sexta-feira, 10 de outubro de 2025

IFI e o esgotamento da dívida

 IFI alerta sobre esgotamento das duas principais fontes de financiamento da máquina pública- Valor*


A Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado Federal, publicou uma nota técnica alertando para o esgotamento das duas principais fontes de financiamento da máquina pública: tributação e endividamento. A análise aponta para a urgência de repensar a estrutura fiscal brasileira e seus gastos.


*Principais alertas da IFI*


Carga tributária elevada: Subiu de 23,55% do PIB em 1991 para 34,24% em 2024 — considerada alta para países emergentes.


Endividamento crescente: A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deve atingir 77,6% do PIB em 2025 e 82,4% em 2026, com tendência de alta até 2035.


Ajuste fiscal necessário: A IFI defende que o ajuste não deve se basear em aumento de impostos, mas sim em redistribuição da carga tributária com foco em equidade.


Desafio federativo: Estados e municípios têm situação fiscal mais favorável que a União e respondem por quase 60% do investimento público total.


Socorro federal aos entes subnacionais: A tradição de a União socorrer Estados e municípios precisa ser revista, pois gera alívio orçamentário imediato, mas aumenta o endividamento futuro.


https://tinyurl.com/25lxc2fw

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Poderíamos denominá-lo elegantemente como “estabilização em baixa”, mas, no fundo, é simples fadiga perante os níveis alcançados. Por isso, ontem, as bolsas estiveram francamente fracas, embora não tenham retrocedido de forma chamativa, as obrigações cederem yield, o ouro regressou abaixo de 4.000 $/onça e o USD recuperou bastante (1,158/€) ao atuar como refúgio. 


EMPRESAS. Mais PepsiCola e menos Ferraris. Porque Pepsi bateu expetativas (EPS 3T 2,29 $ -0,8% vs. 2,27 $ -2%) e melhorou guidance (embora pobre: EPS’25 -0,5% desde -1,5%), mas Ferrari dececionou com o seu guidance 2026/2030 e, por isso, caiu -15% sem piedade, portanto baixamos recomendação desde Comprar até Neutral, até que o mercado termine de digerir estes novos objetivos da empresa que também estão abaixo das nossas estimativas. Delta bateu por muito (EPS 2,17 $ vs. 1,55 $ esperado) após o fecho de Nova Iorque. 


GEOPOLÍTICA. China endurece mais as suas restrições para a exportação de terras raras (necessárias para tech, defesa, etc.) mesmo depois do Congresso EUA publicar um relatório a defender mais restrições à exportação de tecnologia para a China. Este jogo de ping-pong deve ser entendido no contexto do encontro direto Trump + Xi Jing Pin de finais de outubro: as ameaças recíprocas servem para se pressionarem mutuamente antes de falarem. No Japão, a Primeira-Ministra in pectore (Takaichi) afirma que o BoJ é responsável pela política monetária, mas que as suas decisões devem alinhar-se com os objetivos do governo. Portanto, temos outra combinação política de um banco central, que neste caso devemos interpretar como pouco provável qualquer subida adicional de taxas de juros (agora 0,50%). Continuamos pendentes de França, mas parece que Macron não consegue ninguém disposto a sacrificar-se como PM. E a entrega dos prémios Nobel: em relação ao Nobel da Paz, as apostas são 70% Corina Machado (Venezuela) vs. 3% Trump, portanto pode ser interessante observar a reação deste último.

  

NY -0,3% US tech -0,2% US semis -0,3% UEM -0,4% España -0,6% VIX 16,4% Bund 2,70% T-Note 4,13% Spread 2A-10A USA=+54pb B10A: ESP 3,24% PT 3,10% FRA 3,51% ITA 3,54% Euribor 12m 2,209% (fut.2,258%) USD 1,158 JPY 176,8 Ouro 3.975$ Brent 64,9$ WTI 61,3$ Bitcoin -0,5% (121.519$) Ether -2% (4.361$)


CONCLUSÃO: Mercado fraco, parecido a ontem, como orientação. Sensação de fadiga, finalmente… a qual pode ser bastante sã. A sessão poderá ser +/-0,2%, por exemplo. Como o governo americano continua parcialmente encerrado, não sairá macro americana federal... mas teremos a Confiança da Universidade de Michigan (54,2 desde 55,1, às 15 h), sendo o mais importante as suas expetativas de inflação a 1 e 5 anos (agora em +4,7% e +3,7%, respetivamente). A semana será dada como terminada de seguida, sem fazer mais esforços por nada, movendo-se a atenção para o fluxo de resultados 3T americanos da próxima semana; principalmente todos os bancos, cujos resultados parece que voltarão a ser bons: na terça-feira, JP Morgan (4,81 $; +9,8%) e Goldman (10,81 $; +28,7%); na quarta-feira, BofA (0,94 $; +15,9%) e M.Stanley (2,06 $; +9,6%)…etc. Isso reanimaria um mercado ao qual convém mais descansar e assentar do que reanimar para continuar a subir.


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Governo compra briga após derrota no Congresso*


… Trump obteve uma grande conquista com o acordo de paz entre Israel e o Hamas, que derrubou os preços do ouro e do petróleo, mas ainda não conseguiu dobrar os senadores democratas para acabar com o shutdown. Hoje, a Universidade de Michigan divulga importante indicador, a preliminar de outubro do índice de sentimento do consumidor. O dia lá fora prevê, ainda, a fala de mais dois Fed boys, que tentam sem sucesso imprimir cautela nas apostas dos juros. Aqui, sem dados na agenda, Lula lança o novo modelo de crédito imobiliário, em cerimônia esta manhã, em São Paulo, enquanto o governo compra a briga com a Oposição, após a derrota com a MP alternativa ao IOF.


DAY AFTER – Na primeira reação, a bancada do PT na Câmara apresentou no final desta quinta-feira um projeto de lei para aumentar a taxação das bets de 12% para 24%. A MP 1.303 previa elevação para 18%, mas a proposta foi retirada nas negociações com o Centrão.


… A concessão do relator, deputado Carlos Zarattini (PT), no entanto, não garantiu os votos desses partidos para aprovar a medida.


… O PT pretende mobilizar a opinião pública – já que esta era uma das medidas com maior apelo popular – para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, a colocar a matéria em votação. Com a alíquota de 18%, o governo pretendia arrecadar R$ 1,7 bilhão/ano.


… Enquanto busca alternativas, a equipe econômica descarta mudar o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026, que prevê R$ 40,87 bilhões em receitas administradas extraordinárias, incluindo R$ 20,87 bilhões com a MP do IOF.


… Para este ano, a MP também previa receita extra de R$ 10,6 bilhões e medidas que resultariam em uma redução de despesas de R$ 4,3 bilhões. Técnicos da Fazenda ainda avaliam se serão necessários novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025.


… O governo tem tempo, até o dia 22 de novembro, quando será divulgado o próximo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.


… Persiste no governo a avaliação de que os líderes partidários quebraram um acordo fechado: aprovar o texto da MP tal qual havia sido votado na comissão mista. Logo cedo, manifestações do presidente Lula e de Haddad estavam repletas de críticas.


