastidores se questiona se novas participações serão conhecidas — ou se outros investidores estão utilizando estruturas semelhantes para omitirem o beneficiário final de uma participação em uma determinada empresa. Por outro lado, uma fonte que falou com o Valor na condição de anonimato disse que compras de participações por meio dessas estruturas viabilizam o sucesso de operações especialmente em empresas que precisam passar por reestruturação. “Amparado na lei, o sigilo e a discrição são muito importantes para o sucesso do negócio”, afirma. Os casos envolvendo Vorcaro não são os únicos. Ainda recentemente, outro episódio chamou atenção. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, vendeu 4,99% de ações detidas na Usiminas para um fundo da Reag, constituído em julho e com um único cotista. Com essa operação, a CSN conseguiu, no limite do prazo, cumprir decisão do Cade, que tinha estipulado que a siderúrgica só podería manter 4,99% de participação em sua concorrente. O órgão antitruste solicitou à área técnica que verifique o efetivo cumprimento da venda das ações da Usiminas pela CSN, ou seja, é preciso saber quem é o beneficiário final do fundo para se descartar qualquer relação com a siderúrgica de Volta Redonda. Procurada, CSN não respondeu ao pedido de comentário. Outro caso envolveu a rede de supermercados Dia no Brasil, que foi vendida para um fundo de investimento da MAM Asset Management, gestora que faz parte do banco Master. A instituição financeira negou-se inicialmente a revelar o nome dos cotistas do fundo. Após embate, o administrador abriu que o beneficiário final do fundo se tratava do empresário Nelson Tanure. Em outra companhia do varejo, o GPA, o avanço de Tanure, feito por meio da Reag, só se tornou conhecido após chegar próximo de uma fatia de 10%. O empresário também não comentou. Outra fonte consultada pelo Valor, que também falou na condição de não ter sua identidade revelada, disse que em processos de recuperação judicial existe uma maior diligência para se identificar quem está por trás de fundos envolvidos no processo, sendo que uma das razões é para se distanciar de eventuais tentativas de fraude a credores. No passado, fundos de prateleira se tornaram uma estrutura comum em algumas administradoras apenas por conta dos prazos para abertura de fundos. Assim, elas abriam esses fundos para ficarem disponíveis. No entanto, por conta de mudanças regulatórias, explicou uma fonte, o prazo de abertura de fundos foi muito reduzido, não sendo mais necessário o uso do formato de prateleira. Por isso, hoje, quando esse tipo de estrutura acaba sendo utilizado, o comentário nos bastidores é que a intenção é omitir seu beneficiário final. Uma fonte disse que a CVM deverá ser severa ao punir o uso dessas estruturas quando ficar provado haver má-fé. A CVM disse que não comenta casos específicos, mas frisou que “os fundos de investimento devem observar o disposto na Resolução CVM 175, que estabelece as regras aplicáveis à constituição, funcionamento e divulgação de informações dos fundos de investimento". Destacou, ainda, que no que tange a identificação do beneficiário final de fundo de investimento, “cabe esclarecer que intermediários e/ou administradores têm a obrigação de realizar tal identificação, conforme a regulamentação vigente. Entretanto, essas informações são protegidas pelo sigilo previsto na Lei Complementar 105 e, portanto, não podem ser divulgadas publicamente”. De acordo com o regulador, “tais informações devem ser devidamente resguardadas por todos os integrantes do sistema de distribuição, pelas infraestruturas de mercado e pelas entidades administradoras de mercado, em observância ao marco regulatório aplicável”. Procurada, a Reag não quis se pronunciar. Leia mais na página C3 Expectativa é que brechas sejam fechadas com regulação mais firme sobre fundos monocotistas Decisão judicial tem poderde determinar abertura de nome de beneficiário final de fundo

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: O retrocesso de sexta-feira tem caráter técnico, após uma semana e um agosto bons, sem realizações de lucros nem sobressaltos. O Deflator do Consumo PCE americano repetiu em +2,6%, a Subjacente aumentou até +2,9% vs. +2,8%, e isso era o esperado. Hoje começamos o trimestre com Nova Iorque fechado e a única parte relevante do dia será o Desemprego na UE, repetindo em 6,2%, às 10 h. Com o início de setembro, os volumes irão aumentar em bolsas cujo fundo melhorou progressivamente durante o verão e que beneficiarão inercialmente do tom benigno da semana passada… e de todo o agosto. Enfrentamos 2 referências-chave semanas: resultados de Broadcom na quinta-feira à noite, que consideramos pouco provável que dececione, e o emprego americano na sexta-feira, que será muito difícil de interpretar devido à recente correção em baixa dos dados publicados. Localmente, temos a boa notícia da subida do rating de PORT (S&P) desde A até A+, e deixa a Perspetiva em Estável vs. Positiva.


