sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Eleições estaduais

 *ELEIÇÕES 2026 NOS ESTADOS*


Veja como está a disputa pelo cargo de governador, segundo a Quaest:


📊 *SP:* Tarcísio tem 43%; Alckmin, 21%; e Erika, 8%

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📊 *RJ:* Paes tem 35%; Bacellar, 9%; e Washington, 5%

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📊 *PR:* Moro tem 38%, Paulo Martins, 8%, e Enio Verri, 7%

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📊 *MG:* Cleitinho tem 28%, Kalil, 16%, e Pacheco, 9%

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📊 *PE:* João Campos tem 55% e Raquel Lyra, 24%

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Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ontem foi o dia dos PMIs a nível global e da divulgação de resultados da Walmart. Os primeiros saíram globalmente positivos, mas a Walmart caiu cerca de -4,5% após apresentar resultados abaixo das expectativas (LPA 0,68 USD vs 0,74 USD esperado). Outros indicadores publicados tiveram, na melhor das hipóteses, impacto neutro e, ocasionalmente, negativo devido à sua falta de consistência: pedidos semanais de subsídio de desemprego ligeiramente acima do esperado (+235k vs +225k), índice de atividade da Fed de Filadélfia francamente fraco (-0,3 vs +7,0 esperado) e indicador avançado dos EUA a recuar em linha com as previsões (-0,1%), acumulando já 8 meses consecutivos de queda.

Com tudo isto, e juntando a natural incerteza antes do simpósio de Jackson Hole (decorrerá de ontem até sábado), o mercado manteve-se com viés vendedor, registando ligeiras quedas nas bolsas e subida das yields das obrigações soberanas (preços em baixa) no intervalo de +2/+5 pb. Apesar de uma tentativa inicial de recuperação, a sessão acabou por fraquejar perante um conjunto de dados pouco encorajador.

HOJE deverá prevalecer alguma cautela preventiva. É natural: Nova Iorque soma já 5 sessões consecutivas de ligeiras quedas, refletindo a incerteza típica da véspera de Jackson Hole. Os momentos decisivos serão: hoje às 15h com Powell (Fed) e amanhã às 17h25 com Bailey (BoE), Lagarde (BCE) e Ueda (BoJ). 

O mais provável é que Powell mantenha a sua postura tradicionalmente reativa quanto a novas descidas de taxas, enquanto Lagarde deverá alertar para uma provável desaceleração da economia europeia, mas reclamando para o BCE o mérito de ter trazido a inflação para os 2% (núcleo +2,3%), face a 2,7% nos EUA (núcleo +3,1%). Recorde-se que o mandato de Powell termina em maio de 2026 e deverá ser sucedido por uma figura mais alinhada com a pressão de Trump por cortes adicionais (nomes como Bessent, Hasset ou Waller são apontados), mas Powell poderá permanecer como conselheiro até janeiro de 2028, mitigando a capacidade de Trump nomear outro aliado. Este quadro tenderá a arrefecer expectativas de cortes adicionais de taxas, tanto nos EUA como na Europa, o que penalizaria sobretudo o setor tecnológico.

CONCLUSÃO: Com a tecnologia em terreno mais frágil, é pouco provável que Nova Iorque recupere dinamismo no imediato… embora também não se prevejam quedas acentuadas, dado que este cenário já está amplamente descontado. Assim, espera-se hoje uma sessão lateral e provavelmente uma segunda-feira semelhante.


S&P500 -0,4% | Nasdaq-100 -0,5% | SOX -0,5% | Eurostoxx-50 -0,2% | IBEX +0,1% | VIX 16,6% | Bund 2,75% | T-Note 4,33% | Spread 2A-10A EUA = +54 pb

10Y Gov.: ESP 3,34% | PT 3,17% | FRA 3,46% | ITA 3,60% | Euribor 12m 2,084% (fut. 2,224%) | USD 1,159 | JPY 172,2 | Ouro 3.330 USD | Brent 67,7 USD | WTI 63,5 USD | Bitcoin -0,5% (113.124 USD) | Ether -0,4% (4.286 USD)


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Powell fala às 11h em Jackson Hole*


As falas de três dirigentes do Fed soaram como um aviso de que as expectativas de queda dos juros americanos a partir de setembro podem ser esvaziadas hoje


… Às vésperas do esperado discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, às 11h (de Brasília), as falas de três dirigentes do Fed soaram como um aviso de que as expectativas de queda dos juros americanos a partir de setembro podem ser esvaziadas hoje. As chances apontadas no CME Group foram reduzidas, nesta quinta-feira, mas ainda permanecem bastante elevadas, mais de 70%, o que significa grande potencial de volatilidade, se a cautela prevalecer – uma aposta muito provável. Powell enfrenta não só as pressões de Trump para reduzir as taxas, como também tem que se equilibrar entre as pombas e os falcões do Fomc, que está dividido.


HAWKISH – O mercado diminuiu, em poucos dias, de 100% para 70% as apostas num corte nos juros na reunião de setembro, após vários presidentes de distritais do Fed demonstrarem abordagem mais dura quanto à política monetária.


… Em entrevista ao Yahoo! Financial, Beth Hammack (Cleveland) comentou que a economia está só começando a ver o impacto das tarifas, que “levam de três a quatro meses” para ter efeitos na inflação. “Estamos no começo dessa janela, eu optaria por manter as taxas atuais.”


… Para ela, “a demanda por mão de obra pode estar caindo, mas a oferta também está, drasticamente”.


… À CNBC, Jeffrey Schmid (Kansas City) disse não ter pressa para cortar os juros e que muitos dados ainda serão divulgados até setembro. “O mercado de trabalho está sólido, mas a inflação está mais próxima de 3% do que da meta. “O último quilômetro é bem difícil.”


… Raphael Bostic (Atlanta) foi o terceiro Fed boy a falar nesta quinta-feira, quando disse que “ainda considera um corte nas taxas de juros este ano”, acrescentando que a inflação permanece bem acima da meta de 2% e que o Fed deve atingir o juro neutro só em 2026.


… À noite, em entrevista à Bloomberg TV, Austan Goolsbee (Chicago) citou seu desconforto com o último relatório de inflação, onde “a inflação de serviços disparou”. “Eu estava me sentindo bem, mas esse foi um dado perigoso, espero que seja um pequeno contratempo.”