… O ministro foi ao X para dizer que “o lobby dos privilegiados prevaleceu no Congresso e derrubou a MP do IOF”.


… Na porta da Fazenda, Haddad acusou o governador Tarcísio de agir para “proteger a Faria Lima”, afirmando que “as mesmas forças que abriram os cofres para tentar a reeleição de Bolsonaro são as que estão agora desorganizando o orçamento”.


… Tarcísio respondeu com um vídeo nas redes sociais, afirmando que a acusação de que ele teria trabalhado pela derrubada da MP “beira o absurdo”. “Tenha vergonha, Haddad”, disse o governador, acusando o PT de “espalhar o ódio em cima de quem pensa diferente”.


… Já o presidente Lula repetiu a uma rádio da Bahia que a decisão da Câmara foi uma derrota para o povo brasileiro, e não para o governo. “Eu liguei para o Haddad e disse: Vamos relaxar e na volta de Roma vou reunir o governo para discutir o que a gente vai propor.”


… Mas Lula citou uma preocupação em específico. “Vamos ver como os bancos, sobretudo as fintechs, vão pagar imposto.”


… O líder do governo no Congresso, senador Randolfo Rodrigues (PT), confirmou que, além das bets, também as fintechs estão na mira.


… No Valor, o governo quer também reeditar a norma que limita as possibilidades de uso de crédito de compensações tributárias e pode render uma arrecadação extra de R$ 10 bilhões em 2026. A proposta já foi negociada com as grandes empresas e não deve sofrer resistências.


… Após o revés na MP do IOF, Haddad desistiu de viajar para reunião do FMI, em Washington, permanecendo em Brasília na próxima semana. Na segunda, a ministra Gleisi Hoffmann, reúne-se com os líderes do governo para decidir como serão encaminhados esses pontos.


A RAZÃO DE FUNDO – Em mais uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta, Lula vence em todos os cenários eleitorais no primeiro e segundo turnos. No primeiro turno, tem entre 35% e 43% das intenções de voto e, no segundo turno, entre 41% e 47%.


… Ontem, em visita a Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP) voltou a dizer que Tarcísio e Ratinho Júnior são os melhores nomes da direita para 2026.


CRÉDITO IMOBILIÁRIO – O presidente Lula anunciará hoje (10h) o novo modelo de financiamento imobiliário, para corrigir o esgotamento da poupança como fonte dos recursos e criar uma transição para um modelo mais flexível e sustentável.


… A ideia é que, a cada real emprestado no crédito habitacional, os bancos possam usar o mesmo valor em recursos da poupança livremente por até cinco anos, um prazo que seria prorrogável, mediante a concessão de novos financiamentos.


… Hoje, 65% dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) precisam ser direcionados ao crédito imobiliário, enquanto 20% são recolhidos como compulsório pelo BC e 15% são de uso livre.


… Inicialmente, o BC deve liberar cinco pontos porcentuais do compulsório para o uso das instituições que aderirem ao modelo, com impacto estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões no crédito imobiliário.


… Nos recursos liberados, 80% serão aplicados no Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), com taxa de juros máxima de 12% ao ano, e os 20% restantes no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que opera a taxas de mercado.


… O novo modelo será implementado gradualmente até o fim de 2026 e deve entrar em pleno funcionamento em 2027. O período de transição foi um pedido do setor da construção civil, que alertou para o risco de rupturas bruscas no sistema de crédito.


ALTO PADRÃO – No Broadcast, empresários da construção esperam a elevação de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões do valor máximo dos imóveis elegíveis para financiamento dentro do SFH, como novidade a ser incluída na nova política de crédito imobiliário.


… A medida permitiria o financiamento de moradias de maior valor por meio de recursos originados nas cadernetas de poupança, em que as taxas de juros são fixadas em até 12% ao ano, portanto, menores do que as praticadas no livre mercado, acima dos 13% ao ano.


E PUXADINHO – O novo programa também concederá empréstimos de R$ 5 mil a R$ 30 mil para a reforma da casa própria, como uma das apostas do governo Lula para fazer um aceno à classe média nas proximidades do ano eleitoral.


BARROSO – A imprensa já antecipa nomes de prováveis substitutos para o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que anunciou sua aposentadoria antecipada na sessão do plenário desta quinta-feira.


… O nome do AGU, Jorge Messias, que tem o apoio do PT, aparece como favorito para a vaga de Barroso. Outros magistrados que seriam cotados: o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, o ministro do TCU Bruno Dantas e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho.


… Nas vagas anteriores desse mandato, Lula demorou meses para divulgar as escolhas dos ministros Zanin e Flávio Dino.


… O presidente deverá ser pressionado para escolher uma mulher, e um nome à mesa é o de Carol Proner, defendida pelo grupo Prerrogativas. Outro nome feminino que corre fora é o de Edilene Lobo, indicada por Lula para o cargo de ministra substituta no TSE.


… Embora tenha dito que “os sacrifícios e os ônus da nossa profissão acabam se transferindo aos familiares e às pessoas queridas”, Barroso destacou que sua decisão não está relacionada com a “conjuntura atual”, em referência implícita à punição aos ministros do STF.


… Barroso e família tiveram os vistos cassados pelo governo Trump, o que prejudicou, em especial, seu filho, que trabalhava nos Estados Unidos.


SHUTDOWN – Em novas tentativas de votação no Senado americano, os projetos dos democratas e dos republicanos para encerrar a paralisação do governo foram rejeitados, nesta quinta-feira, pela sétima vez. Hoje o shutdown já completa dez dias.


… Trump voltou a ameaçar corte permanente de “programas populares entre os democratas”, dizendo que eles vão “provar do próprio veneno”.


… Na Bloomberg, o Escritório de Estatísticas de Trabalho (BLS) convocou funcionários de volta ao trabalho para concluir o relatório do índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro, para publicação até o fim do mês. A data prevista era 15 de outubro.


… Os dados são fundamentais para o cálculo do reajuste dos benefícios da Previdência Social no próximo ano.


PAZ EM GAZA – O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou o esboço de acordo que já tinha sido validado pelo Hamas para a libertação dos reféns, e anunciou que o cessar-fogo começará nesta sexta-feira.


… O presidente Donald Trump deve viajar ao Oriente Médio no fim de semana para assinatura do acordo de paz, a convite do Egito. Ele também quer estar presente no momento da libertação dos reféns, que está prevista para segunda ou terça-feira.


… Com a entrada em vigor do cessar-fogo, Israel terá um prazo de 24 horas para que suas forças recuem e mantenham o controle limitado a 53% da Faixa de Gaza. A partir desse prazo, o Hamas terá 72 horas para libertar todos os reféns israelenses restantes no enclave.


… O chefe do Hamas, Khalil Al-Hayya, disse ter recebido garantias dos Estados Unidos de que a guerra acabou definitivamente.


… No Brasil, o governo saudou o cessar-fogo em Gaza e reconheceu o “importante papel” dos Estados Unidos no acordo de paz.


