sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Manifesto

 RESTAURAR A DEMOCRACIA É TAREFA DOS BRASILEIROS (Editorial do jornal Gazeta do Povo)


“Nesta quarta-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes foi incluído na lista de autoridades estrangeiras sancionadas pela Lei Global Magnitsky, de acordo com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro (Ofac, na sigla em inglês) norte-americano. A legislação foi criada para punir violadores de direitos humanos ou corruptos notórios, e impõe uma série de restrições para que essas pessoas façam qualquer tipo de negócio com empresas norte-americanas ou que tenham atuação nos Estados Unidos – até mesmo o uso de cartões de crédito com bandeiras de empresas dos EUA deve ser afetado. Esta “pena de morte financeira” vem se somar à perda do visto norte-americano, que já havia sido decidida pelo governo dos EUA semanas atrás.


No comunicado, o Ofac afirma que Moraes “usou seu cargo para autorizar detenções arbitrárias preventivas e suprimir a liberdade de expressão”; afirma, ainda, que ele promove “uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras” e que o ministro “é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados”. Quanto a isso, aliás, não há dúvida alguma: em um hipotético bingo de ataques à democracia, Moraes teria preenchido a cartela completa. O ministro encarna, hoje, a autocracia judicial que substituiu a democracia brasileira: processa, julga e prende sem o devido processo legal, atropela liberdades democráticas, ataca garantias parlamentares, censura e oprime – e não faz distinção de nacionalidade, incluindo empresas e cidadãos norte-americanos entre os alvos de suas decisões arbitrárias.


Dito isto, se a aplicação, a Moraes, da Lei Magnitsky é a melhor resposta que o governo norte-americano poderia dar, se ela é proporcional ou não, se havia outros trâmites institucionais que poderiam ser seguidos antes de uma medida tão drástica, se houve manifestações oficiais anteriores que poderiam ser consideradas um “aviso” do que estava por vir, não é avaliação que pretendemos fazer agora. Compreendemos especialmente que as muitas centenas de brasileiros que foram calados, desmonetizados ou mesmo presos graças a Moraes, bem como os parentes dessas pessoas e todos os que se solidarizam com as vítimas do arbítrio, estejam em júbilo com a decisão norte-americana. Mas também para essas pessoas é preciso fazer um aviso importante: não é uma cavalaria em branco, azul e vermelho, capitaneada por Donald Trump e Marco Rubio, que salvará o Brasil e devolverá a democracia ao país.


Se hoje o Brasil passa a vergonha global de ter um juiz de sua suprema corte colocado ao lado de gente como o ditador da Belarus e os responsáveis pelo assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, é graças a uma outra vergonha, ainda maior: a omissão, quando não o aplauso, de todos os que poderiam ter freado os ímpetos autoritários de Moraes e não o fizeram. Jornalistas que elogiaram a censura, instituições da sociedade civil que se calaram diante da abolição do devido processo legal, deputados que avalizaram a destruição da imunidade parlamentar, senadores que, sendo o contrapeso constitucional ao STF, se esconderam em vez de levar adiante processos de impeachment mais que justificados – todos esses ajudaram, de alguma forma, a alimentar a enorme desordem que vivemos hoje, e que dá margem a respostas estrangeiras como a que acaba de ocorrer.


São esses brasileiros que precisam reconhecer o seu papel no processo que levou ao fim da democracia no Brasil e, mais que fazer um mea culpa, têm de lutar para desfazer o estrago causado pela autocracia judiciária, cada um agindo da forma que lhe cabe, na arena da opinião pública ou no parlamento. A crítica firme ao sistema de censura que se instalou no Brasil, a defesa intransigente das garantias individuais contra os abusos do sistema persecutório, a proteção das garantias parlamentares, a investigação do arbítrio por meio da CPI do Abuso de Autoridade, a responsabilização de ministros no Senado: nenhum norte-americano, por mais poderoso que seja, é capaz de fazer isso em nosso lugar.


A restauração da democracia no Brasil depende necessariamente destas medidas, muito mais que de quaisquer sanções estrangeiras. Estas últimas, independentemente de serem ou não justificadas, podem ter efeitos ainda desconhecidos e imprevisíveis – basta ver como Lula conseguiu reverter uma parcela de sua impopularidade apelando para um patriotismo de botequim em reação ao tarifaço de Trump. Já uma fortíssima reação interna contra os desmandos do Judiciário será praticamente impossível de frear, caso os brasileiros estejam firmemente decididos a não mais se acovardar. Não podemos terceirizar a tarefa de salvar o país do autoritarismo: só os brasileiros podem realizar a necessária virada.”

Papo de um Economista de Mercado 17

 Diário de um economista de mercado 17


1. Nas minhas andanças pela terrinha, me recordo impressionado do "gap" civilizacional entre ambos os países, Brasil e Portugal. 