Sem nenhuma correção em agosto, ao contrário de 2023 e 2024, e com as principais variáveis diretoras do mercado a proporcionarem um fundo mais firme durante o verão, subimos substancialmente os nossos níveis de exposição recomendados. São 6 as razões que nos apoiam: (1) sem correção em agosto, esse risco ficou para trás. (2) Lucros empresariais intactos apesar dos impostos alfandegários. (3) Depois de Jackson Hole (21/23 agosto), consolida-se a expetativa de que a Fed continue a baixar taxas de juros. (4) Desaparecimento do prémio de risco por geoestratégia (por agora). (5) O gigantismo dos balanços dos bancos centrais aponta para um suporte de liquidez fundamental para os ativos avaliados, particularmente para obrigações e bolsas. (6) As nossas avaliações atualizadas das bolsas para a nossa Estratégia de Investimento 4T 2025 irão incorporar EPSs 2026 em substituição dos EPSs 2025, portanto os potenciais de reavaliação resultantes serão superiores, porque a expansão de lucros mantém-se intacta. Em Wall St. espera-se: EPS 25/’26 ca.+10%/+13%.


Portanto, recuperamos os níveis de exposição ao risco que mantivemos até à invasão da Ucrânia (fevereiro de 2022), quando considerávamos que a situação do mercado era “padrão ou normalizada”: Perfil Defensivo 25% / Conservador 35% / Moderado 50% / Dinâmico 65% / Agressivo 80% vs. 5%/15%/30%/40%/50% até agora. E se setembro for fraco, como costuma ser, é melhor para aproveitar os atuais níveis de entrada.


CONCLUSÃO: Setembro e o 4T arrancam hoje com Nova Iorque fechada, portanto a atividade irá recuperar mais lentamente ao longo da semana. Depois da realização de lucros de sexta-feira, principalmente em Wall St., mas também na Europa, o mais provável é que esta última suba um pouco hoje, tratando de antecipar a reação de Nova Iorque amanhã. O fecho do Tribunal Supremo dos EUA decidir sobre os impostos alfandegários irá introduzir alguma esperança de otimismo, embora Trump tenha a maioria ideológica a seu favor no tribunal, e provavelmente irão ser aprovados sob alguma fórmula. Quando regressar hoje a atividade, tudo o que aconteceu em agosto será observado e irá impor-se o FOMO (Fear Of Missing Out) portanto, embora setembro seja tradicionalmente fraco, o sentimento será bastante pró-mercado. Iremos vê-lo progressivamente, porque hoje será um pouco aborrecido.


NY -0,6% US tech -1,2% Semis -3,2% UEM -0,8% España -0,9% VIX 15,4% Bund 2,70% T-Note 4,23% Spread 2A-10A USA=+61pb B10A: ESP 3,32% PT 3,17% FRA 3,50% ITA 3,60% Euribor 12m 2,119% (fut.2,158%) USD 1,173 JPY 172,1 Ouro 3.476$ Brent 67,2$ WTI 63,8$ Bitcoin -3% (107.966$) Ether -1,6% (4.406$). 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Semana começa sem NY, mas é bem cheia*


Agenda tem payroll em NY, PIB e produção industrial aqui, além de início do julgamento de Bolsonaro


… A semana começa com os mercados fechados em NY, no feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o que reduz a liquidez nos pregões domésticos. Mas a agenda dos próximos dias pode ser decisiva para as apostas ao Fed, com os dados do emprego de agosto, incluindo o payroll. No Brasil, o PIB/2Tri e a produção industrial do terceiro trimestre já devem mostrar o efeito dos juros elevados na desaceleração da economia e também podem influenciar a Selic. No STF, o início do julgamento de Bolsonaro movimenta o noticiário político e gera apreensão de novas sanções contra autoridades da Corte ou contra o governo brasileiro pelo presidente Trump.