TARIFAÇO – Itamaraty confirmou a viagem do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, aos Estados Unidos nos próximos dias, depois de receber um telefonema do secretário de Estado americano, Marco Rubio – indicado por Trump para negociar com o Brasil.


… Em nota, o governo informou que o encontro será presencial, em Washington, em data a ser definida. A ideia é “dar seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes”.


… Na inauguração da fábrica da chinesa BYD, na Bahia, Lula disse acreditar que o impasse com os Estados Unidos será resolvido, mas defendeu as relações com a China. “Não temos preferência por países, o que queremos é estabelecer uma relação civilizada com o mundo.”


… Em outra declaração, o presidente gabou-se de “não ter rastejado quando Trump resolveu gritar com o Brasil”, como queriam os “vira-latas”.


MAIS AGENDA – O anúncio do novo modelo de crédito imobiliário, em SP, às 10h, contará, além de Lula, com a presença de Haddad, furioso com a Câmara, e de Galípolo, que não se dobra à pressão por corte antecipado do juro.


… Economistas têm reuniões trimestrais no Rio, a partir das 9h30, com diretores do BC. Ontem, o IPCA de setembro veio menor do que o esperado (abaixo), mas não alimentou qualquer esperança de a Selic cair em dezembro.


… Do lado da atividade econômica, o IBGE divulga às 9h os dados de agosto da produção industrial regional.


NOS EUA – Entre os raros dados que escaparam ao shutdown, às 11h, sai a leitura de outubro do sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan, com as expectativas de inflação de 1 anos e 5 anos embutidas.


… Mais dois Fed boys com direito a voto falam hoje: Austan Goolsbee (10h45) e Alberto Musalem (13h30). Mas o mercado tem fingido não ouvir as abordagens cautelosas e segue precificando amplamente um corte de juro este mês e outro em dezembro.


… Às 14h, o petróleo confere os dados da Baker Hughes sobre os poços e plataformas em operação.


OS VILÕES DO DIA – O petróleo enfraquecido pelo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas prejudicou por aqui o real, pelo fato de o Brasil ser produtor da commodity, e também a bolsa, já que bateu nas ações da Petrobras.


… Mas tanto no caso do câmbio quanto no do Ibovespa, o investidor também caiu na real de que a derrota da MP alternativa ao IOF, embora possa ser positiva para o trade eleitoral, acentua a percepção de risco fiscal doméstico.


… Este gatilho de cautela ajudou a explicar por que o real fechou ontem com a pior performance entre as moedas latinas, levando o dólar a investir à maior cotação em quase um mês. Fechou em alta de 0,58%, valendo R$ 5,3750.


… Também a pressão externa do dólar influenciou. Mas o exterior teve peso secundário e o receio é de que, em meio aos ruídos nas contas públicas, os efeitos favoráveis do carry trade sobre o câmbio exibam sinais de esgotamento.


… Após o fechamento, o BC anunciou que fará dois leilões de linha na próxima segunda, de até US$ 1 bilhão no total.


… Desafiando o dólar mais caro, os juros futuros aliviaram com a surpresa do IPCA de setembro, que subiu 0,48%, abaixo das expectativas (+0,52%), embora o mercado não se iluda que o BC possa amolecer seu coração de pedra.


… Um corte da Selic em dezembro está fora de cogitação. Na melhor hipótese, o Copom poderá antecipar de março para janeiro o início do ciclo de flexibilização. Enquanto isso, o BC continua pegando pesado em sua comunicação.


… Durante evento ontem, o diretor Nilton David disse que as expectativas de inflação desancoradas são um grande desconforto e que o atual nível de juro é suficiente para trazer a inflação à convergência no horizonte relevante.


… Ou seja, não dá para sonhar tão cedo com Selic abaixo de 15%, enquanto o IPCA ainda estiver estourando a meta.


… De qualquer maneira, o qualitativo do IPCA veio melhor em setembro. A inflação no setor de serviços, que vem sendo alvo de preocupação do BC, desacelerou de 0,39% para 0,13% na passagem contra o mês de agosto.


… Houve também perda de fôlego importante do núcleo de serviços subjacentes, de 0,34% para 0,03%.


… O UBS BB reduziu a estimativa para o IPCA no acumulado do ano de 4,8% para 4,6%, mas considera que as expectativas inflacionárias seguem rodando altas e só prevê a primeira redução na taxa Selic em abril.


… No fechamento, o DI para Jan/26 (14,897%) ficou perto do ajuste de 14,898%; Jan/27 caiu a 14,030% (de 14,098% na véspera); Jan/29, a 13,350% (de 13,440%); Jan/31, a 13,595% (de 13,667%); e Jan/33, a 13,720% (de 13,745%).


O SONHO ACABOU – Já não deu mais ontem para dourar a pílula da derrubada da MP do IOF e a bolsa resgatou o temor fiscal. Além disso, na dobradinha negativa para os negócios teve ainda o petróleo para derrubar o Ibovespa.


… O índice à vista, porém, caiu de forma moderada: 0,31%, a 141.708,19 pontos, com giro de nem R$ 18 bilhões.


… O recuo do Ibovespa foi limitado pelos bancos: Santander +1,32% (R$ 28,31); Bradesco PN, +0,53% (R$ 17,08); Bradesco ON, +0,34% (R$ 14,59); e BB +0,33% (R$ 21,19). Só Itaú registrou leve perda de 0,16%, para R$ 37,18.


… Com o buraco fiscal e o petróleo dando trabalho, a bolsa não conseguiu faturar o IPCA de setembro menor do que o esperado. Destaque de baixa, Petrobras PN perdeu 1,44%, a R$ 30,21, e ON registrou queda de 1,35%, a R$ 32,15.


… Os preparativos para o acordo de paz em Gaza e a troca de reféns derrubaram o Brent em 1,55%, a US$ 65,22.


… Na volta do feriado da China, Vale contrariou a alta de quase 1% do minério e caiu 0,15% (mínima de R$ 59,11).


… Em Nova York, Powell manteve o silêncio sobre a política monetária e o diretor do Fed Michael Barr destacou que as incertezas sobre a inflação e o emprego justificam uma abordagem cautelosa sobre um novo corte dos juros.


… A taxa da Note-2 anos subiu a 3,597%, de 3,586% na véspera, e o retorno de 10 anos foi a 4,145%, contra 4,129%. O alerta de Barr, porém, não abalou a aposta do mercado de que o Fed virá dovish este mês e em dezembro.


… Em leve realização, o S&P 500 caiu 0,28%, a 6.735,11 pontos, e o Nasdaq ficou estável (-0,08%; 23.024,63 pontos), um dia depois dos recordes. O Dow Jones, que tem ficado de fora das máximas, recuou 0,52%, a 46.358,42 pontos.


VIRADO NO JIRAYA – Em queda ininterrupta desde que Sanae Takaichi foi eleita líder governista e se tornou favorita como próxima primeira-ministra japonesa, o iene (153,08/US$) caminha para a maior baixa semanal em um ano.