2. Não tem este papo academista e tolo de que a Europa é mais desenvolvida economicamente que o Brasil. Não é. O que eles têm é o que chamo de "marco civilizatório", suas instituições são respeitadas e preservadas. Ao contrário das nossas.


3. Portugal tem isso. É um povo melancólico, triste até, conformado. Mas possuem este traço, são "suaves" e tolerantes no trato diário. Por exemplo, aceitam bem os imigrantes.


4. Argumento que os "patrícios" são tolerantes e pela pobreza, muito "econômicos". Dizem ser forte a influência judaica.


5. Tudo isso para dizer que eu ficava abismado ao ver os potenciais em recursos naturais do Brasil, a riqueza em recursos, não ter dependência ao exterior. 


6. O Brasil é uma potência da natureza. Seus recursos naturais são abundantes, assim como seus recursos humanos, pela diversidade e criatividade. 


7. Não entendia por que somos tão "atrasados". Talvez pela ausência de mecanismos institucionais mais maduros. Talvez...


8.O Congresso é um acúmulo de "fichas sujas", sendo minoria os de "boa fé", com espírito público; o Judiciário está na mão de uma instância tóxica, nomeada por critérios nebulosos; e o Executivo? São mais de 20 anos de governanças em baixo nível, somos liderados por populistas despreparados. 


Não pode dar certo...


Vamos monitorando.

Papo de um Economista de Mercado 29

 Papo de um Economista de Mercado 29


Agenda

JHN Consulting 


1. Considero esta quarta-feira (10) um momento crucial no Brasil, no mundo.


2. Pelo lado das reuniões de política monetária, a expectativa é de que nos EUA o Fed mantenha a taxa de juros em 4,25% a 4,50%, mesmo com as pressões em contrário do governo Trump, em embate com o presidente da instituição, Jerome Powell. Cresce, inclusive, a tese da manutenção da taxa, dada a instabilidade com a "guerra tarifária". Neste caso, a inflação estaria no radar.


3. Em direção semelhante, temos por aqui a decisão do Copom, também pela manutenção da Selic em 15% anuais. O momento de instabilidade, com o governo Trump impondo uma "mão pesada" de 50% de tarifa de importação para bens domésticos, também é um complicador, assim como a inflação, pelo IPCA, ainda fora da meta, com projeção para este ano acima do teto, mais próxima de 5,70% pela Focus.


4. Ainda temos o dia 1/8 como crucial, quando o governo Trump deve impor esta "mão pesada". Lembrando que o governo brasileiro vem tentando estabelecer algum canal de comunicação com o americano, dificultado pela questão política.


5. Mesmo assim, possível que alguns alimentos, café, laranja, por exemplo, e a Embraer tenham algum atenuante neste front de tarifação. 


6. Nos EUA, ainda temos nesta semana uma agenda pesada de indicadores de mercado de trabalho, destacando o Jolts, o ADP, em geração de empregos privados, e o payroll, todos importantes para a decisão do Fed. 


7. Em complemento, ainda temos o PCE, indicador de gastos de consumo nos EUA, muito acompanhado pelo Fed. Saem também diversos indicadores de crescimento da economia no mundo.


8. Fato é que, neste momento de "stress", pelo "tarifaço", estes dados podem se tornar essenciais para a decisão do Fed, mesmo que divulgados com "atraso".


Vamos monitorando.

Papo de um Economista de Mercado 30

 Diário de um economista de mercado 30


1. Continuam repercutindo as decisões de ontem do presidente norte-americano, Donald Trump, contra as tarifas de importação de bens brasileiros para os EUA. 


2. Acabou frustrando um pouco á alguns, ou agradando à muitos, que esperavam algo mais radical. 


3. Produtos estratégicos para ambos os lados, como os aviões da Embraer, peças de aviação, papel e celulose, ferro gusa, suco de laranja, cerca de 694, num universo de 4 mil na pauta de exportações para os EUA, acabaram poupados.


4. Em números, estas exceções representam cerca de 43,4% das exportações brasileiras aos EUA em 2024. Nada mal. Poderia ter sido bem pior.


5. Por outro lado, restrições financeiras "caíram no colo" do ministro do STF, Alexandre de Moraes, à partir da aplicação da Lei Magnitisky. Parte do Judiciário considera esta decisão um ataque à democracia. 


6. Sim. Verdade. Concordo em parte. Mas este discurso se aplicaria à um regime democrático consolidado, não à um regime em que o STF, dominado por interesses outros, se move para proteger o governante de ocasião,  não a Constituição Federal da República Brasileira.


7.  Sobre o imbróglio comercial, expectativa é que ainda não acabou. Parte do Congresso americano considera como possível uma retaliação pelo fato do governo brasileiro continuar a comprar óleo e fertilizantes da Rússia. Uma nova lei pode ser aplicada neste caso, contra países q mantém relações comerciais com autocracias ou teocracias.


