domingo, 17 de agosto de 2025

Desde ja, o meu candidato

 🇧🇷 *Lauro Jardim: Com discurso de candidato a presidente, Tarcísio almoça em SP com o PIB- Globo*


O encontro foi na casa de Alexandre Bettamio, co-head de investment banking global do Bank of America, na Fazenda Boa Vista. Tarcísio falou por uma hora e meia. Fez uma longa apresentação sobre sua trajetória pessoal e política para cerca de 200 convidados. E foi interrompido várias vezes por aplausos.


Tarcísio abordou meticulosamente o que precisaria ser feito para colocar o Brasil nos trilhos, sempre dando exemplos de sua gestão em São Paulo. Quem esteve lá, achou o governador candidatíssimo à Presidência da República.


https://tinyurl.com/26a5snkb

Leitura de sábado

 *Leitura de Sábado: Tarifaço leva empresas da B3 a subirem preços e buscarem novos mercados*


Por Gabriel Baldocchi*


São Paulo, 11/08/2025 - Passado o impacto inicial do anúncio das tarifas de 50% pelo governo Donald Trump ao Brasil, as empresas listadas na B3 com negócios nos Estados Unidos mergulharam mais a fundo nas implicações concretas do custo adicional e começam a mapear estratégias de resposta à nova política. Para a maior parte delas, a percepção é de que há espaço para redirecionar as exportações a outros mercados. Outras acreditam que haverá disposição dos clientes em absorver os produtos nos EUA a um preço maior, enquanto um grupo menor de companhias se mobiliza para readequar as linhas de produção.


O setor privado ainda trabalha com o governo e clientes do lado de lá para buscar uma negociação mais favorável junto aos americanos. O Executivo também prepara um conjunto de medidas de apoio às empresas mais afetadas.


A fabricante de armas Taurus se tornou um caso emblemático do tarifaço. A empresa confirmou ao Estadão/Broadcast na última semana que vai transferir uma linha de montagem do Brasil para os EUA, como forma de fazer frente às novas tarifas de 50%, que entraram em vigor no dia 06. O mercado americano representa pouco mais de 80% das receitas da Taurus. Como consequência, a ação da companhia cai mais de 30% neste ano.


Na outra ponta, a Embraer saiu como a maior aliviada por ver as aeronaves excluídas da tarifa extra, restando apenas a cobrança adicional de 10% anunciadas inicialmente pelo governo Trump. Ainda assim, a fabricante de aeronaves calcula um impacto de US$ 65 milhões pelo adicional em 2025 e também sinalizou novos investimentos na produção nos EUA.


A Minerva está no grupo que avalia um novo arranjo de produção. Em teleconferência com investidores na última semana, a direção da companhia disse ver em países mais alinhados ao atual governo dos EUA, como a Argentina, uma alternativa de fornecimento ao mercado americano.


Segundo a Minerva, a diversificação da empresa hoje permite redirecionar os volumes antes enviados aos Estados Unidos para Europa, China, Chile e Oriente Médio, enquanto as plantas da Argentina e do Paraguai poderiam atender mais os Estados Unidos. "Países que ideologicamente são mais alinhados com os Estados Unidos tendem a ter tarifas mais amenas, menores e, às vezes, até benefícios adicionais", afirmou o presidente da Minerva Foods, Fernando Queiroz, na teleconferência com analistas, na quinta-feira, 07 para comentar os resultados do segundo trimestre.


A empresa, portanto, não espera impacto do tarifaço. Como precaução adicional, a Minerva diz ter reforçado os estoques nos EUA em R$ 900 milhões antes da entrada em vigor da tarifa, o que deve ajudar a companhia a atravessar os próximos meses.


Para a fabricante de material de construção Dexco, dona das marcas Deca e Duratex, as vendas ao mercado americano devem ser redirecionadas a outros países. A empresa diz que cerca de 3% da produção de painéis de madeira MDP e MDF do grupo vai para os Estados Unidos. O país representa menos de 1% do total das receitas, calcula o grupo.


Da mesma forma, a Braskem também enxerga espaço para mudar o destino das exportações. A petroquímica calcula que o mercado americano representou 0,7% da receita da companhia no primeiro semestre e avaliou que os produtos mais relevantes exportados para lá ficaram de fora da tarifa de 50%. O restante, segundo a empresa, será redirecionado a outros destinos.


As gigantes de celulose brasileira também sinalizaram intenção de buscar maior diversificação diante das tarifas americanas e já tomaram medidas para mitigar os impactos. "Privilegiávamos os Estados Unidos pelo preço, mas com o tarifaço, redirecionamos exportações", afirmou o presidente da Klabin, Cristiano Teixeira, em teleconferência de resultado com investidores, na quarta-feira, 06, dia em que as tarifas entraram em vigor.


Pelos cálculos da empresa, as medidas anunciadas englobaram 2% das exportações totais da companhia. Somente em 2024, a companhia vendeu mais de R$ 11 bilhões ao mercado externo.


Vai pesar


A Suzano adotou o mesmo caminho da Minerva. Com estoques reforçados, espera atravessar o segundo semestre sem nenhuma nova surpresa. Aos investidores, o presidente da empresa, Beto Abreu, afirmou que a companhia não tem intenção de mudar sua política comercial de longo prazo por instabilidades políticas.


"Temos clientes como a Kimberly-Clark e a Procter & Gamble que compram com exclusividade da Suzano há anos", disse, reforçando que a empresa quer manter sua diversificação entre mercados como a China, Europa e Estados Unidos.