… Um conselheiro econômico próximo a Takaichi defende que o BC japonês tenha cautela com novos aumentos de juros, apesar de um maior expansionismo fiscal ser uma das marcas registradas da política defendida por ela.


… Outra moeda que continua na onda de baixa é o euro, afetado pela crise política francesa. A nomeação do novo primeiro-ministro deve acontecer hoje, segundo Macron. As apostas estão no socialista Pierre Moscovici.


… Segundo o Macquarie Group, caso um político de esquerda seja confirmado para o cargo, a proposta para solucionar o déficit será a taxação da riqueza, “o que não traria força ao euro”, que ontem caiu 0,54%, a US$ 1,1563.


… A libra esterlina perdeu 0,73%, cotada a US$ 1,3297. A fraqueza combinada de todas estas divisas importantes levou o índice DXY a ampliar os ganhos em 0,62% e romper a linha dos 99,000 pontos, aos 99,538 pontos.


… Mas pouca gente bota fé no dólar. Para o Brown Brothers Harriman, o impulso da moeda americana é reflexo da crise política francesa e da escolha de Takaichi no Japão e não de um cenário mais favorável nos Estados Unidos.


COMPANHIAS ABERTAS – PETROBRAS vai conseguir entregar 35% de toda a demanda por fertilizantes do Brasil quando retomar a produção da UFN III, fábrica do Mato Grosso do Sul, somada às unidades da Bahia e do Sergipe…


… A declaração foi dada pela presidente da estatal, Magda Chambriard.


ELETROBRAS concluiu venda do último ativo termoelétrico de gás natural localizado no Amazonas para a J&F, sucessora da Âmbar Energia no acordo; companhia recebeu R$ 703,5 milhões no fechamento da operação…


… Montante totalizou R$ 3,6 bilhões quando somado aos valores das vendas das demais termoelétricas; empresa ainda tem direito de receber “earnout” (pagamento adicional atrelado a determinadas condições) de R$ 1,2 bilhão.


ENEL SP. A Justiça Federal de São Paulo suspendeu o processo de renovação antecipada do contrato de concessão até a decisão definitiva sobre outro processo analisado pela Aneel a respeito dos apagões em 2023 e no ano passado.


EDP SÃO PAULO fará a sua 20ª oferta pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 400 milhões.


HAPVIDA. Norges Bank passou a deter 5,001% das ações ordinárias, o equivalente a 25.159.466 de papéis; dados públicos mais recentes, de 6 de outubro, mostram que o banco não detinha participação relevante na empresa.


CAMIL encerrou o segundo trimestre fiscal de 2025 (junho a agosto) com lucro líquido de R$ 79 milhões, uma queda anual de 33%; Ebitda somou R$ 251 milhões, recuo de 12,9% em relação ao mesmo período de 2024.


CYRELA fez 18 lançamentos imobiliários no terceiro trimestre, que somaram um valor geral de venda (VGV) potencial de R$ 3,41 bilhões, crescimento anual de 38%, segundo prévia operacional.


DIRECIONAL informou que lançamentos somaram R$ 2 bilhões no 3Tri, alta de 54% em relação a um ano antes.

BCB fiscalização

 *Coluna do Broadcast: BC indefere pedido de mudança de controle do BlueBank para Quadrado*


Por Cynthia Decloedt


São Paulo, 09/10/2025 - O Banco Central indeferiu o pedido de transferência do controle do Letsbank, renomeado Bluebank, de Daniel Vorcaro, sócio do Banco Master, para Maurício Quadrado. O executivo, que era sócio de Vorcaro no Master, levou o Letsbank quando desmontaram a sociedade no ano passado. Embora ainda não houvesse aprovado a mudança de controlador, o BC já havia autorizado a alteração da marca.


À VENDA. A perspectiva de não aprovação da transferência do controle aumentou desde abril deste ano, quando o Banco Master entrou nos holofotes da autoridade monetária. O ativo já está, inclusive, entre aqueles que Vorcaro deve colocar à venda em sua tentativa de sobrevida, após o BC rejeitar a aquisição de parte do Master pelo Banco de Brasília (BRB), em setembro.


RECURSO. A decisão do Banco Central de negar a troca de controlador ocorreu antes da rejeição do negócio entre BRB e Master pela autoridade monetária. O Bluebank entrou com recurso e perdeu. A negativa final se deu na mesma data em que o BC vetou a venda de fatia do banco de Daniel Vorcaro. Procurado, o Bluebank não retornou até a publicação. O Banco Central não comentou.


TRUSTEE. Localizado no suntuoso edifício B32 na Avenida Faria Lima, conhecido como prédio da baleia, o Bluebank, tem entre suas controladas a Trustee DTVM, que junto à Banvox, de Quadrado, detinha fundos citados no âmbito da Operação Carbono Oculto, que investigou a movimentação de recursos do crime organizado. Em seguida, a Trustee renunciou à administração dos fundos. Na época, a empresa afirmou não ter nenhuma relação com os investigados na operação.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Álvaro Gribel

 O repórter Álvaro Gribel mata a charada. O que ele diz é óbvio, mas às vezes o óbvio precisa ser dito e repetido. No caso, o óbvio é que o governo do PT vive de puxadinhos para apagar incêndios, enquanto o grande problema estrutural brasileiro permanece intocado: a incapacidade de manter o Estado brasileiro nos limites da já brutal carga tributária de 33% do PIB.


Comecemos por aí. Nossa carga tributária está alinhada com a média da OCDE e é cerca de 10 pontos percentuais do PIB acima da média de países com renda/capita semelhante. Portanto, qualquer solução que envolva aumento líquido de impostos será recebida a pauladas, como ocorreu ontem na Câmara.


Gribel repete o mantra que tem dominado as discussões sobre o tema: o próximo governo precisará fazer “alguma coisa”. O problema dessa expectativa é que ESTE GOVERNO já deveria ter feito alguma coisa. E fez: aprovou uma PEC da gastança de quase R$ 200 bi, permitindo que navegasse os seus primeiros anos sem problemas. Quem garante que a “coisa” feita pelo próximo governo não seja uma outra PEC dessa natureza, empurrando a situação, mais uma vez, com a barriga?


Claro que tudo isso tem um custo. Não temos uma taxa de juros pornográfica à toa. O próximo governo deverá fazer “alguma coisa”. Se for do PT, já sabemos que continuará na base dos puxadinhos para tentar aumentar impostos, e a tarefa de enfrentar as distorções do Estado brasileiro ficará para o “próximo governo”.

Greta e a Suécia

 Greta Thunberg e as crianças perdidas da Suécia - Meu país natal é o produto mais puro dos ideais do pós-guerra da Europa: rico, seguro, secular — e espiritualmente falido.

( - Texto de Annika Hernroth-Rothstein para The Free Press ) / via TL do Adriano De Aquino


"Eu sou sueca. Historicamente, meu país é mais conhecido pelos móveis baratos da IKEA, por um jogador de tênis ocasional e, claro, pelo ABBA. Hoje, nossa exportação mais famosa é Greta Thunberg, uma adolescente ativista climática que se tornou ativista anti-Israel aos 22 anos.