… Susan Collins (Boston) foi a única representante do Fed a sugerir, ontem, ao Wall Street Journal, que pode ser apropriado cortar as taxas de juros em setembro, “se as condições do mercado de trabalho enfraquecerem mais do que aumentarem os riscos de inflação”.


… Na corrente mais dovish, Christopher Waller e Michelle Bowman defenderam a necessidade de cortar as taxas já no último Fomc. E depois do susto com o payroll de julho, Neel Kashkari e Mary Daly também sinalizaram uma postura mais flexível.


… Powell está entre os dois grupos. Mas se é verdade que o emprego se deteriorou, a inflação também piorou muito e, diante desses sinais conflitantes gerados pelas políticas comerciais e imigratórias de Trump, Powell tende a se manter mais conservador hoje.


… Mercados em Nova York (e também no Brasil) entraram em compasso de espera por Jackson Hole, afastando-se do risco e buscando proteção nos juros e no dólar. Aqui, contribuíram o imbróglio da Lei Magnitsky e as pesquisas eleitorais com Lula à frente (leia abaixo).


MORAES – O ministro do STF, atingido pela sanção do governo americano, discursa hoje (17h15) na conferência de encerramento do 24º Fórum Empresarial Lide, no Rio de Janeiro, em meio às pressões dos Estados Unidos e ao risco de novas sanções.


… Segundo apurou o Valor, foi o Banco do Brasil que bloqueou o cartão de crédito de bandeira americana de Alexandre de Moraes, com o objetivo de cumprir a Lei Magnitsky. O BB teria oferecido um novo cartão Elo, que não tem operações nos Estados Unidos.


BOLSONARO – A defesa do ex-presidente tem até as 20h34 de hoje para entregar ao ministro Alexandre de Moraes explicações sobre “condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga” identificadas pela Polícia Federal.


… No indiciamento de Bolsonaro e do filho Eduardo, na última quarta-feira, a PF afirma que ambos têm atuado para obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. O risco de fuga foi identificado em documento que continha pedido de asilo à Argentina.


… A resposta da defesa será imediatamente submetida à análise da PGR, que também deverá se manifestar em 48 horas.


… O novo indiciamento do ex-presidente e de seu filho Eduardo pela PF movimenta o noticiário político, com a divulgação de áudios e mensagens nos celulares apreendidos pela Polícia Federal e que podem piorar a situação para a família.


… Além disso, relatório da PF registra que Bolsonaro recebeu em suas contas bancárias um total de R$ 30 milhões entre março de 2023 e fevereiro de 2024, em transações consideradas atípicas pelo Coaf. O documento aponta suspeita de “lavagem de dinheiro”.


… A maior parte dos valores foi movimentada por meio de Pix: 1,2 milhão de lançamentos, que somaram mais de R$ 19 milhões.


… A PF também identificou grande volume de transações (R$ 22 milhões) entre dezembro de 2024 e junho de 2025, quando Bolsonaro transferiu R$ 2,1 milhões para seu filho Eduardo Bolsonaro e outros R$ 2 milhões para a esposa, Michelle.


… Para a Polícia Federal, os repasses a Eduardo serviram para financiar ações nos Estados Unidos contra o governo brasileiro, enquanto a transferência para Michelle teria o objetivo de driblar eventual bloqueio das contas do ex-presidente.


… Em dois anos, Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 4,1 milhões; Carlos Bolsonaro, R$ 4,8 milhões; e Michele Bolsonaro, R$ 2,9 milhões.


CONGRESSO – Em votação simbólica, a Câmara aprovou ontem pedido de urgência para votação do projeto de isenção do IR até R$ 5 mil.


… O presidente da Casa, Hugo Motta, disse que a data de votação do mérito será definida nas próximas reuniões do colégio de líderes. O governo defende a votação do texto já na próxima semana, mas ainda não foi batido o martelo.


… A Câmara também pode votar na próxima semana PEC que exige aval do Congresso para investigar parlamentares, chamada “PEC da Blindagem”, que tem apoio de parlamentares de pelo menos nove partidos, segundo o Valor.


AGENDA VAZIA – Nenhum indicador econômico está previsto para esta sexta-feira no Brasil.


… Lá fora, sai de madrugada o PIB final da Alemanha no 2Tri, vendas no varejo do Reino Unido em julho e, às 14h, poços e plataformas de petróleo em operação nos Estados Unidos, pela Baker Hughes.


… No sábado, os presidentes do BoE, Andrew Bailey, e do BCE, Christine Lagarde, participam do Simpósio de Jackson Hole.


AVISO EM DOIS? – Está com todo o jeito de os Fed boys já terem saído na frente, preparando o espírito dos investidores para uma abordagem mais conservadora de Powell sobre os juros hoje em Jackson Hole.


… Ainda indicadores de atividade mais aquecidos do que o esperado pelo mercado financeiro acabaram combinados ao tom mais rígido dos Fed boys para sustentarem o fôlego das taxas dos Treasuries e do dólar em Nova York.


… O PMI composto registrou alta inesperada, de 55,1 em julho para 55,4 em agosto, maior patamar em oito meses, surpreendendo o consenso de desaceleração para 54,5. O PMI de serviços veio em 55,7 e superou a aposta de 55,0.


 … Obrigadas a recalibrar as apostas para o lado mais hawkish, após os dados e a bateria de comentários conservadores do Fed, as taxas dos Treasuries de dois anos quase romperam 3,8% pela 1ª vez em quase dois meses.


… Foram a 3,787%, contra 3,744% no pregão da véspera, enquanto as de 10 anos subiram a 4,326%, de 4,287%.


… O avanço ajudou a puxar a curva do DI, já pressionada pelo favoritismo de Lula, pela confusão jurídica em torno da Lei Magnitsky e, especialmente, por uma super oferta de títulos prefixados pelo Tesouro nesta quinta-feira.


… Na ponta longa, os juros futuros chegaram a abrir perto de 15 pontos-base, como assinalou o Broadcast.


… O DI para Jan/31 escalou a 13,760% (de 13,636% no ajuste anterior); e o Jan/33, a 13,920% (de 13,780%). Jan/29 foi a 13,410% (13,329%); Jan/27, a 14,080% (14,030%); e Jan/26 fechou na mínima, a 14,905% (de 14,908%).