O QUE SERÁ QUE VEM? – Integrantes do governo Lula acreditam que a pressão dos Estados Unidos contra o Brasil deve se intensificar com o julgamento do ex-presidente Bolsonaro na Primeira Turma do STF, a partir de amanhã, terça-feira.


… Junto com o ex-presidente Bolsonaro, outras sete pessoas são acusadas de tentar um golpe de Estado. Os oito réus fazem parte do núcleo 1 do que vem sendo chamado de “trama golpista”. O julgamento ocorrerá nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.


… Em paralelo, a decisão do governo brasileiro de entrar com a Lei de Reciprocidade contra o tarifaço de Trump aumenta a tensão.


… A comunicação de abertura do processo de reciprocidade já foi enviada ao governo americano pela embaixada do Brasil em Washington.


… Com isso, fica aberto o espaço para consultas e trocas de informações entre os países sobre práticas comerciais, mas o processo deve ser longo e durar até 210 dias, e o principal objetivo seria cavar um canal de diálogo, segundo a jornalista Célia Froufe (AE).


… O Brasil também acionou a OMC, numa atitude de caráter mais simbólico do que prático, mas sempre pode ser vista como provocação.


… A decisão do governo Lula de abrir o processo de Reciprocidade causou preocupação de exportadores das cadeias do agronegócio, que seguem insistindo para que o Brasil esgote as negociações diplomáticas com os Estados Unidos.


… “A prioridade deveria ser a abertura de diálogo e não retaliar”, comentou uma fonte do setor exportador ao Broadcast Político, acrescentando que o governo brasileiro “não pode incorrer no erro de medir forças com os Estados Unidos”.


… Outro interlocutor avalia que Lula está “esticando a corda” e “dobrando a aposta” com o presidente Trump. “O governo compra o risco de os Estados Unidos dobrarem as tarifas. Não é momento para ameaças.”


… Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) disse que a ação pode prejudicar a defesa de diversos representantes do setor produtivo brasileiro, no âmbito do processo formal junto ao USTR, que começa esta semana, em Washington.


MINERAIS CRÍTICOS – Na sexta-feira, Lula anunciou que fará nesta semana uma reunião para discutir os minerais críticos e terras raras brasileiras com os ministros Alexandre Silveira (MME), Rui Costa (Casa Civil) e representantes do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM).


… “Ninguém vai colocar o dedo nos nossos minerais críticos e terras raras porque são nossos”, afirmou o presidente em MG, após os Estados Unidos sinalizarem que o acesso aos minerais estratégicos do Brasil deveria fazer parte das negociações sobre a tarifa de 50%.


TARIFAS ILEGAIS – A decisão de um tribunal de apelações dos Estados Unidos considerando ilegal o uso da maioria das tarifas impostas por Trump, na sexta-feira, não suspendeu de imediato a sua vigência. As tarifas permanecem em vigor até 14 de outubro.


… Nesse tempo, o governo americano levará o caso à Suprema Corte dos Estados Unidos.


HADDAD – Em entrevista ao Canal Livre, da Band, neste domingo, o ministro criticou a postura dos Estados Unidos em relação às negociações sobre o tarifaço de 50%, voltando a relatar o cancelamento da agenda marcada com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.


… “Ele [Bessent] cancelou uma reunião previamente agendada com a alegação de falta de agenda, mas em seguida, no mesmo dia, recebeu Eduardo Bolsonaro, um gesto que coloca em questão a disposição real de diálogo da Casa Branca.”


… Em outro trecho da entrevista, Haddad defendeu o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, destacando que a proposta é “neutra do ponto de vista fiscal” e que pretende corrigir desigualdades históricas.


… “Para beneficiar 15 milhões de brasileiros, vamos cobrar de 141 mil milionários que não pagam Imposto de Renda.”


… O problema é a articulação dos partidos de oposição para alterar as medidas compensatórias. A votação na Câmara, prevista para ocorrer esta semana, ainda é uma incógnita, sobretudo porque o clima pode ser contaminado pelo julgamento de Bolsonaro.