Esta semana, Thunberg foi deportada de Israel juntamente com cerca de 170 outros ativistas pró-palestinos após — pela segunda vez — embarcar em uma flotilha com destino a Gaza. Ela pretendia explicitamente violar o bloqueio naval a Gaza, imposto por Israel em 2009 para impedir o Hamas de contrabandear armas para a região. Como tudo o que Thunberg faz, sua viagem a Gaza foi transmitida para o mundo todo, enquanto ela se precipitava para o inevitável e obviamente desejado confronto com o exército israelense.


Mas, como a maioria de nós sabe, ela não começou como uma ativista anti-Israel. Thunberg se tornou um nome conhecido em 2018, aos 15 anos, quando iniciou uma " greve escolar pelo clima ". Durante três semanas antes das eleições suecas, ela sentou-se do lado de fora do prédio do parlamento em Estocolmo, protestando por "ações urgentes sobre a crise climática". Seu movimento viralizou, inspirando ações semelhantes em todo o mundo e, em 2019, ela foi nomeada Personalidade do Ano pela revista Time . Uma jovem um tanto desajeitada, Thunberg foi aceita por muitos como uma espécie de consciência mundial — uma jovem que falava a verdade ao poder. Ela alcançou fama global ao contar aos seus adoradores seguidores as muitas maneiras pelas quais eles a haviam decepcionado.


Thunberg é um fenômeno. Mas, mais importante, ela é um estudo de caso do que deu errado na Suécia e no resto da Europa nas últimas décadas. Ela é uma criança perdida em um continente perdido, ambos em busca desesperada de um propósito.


Oitenta anos atrás, na esteira da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, grande parte da Europa estava fisicamente devastada. Com o início dos esforços de reconstrução, veio, paralelamente, um acerto de contas ideológico e filosófico. Como continente, a Europa se questionava sobre como o mal havia se instalado e como garantir que isso nunca mais acontecesse.


Como em qualquer autópsia, a busca pela causa definitiva da morte era por um vilão claro e concreto para culpar pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Aceitar que pessoas aparentemente normais, em circunstâncias extraordinárias, podem fazer coisas terríveis é fundamentalmente insatisfatório. Significa aceitar que existe o bem e o mal neste mundo, e em todos nós.

É por isso que a Europa decidiu que a vilã era a própria ideologia. A ideologia, construída sobre a crença religiosa e a identidade definida, levou à formação de Estados-nação, fronteiras e divisões entre lugares, pessoas e crenças. Isso, segundo a ideia do pós-guerra, foi o que causou o conflito. Pensadores como Hannah Arendt, Jean-Paul Sartre, Albert Einstein, Jacques Derrida e Michel Foucault descreveram o nacionalismo e o Estado-nação como perigos morais e políticos, defendendo o humanismo global e questionando a própria ideia de basear uma identidade compartilhada na crença religiosa e no sentimento nacionalista.


Líderes políticos da época seguiram o exemplo: o chanceler alemão Konrad Adenauer, o deputado europeu Altiero Spinelli e os políticos franceses Robert Schuman e Jean Monnet defenderam a ideia de substituir o nacionalismo por uma identidade pan-europeia, juntamente com um ethos econômico e cultural comum. E assim, um continente devastado pela guerra, recém-saído de um conflito global sobre fronteiras e identidade, decidiu abolir completamente as fronteiras e a identidade, presumindo que esse seria o caminho para uma paz duradoura.O primeiro passo foi dado em 1951, quando o Tratado de Paris criou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) para integrar as indústrias de carvão e aço do continente em um único mercado, governado por organismos europeus compostos por representantes dos Estados-membros. Isso lançou as bases para a eventual criação da União Europeia em 1993, substituindo oficialmente as nações individuais por uma identidade comum, a União Europeia .


Os anos seguintes testemunharam a ascensão do Estado de bem-estar social-democrata em toda a Europa Ocidental, com uma forte corrente filosófica que enfatizava a responsabilidade coletiva, a solidariedade e a justiça social. No final da década de 1960, revoltas estudantis se espalharam pela Europa, mesclando anticapitalismo pós-colonial, anti-imperialismo, feminismo e humanismo.


Gradualmente, as gerações mais jovens substituíram as religiões identitárias do passado pelo ethos universalista do novo. E o continente começou então a se ver como um modelo para o resto do mundo: uma Europa sem fronteiras, sem mais nada pelo que lutar.


No papel, era o plano perfeito.


Mas então algo aconteceu: ela se deparou com a realidade. Como parte de sua rejeição à ideologia, a Europa rejeitou Deus. A separação entre Igreja e Estado tornou-se a norma; leis enraizadas na moral religiosa foram liberalizadas; a frequência e a educação religiosa ruíram; e a vida pública foi secularizada. À medida que a religião foi sendo extinta de nossas vidas, o humanismo e o universalismo foram oferecidos como troca, criando um vácuo de fé e significado — e vácuos, como sabemos, anseiam por ser preenchidos.


O país onde nasci se recusa a aceitar qualquer coisa e, portanto, cai em tudo, uma e outra vez.


Isso aconteceu em toda a Europa, mas talvez em nenhum lugar de forma mais gritante do que no meu país natal. De acordo com a Pesquisa Social Europeia de 2023–24 , menos de 5% dos suecos frequentam serviços religiosos pelo menos uma vez por semana, uma das taxas mais baixas do mundo. De acordo com o Pew Research Center, 80% dos suecos disseram que "a religião deve ser mantida separada das políticas governamentais" e apenas 22% disseram que a religião desempenha um papel um tanto ou muito importante em suas vidas, em comparação com 70% nos EUA. Após décadas de erosão ideológica e espiritual, a Suécia é agora um país sem Deus, um ethos nacional ou um senso de identidade.


O país onde nasci se recusa a aceitar qualquer coisa e, portanto, cai em tudo, uma e outra vez. Veja a crise migratória. Em 2015, a Suécia — um país com cerca de 10 milhões de habitantes — permitiu a passagem de cerca de 163.000 requerentes de asilo , a maioria da Síria, Afeganistão e Iraque . Nos 10 anos seguintes, muitos desses imigrantes não conseguiram se assimilar , causando uma contínua agitação social e econômica . Grande parte disso se deve ao fato de a Suécia não ter uma identidade nacional para incutir. Não se pode ensinar o que não se sabe — isso vale para a criação de uma criança e para a condução de uma nação.


Fé, propósito compartilhado e identidade são os muros que constroem a casa que forma uma nação. Neste momento, a Suécia é pouco mais que uma tenda aberta. Thunberg é um produto desta nação. Para jovens europeus como ela, não se trata das questões em si; trata-se de fazer parte de algo. Não se trata de fazer o bem, mas sim de parecer bem. Onde antes havia fé e propósito, agora há apenas postura e projeção.

