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Samuel Pessoa

 Samuel Pessôa defende privatização da Petrobras e mais carga tributária para acertar o fiscal.

Ao congelamento dos aumentos reais do salário mínimo defendido recentemente pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para acertar o quadro fiscal, o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), Samuel Pessôa, acrescenta a defesa da privatização da Petrobras, o aumento da carga tributária e a mudança do indexador do gasto mínimo constitucional que a União tem que fazer com o salário-educação.


Pessôa participou nesta terça-feira, 6, do TAG Summit 2025, no qual defendeu que haja uma mudança do governo de esquerda por um de direita. Antes, no mesmo evento, já tinha previsto que o Brasil chegará ao final do governo Lula “capengando” e pressionado por uma forte inflação de serviços.


“Teremos que mudar o indexador daquele gasto mínimo constitucional que a União tem que fazer com o salário de educação. Talvez a gente precise de ainda uma rodada de aumento de carga tributária, o que der. Talvez o governo de direita possa avançar na privatização da Petrobras, para poder juntar um dinheiro para abastecer a vida pública. A experiência do governo Temer é, nesse sentido, positiva”, disse Pessôa.


O governo Temer, emendou o economista, mostrou que o juro brasileiro é formado no mercado de fluxo. Está no equilíbrio entre oferta e demanda. “E é como a gente ensina nos cursos de economia mesmo. Então, funciona. Ou seja, se a gente mudar o gasto obrigatório, se a gente conseguir reverter a dinâmica do gasto, isso já gera uma queda nos juros instantânea. Essa queda nos juros faz com que os modelos de previsão de vida pública se analisem para melhora. E isso corta risco”, reforçou Pessôa.


Ainda segundo ele, se tiver um ganho adicional de custos de capital, a economia entra meio que no círculo virtuoso.

“Isso aconteceu lá no governo Temer e isso vai acontecer no próximo governo. Dá para fazer. As medidas são essas. Elas são dolorosas. A gente viu a dificuldade que a sociedade tem de lidar com a restrição de recursos. Teremos que passar alguns anos sem aumentar o valor real do salário mínimo. Produz um desconforto imenso, eu entendo. Mas a gente vai ter que convencer que as coisas vão ser assim”, completou Pessôa.

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