8. O q me parece fato concreto é que o governo brasileiro "esticou" a corda até onde pode. 


9. Foram vários os movimentos realizados à revelia dos interesses norte-americanos, ou mesmo em provocação. Até mesmo acusações (ou suspeitas) de fornecimento de urânio enriquecido ao Irã pairam sobre o governo do PT. 


10. Já comentei sobre isso. Tudo no terreno das bravatas, em discursos do "presidente" em fóruns internacionais como no BRICS, contra o dólar, criticando Israel, falando em genocídio, criticando o trumpismo, etc. 


Agora, arquem com as consequências.

Papo de um Economista de Mercado 31

 Papo de um Economista de Mercado 31


1. Certa feita, me vi no meio de um debate em torno das conquistas "douradas" da social democracia do mundo desenvolvido, em especial,  

da Europa, em Portugal, onde me atrevi a viver por seis anos.


2. Bom. Vamos aos fatos. Por lá, os subsídios sociais são abundantes e vamos combinar? geradores de distorções crônicas. 


3. Em maioria, são focados para os tais grupos mais fragilizados, como os ciganos. Estes, por inúmeros mecanismos de transferência de renda, podem vir a ganhar mais de mil euros mensais. E de boa? Não são poucos os que optam por não trabalhar, a viver destes subsídios.


4. Andam em bando e um protege o outro. 


5. Me recordo um episódio no Hospital Espírito Santo, em Évora, na Emergência, em q eles chegaram, em bando, ameaçando quebrar tudo se não fossem os primeiros. Haviam senhas, triagens, ordem. Foram respeitadas? claro que não.


6. Em verdade, são tantos subsídios, por filho, velhice, comorbidade, minoria, raça e gênero, q muitos optam por não trabalhar.


7. Lembrando q a tributação é pesada por lá, na média, a partir de 43% no IR. 


8. Um detalhe é q na legislação trabalhista também são muitos os "direitos", poucos os deveres. Gente com muitíssimos anos de trabalho faz "corpo mole", vive de atestados, pois sabe q o custo do empregador para demitir é muito elevado. Minha esposa, em escolas, era um exemplo, se empenhava, enquanto as velhinhas só na embromação...


9. Por isso, o salário mínimo ser um do mais baixos da Europa,  850 euros. Como sustentar uma seguridade social em q mais ingressam na aposentadoria do que no mercado de trabalho?


10. Sistema distorcido de "repartição", em q faltam recursos para pagar os aposentados. Quem está "sustentando" agora são os imigrantes, a aceitarem este salário, ingressando na seguridade. Dormem na rua (renda em Ptg é proibitiva), mas estão "empregados"...


11. E tudo piora qdo falamos do sistema de saúde. No SNS, os médicos, em maioria, despreparados, ultrapassados, nem tocam em vc, nem tiram a sua pressão! E os hospitais fechando várias áreas, como pediatria, por não terem recursos para atender os "utentes".


12. Uma coisa boa. Tem-se um aplicativo do SNS e com este podes comprar remédios subsidiados. Ao menos isso...Valor dos remédios, em torno de 1 a 3 euros.


13. Em Évora, era atendido no posto de saúde por um senhor de mais de 80 anos, q adorava falar da vida dele, se jactando da sua Mercedes na garagem. Atender que era bom? Esquece...

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Tarifaço recupera trade eleitoral*


Na agenda dos indicadores, saem o payroll (9h30) e a produção industrial do IBGE (9h)


… Apple saltou 2,5% no after market com as vendas do iPhone bombando no terceiro trimestre. Já Amazon afundou quase 7%, frustrada pelos guidances. Aqui, Vale abre sob a primeira impressão positiva do balanço de ontem à noite e da distribuição de JCP. O ADR subiu 0,5% em NY. Na agenda dos indicadores, a produção industrial do IBGE (9h) deve voltar a crescer em junho, depois do recuo em junho. Nos EUA, o payroll (9h30) deve exibir nova desaceleração em julho, mas o Fed segue insensível a já projetar corte do juro em setembro, de olho no desfecho das negociações tarifárias. Venceu à meia-noite o deadline de Trump. A Casa Branca anunciou tarifas para mais de 60 parceiros. A do Canadá subiu de 25% para 35%. Ainda falta saber se a trégua com a China será estendida. Em Brasília, Lula articula reação à ofensiva contra o Brasil e o STF, enquanto o mercado teme o capital político que a crise rende ao governo.


CAIU NO COLO – O País unido contra Trump era tudo que o governo mais precisava para recuperar a popularidade. As pesquisas já começam a capturar o efeito do tarifaço na aprovação do Planalto, e Lula vai surfar nesta onda.


… O Valor apurou que, em reunião com auxiliares, o presidente decidiu que vai recorrer, mais uma vez, a um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para responder às recentes sanções dos Estados Unidos.


… A dúvida na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) é qual a melhor data para a veiculação da mensagem presidencial. Uma das possibilidades é que o discurso de Lula seja exibido já no próximo domingo.