… No Senado, o plenário pode votar amanhã a PEC 66, dos precatórios dos municípios, também importante para as contas públicas.


PLOA 2026 – Repercute hoje o Projeto de Lei do Orçamento para o ano que vem, divulgado pela equipe econômica na última sexta-feira, após o fechamento do mercado, quando foi enviado ao Congresso Nacional, com alguns importantes itens ainda pendentes.


… Foram incluídos na peça orçamentária R$ 19,8 bilhões com o corte linear em benefícios tributários, enquanto o Palácio do Planalto ainda negocia com o Congresso quais serão atingidos.


… O Poder Executivo também colocou uma estimativa de arrecadação de R$ 20,87 bilhões com a MP que aumenta a tributação sobre investimentos, bets e compensações tributários, que permanece sob análise dos congressistas.


… O governo federal conta ainda com R$ 27 bilhões do Programa de Transação Integral (PTI), de negociação de dívidas de grandes empresas, e R$ 31 bilhões da venda futura de participação da União em campos de petróleo.


… Para o economista-chefe da Warren, Felipe Salto, as receitas estão superestimadas e é improvável que a meta fiscal do ano que vem seja cumprida, mesmo no limite inferior (zero).


… A casa calcula déficit de R$ 101,6 bilhões, enquanto o PLOA estima superávit primário de R$ 34,5 bilhões (0,25% do PIB).


… A projeção de R$ 3,186 trilhões em receitas divulgada no PLOA está R$ 73,8 bilhões acima do projetado pela Warren.


… Também crítico à proposta, o economista-chefe da MB, Sergio Vale, qualificou o PLOA de “peça de propaganda”, com estimativa de receita “irrealista”, em tentativa do governo de “vender promessas para o ano eleitoral”.


… Segundo ele, talvez seja inescapável discutir a alteração da meta fiscal no primeiro trimestre de 2026.


… Para Vale, a peça orçamentária trouxe estimativas otimistas para o PIB (+2,44%) e a inflação no ano que vem (3,6%), enquanto o último Focus está bem mais conservador em relação ao crescimento (1,86%) e ao IPCA (4,33%).


… Para a Tendências, o governo vai precisar tirar “coelhos da cartola para manter o equilíbrio fiscal.” Apesar de o Orçamento não prever aumento do Bolsa Família, conta com “hipóteses heroicas”, avalia Rai Chicoli (da Citrino).


… O governo ainda retirou do limite de gastos do arcabouço fiscal determinadas despesas de seis instituições (IBGE, Ipea, AGU, TCU, ITI e INPI), após enquadrá-las como Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs).


… Durante coletiva do PLOA, o Planejamento e Orçamento não apresentou estimativa de impacto com a decisão.


BOLSONARO – A Primeira Turma do STF, presidida por Cristiano Zanin, inicia nesta terça-feira o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Nesta semana, serão três sessões, duas amanhã e uma na quarta-feira de manhã.


… O julgamento começa com a leitura do relatório pelo ministro-relator Alexandre de Moraes; em seguida, manifestam-se o Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, e os advogados dos réus. Os votos são esperados apenas para a outra semana.


… Informações de bastidores apontam que o governo Trump poderá reagir em tempo real aos votos da Turma, anunciando novas sanções, como a aplicação da Lei Magnitsky, dado que a maioria dos ministros da Corte já foi punida com a suspensão dos vistos.


… O processo envolvendo Bolsonaro ganhou maior dimensão quando Trump usou a ação penal como argumento para impor o tarifaço ao Brasil, medidas de retaliação a Alexandre de Moraes e sua família, além de fazer ameaças aos aliados do ministro no Judiciário.


… Em entrevista ao Estadão, a cientista política Maria Tereza Sadek considerou o julgamento histórico, afirmando que há provas suficientes para condenar o ex-presidente, que está em prisão domiciliar. “A pressão [dos Estados Unidos] não está surtindo os efeitos almejados.”


… Para ela, ao invés de intimidar o STF, “as pressões estão fortalecendo a instituição, o espírito de corpo”.


… A Primeira Turma é formado por Alexandre de Moraes, relator, Cristiano Zanin, presidente da Turma, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.