No setor de calçados, um dos principais itens afetados pelo tarifaço, as empresas com exposição aos Estados Unidos admitem  que vão sofrer impactos, embora lembrem que o peso do país é menor no total dos negócios.


Enquanto esperam os esforços do governo brasileiro para tentar reverter as medidas, as fabricantes Grendene e Azzas já se preparam para aumentar preços nos produtos direcionados ao mercado americano. Na Azzas, grupo que reúne Arezzo e marcas como Farm, os reajustes já chegam a 30% nos preços. O país representa menos de 8% das vendas do segmento de calçados e bolsas.


"Em 2026, se não houver algo exorbitante, fora do que já está sendo colocado hoje, prevemos manutenção, e vamos ver se o consumidor vai aceitar pagar US$ 159,00 em um scarpin da Schutz que antes custava US$ 129,00", afirmou Alexandre Birman, diretor presidente do grupo.


*Com colaboração de Elisa Calmom, Leandro Silveira, Danielle Fonseca, Talita Nascimento, Circe Bonatelli e Vinicius Novaes


Contato: gabriel.baldocchi@estadao.com


Broadcast+

Amilton Aquino

 De vez em quando, reencontro alguém que me pergunta por que não escrevo mais nas redes sociais. A verdade é que não parei de publicar — a pessoa é que migrou do Facebook para o Instagram. Portanto, esclareço: este é meu primeiro texto no Instagram. 


Confesso que nunca gostei muito desta rede, pois ela consolida algo que já existia no Facebook, mas em menor grau: a superficialidade, a preponderância da imagem sobre a reflexão, o mundo das aparências, a disputa desenfreada por views (e, em alguns casos, pela monetização desses views — usando até mesmo crianças como isca). Esse foi, inclusive, o tema abordado pelo influenciador Felca nesta semana, e sobre o qual resolvi dar alguns pitacos.


Antes de tudo, preciso esclarecer: em meio à nossa odiosa polarização política, sou aquilo que alguns chamam pejorativamente de “isentão”. Portanto, não esperem de mim adesão cega a interpretações da esquerda ou da direita.


Dito isso, que conexão o tema da “adultização” tem com a política?


Bem, tudo que envolve a opinião pública passa, inevitavelmente, pela política. Não por acaso, a repercussão do vídeo do Felca não apenas motivou a apresentação de um projeto de lei para proibir crianças de terem contas em redes sociais, como já vem sendo usada pela esquerda para reforçar sua agenda de controle sobre as plataformas digitais.


E aqui, como sempre, tudo é relativizado para se ajustar às narrativas políticas do momento. Ora, as denúncias feitas pelo Felca não são nenhuma novidade. Há anos a direita chama atenção para abusos contra a infância e a adolescência, muitas vezes minimizados pela esquerda — como a presença de crianças em contextos de sexualização em paradas LGBT, o episódio do Queer Museu, o caso de outro museu em SP onde crianças foram estimuladas a tocar um homem nu, além de entrevistas polêmicas em que a p3d0filia foi relativizada por “especialistas” que buscavam suavizar a culpa de abusadores sob a justificativa de “distúrbios”.


Para quem não viu o vídeo do Felca: ele mostra diversos casos em que crianças e adolescentes são usados como isca para atrair adultos. Em apenas cinco minutos, o influenciador criou uma conta fake no Instagram e o algoritmo passou a entregar conteúdo focado na “sensualização de crianças”. Nos comentários, uma enxurrada de adultos compartilhando links para sites “especializados”.


E chegamos, então, aos tons de cinza que marcam a disputa entre liberdade de expressão e regulação, entre direita e esquerda. É óbvio que as big techs fazem vistas grossas a esse tipo de abuso. Na era da inteligência artificial, bastariam alguns ajustes nos algoritmos para que esse problema (e outros, como anúncios fraudulentos de falsificações de grandes marcas) fosse drasticamente reduzido. Mas por que não o fazem? Certamente porque isso rende muito dinheiro.


Portanto, as redes devem, sim, ser cobradas por ajustes em seus algoritmos para combater crimes há muito tipificados em lei. O que a esquerda tem tentado, nos últimos anos, é aproveitar os exageros bolsonaristas para pressionar as big techs a aplicar uma autocensura em conteúdos políticos — justamente no ambiente em que a direita conseguiu maior engajamento. Mas esse é outro assunto. O fato é que tentar criar um “Ministério da Verdade” que só pune um dos lados também é um abuso, cada vez mais evidente, inclusive para a imprensa que, durante certo tempo, fez vistas grossas à escalada autoritária do STF.

Tarcisio está certo

 Ratinho resumiu bem, porém não basta apenas eleger uma pessoa normal; é preciso também ter um plano de futuro para o País, mas o que move o Centrão não é exatamente qualquer preocupação com o Brasil e sim apenas com seus bolsos e seus redutos eleitorais.


‘Entre os muitos males que Lula e o PT causaram ao País, um dos mais degradantes foi a ascensão de Jair Bolsonaro. O populismo bolsonarista foi um subproduto dialético do populismo lulopetista. O antipetismo viabilizou a ascensão de Bolsonaro, e o antibolsonarismo viabilizou o retorno de Lula, mantendo o País cativo de um ciclo infernal de ressentimento, radicalização e estagnação. Rompê-lo é condição para avançar. Como resumiu singelamente Ratinho Jr., basta eleger “uma pessoa normal”.’

 

Segue o texto completo do editorial de hoje no Estadão. Se não tiverem tempo de ler tudo, leiam apenas o último parágrafo.


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Tarcísio está certo

O Estado de S. Paulo.