… Ele pretende discursar tanto sobre a sobretaxa de 50% contra produtos brasileiros como sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, em defesa da soberania, da independência do Judiciário e também do Pix.


… Faturando o bom momento, Lula aumenta sua exposição e marcou para hoje (10h), no Palácio do Planalto, a cerimônia de entrega simultânea de 1.876 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Casa, vitrine eleitoral do PT.


… A data do evento é simbólica e havia sido escolhida a dedo por Lula, já que coincidiria com o dia em que, inicialmente, a sobretaxa dos Estados Unidos sobre o Brasil entraria em vigor, depois adiada por Trump para o dia 6.


… Sondagem AtlasIntel/Bloomberg revelou que a maré de desgaste do governo Lula começa a virar. Pela 1ª vez no ano, a aprovação da gestão (50,2%) superou a reprovação (49,7%). A margem de erro é de 1 ponto percentual.


… No levantamento anterior, a desaprovação ao governo era de 50,3% contra 49,7% de aprovação.


… Em outro recorte do cenário atual, o Datafolha foi às ruas para avaliar o efeito do tarifaço e da investida política de Trump sobre o sentimento. Nove em cada dez brasileiros (89%) avaliam que a taxação vai prejudicar a economia.


… Até mesmo entre os eleitores de Bolsonaro, a avaliação ampla (92%) é de que as medidas do governo norte-americano serão prejudiciais ao Brasil. É curioso que este porcentual seja superior ao do eleitorado de Lula (87%).


… Outra surpresa é que, apesar da esmagadora percepção entre os que votaram em Bolsonaro de impacto negativo do tarifaço na economia brasileira, 66% avaliam que Trump está certo ao tentar interferir no Judiciário.


… No total da população, 57% avaliam que o republicano não deveria pedir o fim do julgamento de Bolsonaro.


TEM ATÉ DIA 6 – Em conversa com repórteres na porta da Fazenda, Haddad informou que será agendada uma segunda conversa com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, para discutir o tarifaço.


… Segundo o ministro, nada do que foi decidido contra o Brasil não pode ser revisto e esta semana é o começo de uma conversa “mais racional, mas sóbria, menos apaixonada” para explicar como funciona o Judiciário no Brasil.


… “Vamos recorrer nas instâncias devidas tanto nos Estados Unidos quando nos espaços internacionais”, afirmou.


… Fontes do Valor informaram que a ordem passada à diplomacia e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) é continuar apresentando o Brasil publicamente como um país aberto à conciliação.


… Ainda assim, nos bastidores, integrantes do Executivo admitem que a Lei da Reciprocidade segue sendo tratada como uma das cartas na manga que o governo cogita usar se os americanos continuarem fechados a negociar.


… Indignados com as tarifas “imprudentes” contra o Brasil, quatro senadores americanos preparam uma manobra política que pode forçar o Senado americano (que só volta do recesso em setembro) a votar a taxação de 50%.


… Os democratas Chuck Schumer, líder da minoria no Senado, Jeanne Shaheen, Tim Kaine e Ron Wyden planejam apresentar uma “legislação privilegiada’’, uma forma de regime de urgência para desafiar as tarifas impostas.


… No texto, os senadores alegam que a alíquota de 50% contra o Brasil aumentará os custos para os americanos em produtos domésticos básicos, prejudicará as economias de ambos os países e poderá aproximar o País da China.


PLANO DE CONTINGÊNCIA – Lula decidiu que não haverá mais a divulgação de um pacote. Ele preferiu optar por anúncios pontuais de medidas, segundo O Globo, dependendo do avanço das negociações com os americanos.


… Entendimento do governo é de que ainda há espaço para concessões por parte do governo de Washington.


… O governo Lula avalia que o café ainda poderá ser contemplado na exceção global das tarifas de Trump. O secretário de Comércio de EUA, Howard Lutnick, sinalizou que “recursos naturais” poderiam ser isentos.


… O setor de varejo e a indústria devem apresentar um “manifesto antitarifaço” para o governo federal.


… O texto, obtido pelo Valor, defende medidas de estímulo aos negócios, como suspensão da elevação do IOF e apoio financeiro aos segmentos por meio de linhas de apoio ao ACC, o adiantamento de contratos de câmbio.


… O documento fala ainda em simplificação na contratação de funcionários na base CLT, para absorver empregados que forem demitidos durante o tarifaço. Ainda não está definido quais entidades assinarão o material.


… Levantamento preliminar do governo indica que, na prática, depois das quase 700 exceções anunciadas pela Casa Branca, 44,6% das exportações brasileiras serão poupadas e a tarifa americana incidirá sobre 35,9% da pauta.


JANTAR COM A CORTE – A portas fechadas, no Palácio da Alvorada, Lula conseguiu se reunir com seis dos 11 ministros do STF convidados. Só faltaram André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.