… A arrecadação federal de julho, de R$ 254,2 bilhões, acima da mediana do mercado, de R$ 252,5 bi, contribuiu para a melhora da percepção fiscal. Mas ontem não conseguiu ter qualquer impacto mais significativo nos negócios.


… Motivado pela apreciação do câmbio ao longo dos últimos meses, o Citi reduziu ontem a sua estimativa para o IPCA do ano, agora abaixo de 5%, a exemplo de outros grandes bancos. A projeção passou de 5,0% para 4,8%.


… Engessado à espera de Powell, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,11%, negociado a R$ 5,4791. Subiu menos do que lá fora, onde o índice DXY avançou 0,41%, aos 98,619 pontos, e derrubou as principais moedas rivais ao dólar.


… O euro perdeu 0,41%, a US$ 1,1604, a libra recuou 0,34%, para US$ 1,3412, e o iene caiu para 148,40/US$.


PARE E OLHE – O pregão morno no câmbio doméstico e também no Ibovespa revelou, ao mesmo tempo, sangue-frio e cautela dos investidores em relação ao quadro de alta volatilidade doméstica.


… Além do risco de que o indiciamento de Bolsonaro e Flávio por tentativa de obstrução de Justiça possa provocar ainda mais a vingança de Trump contra o Brasil, também a competitividade de Lula para 2026 assusta a Faria Lima.  


… Divulgado antes da abertura do mercado, o novo recorde da pesquisa Quaest indicou vantagem para o presidente em todos os cenários de primeiro e segundo turnos nas eleições do ano que vem. Lula está oito pontos à frente de Tarcísio, com 43% das intenções de voto.


… A sensível melhora, como resultado do tarifaço de Trump e da atuação de Eduardo Bolsonaro em Washington, esvazia a esperança do mercado por uma troca de governo, em 2026, contribuindo para o mau humor que dominou a sessão, nesta quinta-feira.


… Longe, porém, de um choque de estresse, o dólar e a bolsa manifestaram a preocupação através da liquidez reduzida, na fuga do apetite por risco que deixa muito evidente que o momento é estratégico nos mercados.


… O giro vai secando na bolsa. Na quarta-feira, o volume financeiro já tinha sido baixo (R$ 16 bilhões) e ontem foi um pouco pior (R$ 15,5 bilhões), abaixo das médias recentes (em torno de R$ 21 bilhões), que já são bem modestas.


… A tensão política e as incertezas na relação entre o Brasil e os Estados Unidos mantêm todo mundo na defensiva.


… Perdidos sobre a aplicação da Lei Magnitsky, os bancos voltaram a perder valor de mercado ontem: R$ 5,8 bilhões, neutralizando tudo o que haviam recuperado na véspera (R$ 1,9 bilhão), depois da sangria de R$ 41 bi na terça-feira.


… BB tem sido a pior vítima do fogo cruzado entre Moraes e a Justiça americana. O papel caiu 0,86%, para R$ 19,69. Bradesco também exibiu perdas, ainda que moderadas: ON, -0,29%, a R$ 13,56; e PN, -0,32%, cotado a R$ 15,79.


… Itaú subiu quase nada, só 0,11%, para R$ 36,37, e Santander ficou praticamente estável (+0,08%, a R$ 26,50).


… Vale ajudou a poupar o Ibovespa em leve alta de 0,12% ontem, a 134.510,85 pontos. A ação fechou com ganho de 0,85%, a R$ 53,45, colada à alta de quase 1% do minério do ferro, que interrompeu seis quedas seguidas.


… Petrobras teve um pregão de oscilações inexpressivas: ON, -0,09% (R$ 32,65) e PN, +0,23% (R$ 30,29). O comportamento foi bem diferente do petróleo Brent, que emplacou nova alta firme, de 1,24%, para US$ 67,67.


… O barril segue embalado pela reação da demanda, comprovada pelo tombo nos estoques semanais da commodity. Além disso, o mercado anda achando que o acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia está demorando demais.


… Enquanto Putin exige que Zelensky desista de Donbass, de entrar na OTAN e de tropas ocidentais no país (segundo a Reuters), o ucraniano espera a proposta sobre garantias de segurança dos aliados “dentro de sete a dez dias”.


AGINDO POR INSTINTO – Em Nova York, as bolsas se protegeram em queda moderada à chance razoável de Powell contrariar o “oba-oba” das apostas em corte de juro em setembro, que chegou a ser dado como fato consumado.


… No fechamento, o Dow Jones caiu 0,34%, aos 44.785,50 pontos, o S&P 500 recuou 0,40%, aos 6.370,16 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,34%, aos 21.100,31 pontos. Destaque do campo negativo, as ações do Walmart afundaram 4,49%.


… A maior companhia varejista do mundo reportou lucro trimestral abaixo da expectativa do mercado pela primeira vez em três anos e alertou que o tarifaço de Trump tem encarecido os custos e reduzido as margens de lucro.


… A advertência coincide com a cautela dos Fed boys sobre os impactos da política comercial de Trump na inflação.


… Mais preocupado em saber o que virá de Powell hoje, o mercado pouco repercutiu ontem a renovada pressão política para retirar a diretora Lisa Cook do Fed, acusada por aliado do presidente americano de fraude hipotecária.


… O Departamento de Justiça planeja investigar e recomendou o afastamento de Cook, segundo reportagem da Bloomberg, o que abriria a chance de Trump garantir maioria no conselho do Fed, com 4 dos 7 membros.


… Ao contrário de Powell, que não possui poder para retirar um governador do Fed, Trump tem autoridade para remover Lisa Cook do cargo, já que ela foi uma nomeação presidencial confirmada pelo Senado americano.


CIAS ABERTAS – Conselho de Administração da PETROBRAS aprovou a escolha de Bruno Moretti como novo presidente do colegiado. Ele assume no lugar de Pietro Mendes, que renunciou para ocupar diretoria da ANP.


BRASKEM. Citi reduziu preço-alvo da ação de R$ 13 para R$ 11, mantendo recomendação de compra; atualização ocorreu após resultados da companhia no 2TRI terem vindo abaixo das expectativas do banco.


ASSAÍ. Citi cortou preço-alvo da ação de R$ 13,70 para R$ 13,60, mantendo recomendação de compra; atualização buscou refletir os resultados do segundo trimestre, ligeiramente abaixo das estimativas do banco.