16 de ago. de 2025


Ele resumiu bem: ‘O Brasil não aguenta mais o Lula’ – e desbancá-lo é condição para superar o atraso. Mas os candidatos à direita devem saber que o Brasil também não aguenta mais Bolsonaro


“O Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula.” O desabafo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, num encontro promovido pelo BTG Pactual com outros presidenciáveis de centrodireita, como Ratinho Jr., Eduardo Leite e Ronaldo Caiado, vocaliza mais que um diagnóstico político. É a expressão condensada de um esgotamento histórico, comprovado por dados e pelo cotidiano. Não se trata de mera retórica eleitoral. O sentimento popular, traduzido em índices de rejeição, ecoa uma realidade objetiva: o modelo lulopetista é fiscalmente insustentável, economicamente estagnante, institucionalmente corrosivo e diplomaticamente anacrônico.


Na oposição, recorde-se, o PT sempre foi irresponsável, rejeitando marcos civilizacionais, a começar pela Constituição e o Plano Real. No governo, o resultado foi inequívoco: retrocesso na produtividade, deterioração fiscal, aparelhamento do Estado, corrosão da moralidade pública e uma política externa que confunde alinhamento com ditaduras e hostilidade ao Ocidente com “soberania”. Na economia, o lulopetismo substituiu reformas estruturais por expansão desenfreada do gasto corrente, subsídios distorcivos e intervencionismo improvisado. O preço está na dívida crescente, no déficit crônico, nos juros exorbitantes, na paralisia do investimento privado. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 45 anos o Brasil despencou do 48.º para o 87.º lugar no ranking de PIB per capita, aproximando-se da metade mais pobre do planeta – e isso tem relação direta com o fato de que o Brasil foi governado pelo PT em 16 dos últimos 22 anos.


A cultura institucional moldada pelo PT é adversa ao mérito e complacente com o clientelismo. A máquina pública foi loteada a aliados; as estatais, transformadas em cabides de emprego; o Congresso é tratado ora como inimigo, ora como balcão de negócios. Na política externa, Lula insiste em bajular autocratas e dar declarações contra o “imperialismo estadunidense”, mesmo enquanto China, Europa ou até o Vietnã negociam pragmaticamente com Washington. No campo moral, a marca é um relativismo corrosivo: o partido que reivindica o monopólio da ética capitaneou o maior escândalo de corrupção da história nacional.


Ao dizer que o Brasil “não aguenta mais”, Tarcísio verbaliza um limite estrutural. A população sente – e as projeções confirmam – que o País não suporta mais regimes fiscais que empilham déficits e empurram a conta para o futuro. A exaustão também é geopolítica e tecnológica: enquanto o mundo corre atrás da transição energética e da economia do conhecimento, o lulopetismo insiste em reviver debates marxistas antediluvianos, preso a um saudosismo sindical e a rancores de grêmio estudantil.


Não é preciso endossar candidaturas para reconhecer que os princípios defendidos pelos governadores durante o encontro apontam na direção certa: responsabilidade social sustentada por responsabilidade fiscal, reforma orçamentária, modernização administrativa, combate à corrupção e privilégios e uma visão de futuro conectada às oportunidades globais. É essa virada de página que importa.


Mas, para ser completa, ela não pode omitir um dado incômodo: o Brasil não aguenta mais o bolsonarismo também. Entre os muitos males que Lula e o PT causaram ao País, um dos mais degradantes foi a ascensão de Jair Bolsonaro. O populismo bolsonarista foi um subproduto dialético do populismo lulopetista. O antipetismo viabilizou a ascensão de Bolsonaro, e o antibolsonarismo viabilizou o retorno de Lula, mantendo o País cativo de um ciclo infernal de ressentimento, radicalização e estagnação. Rompê-lo é condição para avançar. Como resumiu singelamente Ratinho Jr., basta eleger “uma pessoa normal”.


Virar a página não é trocar um demagogo por outro. É abandonar a mentalidade retrógrada que nos prende a crises recorrentes, colocar a responsabilidade fiscal no centro da agenda, reafirmar o compromisso com instituições sólidas e abraçar o mundo como ele é, e não como o imaginário ideológico o descreve. O Brasil não aguenta mais Lula e Bolsonaro – e, se não superá-los de uma vez, estará condenado à mais profunda mediocridade. •

sábado, 16 de agosto de 2025

Luís Roberto Barroso

 “No livro “Sem ‘data venia’: um olhar sobre o Brasil e o mundo”, o ministro Luís Roberto Barroso dedica um tópico inteiro da parte autobiográfica da obra para falar sobre sua intimidade com os Estados Unidos (1ª ed. Rio de Janeiro: História Real, 2020, p. 30-34).


Sem ruborizar, louva os méritos dos EUA advindos da economia liberal, ao mesmo tempo em que confessa, ainda em solo norte-americano, ter se dado ao trabalho de registrar-se na embaixada brasileira em Washington para votar em Brizola, no primeiro turno das eleições de 1989. E em Lula, no segundo — o mesmo Brizola que, segundo Barroso, deu ocasião para que deixasse a carreira na procuradoria do estado do Rio de Janeiro, quando “a grana no serviço público ficou bem apertada” já no segundo mandato do governador socialista.


Barroso foi aluno de intercâmbio no Meio-Oeste dos EUA ainda aos 15 anos. Estudou em Yale. Trabalhou no escritório Arnold & Porter. Foi Visiting Scholar na Faculdade de Direito de Harvard.


Os EUA pareciam ser uma segunda casa. “Ia em janeiro, em julho e nos feriados prolongados, para estudar e escrever”, conta. E mais adiante confessa: “A verdade é que me apaixonara por Cambridge — cidade da Universidade de Harvard, ao lado de Boston”; confidenciando: “Fiz do lugar meu refúgio acadêmico, onde me escondo para escrever e estudar”, mesmo já após envergar a toga de ministro do Supremo.