… Além de Bolsonaro, serão julgados os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o deputado federal Alexandre Ramagem e o tenente-coronel Mauro Cid.


… Todos os réus respondem por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As investigações, iniciadas em 2019, foram reunidas pela PGR na ação do golpe.


… A estratégia foi estabelecer conexões entre as várias apurações, apresentando Bolsonaro como principal beneficiário da trama golpista.


FIM DE SEMANA – Reportagem do Washington Post neste domingo deu detalhes sobre um plano pós-guerra para Gaza em discussão no governo Trump, que prevê a reconstrução do território como um ressorte turístico e centro industrial.


… Os Estados Unidos administrarão o local devastado pela guerra por, pelo menos, uma década e a população de dois milhões sairia, pelo menos temporariamente, em partidas “voluntárias” para outro país ou para áreas restritas dentro do território durante a reconstrução.


… Segundo o plano ao qual o jornal teve acesso, cada palestino que deixar o local receberá US$ 5.000 em dinheiro e subsídios para cobrir quatro anos de aluguel e um ano de alimentação. A realocação “voluntária” atingiria toda a população de Gaza.


PUTIN – Ainda no fim de semana, na véspera de uma visita à China, o presidente russo Vladimir Putin criticou as sanções ocidentais, enquanto a economia de seu país cambaleia à beira da recessão, afetada por restrições comerciais e pelos custos da guerra na Ucrânia.


… “Rússia e China se opuseram conjuntamente às sanções discriminatórias no comércio global”, disse Putin à agência chinesa Xinhua, no sábado. Putin estará na China até quarta-feira, em uma visita de quatro dias que o Kremlin classificou como “sem precedentes”.


… O líder russo participará da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade portuária de Tianjin, no norte da China. Em seguida, viajará a Pequim para se reunir com Xi Jinping e participar do desfile militar em comemoração ao fim da Segunda Guerra.


TRUMP – Em entrevista ao site conservador Daily Caller, descartou a possibilidade de um encontro bilateral no curto prazo entre os presidentes Putin e Zelensky. “Um encontro trilateral aconteceria. Um bilateral, eu não sei, mas um tri vai acontecer.”


… No sábado, Zelensky e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, relataram nas redes sociais uma conversa por telefone, quando trataram da guerra entre Rússia e Ucrânia, antes da participação do líder indiano no evento em Xangai, onde Putin também está.


MERCADO DE TRABALHO EM FOCO – Três indicadores do emprego nos Estados Unidos serão monitorados ao longo desta semana, culminando com o payroll de agosto, na sexta-feira, que pode ser decisivo para calibrar as expectativas para os juros americanos.


… Depois da surpresa com o relatório de julho, que assustou com a criação de apenas 73 mil vagas, bem abaixo das expectativas (110 mil), os dados de agosto são esperados com muita expectativa pelos investidores porque podem acelerar o ritmo do Fed.


… Há também o risco de julho ser revisado ainda mais para baixo, como aconteceu com o número de junho, derrubado de 147 mil para 14 mil.


… A sinalização de que o mercado de trabalho está esfriando aceleradamente mudou o discurso de Powell em Jackson Hole, quando ele praticamente admitiu que um corte de 25pbs será decidido na reunião do Fomc do dia 17.


… Essa expectativa é projetada com chances acima de 80% nos futuros dos Fed Funds, mas o que está em jogo é a terceira queda do juro este ano. Se o payroll de agosto confirmar o declínio acentuado, investidores podem passar a apostas em três cortes (e não dois) este ano.


… Antes do payroll, serão divulgados o relatório Jolts, com as vagas em aberto nos Estados Unidos em julho (quarta-feira) e a pesquisa ADP, de empregos criados no setor privado (quinta-feira). Além disso, o Livro Bege pode dar mais pistas (na quarta).


… Ainda nos Estados Unidos, estão na agenda os índices PMI industrial (terça-feira) e de serviços (quinta) de agosto.


… Na Zona do Euro sai hoje o PMI industrial e Christine Lagarde discursa em conferência do BCE (14h30).