TAURUS negou ter concedido férias coletivas a cerca de 40 de seus funcionários na operação em São Leopoldo (RS) em decorrência do tarifaço contra importações brasileiras pelo governo dos Estados Unidos…


… Segundo a companhia, a linha de produção afetada é da subsidiária Polimetal, fornecedora de peças e que tem operação dentro de condomínio pertencente à empresa-mãe, onde os funcionários, hoje em férias, são empregados.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Wilson Gomes

 O ótimo Wilson Gomes e um alerta importante:


"Livro clássico mostrou que o fascismo pode brotar na democracia, por Wilson Gomes


Folha de S. Paulo

'A Personalidade Autoritária', de 1950, inaugurou uma agenda de pesquisa sobre as bases psicológicas do autoritarismo  


Este ano completa-se o 75º aniversário de "A Personalidade Autoritária", obra monumental publicada em 1950 por Adorno, Frenkel-Brunswik, Levinson e Sanford, que inaugurou uma agenda de pesquisa ainda atual sobre intolerância política e as bases psicológicas do autoritarismo.


Pela primeira vez, psicanálise, psicologia e sociologia foram mobilizadas de modo integrado para enfrentar uma questão que, tanto no pós-guerra quanto hoje, se impõe com urgência: como sociedades democráticas podem gerar cidadãos predispostos a aderir a ideologias autoritárias.


A primeira grande inovação foi a virada copernicana que deslocou o centro da análise. Em vez de estudar a ideologia fascista —seus movimentos sociais, discursos, partidos e programas—, os autores voltaram-se aos indivíduos e às suas atitudes, isto é, às disposições subjetivas que estruturam o modo como as pessoas percebem o mundo social.


As atitudes autoritárias, sustentam, correlacionam-se de forma estável em um conjunto recorrente de sintomas psicológicos e sociais: conformismo, submissão à autoridade, intolerância à ambiguidade, agressividade contra grupos minoritários, rigidez moral e preconceito. Não é preciso militância aberta: basta que essas disposições, formadas desde a infância, estejam latentes.


Para compreender por que alguém tende a manter posições coerentes, é necessária uma estrutura subjetiva que garanta essa permanência relativa —a personalidade. Ela organiza predisposições e dá unidade ao comportamento, filtra os apelos da propaganda e reage às circunstâncias. Daí a diferença pessoal na suscetibilidade ao autoritarismo. Por outro lado, certas condições sociais e apelos externos podem ativar as disposições autoritárias, com risco real de uma tempestade perfeita.


A segunda inovação foi conceber o fascismo não como uma anomalia histórica confinada à Europa de Benito Mussolini ou Adolf Hitler, mas como uma expressão extrema de algo inscrito na vida social ordinária, inclusive em democracias estáveis. A pesquisa mostrou que determinados traços apareciam juntos de forma consistente, mesmo em indivíduos sem engajamento político explícito, como etnocentrismo, convencionalismo, superstição, submissão à autoridade do grupo de pertencimento e agressividade moralizada.


O valor da descoberta não estava em diagnosticar fascistas concretos, mas em revelar que existia um padrão de personalidade que podia ser mobilizado em condições políticas propícias. A ameaça não desapareceu com a derrota militar de 1945, mas permanecia viva em disposições latentes capazes de se atualizar a qualquer momento.


A terceira inovação consistiu no desenvolvimento de instrumentos metodológicos inéditos para captar esse padrão. O mais famoso foi um questionário para pesquisas de opinião, a "Escala F" (de fascismo), elaborada em sucessivas versões e combinado a entrevistas clínicas e testes projetivos. O questionário não detectava "fascistas" em sentido estrito, porque não havia grupo de controle de fascistas reais. O que oferecia era algo mais sutil e mais perturbador: a demonstração de que atitudes autoritárias aparentemente dispersas estavam, na verdade, fortemente correlacionadas e formavam uma constelação.


A escala mostrava como elas não se distribuíam ao acaso, mas se reuniam em torno de uma estrutura de personalidade que predispunha ao autoritarismo. A inovação decisiva foi transformar diagnósticos sociopolíticos em instrumentos replicáveis para medir a suscetibilidade de pessoas e grupos ao extremismo autoritário.


A escolha dos termos também foi significativa. Chamá-la de "Escala F" preservava a referência normativa ao fascismo como ameaça concreta, mas intitular o livro "A Personalidade Autoritária" ampliava o horizonte, indicando que não se tratava apenas de estudar o já derrotado fascismo europeu. O conceito de autoritarismo permitia generalizar a investigação e sugeria que regimes semelhantes poderiam emergir em qualquer sociedade.


Setenta e cinco anos depois, o alerta desses autores segue atual. Em todo o mundo, democracias enfrentam a ascensão da extrema direita e de novas formas de intolerância, como o avanço do autoritarismo progressista em nome da defesa de identidades. O livro de 1950 continua a lembrar que as democracias precisam se defender não só de inimigos externos, mas também dos impulsos autoritários que brotam de dentro da vida social e da própria personalidade dos cidadãos. Essa é a sua força duradoura: mostrar que o autoritarismo não é acidente histórico, mas risco permanente."


Folha de SP 20/08/25

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Dois pesos, dois riscos*


Atingido pela Lei Magnitsky, Moraes já teve um cartão de crédito de bandeira americana bloqueado


… O Fed abre esta noite o Simpósio de Jackson Hole, mas o dia D é amanhã, com o discurso de Powell. Na agenda lá fora, índices PMI medem a atividade global na Europa e nos Estados Unidos. Em Wall St, Walmart divulga balanço antes da abertura, enquanto, aqui, investidores esperam pelo recorte da pesquisa Quaest sobre as eleições presidenciais/2026 e pela arrecadação da Receita em julho. O noticiário continua dominado pelo imbróglio envolvendo a Lei Magnitsky, que coloca aos bancos o desafio de cumprir o que determina sua aplicação pelos Estados Unidos e a legislação brasileira. Atingido pela medida, Moraes já teve um cartão de crédito de bandeira americana bloqueado.


DUPLA SANÇÃO – A informação, confirmada por diversas fontes, foi noticiada à noite pelos jornalistas Cézar Feitoza e Adriana Fernandes (Folha), que apuraram também que a instituição ofereceu ao ministro o cartão de bandeira brasileira Elo, sem as restrições da Magnitsky.


… O bloqueio aconteceu antes de Flávio Dino decidir que ordens executivas de governos estrangeiros não têm eficácia no Brasil.