Com todo direito, se gaba: “Hoje, tenho uma posição na Harvard Kennedy School, de Senior Fellow. Dou palestras para os professores, para estudantes e para o board do Carr Center for Human Rights Policy, ao qual sou afiliado.” Já ministro do STF, conta: “Volto a Yale uma vez por ano, para um encontro de juízes de supremas cortes de diferentes partes do mundo” (Global Constitutionalism Seminar).


Embora Barroso não conte no livro, jornalistas já apuraram que o ministro guarda parcela considerável do seu patrimônio em empresas americanas; é proprietário de imóveis nos EUA; e, segundo a Revista Timeline, o filho de Barroso vive nos EUA, onde trabalha numa instituição financeira.


Mesmo o famigerado “Perdeu, mané”, lacônico, mas cheio de significado, foi pronunciado em solo americano, quando Barroso se encaminhava para uma conferência do Grupo LIDE, em Nova Iorque.

A vida de Barroso é meio lá, meio cá. Se o Brasil é seu lar, os EUA são seu templo. Um lugar para comungar das oblações à deusa da razão. Um lugar para professar a fé do Iluminismo. Os EUA encarnam, em grande medida, os valores liberais que Barroso confessa, e se tornaram seu local de culto.


Quando teve seu visto cancelado por ordem do Secretário de Estado dos EUA, Barroso tremeu. Ninguém noticiou, mas me permito imaginar que, ao descobrir o infortúnio, anos a fio do esbulho constitucional que cometeu de repente lhe passaram às vistas como um filme. De chofre, as pupilas dilataram e escamas de mentiras quebraram e caíram dos olhos.


Se já ao senso comum parece que os tumultos de 8 de janeiro de 2023 não foram mais do que vandalismo, sem liderança, sem armas, sem vítimas, em pleno recesso, em pleno domingo… a Barroso, que sabe ponderar, deve ter ocorrido a epifania de enxergar o exagero que foi chamar aquilo de "tentativa de golpe de Estado", condenando milhares de pessoas à prisão só para garantir a ruína de um inimigo político.


Ao receber a notícia do visto cancelado, febril, a parcialidade exsudava pelos poros como um suor amarelo e acre: a bile dos juízes facciosos. Já com a perda do visto, Barroso evitou falar sobre o assunto. Seus pronunciamentos transpareciam o abalo. As olheiras, a voz fraca e reticente, o cenho deprimido, a postura cabisbaixa. Barroso se transfigurou.


Mas, agora que declarações de órgãos de Estado dos EUA dão conta de que o ministro se acha na iminência de sofrer as penas do Global Magnitsky Act, e ser listado entre violadores contumazes de direitos humanos, seria como morrer. Morrer em vida, e tornar-se o primeiro zumbi na Suprema Corte: eis aí uma minoria sem representatividade.”


Bruno Marques Rodrigues Aires é advogado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

BTG Pactual

 🇧🇷 *BTG Pactual: em nossa visão, é hora de aumentar a exposição a ações no Brasil*


Por Mateus Fagundes


Broadcast- O BTG Pactual elevou a recomendação do mercado de ações para overweight (equivalente à recomendação de compra) dada a percepção de que o País está próximo de um ponto de inflexão da política monetária.


"Dados recentes de inflação e econômicos parecem sugerir que as taxas de juros podem ser cortadas antes do esperado e que a taxa terminal do ciclo pode estar abaixo do que os mercados estão precificando. Em nossa visão, é hora de aumentar a exposição ao Brasil", avalia o BTG em relatório sobre estratégia de ações para a América Latina.


O aumento da exposição ao Brasil é financiado, na carteira do BTG, por investimentos que antes estavam no México, país que tem status de underweight (abaixo da média do mercado, equivalente a venda) pelo banco.


A maior exposição ao Brasil se dá, na estratégia do BTG, por meio do aumento da presença no setor de Utilities, que agora chega a 17,5% de toda a carteira de América Latina do banco.


Auren Energia e Motiva, com peso de 5,0% cada, são as novas entrantes brasileiras no portfólio latino-americano do BTG, ocupando o lugar de Vtex e Meli.


A carteira LatAm do BTG tem ainda as empresas brasileiras Itaú Unibanco (12,5%, maior peso individual), Equatorial (7,5%), Nubank (7,5%), Rede D'Or (7,5%), Prio (7,5%), Copel (5,0%)  e Smartfit (5,0%).


Do México, estão no portfólio Tiendas 3B (7,5%) e FUNO (7,5%). Do Chile, aparecem Santander Chile (3,0%) e LATAM (3,0%). Com uma representante apenas, estão Argentina (Grupo Galicia, com 8,0%), Colômbia (Davivienda, 2,5%) e Peru (IFS, com 6,0%).

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Encontro de Trump e Putin fecha a semana*


Indicador do dia na agenda doméstica é a Pnad Contínua


… O encontro de Trump e Putin, no Alasca, está previsto para as 16h30 (de Brasília), reservando expectativa para o final do pregão. Nesta quinta, o presidente americano manifestou a esperança de um acordo de paz com a Ucrânia, mas não de um cessar-fogo imediato. Entre uma guerra e outra, Trump faz novos ataques ao Brasil, enquanto Eduardo Bolsonaro fala em novas sanções e “possivelmente mais tarifas”. Depois que o PPI esfriou as apostas sobre corte de juros, a agenda nos Estados Unidos é carregada, com vendas no varejo, produção industrial e sentimento do consumidor. Aqui, a expansão dos serviços também mexeu com as projeções para a Selic. Hoje, sai a Pnad Contínua.