Isso contextualiza a mudança ideológica de Thunberg, em outubro de 2023 , do ativismo climático para o ativismo anti-Israel — uma mudança à qual se juntaram milhares de outros em todo o continente. Israel representa o oposto do vácuo que a Europa construiu. É um Estado-nação orgulhoso, com fronteiras, fé, ideologia e propósitos e ideais explícitos. Seu povo, embora constantemente discorde, está unido por uma identidade muito maior do que as questões do dia a dia. Israel é tudo o que a Europa outrora rejeitou. Seu sucesso seria a prova de que a mudança europeia do pós-guerra foi um fracasso, e ainda é.


Mas Thunberg não está preocupada com tudo isso. Ela está ocupada demais sentindo que está fazendo algo que realmente importa. É por isso que, no fim das contas, embora eu me sinta indignada com os efeitos de suas ações sobre os outros, sinto principalmente pena dela. Seu ativismo deveria me irritar, como judia sueca, e irrita. Mas, mais do que tudo, parte meu coração. Thunberg não é a doença; ela é um sintoma agressivo dela — um sintoma do vazio radical que agora vemos em nossas ruas, em nossos feeds de mídia social e em nossas crianças. É um desmantelamento muito parecido com uma bola de borracha perdida em uma sala vazia, quicando de um lado para o outro sem objetivo ou fim.


Sei disso porque eu também já fui uma garota sueca perdida, desesperada por pertencer a algo maior do que eu, buscando significado, comunidade e propósito. Como humanos, ansiamos por essas coisas. Quando somos criados em um lugar que nos diz que os valores são o inimigo, fazemos amigos nos lugares errados. Até os meus 20 anos, todos os meus amigos faziam parte de um movimento radical, fosse feminista militante, ambientalista ou pró-Palestina. Isso refletia a atmosfera política da Europa na época. E eu teria continuado assim se o ataque terrorista de 11 de setembro não tivesse me despertado do conforto do tédio europeu e me levado a retornar à fé e à família.


O problema da rebelião é que ela precisa de algo contra o qual se opor. Quando não há nada contra o que se rebelar, nenhuma norma para contrariar, nenhuma ideia para questionar e debater, a energia da rebelião continua sem sentido para sempre. Em vez de debate, há raiva sem fim — em vez de ideologia, causas intercambiáveis ​​e temporárias.


Terminada a guerra, Thunberg passará para outra questão — provavelmente a mais barulhenta e polêmica, seja lá o que for na época. Afinal, trata-se apenas de um espaço reservado para significado, um trabalho ideológico em um mundo aparentemente sem sentido, um Deus substituto para os infiéis."

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Trade eleitoral derruba MP do IOF*


Dia reserva pesquisa eleitoral para 2026 e falas de Lula, Haddad e Powell


… Um breve discurso gravado de Powell sobre bancos comunitários e o balanço da PepsiCo abrem a agenda nos Estados Unidos, com o governo ainda paralisado pelo shutdown. Mais Fed boys falam hoje, após a ata do Fomc não mudar as apostas massivas em novos cortes do juro, enquanto repercute a notícia de que Israel e Hamas assinaram acordo para libertar os reféns. Aqui, é dia de IPCA e de mais um recorte da pesquisa Quaest com a disputa presidencial. Nesta quarta, foi unânime a avaliação de que a derrota da MP do IOF teve motivação eleitoral, com governistas acusando Tarcísio de articular a derrubada das medidas e o mercado mal disfarçando a torcida contra Lula.


DIA TENSO – Ao perceber a derrota iminente, o governo ainda tentou levar a MP do IOF à votação; queria colocar nela as digitais de quem estava “jogando contra o Brasil”, mas uma manobra da Oposição na Câmara encerrou o assunto no último dia do prazo.


… Um requerimento de retirada de pauta foi aprovado, levando a MP a perder a validade. O texto nem seguiu para o Senado.


… Governistas acusam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de entrar em campo para articular votos contra a medida. Também apontam o dedo para dirigentes partidários como Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil).


… O presidente Lula entrou pessoalmente nas negociações, telefonando aos deputados na tentativa de salvar a MP, enquanto líderes do governo reclamavam de “sabotagem” e “rompimento de acordo”, fazendo ameaças de novos cortes nas emendas parlamentares.


… Além dos partidos do Centrão, a Frente Parlamentar do Agronegócio foi acusada de “levar tudo o que pediu” e não entregar apoio.


… Com a rejeição da MP, que representava R$ 17 bilhões em arrecadação (já com as concessões do relator), abre-se um buraco nas contas do PLOA do próximo ano, que terá de ser coberto com novas medidas de aumento de receita e/ou mais bloqueios e contingenciamentos.


… O Projeto de Lei Orçamentária prevê meta de superávit primário de R$ 34,3 bilhões em 2026, equivalente a 0,25% do PIB.


… Economistas do mercado já avaliam que a frustração reforçará a necessidade de o governo mudar a meta fiscal, mas, nas primeiras reações, Haddad afirmou que vai buscar alternativas para manter os compromissos fiscais e “continuar perseguindo os mesmos objetivos”.


 … “Volto à mesa do presidente Lula para ele decidir os rumos do País. A gente sempre apresenta um cardápio de soluções.”


… Para o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), a Fazenda tem um “arsenal de opções”, que ele não detalhou. Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, falou em um “armário” de alternativas à MP 1.303.


… O relator, Carlos Zarattini (PT), negou especulações de que o governo teria R$ 20 bilhões a mais para gastar em 2026, e por isso, a Oposição não deveria apoiar a MP. “Isso é conversa mole. Houve acordo e foi sabotado pelo Centrão, por Tarcísio e pela FPA.”


… O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, defendeu que o governo “vá pra cima das bets e do agronegócio” para fechar o Orçamento. Disse que o episódio fará “crescer a tese de que o Congresso é inimigo do povo, que não quer tributar os mais ricos”.


ALTA DO IOF – Com os ânimos exaltados, líderes governistas já falavam que um aumento do IOF pode voltar a ser uma alternativa com a queda da arrecadação. “É natural que o IOF volte à mesa como alternativa”, disse Randolfe aos jornalistas, após a derrota da MP.


… No Estadão, partiu de Haddad a indicação de que Lula avalia novamente aumentar as alíquotas do IOF, em conversa com parlamentares nesta semana. O IOF, porém, compensaria apenas parte da MP, e novos contingenciamentos para 2026 seriam inevitáveis.


… O governo já aumentou as alíquotas do IOF no fim de maio, mas recuou em alguns pontos, editando a MP 1.303 para propor outras fontes de arrecadação. Com a derrota da MP, pontos da proposta inicial do IOF podem ser retomados, apurou a reportagem.


… O projeto original previa R$ 40 bilhões de arrecadação com o IOF. Com as mudanças, o valor caiu para R$ 27 bilhões. Agora, entre as alternativas em análise, estariam a recomposição das alíquotas para operações de câmbio, pessoas jurídicas e seguros.


… Segundo o economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, essas medidas poderiam render cerca de R$ 7 bilhões adicionais ao Orçamento, elevando o total para R$ 34 bilhões. Outra opção seria reapresentar medidas da MP, desta vez, como projeto de lei.


… Dois pontos estariam descartados, afirma o Estadão: elevar o IOF sobre remessas de capital, que gerou ruído no mercado por sinalizar controle de capitais, e o IOF sobre risco sacado, proibido por decisão do Supremo Tribunal Federal.