… Como ontem foi o último dia do recesso no tribunal, nem todos os magistrados compareceram.


… O encontro foi uma forma de Lula demonstrar solidariedade em relação às sanções impostas por Trump contra o Poder Judiciário e a expectativa era de que o presidente apresentasse a estratégia jurídica para reverter a investida.


… Em apuração do Broadcast, a AGU avalia acionar a Justiça americana contra a sanção a Moraes, enquadrado pela Lei Magnitsky, e teria que contratar escritório de advocacia nos EUA com legitimidade para acionar o Judiciário lá.


… Outra possibilidade na mesa é questionar a violação ao direito internacional na Corte Internacional de Justiça, ligada à ONU. O advogado-geral da União, Jorge Messias, participou do jantar ontem com os ministros do Supremo.


… Também o PGR, Paulo Gonet, marcou presença. Moraes se sentou entre ele e Lula, que considerou as sanções ao ministro como uma “afronta ao Brasil” e disse que não vai tolerar intromissões do governo americano no Judiciário.


… A sessão de reabertura dos trabalhos no Supremo está agendada para hoje, às 10 horas.


… Além de Barroso, outros ministros pretendem discursar em defesa de Alexandre de Moraes e do tribunal, em reforço à postura da Corte de não se render a pressões políticas no curso do processo sobre a trama golpista.


TACO? – Horas depois de o governo americano ter anunciado a elevação de 25% para 35% da tarifa sobre os produtos canadenses, Trump afirmou que está aberto a novas discussões com o primeiro-ministro, Mark Carney.


… Comunicado da Casa Branca havia atribuído a taxação maior à falta de cooperação do Canadá no combate às drogas. Além disso, a decisão sugeria uma retaliação por Carney ter prometido reconhecer a Palestina em setembro.


… Ainda ontem, Trump adiou o aumento das tarifas ao México por 90 dias, que durante os próximos três meses continuará pagando 25% sobre fentanil, 25% sobre carros e 50% sobre aço, alumínio e cobre.


PAYROLL – Dois dias depois de Powell ter comentado na coletiva do Fed que precisa de mais evidências de fraqueza do mercado de trabalho para defender um corte do juro em setembro, o relatório de emprego deve desacelerar.


… Analistas esperam a criação de 101 mil postos em julho, pelo Projeções Broadcast. Caso se confirme, o número representará perda de fôlego contra junho (147 mil vagas) e maio (139 mil). As projeções vão de zero a 170 mil.


… O salário médio por hora deve avançar 0,3%, acima do 0,22% do mês passado. Na comparação anual, deve vir em 3,8%, ligeiramente abaixo da variação de 3,9% de junho. Já a taxa de desemprego deve subir de 4,1% para 4,2%.


… Por enquanto, o mercado vai descolando as apostas de flexibilização monetária pelo Fed para outubro.


… De volta à rotina de insultos contra Powell pela demora em baixar os juros, Trump insinuou que o presidente do Fed age por motivação política em favor dos democratas e o chamou de “estúpido”, “perdedor” e “não inteligente”.


MAIS AGENDA – Além do payroll, sai nos Estados Unidos a leitura de julho do PMI industrial medido pela S&P Global (10h45) e pelo ISM (11h). A expectativa de inflação será conferida no sentimento do consumidor/Michigan (11h).


… No mesmo horário, têm os investimentos em construção em junho. Às 14h, dados de petróleo da Baker Hughes.


… O PMI industrial de julho será divulgado na Alemanha (4h55), zona do euro (5h), Reino Unido (5h30). Às 6h, é a vez do dado preliminar de julho do CPI na zona do euro. O teste de estresse de bancos da UE vem às 13h.     


AFTER MARKET – Apesar de o lucro da Amazon, de US$ 1,68 no segundo trimestre, ter superado a previsão de US$ 1,33, a projeção de US$ 18 bi de lucro operacional para o terceiro trimestre decepcionou a aposta de US$ 19,5 bi.


… Já a Apple agradou lucro líquido de US$ 23,43 bilhões no terceiro trimestre fiscal e lucro ajustado por ação de US$ 1,57, acima da previsão de US$ 1,43. A receita de US$ 94,04 bi também veio melhor que a projeção de US$ 89,30 bi.


… Hoje, a Chevron e a Exxon Mobil divulgam os seus balanços antes da abertura do mercado em Nova York.


CHINA HOJE – O PMI industrial medido pelo setor privado (S&P Global) retornou ao território contracionista em julho, caindo para 49,5, de 50,4. A leitura veio em linha com a deterioração registrada um dia antes pelo dado oficial.


JAPÃO HOJE – O PMI industrial caiu de 50,1 em junho para 48,9 em julho, segundo pesquisa final da S&P Global. O indicador ficou abaixo do patamar neutro de 50, ou seja, indicando contração da atividade econômica no país.