TUDO PODE ACONTECER – Investidores globais estão atentos aos sinais sobre a reunião dos líderes dos Estados Unidos e da Rússia, mas há mais incertezas do que gostariam. Na véspera do encontro, Trump previu que há 25% de chance de a reunião ser um fracasso.


… “Saberei nos primeiros dois, três, quatro ou cinco minutos se teremos uma reunião boa ou ruim. Se for ruim, terminará muito rápido”, disse o presidente americano, admitindo que a conversa poderá ser encerrada abruptamente.


… Trump disse que levará a Putin “incentivos e desincentivos econômicos” e acredita que ele quer um acordo, mas se o assunto não for resolvido, pode impor mais sanções à Rússia. A divisão de territórios não será tratada nessa reunião.


… O presidente dos Estados Unidos prometeu ligar para Zelensky para um segundo encontro, onde seriam discutidos os termos da paz.


… Já Putin elogiou os esforços de Trump para encerrar guerra na Ucrânia, dizendo que a paz será fortalecida entre Moscou e Washington se os dois conseguirem firmar acordos para o controle de armas nucleares. A crise ucraniana, no entanto, será o tema principal.


… Ao final da cúpula, está prevista uma entrevista coletiva conjunta para detalhar os resultados.


DE NOVO, O BRASIL – Ao mesmo tempo que falava da Rússia, Trump arrumou espaço para, novamente, fazer ataques ao Brasil, afirmando que o País cobra tarifas muito altas dos americanos, e é “um dos piores parceiros comerciais dos Estados Unidos”.


… “O Brasil tratou os Estados Unidos muito mal durante muitos anos. Eles cobraram tarifas enormes e tornaram as coisas muito difíceis.”


… Questionado sobre a aproximação comercial da América Latina com a China, em função da tarifa de 50% aplicada contra os produtos brasileiros, Trump disse que “eles podem fazer o que quiserem; nenhum deles está indo muito bem economicamente”.


… Referindo-se ao julgamento de Bolsonaro no STF, disse que o Brasil tem “leis muito ruins”, que está tentando prender um homem “honesto”, que o que estão tentando fazer com o ex-presidente é “realmente uma execução política”.


EDUARDO – O filho de Bolsonaro, que passa os dias gravando vídeos com ameaças direto de Washington e dando entrevistas, disse à Reuters que “mais sanções e, possivelmente, mais tarifas” devem ser anunciadas pelos Estados Unidos contra o Brasil.


… “Tenho alertado a todos aqueles que pretendem tratar isso apenas pela ótica comercial. Isso não vai funcionar. Tem que ser dada uma primeira sinalização aos Estados Unidos que a gente [o Brasil] está resolvendo essa crise institucional.”


… No ataque ao STF, disse que “os ministros do Supremo têm que entender que perderam o poder. Não existe cenário em que a Suprema Corte saia vitoriosa desse imbróglio todo. Eles estão tendo um conflito com a maior potência econômica do mundo”.


… Antes, Eduardo já tinha falado com Bela Megale (Globo), dizendo que havia debatido com integrantes do governo Trump a eficácia da Lei Magnitsky imposta contra o ministro Alexandre de Moraes, e que ela está sendo aplicada de forma errada.


… “Até agora, os bancos entenderam que as operações em reais estão liberadas e que Moraes pode continuar com contas bancárias ativas, mas autoridades americanas disseram que o correto seria o bloqueio total de suas contas e operações financeiras.”


… Eduardo disse ter deixado essa reunião com o sentimento de que ocorrerá uma ação dos Estados Unidos dirigida aos bancos brasileiros para cobrar a aplicação da lei. Não sabe se optarão por uma advertência ou se já aplicarão multa às instituições financeiras do Brasil.


A OMISSÃO DE MOTTA – As novas declarações de Trump, nesta quinta-feira, mantêm o clima de tensão diplomática e afastam ainda mais as chances de uma negociação comercial, como esperam empresas atingidas e o próprio governo brasileiro.


… Passou da hora de a Câmara reagir à atuação de Eduardo Bolsonaro, que continua sendo um deputado licenciado jogando contra o Brasil, em ameaças e lobbies que têm permitido a prevalência dos interesses pessoais da família Bolsonaro sobre os interesses do País.


… Hugo Motta tem o dever de colocar em votação o mandato de Eduardo. Ainda que isso possa não calar Trump, é o mínimo o que se espera de um poder da República que pretende mostrar independência, mas está acobertando a prática flagrante de crimes de lesa-Pátria.


… Atingido pela recente ocupação da mesa diretora, Motta insiste em transitar entre as diversas lideranças políticas da Casa, buscando apoio mesmo daqueles que o impediram de se sentar em sua cadeira, num comportamento de ambiguidade e fraqueza.


… Em entrevista, nesta quinta-feira, não se posicionou sobre o fim do Foro Privilegiado e a Lei da Anistia, exigências do motim dos bolsonaristas, afirmando que continuará tratando as pautas “sem preconceito” e “aquilo que tiver voto irá a plenário”.


… Sobre Eduardo Bolsonaro e sua atuação contra o Brasil, limitou-se a dizer que “não acho razoável e tenho total discordância”.


O CUSTO PODE AUMENTAR – O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, admitiu à Folha que o aporte nos fundos de exportação para financiar as empresas atingidas pelo tarifaço de 50%, pode ser superior a R$ 4,5 bilhões, se houver necessidade.


