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Bankinter Portugal Matinal 0811

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: 

ONTEM, Nova Iorque conseguiu subir após a Fed (19h; -25 p.b. até 4,50/4,75%, como esperado), e a Europa recuperou um pouco do medo de Trump, embora apenas como contrarreação aos seus retrocessos anteriores. Por isso, já tivemos subidas suficientes em Wall St. e bastante paralisia e medo na Europa por causa de Trump. Portanto, HOJE deverá enfraquecer por esgotamento natural, porque cumprir-se-á o padrão clássico de realizações de lucros após 3 dias consecutivos de subidas e porque apenas temos 1 referência de relevância média: às 15h, Confiança Univ. Michigan, que se espera que melhore pouquíssimo (71,0 vs 70,5).  

 

Já afirmamos ontem que poderíamos dar a semana como completa à volta dos fechos de quarta-feira, porque ontem subiu um pouco, mas hoje certamente retrocederá. No final, aconteceu o lógico: a vitória de Trump proporciona uma subida digna a Nova Iorque e Japão (semana ca. +4%), e uma realização de lucros na Europa, embora perfeitamente encaixável (ídem -1%), exceto no caso de Espanha, que fica prejudicada pelo castigo aos bancos devido à exposição ao México… castigo simplista e indiscriminado, porque apenas BBVA e Santander têm exposição ao México (50% e 13% do BNA, respetivamente), portanto os restantes deverão recuperar do retrocesso (Sabadell, CaixaBank).   

 

Mais uns assuntos. Primeiro, a Fed de ontem à noite foi o que se denomina de “evento-não-evento”, porque a maior novidade que Powell disse foi que as medidas singulares anunciadas por Trump (imigração, impostos alfandegários, descidas de taxas de juros, etc.) não terão nenhum impacto a curto prazo na política monetária. No Bankinter, acreditamos que a Fed voltará a baixar -25 p.b. na sua reunião de 18 de dezembro e na de 29 de janeiro, e que depois continuará ao alternar as descidas em reuniões, até terminar em 2,75/3,00% em 2026, mas poderão ser menos dependentes, conforme o quão inflacionistas sejam as políticas de Trump. Segundo, China continua a afirmar que anunciará medidas de estímulo, mas é quase hilariante. Reafirmamos em permanecer à margem, por muito tentadores que pareçam estes anúncios reiterados que nunca resultam em nada. De resto, o governo alemão é “game over”, mas pode permanecer em modo zombie durante mais tempo do que o que parece, e DAX quase não se vê afetado (+1,7% ontem, após -1,1% antes de ontem). E, finalmente, algo bom: as empresas de defesa continuam a ser um Comprar claro, particularmente as europeias depois da vitória de Trump. Ontem, Leonardo publicou e subiu +4%. Na semana, até ontem: Leonardo +9,1%, Rheinmetall +13,3%, Thales +7,4%, Safran +6%, BAE +8,9%, Lockheed martin +1,2%, General Dynamics +4,4%... 

 

Em suma, que na prática esta semana terminou na quarta-feira à noite, que a Fed foi um “não evento”, que hoje teremos ligeiros retrocessos naturais sem importância e que há que comprar empresas de defesa, ideia sobre a qual nos reafirmamos.  

 

S&P500 +0,7% Nq-100 +1,5% SOX +2,3% ES-50 +1,1% IBEX +0,6% VIX 15,2% Bund 2,44% T-Note 4,33% Spread 2A-10A USA=+14pb B10A: ESP 3,15% PT 2,90% FRA 3,19% ITA 3,72% Euribor 12m 2,563% (fut.12m 2,205%) USD 1,079 JPY 164,9 Ouro 2.686$ Brent 75,1$ WTI 71,8$ Bitcoin -0,1% (75.732$) Ether +0,5% (2.910$). 

 

FIM

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