CHINA HOJE – O PMI industrial medido pelo setor privado (S&P Global) subiu de 49,5 em julho para 50,5 em agosto e, acima da marca de 50, indicou expansão da atividade econômica.


… O mesmo indicador, só que calculado pelo governo, subiu para 49,4 em agosto, contra 49,3 em julho, mas veio abaixo da expectativa do mercado, que previa 49,5, e apontou que a atividade econômica segue em contração.


… O PMI de serviços subiu para 50,3 em agosto, de 50,1 em julho.


JAPÃO HOJE – O PMI/S&P Global industrial subiu de 48,9 em julho para 49,7 em agosto. Ainda que tenha apontado melhora, o indicador segue abaixo do patamar de 50, ou seja, indicando contração da atividade econômica.


NO BRASIL – O PIB do segundo trimestre, amanhã (terça-feira), pode ajustar as apostas quanto ao rumo da política monetária. A expectativa é de desaceleração, refletindo a política monetária restritiva, com a taxa Selic a 15% ao ano.


… Já na quarta será divulgado o primeiro dado de atividade econômica do terceiro trimestre: a produção industrial de julho. Na quinta, será a vez da balança comercial de julho e, na sexta-feira, produção e vendas de veículos em agosto.


… Hoje, atenção para a pesquisa Focus (8h25), em especial para as expectativas do IPCA de 2027, que registrou a primeira queda na última edição, para 3,97%, após semanas estabilizada em 4% ao ano. Às 10h, sai o PMI industrial de agosto da S&P Global.


… Logo cedo (8h), o IPC-S deve recuar 0,30% em agosto, após alta de 0,37% em julho. As projeções, todas de queda, vão de -0,35% a -0,27%, como reflexo dos descontos relacionados ao bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica no período.


VEM TROCO? – Temendo pelo potencial revide de Trump à decisão do governo Lula de acionar a Lei da Reciprocidade como resposta ao tarifaço americano, a curva do DI armou posição defensiva na última sexta-feira.


… Em menor grau, também o câmbio assumiu alguma dose de cautela, mas como era dia de ptax, a volatilidade técnica pode ter se confundido aos novos ruídos em torno da guerra tarifária contra os Estados Unidos.


… Já o Ibovespa ignorou o risco de maior desgaste na relação com Washington e estabeleceu recordes inéditos.


… No caso dos juros futuros, também ajudou a pesar o desconforto com o déficit primário do setor público consolidado de R$ 66,6 bilhões em julho, pouco acima da previsão do mercado, de resultado negativo de R$ 63,25 bilhões.


… A pressão no DI foi sentida especialmente a partir do miolo da curva. Apesar dos prêmios de riscos no último pregão com o fiscal e a tensão com Trump, o Broadcast apontou que todas as taxas acumularam queda em agosto.


… O sinal de acomodação nos ânimos ao longo do mês foi comprovado pelo DI para Jan/27, que começou o mês em 14,21%, mas terminou abaixo do suporte psicológico de 14%, a 13,970% (contra 13,935% na sessão da véspera).


… O contrato para Jan/29 subiu a 13,205% na sexta-feira (de 13,135% no dia anterior); Jan/31 avançou para 13,505% (contra 13,448%); e Jan/33, a 13,680% (de 13,630%). Já no trecho curto, o Jan/26 ficou estável, aos 14,890%.


… Enquanto traders mantêm viva na curva do DI as apostas de corte antecipado da Selic, economistas reunidos com diretores do BC na sexta-feira avaliam que só existe espaço para queda no ano que vem, apurou a Agência Estado. 


… O grupo está do lado de Galípolo, que até aqui não tem se sensibilizado aos argumentos para o BC já agir em dezembro. Segundo ele, a convergência para a meta de inflação está lenta, a renda está alta e o desemprego, baixo.


… Em novo foco de cautela com a inflação, a Aneel anunciou na sexta a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para setembro, mesmo nível de agosto, com cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.


… A manutenção do patamar mais elevado responde às chuvas abaixo da média histórica, no pior cenário hídrico desde a crise energética de 2014-2015. Diante desta pressão, duas casas já revisaram as apostas para o IPCA do mês.


… A Warren puxou sua previsão de 0,61% para 0,77% após a bandeira e a Terra Investimentos, de 0,51% para 0,70%.