AQUI – O cenário de juro restritivo deve limitar o crescimento da produção industrial de junho a 0,3%. Ainda assim, se confirmada a mediana no Broadcast, o resultado marcará uma recuperação contra o recuo de 0,5% em maio.  


… Já na comparação com junho do ano passado, o indicador deve apresentar uma contração de 0,6%.


… Às 8h, sai a prévia do IPC-S. Após o fechamento do mercado, a Fertilizantes Heringer divulga seu balanço.


TRADE ELEITORAL VOLTA COM TUDO – Apesar de alguns analistas dizerem ser cedo para negociar em cima da eleição presidencial de 2026, Lula volta a ser mais competitivo que seus concorrentes e assusta os mercados.


… Como lembrou o Valor, no primeiro semestre, bancos estrangeiros como Morgan Stanley e JPMorgan haviam reforçado o otimismo com as ações brasileiras devido à chance de eleição de um governo de direita e pró-mercado.


… A sorte parece estar mudando, embora a aposta seja mesmo prematuras, em especial se houver desaceleração relevante da economia no fim deste ano.


… Seja como for, no day after ao alívio parcial no tarifaço de Trump ao Brasil, o Ibovespa cedeu 0,69%, aos 133.071 pontos, com giro de R$ 21,2 bilhões. No mês, acumulou perda de 4,17%.


… Os frigoríficos lideraram as baixas do pregão, já que as carnes ficaram de fora da lista de exceções do tarifaço de 50%. Marfrig derreteu 10,2% (R$ 21,30), BRF levou um tombo de 5,65% (R$ 20,05) e Minerva, de 4,45% (R$ 4,94).


… Blue chips também foram mal. Vale (-0,71%; R$ 53,46), novamente acompanhou a queda do minério de ferro, desta vez de 2,38%.


… A AGU ajuizou ação no TRF-6 contra a Vale, cobrando o ressarcimento de R$ 2 bilhões por danos causados ao patrimônio público. A mineradora é acusada de extração irregular na mina do Tamanduá, em Nova Lima (MG). 


… O petróleo também recuou e Petrobras ON caiu 0,56% (R$ 35,79), enquanto a PN perdeu 0,40% (R$ 32,64). Com realização de lucros sobre os ganhos recentes, o Brent para outubro caiu 1,06%, a US$ 71,70. No mês, subiu 6,8%.


… Ambev também teve queda expressiva (-5,25%; R$ 12,46) depois da divulgação do balanço, com várias instituições reforçando indicação “neutra” para a ação.


… Usiminas liderou as altas com 5,80% (R$ 4,38), após notícia de que a CSN vendeu quase metade de sua posição no ativo por determinação do Cade.


… A Globe Investimentos, veículo de investimentos financeiros da família Batista, comprou os 4,99% das ações vendidas pela CSN.


… Fora do tarifaço, Embraer teve nova alta expressiva: +5,78% (R$ 80,66), seguida de TIM (+3,50%; R$ 20,71), que recebeu recomendação de compra pelo JPMorgan após resultados “sólidos” no segundo trimestre.


… Entre os grandes bancos, só Itaú ON subiu 0,26% (R$ 31,33). Bradesco ON caiu 0,45% (R$ 13,40), a unit do Santander cedeu 0,64% (R$ 26,43) e Banco do Brasil recuou 1,01% (R$ 19,70).


EFEITO COLATERAL – Às voltas com o tarifaço e a forte saída de fluxo gringo, o Ibovespa teve o pior julho em 14 anos, desde 2011. Caiu dos 141 mil pontos para 133 mil pontos, depois do melhor primeiro semestre desde 2016.


… O dólar voltou aos R$ 5,60 e os juros futuros incorporaram prêmio de risco durante o mês desafiador.


… Desde novembro, o real não ia tão mal contra a moeda americana, que subiu 3,07% em julho e 0,21% ontem, em meio à disputa pela Ptax do mês. Depois de vários dias testando os R$ 5,60, a moeda fechou em R$ 5,6008.


… Commodities em queda e o trade eleitoral pesaram no câmbio ontem, além da alta da moeda americana lá fora com o discurso mais duro de Jerome Powell (Fed) na 4ªF continuando a reverberar no mercado.


… Mas o carry trade favorável, com o Copom reforçando a mensagem de Selic em 15% por período “bastante” prolongado, impediu um salto maior do dólar no dia.


… Em NY, o índice DXY avançou 0,15%, a 99,968 pontos, depois de tocar nos 100 pontos pela primeira vez desde maio, puxado pelo PCE acima do esperado (leia abaixo). Em julho, o índice subiu 3,25%.


… O euro subiu a US$ 1,1430, mas a libra recuou a US$ 1,3223. O dólar subiu a 150,71 ienes, após o Banco do Japão (BoJ) manter em 0,50% a taxa de juros, conforme o esperado.