… A assessoria do STF disse que Moraes não iria se manifestar, mas ainda ontem ele deu entrevista à agência Reuters, quando afirmou que a Justiça brasileira pode punir instituições locais que bloquearem ou confiscarem ativos em consonância com ordens dos Estados Unidos.


… Alexandre de Moraes reconheceu que a atuação da Justiça americana em relação aos bancos brasileiros com operações nos EUA é da aplicação da lei norte-americana. “Agora, da mesma forma, se os bancos resolverem aplicar a lei, eles podem ser penalizados internamente.”


… Na mesma entrevista, o magistrado se diz confiante de que Washington vai recuar em relação às sanções impostas a ele, que não são consenso dentro do governo americano, seja por meio de canais diplomáticos ou através de desafio judicial nos tribunais dos Estados Unidos.


… Nesta quarta-feira, repercutiu uma dura carta do coautor da Lei Magnitsky, o deputado democrata Jim McGovern, enviada ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, e ao secretário do Departamento de Estado, Marco Rubio, considerando “vergonhosa” a sanção a Moraes.


… “A sanção GloMag ao ministro do STF contraria e enfraquece o propósito da lei, que foi concebida para punir indivíduos que cometem graves violações de direitos humanos e atos de corrupção. É, portanto, vergonhoso o que fez a administração Trump.”


… Além de Moraes, também o ministro Flávio Dino se manifestou nesta quarta-feira, ironizando a queda das ações de bancos na bolsa. “Dizem que a decisão que proferi derrubou os mercados. Eu não sabia que era tão poderoso, R$ 42 bilhões de especulação financeira.”


SEM COMENTÁRIOS – Sempre avessos a ocuparem as manchetes, os bancos mantêm a discrição, como fizeram ontem no evento do Santander seus representantes, que não abordaram o tema no palco e evitaram a imprensa. Mas, nos bastidores, a preocupação é evidente.


… Como publicaram os jornalistas Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt (Broadcast), os bancos discutem formas de cumprir leis brasileiras e ao mesmo tempo não desrespeitar leis norte-americanas e já consideram encerrar contas, segregar saldos e bloquear cartões.


… O temor é que o abalo na confiança de investidores estrangeiros no ambiente regulatório brasileiro aumente o risco jurídico para bancos com operações internacionais – e quase todas as instituições brasileiras operam nos Estados Unidos.


… A clientes, analista do BTG afirmou que “é preciso mitigar o risco de sanções secundárias nos Estados Unidos”, observando que “encerrar ou segregar contas quando houver o perigo de enquadramento do banco é um ato privado por decisão de compliance”.


… Já Roberto Simioni (Blue3) diz que a decisão de Dino reduz a confiança do investidor estrangeiro no ambiente regulatório brasileiro, aumenta o risco jurídico para bancos com operações internacionais e pode impactar a liquidez e o custo de capital de empresas brasileiras.


… “A tensão entre o direito internacional e interno revela um dilema na conciliação da integração global e a preservação da soberania jurídica.”


ZANIN – No Valor, os ministros do STF voltaram a receber representantes de bancos após a decisão de Flávio Dino contra a aplicação imediata no Brasil de leis, decisões judiciais, atos administrativos e ordens executivas estrangeiras.


… O ministro Cristiano Zanin, relator da ação que pede para a Corte barrar o bloqueio das contas do ministro Alexandre de Moraes, voltou a se reunir com Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, nesta semana.


… Zanin aguarda o parecer da PGR para dar andamento ao recurso que trata diretamente sobre a Lei Magnitsky.


… Segundo o Estadão, a intenção do ministro é buscar uma saída negociada com o sistema financeiro. O temor é que se os bancos seguirem Trump, aplicando as sanções previstas na lei, o STF poderia ficar desmoralizado.


EMPRESÁRIOS NOS EUA –Um grupo liderado pela CNI viajará a Washington nos dias 3 e 4 de setembro para discutir o tarifaço com membros do governo Trump e escritórios de lobby. O embaixador Roberto Azevêdo deve comandar a missão.


… A ideia é incluir mais produtos na lista de exceções e apresentar propostas como instalação de data centers no Brasil, exploração de terras raras e parcerias em combustíveis sustentáveis.


… Nesta quarta-feira, Alckmin anunciou que os Estados Unidos aliviaram tarifas sobre manufaturados brasileiros feitos com aço e alumínio. Os itens passam a pagar as mesmas alíquotas aplicadas ao resto do mundo, incluindo máquinas agrícolas.


BIG TECHS PRESSIONAM – Associação americana ITI, que reúne gigantes de tecnologia como Visa, Google, Amazon, Meta e Microsoft, levou ao governo Trump dossiê com críticas ao STF, à Anatel e ao governo Lula, além de alertas sobre tributação de big techs e regulação de IA.


… O grupo afirma que as medidas aumentam a insegurança jurídica, elevam custos e podem desestimular investimentos no país.


… O documento acusa o BC de promover “competição desigual” ao operar o Pix, concorrente de empresas de pagamento. Para a ITI, o modelo brasileiro viola normas de neutralidade competitiva e prejudica multinacionais do setor, incluindo Visa e Mastercard.


DERROTA DO GOVERNO – O governo sofreu revés inesperado na formação da CPMI do INSS.


… O senador Carlos Viana (Podemos) foi eleito presidente e indicou o deputado Alfredo Gaspar (União), ligado ao bolsonarismo, como relator, desmontando o acordo articulado pelo Planalto.


… Governistas admitiram erro grave ao não garantir a presença de três titulares da base, substituídos por suplentes do PL. A ausência abriu espaço para a oposição dominar a comissão. Senadores reconhecem que o desafio da articulação cresceu.


… O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT), disse que o governo entrou “de salto alto” e assumiu a responsabilidade pela derrota. Ele colocou o cargo à disposição e anunciou que o deputado Paulo Pimenta (PT) coordenará a base na CPMI.


… A ministra Gleisi Hoffmann convocou reunião emergencial para entender a falha e evitar convocações que atinjam o irmão do presidente Lula, conhecido como Frei Chico, citado em investigações. O Planalto tenta blindar o chefe do Executivo de novos ataques.


… O presidente Carlos Viana informou que a CPMI se reunirá às segundas e quintas-feiras, e já na próxima terça-feira votará os primeiros requerimentos. A expectativa é que ministros da Previdência e presidentes do INSS desde a gestão Dilma sejam chamados a depor.


