Papo de um Economista de Mercado 29
Agenda
JHN Consulting
1. Considero esta quarta-feira (10) um momento crucial no Brasil, no mundo.
2. Pelo lado das reuniões de política monetária, a expectativa é de que nos EUA o Fed mantenha a taxa de juros em 4,25% a 4,50%, mesmo com as pressões em contrário do governo Trump, em embate com o presidente da instituição, Jerome Powell. Cresce, inclusive, a tese da manutenção da taxa, dada a instabilidade com a "guerra tarifária". Neste caso, a inflação estaria no radar.
3. Em direção semelhante, temos por aqui a decisão do Copom, também pela manutenção da Selic em 15% anuais. O momento de instabilidade, com o governo Trump impondo uma "mão pesada" de 50% de tarifa de importação para bens domésticos, também é um complicador, assim como a inflação, pelo IPCA, ainda fora da meta, com projeção para este ano acima do teto, mais próxima de 5,70% pela Focus.
4. Ainda temos o dia 1/8 como crucial, quando o governo Trump deve impor esta "mão pesada". Lembrando que o governo brasileiro vem tentando estabelecer algum canal de comunicação com o americano, dificultado pela questão política.
5. Mesmo assim, possível que alguns alimentos, café, laranja, por exemplo, e a Embraer tenham algum atenuante neste front de tarifação.
6. Nos EUA, ainda temos nesta semana uma agenda pesada de indicadores de mercado de trabalho, destacando o Jolts, o ADP, em geração de empregos privados, e o payroll, todos importantes para a decisão do Fed.
7. Em complemento, ainda temos o PCE, indicador de gastos de consumo nos EUA, muito acompanhado pelo Fed. Saem também diversos indicadores de crescimento da economia no mundo.
8. Fato é que, neste momento de "stress", pelo "tarifaço", estes dados podem se tornar essenciais para a decisão do Fed, mesmo que divulgados com "atraso".
Vamos monitorando.
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