… Nos juros, a mensagem hawkish do Copom, que não enfatizou os sinais recentes de desaceleração da economia e da inflação,  esfriaram a expectativa por cortes da taxa no curto prazo.


… A Pnad do segundo trimestre, com uma taxa de desemprego de 5,8%, a menor da série histórica iniciada em 2012, corroborou a cautela do Copom, que no comunicado da decisão citou o “dinamismo” do mercado de trabalho.


… A pesquisa AtlasIntel também deu sua contribuição para manter os juros pressionados, já que mostrou chances maiores da continuidade de uma política fiscal mais expansionista com Lula encorajado pela reação na popularidade.


… Nos números apresentados pelo BC ontem, a dívida bruta do setor público consolidado, que inclui Estados, municípios e algumas estatais, subiu de 76,1% em maio para 76,6% do PIB em junho.


… A dívida líquida atingiu o recorde da série histórica (iniciada em 2001), em 62,9%.


… A taxa do DI Jan/26 subiu de 14,915% no ajuste anterior para 14,92%; a do DI Jan/27 saltou de 14,225% para 14,365%; a do DI Jan/29 teve forte avanço de 13,42% a 13,57%; e a do DI Jan/31 aumentou de 13,64% para 13,75%.


NEM TUDO É BIG TECH – Com balanços fortes, Microsoft e Meta ajudaram o Nasdaq a fechar no azul, mas falharam em expandir o otimismo de uma forma mais abrangente no mercado de ações em NY.


… Em parte, as bolsas reagiram negativamente a mais uma tentativa de interferência de Trump no setor privado. Em carta enviada a 17 farmacêuticas, ele exigiu queda nos preços dos remédios em até 60 dias, sob pena de represálias.


… Merck (-4,44%), Pfizer (-2,18%), Eli Lilly (-2,63%) e Johnson & Johnson (-1,51%) foram algumas das citadas na carta.


… Não à toa, o setor de saúde caiu 2,79%, no pior desempenho entre os 11 segmentos do S&P 500.


… O PCE, acima do esperado nas leituras anuais, corroborando a cautela do Fed no juro, foi mais um fator a não dar motivo de animação para a renda variável.


… O índice de inflação preferido do Fed acelerou de 0,2% em maio para 0,3% em junho, dentro do consenso. Mas em relação a junho de 2024, subiu 2,6%, vindo de alta de 2,4% em maio, e acima da expectativa de 2,5%.


… O núcleo do índice, que exclui itens mais voláteis, também acelerou de 0,2% para 0,3%, dentro do esperado. Na comparação anual se manteve em 2,8%, mesma leitura de maio, mas acima dos 2,7% esperados pelo mercado.


… As tarifas impostas por Donald Trump ajudaram a elevar os preços e alimentam expectativas de que a pressão inflacionária pode se intensificar nos próximos meses, segundo a Reuters.


… “A inflação continua firme e justifica a decisão do Fed de manter os juros”, disse Clark Bellin, da Bellwether Wealth, à Bloomberg.


… “Mas o mercado de ações não precisa de corte de juros para subir. Prova disso é que registra ganhos fortes neste ano, sem qualquer baixa dos Fed funds.”


… Os pedidos de auxílio-desemprego somaram 218 mil na semana, ante expectativa de 222 mil, indicando estabilidade no mercado de trabalho.


… Em Wall Street, o Nasdaq subiu 0,15%, a 21.129,67 pontos, puxado por Meta Plataforms (+11,25%) e Microsoft (+3,95%) após os balanços que agradaram o mercado.


… Por alguns instantes, a companhia de Bill Gates foi a segunda corporação a ultrapassar o valor de mercado de US$ 4 trilhões, depois da Nvidia.


… O S&P 500 recuou 0,12%, aos 6.362,92 pontos e o Dow Jones caiu 0,38%, aos 44.461,28 pontos.


… Os retornos dos Treasuries ficaram mistos. O juro da T-Note de 2 anos avançou a 3,955%, de 3,951% na sessão anterior, e o da T-Note de 10 anos recuou a 4,375%, de 4,379%. O do T-Bond de 30 anos subiu a 4,906%, de 4,905%.


CIAS ABERTAS – PETROBRAS elevou em 4,7% o preço médio de venda do querosene de aviação (QAV) às distribuidoras a partir de hoje. O aumento corresponde a acréscimo de R$ 0,16 por litro contra julho.


VALE teve lucro líquido de US$ 2,117 bilhões no 2º trimestre, queda de 24% na comparação anual; Ebitda ajustado caiu 15%, para US$ 3,386 bilhões; e receita líquida diminuiu 11%, para US$ 8,804 bilhões…


… Conselho de administração aprovou a distribuição de JCP bruto de R$ 1,8953 por ação; ex em 13 de agosto na B3, com pagamento em 3 de setembro.


… O colegiado autorizou o uso de um ou mais dos instrumentos financeiros TSR, ESR e ASR em apoio à estratégia de execução do Programa de Recompra de até 120 milhões de ações ON da companhia.