PRECATÓRIOS – O governo Lula enfrenta também resistências no Congresso para aprovar manobras fiscais. A PEC dos precatórios foi retirada de pauta por Davi Alcolumbre, diante do risco de derrota em destaques que poderiam derrubar espaço extra de R$ 12 bilhões.


… O Planalto também tenta excluir R$ 9,5 bilhões do pacote de socorro ao tarifaço da meta fiscal. Alckmin buscou apoio no Congresso, mas não conseguiu se reunir com Alcolumbre. Parlamentares pedem contrapartidas e resistem a dar aval a novos gastos.


BOLSONARO –A Polícia Federal indiciou o ex-presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro por tentativa de obstrução de Justiça nas investigações sobre a trama golpista. O relatório entregue ao STF aponta áudios e mensagens recuperadas de celulares.


… O material mostra articulações para intimidar autoridades e até conversas sobre eventual asilo político de Bolsonaro na Argentina.


… O pastor Silas Malafaia também foi incluído no inquérito. Ele teve o passaporte retido e celulares apreendidos no aeroporto do Galeão, ao desembarcar de Lisboa. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Malafaia não pode manter contato com Jair e Eduardo Bolsonaro.


… Moraes já enviou o relatório da PF para a PGR e determinou que a defesa do ex-presidente Bolsonaro preste esclarecimentos, no prazo de 48 horas, sobre o descumprimento de medidas cautelares, reiteração de condutas ilícitas e existência de risco de fuga.


… Nas redes sociais, Eduardo classificou o indiciamento pela PF de “absolutamente delirante” e afirmou que sua atuação nos Estados Unidos jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil, mas restabelecer as liberdades individuais no País.


AGENDA –A quinta-feira será marcada pelo início do Simpósio de Jackson Hole e divulgação de indicadores importantes no Brasil e no exterior.


… Lá fora, saem os PMIs preliminares de agosto na Alemanha (4h30), na Zona do Euro (5h) e no Reino Unido (5h30).


… Nos Estados Unidos, o PMI sai às 10h45. Às 9h30 tem auxílio-desemprego e, às 11h, vendas de moradias usadas em julho.


… Mais cedo (8h30), o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, participa de evento.


JAPÃO HOJE – A leitura preliminar do PMI composto subiu de 51,6 em julho para 51,9 em agosto. Acima do patamar neutro de 50, o dado continua indicando expansão da atividade. Já o PMI de serviços cedeu de 53,6 para 52,7.


… O PMI industrial teve alta de 48,9 para 49,9. Apesar do avanço, o indicador ainda aponta contração da atividade.


NO BRASIL – A pesquisa Genial/Quaest sobre a corrida presidencial de 2026 será divulgada às 7h.


… Às 10h30, a Receita Federal apresenta a arrecadação de julho, com mediana (Broadcast) projetada em R$ 252,5 bilhões, alta de 3,8% em relação ao ano anterior. Às 17h30, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, participa de evento da FEA/USP.


PETROBRAS NO AFTER HOURS – Os estrangeiros reagiram sem sobressalto ao pedido de renúncia de Pietro Mendes da presidência do conselho de administração da estatal para assumir uma cadeira na diretoria da ANP.


… O ADR da estatal relativo à ação ordinária subiu 0,25% e o equivalente à ação preferencial ganhou 0,18%.


… Um nome provisório deve assumir a presidência do Conselho, com Renato Galuppo como o mais cotado. Ele já preside o Comitê de Pessoas da empresa, o que facilita a transição. A vaga definitiva pode ficar com Bruno Moretti.


… No Broadcast, o secretário especial de Análise Governamental da Presidência da República desponta como favorito, porque é próximo de Alexandre Silveira e Rui Costa, e tem atuado firme em pautas do interesse da União.


UCRÂNIA –Fontes do Politico afirmam que os Estados Unidos devem ter papel mínimo nas garantias de segurança à Ucrânia.


… É improvável que Washington envie tropas ou meios aéreos relevantes, e cresce a preocupação de aliados de que Trump transfira à Europa o ônus de sustentar uma paz duradoura em Kiev.


… Em Moscou, o chanceler Sergei Lavrov afirmou que qualquer discussão sobre segurança da Ucrânia sem a Rússia “não levará a lugar algum”. Para ele, é “utopia” acreditar que o Ocidente possa tratar seriamente do tema sem a participação russa.


ALÍVIO FRÁGIL – Dos quase R$ 42 bilhões perdidos em valor de mercado pelas ações dos bancos brasileiros dois dias atrás, menos de R$ 2 bilhões foram recuperados ontem, em sinal de que o setor ainda navega em mar de incerteza.


… O Broadcast apurou que o mercado financeiro tem visto com bons olhos a interlocução direta dos bancos com os ministros do STF para expor as preocupações sobre a aplicação da Lei Magnitsky pelas instituições financeiras.


… Mas os receios de punição, se aplicarem sanções dos Estados Unidos a ativos brasileiros, continuam afetando o fôlego dos papéis do setor, que ontem não convenceram na reação parcial, depois do tombo observado na véspera.


… No day after da queda livre de 6%, tudo o que BB ON subiu foi 0,30%, a R$ 19,86. Itaú teve alta marginal de 0,06%, a R$ 36,33, e Bradesco também exibiu ganhos modestos: ON avançou 0,44%, a R$ 13,60%, e PN, +0,32%, a R$ 15,84.


… Apenas Santander ostentou maior força, em +2,08%, valendo R$ 26,48, enquanto BTG Pactual recuou 1,10%.


… O giro muito baixo de negócios na bolsa, limitado a R$ 16 bilhões, denunciou a cautela do investidor com a crise do momento. Em sessão bastante volátil, o Ibovespa terminou com alta tímida de 0,17%, aos 134.666,46 pontos.


… Junto com a recuperação pouco expressiva dos bancos, também a Petrobras ajudou o índice à vista da bolsa a se salvar no positivo. De carona no petróleo, o papel ON subiu 0,83%, a R$ 32,68, e o PN ganhou 0,60%, a R$ 30,22.


… O barril foi pressionado pela queda quatro vez maior do que a esperada nos estoques da commodity nos Estados Unidos (recuo semanal de 6,014 milhões), que levou o tipo Brent para outubro a escalar 1,59%, cotado a US$ 66,84.