LULA – O presidente reagiu aos novos ataques de Trump dizendo que “é mentira” que o Brasil é um mau parceiro comercial. No estilo bateu, levou, porque isso já virou rotina, disse que “o Brasil é um bom parceiro, só não vai ficar de joelhos para o governo americano”.


… No Globo, além dos países do Brics, Lula vai buscar contato com líderes europeus para discutir o tarifaço de Trump.


… Na próxima semana, deve telefonar para os presidentes da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen; da África do Sul, Cyril Ramaphosa; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; o presidente da França, Emmanuel Macron; e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.


MORAES – O ministro Alexandre de Moraes, relator na ação da trama golpista, pediu que Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, marque a data do julgamento de Jair Bolsonaro. A expectativa é que ocorra no começo de setembro.


… Além do ex-presidente, integram o grupo os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além do deputado Alexandre Ramagem, do ex-comandante da Marinha Almir Garnier; e de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.


DATAFOLHA – Levantamento realizado nos dias 11 e 12 de agostou mostrou que 51% dos brasileiros concordam com a prisão domiciliar de Bolsonaro e 53% avaliam que Alexandre de Moraes está agindo adequadamente no julgamento do ex-presidente.


AGENDA – Além da Pnad Contínua do 2Tri, que o IBGE divulga às 9h, investidores do Banco do Brasil acompanham a teleconferência do balanço de ontem à noite (9h), que reportou queda de 60% no lucro do 2Tri, para R$ 3,784 bilhões (mais no Cias Abertas).


… Às 9h30, diretores do Banco Central fazem reunião trimestral com economistas do Rio.


LULA – Presidente e seu vice, Geraldo Alckmin, participam de inauguração da fábrica da chinesa GWM, em Iracemápolis (SP), às 16h.


HADDAD – O ministro receberá hoje o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Juliano Noman; o CEO da Azul, John Rodgerson; o presidente da Gol, Celso Ferrer, e o CEO da Latam, Jerome Cadier, na sede da Fazenda em SP (9h30).


… A reunião se destina a discutir o impacto do cenário atual e os desafios futuros da aviação comercial brasileira.


… Há ainda previsão de que Haddad acompanhe o presidente Lula na cerimônia de inauguração da fábrica da chinesa GWM.


GALÍPOLO – Presidente do BC reúne-se às 10h com André Esteves (BTG Pactual) e, às 16h, com Joesley Batista (J&F), na sede em São Paulo.


PEC 65 –Presidente da CCJ do Senado, Otto Alencar, confirmou à Broadcast que tem a intenção de colocar a Proposta de Emenda à Constituição que dá autonomia financeira e administrativa ao Banco Central, em votação na quarta-feira da semana que vem.


NOS EUA – As vendas no varejo devem subir 0,5% em julho (+0,6% em junho), segundo consenso do mercado, e o índice de atividade industrial Empire State pode recuar para -1,0 em agosto, de 5,5 em julho. Os dois indicadores saem às 9h30.


… Às 10h15, sai a produção industrial americana de julho, com previsão de +0,1% sobre junho (+0,3%) e, às 11h, a Universidade de Michigan informa a preliminar de agosto do índice de sentimento do consumidor, com as expectativas inflacionárias de 1 ano e 5 anos.


MENOS – Matando a pressão do governo Trump por corte inaugural de 50 pontos do juro em setembro e esvaziando a esperança do mercado de quedas em série até dezembro, o susto do PPI provocou onda global de alta do dólar.


… Mas a intensidade da valorização por aqui foi moderada, porque o câmbio doméstico tem o carry trade como grande aliado e maior diferencial do momento. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,28%, negociado a R$ 5,4171.


… No Broadcast, especialistas projetam em que patamar a moeda americana tende a se equilibrar.


… Para o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, a barra está mais alta para o real se apreciar, diante do ambiente turbulento do Brasil com os Estados Unidos. “Acho difícil o dólar de forma sustentada baixo dos R$ 5,40.”


… Já José Faria Júnior, sócio da Wagner Investimentos, confia que a moeda americana pode furar novos suportes, após ter operado abaixo do piso psicológico de R$ 5,40 no início da semana e depois corrigido nos pregões seguintes.


… Segundo ele, se o índice DXY do dólar conseguiu quebrar os 97,000 pontos, vai retomar a tendência de baixa no médio prazo e, aqui, as chances de o dólar continuar caindo serão grandes. “Vemos R$ 5,30 como possibilidade.”


… Seja como for, ontem, o DXY fechou em alta de 0,42%, a 98,254 pontos, depois de a inflação ao produtor americano ter levantado a lebre de que o impacto das tarifas de Trump esteja começando a aparecer nos preços.


… A força do dólar derrubou o euro (-0,48%, a US$ 1,1652), a libra (-0,28%, a US$ 1,3540) e o iene (147,79/US$).


… O consenso no mercado era de alta de 0,2% para o PPI, mas a leitura de julho acelerou para 0,9%. Na comparação anualizada, o índice inflacionário do atacado avançou 3,3%, também rodando bem acima da previsão de 2,4%.


… Sem se mostrar abalado pela surpresa negativa, Trump afirmou que, atualmente, os Estados Unidos praticamente não têm mais inflação, que os preços estão em um “nível perfeito”, depois da “pior inflação do mundo com Biden”.  


… Já o secretário do Tesouro, Scott Bessent, deu um jeito de consertar o discurso em defesa da flexibilização mais agressiva pelo Fed. Depois de ter defendido corte de 50 pontos, disse que “talvez possa começar com 25 pontos”.


… Dois Fed boys também trataram de rejeitar a necessidade de uma atuação muito dovish já no início do ciclo.