O PISO ENCANTADO – Envolvido na briga da ptax (+0,28%, a R$ 5,4264) e de olho no risco renovado de escalada protecionista, o dólar à vista, mais uma vez, não conseguiu furar R$ 5,40 e corrigiu parte da queda dos últimos dias.


… Fechou em alta moderada de 0,29%, a R$ 5,4220. Mas também o câmbio, como o DI, exibiu sinais em agosto de menor estresse. No mês, o dólar recuou 3,19%, zerando toda a alta de 3,07% de julho. No ano, cai quase 12,50%.


… Apesar dos desafios fiscais domésticos, tem estado mais difícil de apostar contra o real, com a Selic firme em 15%, que favorece o carry trade, e o Fed com o dedo no gatilho para cortar o juro, cada vez mais emparedado por Trump.


TENDÊNCIA BAIXISTA – A ofensiva política do republicano contra o BC americano afundou em 2,20% o índice DXY do dólar no acumulado de agosto, já que, daqui para a frente, a expectativa é de uma orientação cada vez mais dovish.


… No pregão de sexta-feira, o DXY operou praticamente estável (-0,04%), a 97,771 pontos, já que o PCE em linha com as previsões não abalou a aposta mais do que consolidada (87%) de que o ciclo de flexibilização começará este mês.


… Termômetro predileto do Fed para medir a inflação, o PCE subiu 0,2% na taxa mensal e 2,6% na anual de julho, enquanto o núcleo avançou 0,3% e 2,9%, respectivamente. Todos os resultados vieram dentro do consenso.


… O euro subiu 0,14%, para US$ 1,1702, a libra (+0,02%) não saiu de US$ 1,3512 e o iene caiu para 146,95 por dólar.


O SINAL ESTÁ ABERTO – Na medida em que o PCE não assustou e Powell já mandou o recado em Jackson Hole sobre a piora do mercado de trabalho, se o payroll vier fraco na sexta-feira, o Fed poderá ficar cada vez mais relaxado.


… A aposta principal no mercado é de que, daqui até o final do ano, o juro pode cair 50 pontos-base (dois cortes de 25 pontos). Mas um payroll fraco pode resgatar a chance de queda de 75 pontos ou um ciclo mais longo.


… Em publicação feita no LinkedIn na sexta-feira, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que “logo será hora de recalibrar a política [monetária]”, apesar das incertezas sobre a pressão inflacionária do tarifaço.


… Ela reconheceu que “levará um tempo até termos certeza” sobre o impacto da política comercial nos preços. “Mas não podemos esperar por uma certeza absoluta sem correr o risco de prejudicar o mercado de trabalho.”


… Coincidindo com os comentários de Daly, as taxas dos Treasuries de curto prazo aceleraram a queda e acentuaram a inclinação da curva. Os yields mais longos retomaram o avanço, porque não dá para o Fed ser dovish para sempre.


… O rendimento da Note de 2 anos caiu a 3,618%, de 3,634% na véspera, e o de 10 anos subiu a 4,230%, de 4,207%.


… Empolgadas pela perspectiva de que o ciclo de queda do juro americano está para começar, as bolsas americanas exibiram força em agosto (Dow Jones, +3,10%; S&P 500, +1,91%; e Nasdaq, +1,58%), mês marcado por recordes.


… No último pregão de agosto, porém, a onda de perdas da Nvidia (-3,36%) abriu espaço para correção. O Dow Jones caiu 0,20%, a 45.544,88 pontos; S&P 500 recuou 0,64%, a 6.460,26 pontos; e Nasdaq, -1,15%, a 21.455,55 pontos.


DESBANCOU – Deixando para trás o estrago de julho, quando o Ibovespa caiu mais de 4%, agosto foi histórico para o índice à vista, que marcou recorde duplo no último pregão do mês e agora vai querer sonhar com os 150 mil pontos.


… Além de ter cravado pico inédito de fechamento (141.422,26 pontos), registrou a máxima intraday de todos os tempos (142.378,69 pontos), em leve alta de 0,26% na sexta-feira, com volume de R$ 23,2 bilhões.