… No Valor, a decisão de deixar vencer a MP do IOF vai gerar um impacto de R$ 46,5 bilhões até 2026 nas contas públicas, sendo R$ 31,5 bilhões de frustração de receitas e R$ 15 bilhões de medidas de contenção de despesas, que também deixaram de valer.


DESONERAÇÃO NO STF – O ministro Cristiano Zanin liberou ontem para julgamento a ação movida pelo governo Lula contra o projeto de lei que estende a desoneração da folha de pagamentos até 2027 e reduz o recolhimento à Previdência de pequenos municípios.


… A ação direta de inconstitucionalidade chegou à Corte em abril de 2024, quando Zanin concedeu liminar suspendendo os pontos da lei mais importantes para o governo. Em outubro do ano passado, o plenário confirmou a liminar, com voto contrário apenas de Luiz Fux.


… O julgamento do mérito será realizado no plenário virtual do STF, iniciando no dia 17 com encerramento previsto no dia 24.


… A previsão do governo, enviada no projeto de lei orçamentária, é que a desoneração da folha dos setores econômicos represente uma renúncia de R$ 12,2 bilhões aos cofres do governo em 2026. Já para os municípios, a renúncia esperada é de R$ 6,2 bilhões.


… O valor somado é próximo ao que o governo esperava arrecadar com a MP 1.303, derrubada nesta quarta-feira, na Câmara.


LULA – Em rara crítica pública à Câmara, o presidente foi ao X para dizer que a decisão contra a MP 1.303 não é uma derrota imposta ao governo, “mas uma derrota ao povo brasileiro”. E, ainda, que “votar contra, é impedir o equilíbrio das contas públicas e a justiça tributária”.


… “O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o País vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros. É jogar contra o Brasil”, completou Lula, sem citar nomes que contribuíram para a derrota.


… No discurso eleitoral que deu certo, ele insistiu que “a Câmara decidiu em defesa dos mais ricos e contra a população mais pobre, que é beneficiária de programas sociais que seriam custeados com esse dinheiro arrecadado dos mais ricos”.


TARCÍSIO – Na Coluna do Estadão, aliados do presidente Lula viram a participação do governador na crise do IOF como a “prova” de que ele ainda mira a disputa pelo Planalto em 2026, embora tenha negado, afirmando que quer disputar a reeleição em São Paulo.


PESQUISA – Hoje (7h), o novo recorte da Genial/Quaest aponta o cenário para a corrida ao Planalto no ano que vem.


… No levantamento divulgado nesta quarta-feira, a desaprovação ao governo Lula diminuiu para 49% e, pela primeira vez desde janeiro, teve empate técnico com a aprovação (48%). Em maio, a pesquisa indicava 57% contra 40%, 17 pontos de diferença.


… O diretor da Genial/Quaest, Felipe Nunes, disse que a impressão de que Lula saiu fortalecido da ONU, quando rolou a química com o presidente americano, foi um fator decisivo para a melhora na popularidade do governo.


… Além disso, a agenda positiva da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil influenciou positivamente.


DIA DO FICO – Ministro André Fufuca (Esportes) foi afastado do PP após decidir ficar no governo Lula, segundo decisão do presidente do partido, senador Ciro Nogueira. Também Celso Sabino (Turismo) declarou que seguirá com Lula.


… O União Brasil decidiu suspendê-lo de suas funções partidárias e manter o processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética da legenda, sem expulsá-lo sumariamente.


MAIS AGENDA – O IPCA de setembro sai às 9h e tem tudo para validar a comunicação conservadora do BC, que esvazia a esperança de corte antecipado da Selic. O índice oficial de inflação deve subir 0,52%, após recuar 0,11% em agosto.


… A dissipação dos efeitos do bônus de Itaipu e a manutenção da bandeira vermelha 2 na tarifa de energia elétrica devem sustentar a aceleração do indicador. As projeções no Broadcast são todas de alta e variam de 0,46% a 0,58%.


… Para a inflação em 12 meses, a mediana indica aceleração de 5,13% para 5,21%. Para 2025, aponta 4,80% (mesmo número do último boletim Focus), projetando o rompimento do teto da meta de inflação de 4,5% este ano.


… Logo cedo (5h), sai a primeira prévia de outubro do IPC-Fipe. O diretor de política monetária do BC, Nilton David, palestra no evento “Cenário Econômicos em Perspectiva”, promovido pela Câmara Espanhola, às 9h40, em SP.


CMN – Com um dia de atraso, o Conselho Monetário Nacional deve ter reunião extraordinária hoje à tarde para tratar da nova política de crédito imobiliário do governo, que será anunciada oficialmente pelo presidente Lula amanhã, na capital paulista.


… Hoje, Lula estará hoje na Bahia para inauguração da fábrica da BYD, em Camaçari, e existe a previsão de conceder entrevista a uma rádio baiana às 7h30. Em SP, Haddad, participa às 14h20 do Fórum Brasileiro das Incorporadoras.


LÁ FORA – O rápido discurso gravado de Powell será veiculado às 9h30, um dia depois de a ata do Fed não ter afetado em nada a ampla percepção no mercado de que o juro americano ainda vai cair mais duas vezes este ano.


… Integrante da ala dovish do Fed, Michelle Bowman discursa três vezes hoje em evento: 9h35, 9h45 e 16h45. Michael Barr, que também vota este ano, estará em conferência com Neel Kashkari (13h45). Mary Daly fala às 22h40.


ISRAEL E HAMAS – Trump informou à noite que foi assinada a primeira fase para o Plano de Paz em Gaza, anunciando que todos os reféns serão libertados “em breve” e que “os primeiros passos para uma paz duradoura e eterna” serão dados com a retirada das tropas israelenses.


… “Todas as partes serão tratadas de forma justa! Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, Israel, todas as nações vizinhas e os Estados Unidos”, escreveu o presidente em sua rede Truth Social, agradecendo a mediação do Catar, Egito e Turquia para o acordo.


… A notícia provocou imediata reação nos mercados de petróleo e do ouro, que passaram a cair após a postagem.


SHUTDOWN – Mais dois projetos de lei para acabar com a paralisação do governo americano, um dos democratas e outro dos senadores, não conseguiram votos suficientes no Senado. O shutdown entre hoje no novo dia, sem perspectiva de uma solução.


A TORCIDA DO MERCADO – A curva do DI acelerou o ritmo de queda na reta final do pregão, à medida que aumentava o risco de derrota do governo na MP alternativa ao IOF. Em uma reação inusitada, o mercado resolveu ver as coisas pela ótica da política.


… Menos preocupados com o fiscal do que com a eleição de 2026, investidores gostaram de ver as dificuldades do governo no Congresso, lidas como sinal de perda de capital eleitoral de Lula, depois de mais uma pesquisa favorável ao presidente (Genial/Quaest).


… Alguns diziam que, com a derrubada da MP, o governo será obrigado a enxugar gastos, o que seria positivo do ponto de vista fiscal, em meio à fragilidade das contas públicas. Mas nem eles acreditam nisso. O mais provável é que não conseguiram disfarçar a torcida.