… Já o minério de ferro caiu de leve (-0,19%) e contribuiu para a queda moderada de 0,45% da Vale, a R$ 53,00.


… Melhor desempenho do dia, GPA saltou 8,62%, para R$ 3,15, depois de a companhia ter esclarecido as recentes movimentações de executivos, afirmando se manter em conformidade com os padrões de governança.


… Nesta semana, dois integrantes do conselho fiscal renunciaram, alegando discordâncias internas.


… Marfrig, em queda de 3,16%, na mínima de R$ 22,66, destacou-se entre as piores baixas do pregão desta quarta-feira, com a notícia de que o Cade suspendeu o julgamento da fusão com a BRF, depois de um pedido de vista.


RASGUE A ATA DO FED – Ligeiramente hawkish, com ênfase na preocupação com o impacto inflacionário do tarifaço de Trump no curto prazo, o documento do Fed não abalou ontem a ampla expectativa de corte do juro em setembro.


… A precificação de relaxamento monetário de 25 pontos no mês que vem continua rodando muito alta, em quase 83% na ferramenta do CME, e para o ciclo no ano, a aposta principal (46,3%) é de corte acumulado de 50 pontos.


… Ou seja, a maioria do mercado continua esperando que o juro só caia duas vezes, ao invés de três (36,7%).  


… Olhar para a ata do Fed, disseram os analistas, foi como olhar pelo retrovisor, já que o documento não teve tempo de capturar a surpresa com o payroll de julho muito mais fraco do que as expectativas do mercado financeiro.


… Também Powell, desde a última vez em que falou, no final do mês passado, durante a entrevista coletiva da reunião do FOMC, ainda não teve a oportunidade de abordar o esfriamento observado no relatório de emprego.


… Amanhã, em sua participação em Jackson Hole, o que se diz é que ele estará dividido sobre os desafios do duplo mandato do Fed: estabilidade dos preços (com a inflação ainda fora da meta de 2%) e máximo emprego.


… O que Powell disser lá, poderá não ser definitivo, porque antes da próxima reunião de política monetária ainda tem mais um payroll (o de agosto) para sair, além de uma nova rodada de indicadores da inflação americana.


… Às vésperas de Jackson Hole, as bolsas em NY têm andado mais devagar, depois de tantos recordes. Ontem, o S&P 500 perdeu 0,24%, aos 6.395,78 pontos, e o Dow Jones fechou no zero a zero (+0,04%), aos 44.938,31 pontos.


… Só o Nasdaq é que exibiu perda mais expressiva, de 0,67%, aos 21.172,86 pontos, desestabilizado por questionamentos de integrantes do mercado sobre a sustentabilidade dos investimentos em Inteligência Artificial.


A NOVA FRITURA – Bola da vez dos ataques de Trump contra o Fed, a diretora Lisa Cook disse que não se intimidará a renunciar ao cargo, depois de um aliado do presidente acusá-la de fraude hipotecária em postagem no X.


… O diretor da Agência Federal de Financiamento da Habitação, Bill Pulte, publicou carta na rede social pedindo investigação sobre dois financiamentos imobiliários, enquanto Trump exigia que ela deixasse o cargo “agora!”.


… Segundo o WSJ, o presidente estaria considerando demitir Cook por justa causa. As ameaças coincidem com o contexto em que Trump tenta emplacar no Fed mais um nome de sua confiança para forçar cortes nos juros.


… Recentemente, o chefe da Casa Branca indicou o atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos (CEA), Stephen Miran, para cumprir o posto deixado pela diretora Adriana Kugler, que renunciou ao cargo no início do mês.


… Como diretora do Fed, Cook possui direito a voto permanente nas decisões de política monetária e, na reunião do fim de julho, defendeu a manutenção dos juros, contrariando a campanha agressiva de Trump pela redução de taxas.


… A pressão dovish sobre o Fed derrubou as taxas dos Treasuries, mas o movimento foi limitado pela expectativa com Jackson Hole. O yield da Note-2 anos caiu a 3,744%, de 3,750% na véspera, e o de 10 anos, a 4,287%, de 4,303%.


… Em compasso de espera por Powell, o índice DXY do dólar fechou praticamente estável (-0,05%), a 98,218 pontos. O euro também pouco oscilou (+0,02%), a US$ 1,1657, mas o Rabobank projeta US$ 1,20 no ano que vem com o Fed.


… A libra esterlina recuou 0,30%, para US$ 1,3455, enquanto o iene ganhou terreno, cotado a 147,32 por dólar.


… Aqui, a moeda americana entrou em bom ponto de venda, depois de ter subido quase 2% nos dois últimos pregões, e voltou para baixo do patamar de R$ 5,50, negociada em queda de 0,51% e cotada a R$ 5,4729.


… Mas as dúvidas dos bancos sobre se devem ou não reconhecer a legitimidade da aplicação da Lei Magnitsky no Brasil continuarão agitando os negócios, sob ondas de estresse e alívio, ao sabor das interpretações.


… Alinhado aos demais ativos domésticos, o DI também devolveu prêmio ontem, corrigindo o salto do dia anterior.


… No fechamento, o contrato de juro para Jan/27 caiu a 14,035% (de 14,111%); Jan/29, a 13,340% (de 13,444%); Jan/31, a 13,650% (de 13,705%); e Jan/33, a 13,790% (de 13,832%). O Jan/26 ficou estável em 14,905%.


… Durante evento do Santander nesta quarta-feira, economistas apontaram que o BC ainda precisa ver indicadores de atividade econômica mais fracos antes de se animar a iniciar o ciclo de cortes da taxa básica dos juros.


… O Bradesco ajustou a sua projeção de início da redução da Selic de dezembro deste ano para janeiro do próximo.


… O economista-chefe do banco, Fernando Honorato Barbosa, disse no evento em São Paulo que a política monetária mais apertada neste ciclo eleitoral vai se sobrepor ao aumento dos gastos públicos.


… [Sem licença da pandemia para gastar mais] “agora as mãos do governo estão mais ou menos amarradas.”


CIAS ABERTAS – BANCO DO BRASIL comunicou que remuneração dos acionistas referente ao terceiro trimestre será paga integralmente em 11 de dezembro, ou seja, não haverá pagamento antecipado referente ao período…


… Segundo o banco, isso ocorre em virtude da necessidade de convergência para o payout de 30% aprovado em 13 de agosto.