… Mary Daly disse que um desaperto maior enviaria um sinal de urgência que ela não sente quanto à força do mercado de trabalho. Alberto Musalem ponderou que um corte de 50 pontos é incompatível com o cenário atual.


… Segundo ele, as tarifas têm alimentado a inflação, que está próxima de 3% e ameaça ser persistente.


VESTINDO A CAMISA – Citado entre os mais novos potenciais candidatos para a cadeira de sucessão de Powell, o estrategista-chefe de mercado da Jefferies, David Zervos, apareceu ontem com discurso muito afinado ao de Trump.


… Apesar de ter reconhecido a preocupação com o PPI, ele defendeu uma ação agressiva do Fed, na tentativa de evitar a desaceleração do mercado de trabalho americano e potencialmente criar mais 1 milhão de empregos.


… Disse que o Fomc está atrasado e que apoiaria cortes de 2 pontos-base ou até mais ao longo do ciclo.


… Ignorando, porém, a chance de o Fed dar um choque de queda no juro, o mercado foi mais devagar, ajustando-se ao PPI. Ainda é muito alta a probabilidade de corte em setembro (92%) na ferramenta de apostas do CME.


… A novidade é que o investidor já tem menor convicção de que o juro cairá três vezes seguidas (25 pontos cada), até dezembro. Agora, a chance de redução acumulada de 50 pontos (dois cortes) é maior do que a de 75 pontos.


… No curto prazo, o sentimento será calibrado pela participação de Powell em Jackson Hole daqui a uma semana.


… Incorporando o PPI elevado, a taxa da Note-2 anos subiu a 3,733% (de 3,677%) e a de 10 anos, a 4,286% (4,235%).


… A má notícia da inflação estimulou uma pausa nas bolsas em NY, que vinham embaladas por recordes. Mas o S&P 500, com o nada que subiu (+0,03%), estabeleceu mais uma máxima histórica de fechamento, a 6.468,54 pontos.


… Sem fôlego, Dow Jones (-0,02%; 44.911,26 pontos) e Nasdaq (-0,01%; 21.710,67 pontos) fecharam no zero a zero.


… Intel saltou 7,38% com informação da Bloomberg de que o governo Trump estaria discutindo a possibilidade de adquirir participação na fabricante de chips para apoiar os esforços da empresa em ampliar a produção doméstica.


MEDINDO FORÇAS -Foi curioso que, mesmo com o volume de serviços tendo renovado em junho o ponto mais alto da série histórica, a curva do DI não tenha abandonado a probabilidade (40%) de a Selic cair já em dezembro.


… É verdade que a aposta mais ampla está concentrada em janeiro (80%), como anotou no Broadcast o economista-chefe do banco BMG, Flávio Serrano. Mas o que se comprova é que o mercado vai tentar ir para cima do Copom.


… Contrariando a expectativa de estabilidade, o volume de serviços subiu 0,3% em junho, o que indica que a atividade do setor segue resiliente, apesar da Selic elevada. O indicador pôs à prova a sinalização de outros dados.


… Essa semana, as vendas no varejo vieram fracas em junho e o IPCA de julho ficou abaixo do piso das estimativas.


… Mas nem o ritmo mais forte que o esperado dos serviços e tampouco a pressão do PPI lá fora nos retornos dos Treasuries foram capazes de trazer prêmios de risco aos juros futuros domésticos no pregão desta quinta-feira.


… Próximos dos ajustes, o DI para Jan/26 marcou 14,890% (de 14,885% no pregão anterior); Jan/27, 13,945% (contra 13,928% na véspera); Jan/29, 13,140% (de 13,151%); Jan/31, 13,410% (de 13,427%); e Jan/33, 13,560% (13,562%).


… Na bolsa, tendo no pano de fundo o desconforto com o bullying de Trump contra o Brasil, o Ibovespa oscilou quase dois mil pontos no pregão volátil e fechou em leve queda de 0,24%, a 136.356 pontos, com giro de R$ 22,7 bi.


… Hoje tem exercício de opções na bolsa, antecipando volatilidade redobrada no último pregão da semana.


… Ontem, o movimento vendedor observado nas blue chips das commodities e em quase todo o setor financeiro foi contrabalançado pelo salto de quase 3% do BB, a R$ 19,85, que enfrentou sem medo a espera pelo balanço da noite.


… Já Itaú perdeu 0,94%, a R$ 37,67; Bradesco PN caiu 0,74%, a R$ 16,01; e Bradesco ON recuou 0,14%, a R$ 13,80.


… Vale caiu forte (-1,24%; R$ 53,42), em linha com o tombo de 2,04% do minério, e Petrobras foi na contração do petróleo. O papel PN registrou desvalorização de 1,28%, para R$ 30,18, e o ON devolveu 0,94%, a R$ 32,63.


… De olho na reunião entre Trump e Putin no Alasca, o Brent interrompeu dois pregões consecutivos de quedas firmes e embutiu alguma cautela, à espera do desfecho do encontro de hoje. O barril subiu 1,84%, a US$ 66,84.


CIAS ABERTAS – BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no segundo trimestre, queda de 60,2% na comparação anual; lucro contábil atingiu R$ 3,035 bilhões, recuo de 66,1% em relação ao mesmo período de 2024…


… Margem financeira bruta somou R$ 25,061 bilhões, queda de 1,9% ante mesmo trimestre do ano passado…


… BB revisou guidance para lucro líquido ajustado em 2025 de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões para R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões…


… O banco revisou para baixo o porcentual de dividendos (payout) a ser pago em 2025, para 30%; anteriormente, tinha definido que o payout ficaria entre 40% e 50%, indicando que o mais provável seria o limite inferior da faixa.