… No fechamento, o DI para Jan/27 caiu à mínima do dia, para 14,085% (de 14,130% no pregão da véspera); Jan/29 recuou para 13,415% (de 13,461% no dia anterior); Jan/31, a 13,640% (de 13,684%); e Jan/33, 13,745% (de 13,845%).


… Só o vencimento mais curtinho, para Jan/26, registrou alta marginal, para 14,899% (de 14,898%).


… Profissional ouvido pelo Broadcast observa, porém, que o fôlego de queda dos contratos futuros é relativamente curto, limitado pelo riscos fiscais da agenda popular do governo, entre eles, os estudos para o ônibus de graça.


… São também os ruídos fiscais que, em grande medida, têm dificultado as chances de o dólar se consolidar abaixo de R$ 5,30, apesar do carry trade favorável. Tudo o que a moeda americana caiu ontem foi 0,11%, a R$ 5,3442.


… Lá fora, o índice DXY subiu 0,34%, à máxima em dois meses, para 98,915 pontos. Mas, como disse o Société Générale, a reação parece estar mais ligada à fraqueza do euro e iene do que ao fortalecimento do dólar em si.


… Até mesmo porque, a aposta sobre o ciclo de cortes do juro pelo Fed continua inabalada, o que tende a inibir a divisa americana. Divulgada ontem, a ata não alterou em nada a expectativa de flexibilização monetária em outubro.


… Continua ampla, quase unânime (92,5%), a chance de relaxamento de 25 pontos na reunião deste mês. A ferramenta de aposta do CME também aponta probabilidade de 78% de corte acumulado de 50pb até o fim do ano.


… Na ata, só seis dos 19 Fed boys projetaram um ou nenhum corte em 2025. Para a maioria, “provavelmente”, mais cortes são apropriados, já que o consenso é de que o impacto das tarifas parece ter sido menor que o esperado.


… Por outro lado, a avaliação predominante sobre o mercado de trabalho não mostra a gravidade que refletiria uma deterioração acentuada. Pelo contrário: muitos dirigentes consideram improvável uma queda rápida no emprego.


… O fato é que o shutdown não permitiu a divulgação do payroll, que poderia ter sido decisivo para fechar as apostas, e a pressão do mercado sobre o Fed segue firme, com chances altíssimas de novo corte em outubro.


… Assim, não foi significativa a alta do juro da Note de 2 anos ontem para 3,586%, contra 3,573% na véspera.


FRATERNITÉ – Na França, que atravessa a pior crise política em décadas, a notícia de que Macron pode anunciar um  novo premiê em 48 horas reduziu as perdas do euro, já que afastaria o risco de nova eleição parlamentar.


… Nenhum bloco político detém hoje a maioria parlamentar e não houve acordo com as lideranças para colocar um fim à profunda instabilidade, mas o sinal de que há um caminho para a escolha de mais um primeiro-ministro aliviou.


… O euro amorteceu a queda para 0,24%, cotado a US$ 1,1627, e a libra esterlina caiu 0,19%, a US$ 1,3399. O iene ampliou as perdas em mais de 0,5%, para 152,73 por dólar, preocupado com o maior expansionismo fiscal.


… Nos Estados Unidos, fracassaram as novas tentativas dos senadores de aprovar um texto para acabar com a paralisação da máquina pública, mas as bolsas em Nova York continuaram mantendo o shutdown em segundo plano.


… O novo rali das gigantes de tecnologia, associado à onda da IA, renovou os recordes históricos do S&P 500, que subiu 0,58%, a 6.753,72 pontos, e do Nasdaq (+1,12%), que superou a marca inédita dos 23 mil pontos (23.043,38).


… Já o Dow Jones, que tem andado bem mais devagar, terminou o pregão estável, a 46.601,78 pontos.


… Por aqui, o Ibovespa recuperou terreno e terminou em alta de 0,56%, aos 142.145,38 pontos, com giro de quase R$ 20 bilhões. Mas as blue chips financeiras perderam força à tarde, de olho nos perigos do contexto fiscal.


… Itaú PN reduziu os ganhos para 0,19% no fechamento, a R$ 37,24; BB ON (-0,42%, a R$ 21,12) e Santander unit (-0,21%, a R$ 27,94) viraram para o negativo. Só Bradesco exibiu gás: PN, +1,61% (R$ 16,99); e ON, +1,47% (R$ 14,54).  


… Na véspera da volta do minério de ferro da Golden Week, Vale fechou em alta de 0,77% e se reaproximou de R$ 60,00, cotada a R$ 59,20. Petrobras foi na contramão do petróleo: ON caiu 1%, a R$ 32,59; e PN -0,58%, a R$ 30,65.


… O contrato do Brent para dezembro subiu 1,22%, a US$ 66,25, apesar de o aumento semanal nos estoques americanos da commodity ter subido em 3,715 milhões de barris, cinco vezes mais do que o esperado (+700 mil).


COMPANHIAS ABERTAS – O Ministério Público Federal apresentou denúncia à 2ª Vara Federal de Volta Redonda (RJ) contra a CSN e a Harsco Metals pela prática de crimes ambientais (Valor)…


… Procurada pelo jornal, a CSN alegou que a ação é inesperada e desprovida de causa e fundamento.


IGUATEMI. Radar reduziu participação acionária no grupo de 12,71% para 9,91%, passando a deter 43.159.600 de ações preferenciais.


AMERICANAS informou ter celebrado termo de arbitragem referente à recuperação judicial da companhia, em 29 de setembro, mas requerentes desistiram do processo no dia seguinte…


… Assim, continua pendente decisão do tribunal arbitral sobre a extinção da arbitragem considerando a desistência…


… Empresa também afirmou que decidiu suspender temporariamente a venda de bebidas alcoólicas destiladas em seu marketplace.


MAGALU disse que, desde a primeira semana de outubro, restringiu a venda dessas bebidas em seu marketplace.


CARREFOUR afirmou que a venda online de bebidas destiladas por outros fornecedores em seu marketplace já está suspensa desde a última semana, permanecendo apenas os produtos diretamente comercializados pelo grupo…


… As varejistas foram algumas das plataformas de e-commerce notificadas ontem pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, para a adoção de medidas preventivas em meio à crise do metanol…


… Além da Americanas e da Magazine Luiza, as outras foram Shopee, Enjoei, Amazon Brasil e Casas Bahia; já Mercado Livre e Zé Delivery, apesar de estarem na lista divulgada, disseram que ainda não foram notificadas.


REAG INVESTIMENTOS divulgou comunicado ao mercado para desmentir informações divulgadas na mídia que apontavam para o cancelamento de seu registro de companhia aberta na CVM e sua saída da B3…


… Segundo a empresa, o registro de emissor categoria A permanece ativo, assim como a listagem das ações no Novo Mercado, segmento de mais alto nível de governança da bolsa brasileira.


OI. O TJ-RJ aprovou um comitê de transição com novos gestores, em meio à recuperação judicial da companhia.

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...