GERDAU registrou lucro líquido ajustado de R$ 864 milhões no 2º trimestre, queda de 8,6% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 2,56 bilhões, queda de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024…


… Empresa aprovou a distribuição de R$ 239,4 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,12 por ação, com pagamento em 18/8; ex em 12/8.


METALÚRGICA GERDAU aprovou a distribuição de R$ 79,4 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,08 por ação, com pagamento em 19/8; ex em 12/8.


CSN reduziu o prejuízo líquido para R$ 130,4 milhões no segundo trimestre, o que representou uma melhora de 41,7% sobre igual período de 2024, mas contrariou a previsão de lucro líquido de R$ 464 milhões.


… O Ebitda ajustado foi de R$ 2,643 bilhões, queda de 0,1% sobre o mesmo intervalo do ano passado, mas 8,3% acima do esperado. A receita líquida totalizou R$ 10,693, queda de apenas 1,7% contra um ano antes.


CSN MINERAÇÃO. O lucro de R$ 115,8 milhões no segundo trimestre ficou 28,9% abaixo do esperado pelo mercado. Já o Ebitda de R$ 1,268 bilhão e a receita líquida de R$ 3,4 bilhões ficaram em linha com as expectativas.


MARCOPOLO registrou lucro líquido de R$ 321,1 milhões no 2º trimestre, alta de 28% na comparação anual; Ebitda somou R$ 398,3 milhões, crescimento de 4,2% ante mesmo período de 2024.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: 3 das 7 Magníficas em bom rumo. Meta +11% e Microsoft +4% após resultados, mas bolsas em baixa ontem. E ontem à noite, após o fecho, Apple +2%, graças aos bons resultados e com China a voltar a crescer depois de 2 anos; e Amazon -7%, após umas guias 3T’25 fracas. Como temos vindo a dizer na nossa Estratégia de Investimento 3T, a tecnologia parece imune à guerra comercial e, por isso, continua a ser um dos nossos setores favoritos. Com 297 empresas publicadas nos EUA, o saldo de EPSs é muito positivo este trimestre, com um crescimento de +9,3% face a +5,8% esperado antes do início da temporada. E esta boa evolução no plano empresarial está a fechar progressivamente e diferença entre os EUA e a Europa nas bolsas este ano: +8,0% vs. +9,1%. 


O Deflator do Consumo Privado PCE (junho) nos EUA aumentou mais do que o esperado até +2,6% vs. +2,4% ant., com a subjacente a repetir em +2,8%. Como já vimos com a inflação, este progressivo aumento do nível de preços mostra que as tensões alfandegárias têm impacto na economia e subtrai opções de que a Fed baixe taxas de juros a curto prazo. Nós apenas estimamos um corte este ano, em setembro, de -25 p.b. até 4,00%/4,25%.


E voltamos à mesma história de sempre: Trump e os impostos alfandegários. Esta madrugada, eleva-os a vários países a dá mais uma semana para a sua entrada em vigor. Os principais: Canadá 35%, Brasil 50%, Índia 25%, Suíça 39%, México 30% (embora prolongue em 90 dias a trégua para continuar as negociações). Continuam as ameaças, as prorrogações e o ruído na frente alfandegária que faz com que o mercado retire cada vez mais importância, como indicam os futuros praticamente planos.


Na frente macro teremos IPC da UE (junho; 10 h) que se situará abaixo de +2,0%. Esperamos poucas novidades após se ter conhecido já o de França (+1,0%), Alemanha (+2,0%) e Espanha (+2,7%) em linha. Situação cómoda para o BCE, de momento, com inflação controlada, desemprego em mínimos e economia a escapar do estancamento no 2T, apesar dos impostos alfandegários. Nos EUA, teremos os resultados oficiais do emprego (julho; 13:30 h). Esperam-se resultados fracos (+104k esp. vs. +147k ant.), que, de cumprir expetativas seria o registo mais baixo dos últimos 8 meses. 


Tem lógica esta desaceleração dada a incerteza que há desde o Liberation Day (2 abril), mas como Powell já comentou, na quarta-feira, não é um tema que lhes preocupe ao estar em bom estado de forma. 


CONCLUSÃO: Ruído em termos alfandegários, resultados bastante mistos e macro débil pesarão sobre as bolsas na sessão. 


S&P500 -0,4% NQ100 -0,6% SOX -3,0% ES-50 -1,4% VIX 16,7% BUND 2,73%. T-NOTE 4,38%. SPREAD 2A-10A USA=+42,1PB B10A: ESP 3,31% ITA 3,57%. EURIBOR 12M 2,12% USD 1,143. JPY 172,2. OURO 3.291$. BRENT 71,6$. WTI 69,1$. BITCOIN -1,2% (115.155$). ETHER -2,3% (3.650$).


FIM

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...