… Subiu 6,2% em agosto, maior marca mensal em um ano, sob o efeito turbinado do trade eleitoral e, em maior medida, do horizonte de queda do juro americano, que pode animar o apetite do fluxo estrangeiro pelo Brasil.


… A cautela em torno da Lei da Reciprocidade só pesou na sexta-feira para as ações da CSN (ON, -1,55%) e da Usiminas (PNA, -1,35%), já que pode piorar ainda mais a taxação ao aço brasileiro se a guerra tarifária escalar.


… Já os papéis do bancos, alvos da polêmica da Lei Magnitsky, não acusaram o receio de tensão potencializada com Trump e subiram em bloco na bolsa, zerando o tombo recente de quase R$ 40 bilhões em valor de mercado.


… Destaque para BB, que saltou 1,62%, a R$ 21,39. Itaú PN ganhou 0,37%, a R$ 38,49, e acumulou rali de quase 10,5% no mês. Bradesco ON avançou 0,42% na sexta, para R$ 14,44, e Bradesco PN subiu 0,24%, a R$ 16,83.


… Santander unit registrou leve valorização de 0,14%, para R$ 28,22, e BTG Pactual subiu 0,81%, a R$ 44,86.


… Perto de seu melhor preço desde março (R$ 56), antes da ofensiva tarifária dos Estados Unidos contra os produtos chineses, Vale chegou na sexta-feira até R$ 55,70, em leve alta de 0,29%, mas numa arrancada de 7% em agosto.


… Também Petrobras subiu no último pregão do mês: ON em alta de 0,81%, para R$ 33,75, e PN, +0,55% (R$ 31,10). As ações operaram descoladas do petróleo, que antecipa oferta saturada e desconta os riscos geopolíticos.


… O contrato do barril do tipo Brent para outubro registrou queda de 0,73%, para US$ 68,12 na ICE londrina.


CIAS ABERTAS – A família mineira Coelho Diniz, que passou a deter 24,6% do GPA, vai enviar, nos próximos dias, proposta de uma chapa de candidatos à eleição do conselho de administração, informou comunicado do grupo…


… A família disse ter tido conversas “frutíferas” com membros do atual conselho do GPA e também com representantes dos principais acionistas da companhia para “chegar a uma chapa de consenso”…


… Entre os acionistas do GPA está a rede francesa Casino, com 22,5% do capital, e que era o maior acionista do grupo, posto agora ocupado pela família mineira.


PETROBRAS. O Conselho de Administração aprovou o nome de Cristina Bueno Camatta para a ouvidoria-geral da companhia, segundo apuração do Valor…


… Cristina é presidente do Conselho Fiscal da estatal; procurada pelo jornal, a Petrobras não respondeu.


SABESP. Volume armazenado nos mananciais da Região Metropolitana de SP caiu 0,2 ponto entre os dias 30 e 31 de agosto, para 37,2%, menor volume para a data desde 2015, quando a região sofreu com a crise hídrica histórica.


EMBRAER. Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região ajuizou ação coletiva na Justiça contra decisão da empresa de retomar o trabalho presencial em pelo menos três dias da semana…


… Desde a pandemia da Covid-19, os funcionários da companhia vinham trabalhando em regime totalmente remoto.


NATURA. BlackRock reduziu participação acionária na companhia de 5,091% para 2,509%, passando a deter 34.499.555 de papéis ordinários.


IGUATEMI fechou contrato vinculante de venda de participação no Shopping Pátio Higienópolis com o fundo de investimento imobiliário RBR Malls, por R$ 169,9 milhões.


MARISA LOJAS. O conselho de administração aprovou a 16ª, 17ª e 18ª emissões de notas comerciais escriturais, cada uma em série única, com garantia adicional fidejussória, no total de R$ 152,907 milhões.


SINQIA. A empresa de infraestrutura bancária sofreu ataque hacker na sexta-feira, no ambiente em que opera transações de Pix. Segundo o site Neofeed, o ataque teria desviado R$ 400 milhões de contas do HSBC para laranjas.


ENERGISA comunicou que fará aquisição facultativa das debêntures da 1ª e 2ª séries das 17ª e 18ª emissões e da 3ª série das 15ª, 16ª e 19ª emissões aos debenturistas que manifestarem interesse até 15 de setembro.

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...