PETROBRAS reafirmou à CVM que plano de negócios 2025/29 prevê investimentos no segmento de etanol por meio de parcerias estratégicas minoritárias ou com controle compartilhado com “players relevantes” do setor…


… No entanto, “companhia esclarece que não há definição quanto à matéria-prima a ser utilizada nos projetos de produção de etanol”.


ELETROBRAS. Ministério Público de Mato Grosso pediu para que empresa apresente em 5 dias, contados a partir da última terça-feira, plano emergencial após falhas em barragem da usina hidrelétrica de Colíder.


SUZANO. O Citi elevou em 3% a sua projeção de Ebitda ajustado para a companhia em 2025, totalizando R$ 22,7 bilhões, considerando os resultados levemente melhores no segundo trimestre.

Assessoria XP AAI

 *🔍 XP Relatórios | Pesquisa com assessores XP: Apetite por risco diminui após correção recente*


XP: "Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, observamos uma queda na intenção de aumentar exposição em renda variável, apesar de um aumento nos níveis de alocação. Os principais pontos da pesquisa foram: (i) a intenção de aumentar exposição em renda variável caiu, com 21% (-13 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição, enquanto 16% (+9 p.p. M/M) planejam diminuí-la; (ii) o sentimento dos assessores se deteriorou para 6,2 em relação a 6,8 em julho (numa escala de 0 a 10); (iii) Renda Fixa permanece como a classe de ativo preferida entre os clientes, enquanto o interesse por ações diminuiu e o por Investimentos Internacionais aumentou; (iv) preocupações com riscos fiscais diminuíram, mas permanecem na liderança, seguido de instabilidade política, riscos geopolíticos e juros domésticos mais altos; (v) a maioria dos assessores indicou um aumento no posicionamento defensivo após as mudanças nas relações comerciais entre Brasil e EUA."


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Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: ONTEM, sessão fraca, como esperávamos, com uma queda drástica de -10% da Target, embora tenha fechado a -6,3%, e tomadas de lucro em semicondutores, particularmente na Intel (-7%), que tinha subido com força previamente devido aos anúncios da Softbank e do governo dos EUA de adquirir participações relevantes. HOJE é um dia de transição, com foco no que possa chegar da reunião anual dos banqueiros centrais em Jackson Hole, embora apenas lá cheguem à tarde e seja improvável que alguém queira precipitar-se com comentários informais improvisados. Powell (Fed) falará amanhã às 15h, e isso é o mais importante. No entanto, hoje saem os PMIs em todo o mundo, que são relevantes para entender o tom do ciclo global.


GEOESTRATÉGIA: Tom mais frio. A Rússia diz agora que talvez Putin não mantenha nenhuma reunião com Zelenskiy e que quer ter direito de veto sobre qualquer garantia de segurança (leia-se: ação defensiva) concedida à Ucrânia, veto que deverá ser garantido pela China, EUA, França e Reino Unido. Está a usar a tática mais clássica e cordial para bloquear uma negociação: pedir o impossível, mas estar disposto a continuar a negociar. Em Israel a situação também se complica: convocou 60.000 reservistas para completar a tomada de Gaza.


MACRO: As atas da última reunião do Fed (29/30 de julho) não trazem novidades, com Bowman e Waller (indicado por Trump) a votarem contra manter as taxas em 4,25%/4,50%. Estimamos que o Fed irá cortar -25 pontos base a 17 de setembro. Trump acusou uma conselheira do Fed (Lisa Cook) de má conduta relacionada com as suas hipotecas e pediu a sua demissão.

Hoje saem PMIs em quase todas as economias. Até agora, os do Japão e da Índia são bons: manufatura a 51,9 vs 51,6 e 59,8 vs 59,1, respetivamente. Espera-se uma leitura lateral ou fraca para a Zona Euro (às 9h; 49,5 vs 49,8). França sai às 8:15h (48,0 vs 48,2) e Alemanha às 8:30h (48,8 vs 49,1). O Indicador Antecipado às 15h deverá mostrar -0,1% vs -0,3%, o que não representa grande coisa para nenhum dos lados.


EMPRESAS: A queda da Target não se deve a resultados fracos ou a uma revisão em baixa das orientações, mas porque o novo CEO vem da própria empresa e só assumirá o cargo em fevereiro de 2026. Uma dupla má ideia: uma alternativa interna dificilmente poderá virar a empresa que tanto precisa de mudança e começar dentro de 6 meses parece um período de pré-aquecimento desnecessariamente longo, impossível de interpretar positivamente. As descidas no setor tecnológico/semicondutores não parecem fundamentadas em novidades concretas, mas no já conhecido mantra de que a IA poderia estar sobrevalorizada, além do facto (principal) de terem subido com bastante força nas duas primeiras semanas de agosto, parecendo portanto uma correção natural e não motivada por nenhum acontecimento particular.


Hoje, pelas 12h, saem os resultados da Walmart, com um EPS esperado de 0,74$ (+10%). Esta é a chave corporativa do dia. A Walmart não tem os problemas internos e de gestão que a Target enfrenta, por isso é improvável que desaponte.


CONCLUSÃO: Fraqueza com tendência natural para algum repique após duas sessões fracas. Mas muito pouco (cerca de +0,1% a +0,3%) e só se os PMIs forem razoáveis e nenhum banqueiro central disser algo estranho ao chegar a Jackson Hole. É provável que as expectativas em torno de mais cortes de taxas se arrefeçam um pouco, o que deverá fazer comprar alguns títulos de dívida (rendimento em queda), mas nada significativo.


S&P500 -0,2% Nq-100 -0,6% SOX -0,7% ES50 -0,2% IBEX -0,1% VIX 15,7% Bund 2,71% T-Note 4,29% Spread 2A-10A EUA = +54pb B10A: ESP 3,29% PT 3,13% FRA 3,42% ITA 3,56% Euribor 12m 2,084% (fut. 2,171%) USD 1,165 JPY 171,7 Ouro 3.339$ Brent 67,2$ WTI 63,1$ Bitcoin +0,2% (113.895$) Ether +3,3% (4.306$).


FIM

Anatomia de uma fraude

 *Anatomia de uma fraude* Como um desconhecido boêmio mineiro, com um histórico de fracassos empresariais, conseguiu liderar a maior fraude ...