NUBANK registrou lucro ajustado de US$ 694,5 milhões no segundo trimestre, alta de 23,5% na comparação anual; lucro líquido foi de US$ 63 milhões, avanço de 30,7% em relação ao mesmo período de 2024…


… Receita atingiu US$ 3,7 bilhões, aumento anual de 29,9%; número de clientes chegou a 122,7 milhões, ganho anual de 17,4%.


AZUL registrou lucro líquido de R$ 1,47 bilhão no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 3,81 bilhões reportado um ano antes; Ebitda somou R$ 1,14 bilhão, alta anual de 8,6%.


BRF registrou lucro líquido de R$ 735 milhões no segundo trimestre, queda de 32,8% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ R$ 2,5 bilhões, recuo de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024.


MARFRIG registrou lucro líquido de R$ 85 milhões no segundo trimestre, crescimento de 13% na comparação anual; Ebitda somou R$ 3 bilhões, queda de 10% em relação ao mesmo período de 2024.


LWSA registrou lucro líquido de R$ 15,8 milhões no segundo trimestre, queda de 13,7% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 75,9 milhões, alta de 16,1% em relação ao mesmo período de 2024…


… Companhia aprovou a distribuição de R$ 28,6 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,0519 por ação, com pagamento até 26/8; ex em 20/8.


QUALICORP registrou lucro de R$ 18,1 milhões no segundo trimestre, crescimento anual de 36,3%; Ebitda somou R$ 148,1 milhões, queda de 4,8% em relação ao mesmo período de 2024.


ONCOCLÍNICAS registrou prejuízo de R$ 142 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 19 milhões de um ano antes; Ebitda somou R$ 115,9 milhões, queda de 59,2% na comparação anual.


DASA registrou prejuízo de R$ 175,6 milhões, aumento de 74% sobre igual período de 2024; Ebitda somou R$ 738 milhões, alta de 10% na comparação anual.


YDUQS registrou lucro líquido de R$ 3,1 milhões no 2TRI, queda de 87,5% na comparação anual; Ebitda somou R$ 376 milhões, recuo de 9,2% em relação ao mesmo período de 2024.


SER EDUCACIONAL registrou lucro atribuído aos sócios controladores de R$ 81,3 milhões no 2TRI, alta anual de 66,3%; Ebitda ajustado somou R$ R$ 163,1 milhões, avanço de 25% na comparação com o mesmo período de 2024.


TELEFÔNICA aprovou a distribuição de R$ 250 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,0777 por ação, com pagamento até 30/4/26; ex em 26/8.


CYRELA registrou lucro de R$ 388 milhões no segundo trimestre, queda de 6% na comparação anual; receita líquida cresceu 13%, para R$ 2,107 bilhões.


TRISUL registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 48 milhões no segundo trimestre, aumento de 57,6% na comparação anual; Ebitda somou R$ 57,6 milhões, alta de 26% em relação ao mesmo período de 2024.


GAFISA registrou lucro líquido de R$ 6,84 milhões no segundo trimestre, alta de 44,5% na comparação anual; Ebitda somou R$ 44,9 milhões, revertendo Ebitda negativo de R$ 5,5 milhões no mesmo período do ano anterior.


CPFL ENERGIA registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,18 bilhão no segundo trimestre, alta anual de 7,8%; Ebitda somou R$ 3 bilhões, crescimento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2024.


CEMIG registrou lucro líquido de R$ 1,18 bilhão no segundo trimestre, queda anual de 29,63%; Ebitda somou R$ 2 bilhões, recuo de 15,23% em relação ao mesmo período de 2024.


SERENA ENERGIA. O prejuízo atribuído aos sócios controladores diminuiu quase 3 vezes contra um ano antes, para R$ 36 milhões no segundo trimestre; Ebitda ajustado somou R$ 421,6 milhões, alta anual de 26%.


COSAN registrou prejuízo atribuído a sócios da empresa controladora de R$ 946 milhões no segundo trimestre, mais de quatro vezes superior ao prejuízo de R$ 227,1 milhões reportado um ano antes; Ebitda somou R$ 2,83 bi (+19%).


VULCABRAS registrou lucro líquido de R$ 353,3 milhões no segundo trimestre, alta de 52,9% na comparação anual; Ebitda somou R$ 296,4 milhões, avanço de 69% em relação ao mesmo período de 2024.


IRB registrou lucro de R$ 143,6 milhões no segundo trimestre, aumento anual de 120%; índice de sinistralidade encerrou o trimestre em 52%, ante 65% no mesmo intervalo de 2024.


TRACK & FIELD registrou lucro de R$ 34 milhões no segundo trimestre, alta de 29,5% na comparação anual; Ebitda somou R$ 58,3 milhões, avanço de 33% em relação ao mesmo período de 2024.


JALLES registrou prejuízo líquido de R$ 14 milhões no primeiro trimestre da safra 2025/26, ante prejuízo de R$ 2,4 milhões de um ano antes; Ebitda ajustado somou R$ 269,6 milhões, crescimento de 10,5% na mesma comparação.


ZAMP. Conselho de Administração deu parecer favorável a OPA protocolada pelo acionista controlador da empresa, o fundo Mubadala Capital; oferta, lançada em junho, tem como finalidade a deslistagem dos papéis da B3.


MÉLIUZ terá as suas ações listadas na bolsa americana OTC Markets a partir de hoje, de acordo com fontes ouvidas pela Broadcast. O código de negociação será MLIZY.

Fabio Alves