domingo, 21 de setembro de 2025

Leitura de domingo

 *Leitura de Domingo: BC diz que teto para dívida/PIB gera problemas graves à política monetária*


Por Célia Froufe


Brasília, 19/09/2025 - Senadores e assessores receberam mensagens extraoficiais do Banco Central apresentando pontos negativos e as "consequências graves" de uma possível aprovação da proposta do senador Renan Calheiros (MDB-AL) de dar mais credibilidade às contas públicas. Como mostrou a Broadcast, o relator do projeto que limita o endividamento da União, senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) incluiu um limite de 80% para a dívida bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).


Segundo as mensagens vistas pela Broadcast, os assessores e parlamentares foram alertados de que a proposta leva ao enfraquecimento institucional e de reputação do Banco Central. O texto alega que o BC pode ficar limitado à venda de títulos para administrar liquidez bancária e que pode comprometer controle da Selic, além de gerar "problemas graves" à política monetária e à estabilidade financeira.


A mensagem, que é informal e não está em qualquer documento oficial da instituição, revela que as "consequências da aprovação desta lei são bem graves para o BC". Dois aspectos da proposta chamam mais a atenção. O primeiro seria o de que a lei, se aprovada, leva "claramente ao enfraquecimento institucional do BC", pelo fato de a instituição não poder mais contar com a cobertura de resultados financeiros negativos pela União, que é feita por meio da emissão de títulos pelo Tesouro Nacional. Assim, a instituição teria que operar com patrimônio líquido negativo "a perder de vista". "Isso tem impacto na reputação do BC para alcance de seus objetivos."


O outro aspecto é considerado ainda mais grave, conforme as mensagens que chegaram aos senadores: o BC poderia ficar limitado no uso da venda de títulos para administrar a liquidez bancária e manter a taxa Selic perto da meta de juros estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Isso aconteceria, conforme o texto, assim que o limite do endividamento fosse alcançado, uma vez que a venda adicional de operações compromissadas implicaria em aumento do endividamento bruto, indicador utilizado pela lei para controle. "Isso aconteceria, mesmo o BC tendo uma carteira de títulos bem ampla disponível para uso em compromissadas", trouxe a mensagem.


A conclusão é a de que o controle da taxa Selic estaria, assim, comprometido e que isso traria também problemas graves não só para a condução da política monetária, mas para a estabilidade financeira. Outros aspectos da proposta ainda podem trazer limitações ao Banco Central. Um dos exemplos citados foi o uso de instrumentos cambiais.


"A prestação de garantias na B3 para execução dos swaps cambiais do BC é feita com TPF (taxa Ptax). Adicionalmente, quando o BC implementa ações para fortalecimento das reservas internacionais, são injetados reais na economia que devem ser esterilizados para controle da taxa Selic. O limite de endividamento certamente traria constrangimentos à aplicação dessas operações no mercado cambial", explicou o texto aos senadores.


Como alternativa a essa proposta, para preservar a capacidade institucional de o BC alcançar seus objetivos de política monetária e de estabilidade financeira, a mensagem sugere que se exclua a autoridade monetária de qualquer limite de endividamento na própria lei. Além disso, a mensagem cita a importância de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) autorizando o BC a emitir títulos próprios e eliminar qualquer restrição ao uso do instrumento para fins de política monetária.


Contato: celia.froufe@estadao.com


Broadcast+

Fabio Giambiagi

 Meninada, não percam esse artigo.

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A agenda oculta da anistia


Fabio Giambiagi Economista · 19 set. 2025


Eu pensava que quem vencesse o PT teria como prioridade fazer um forte ajuste, mas parece que me enganei


No debate sobre a anistia a Jair Bolsonaro, chama a atenção a ênfase com que a questão tem sido colocada por aqueles que afirmam que “não acreditam que existam elementos para ele ser condenado” e que, por isso, indultá-lo seria a “primeira coisa” que fariam se fossem eleitos para a Presidência da República. Eu pensava que, caso vencesse as eleições, o candidato que derrotasse o Partido dos Trabalhadores (PT) teria como prioridade aprovar um forte ajuste, mas parece que me enganei, à luz da bizarra prioridade já explicitada.


O problema não se limita à falta de compromisso dos maiores representantes da oposição em priorizar o desafio fiscal. Imaginemos que Lula tivesse sido vencedor das eleições de 2018, que em 2022, sendo presidente, enfrentasse Bolsonaro e que, perdendo a eleição, se negasse a aceitar o resultado. Indo além: imaginemos que Lula assistisse aos “companheiros” promoverem acampamentos Brasil afora até que, uma semana depois de Bolsonaro ser empossado, uma turba de baderneiros invadisse o Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), quebrando tudo e exigindo a nomeação de Lula no lugar do presidente escolhido pelas urnas.


Caro leitor, honestamente: o que pensaria de quem, em nome de uma “pacificação nacional” ( sic), pregasse a anistia aos vândalos, começando pelo líder? O que diria se, caso, neste Brasil hipotético, Fernando Haddad tivesse sido eleito governador de São Paulo no mesmo pleito de 2022, ele viesse a público dizer, com ar angelical, que não vê “elementos para condenar ninguém” pela destruição de nada menos que a sede dos Três Poderes da República?


A agenda oculta da anistia é uma decorrência lógica da atitude deste grupo político: a noção de que a eleição só vale quando eles vencem. Neste caso, teremos de reconhecer que quem deseja transformar o Brasil numa Venezuela – onde a eleição só pode ser vencida por Nicolás Maduro – é o bolsonarismo. Ou, por isonomia, teremos de dar ao PT, caso ele perca, o mesmo direito de invadir o Planalto, o Congresso e o STF – haveria anistia para eles também?


Não deixa de ser curioso que a atitude apontada neste texto seja manifestada por aqueles que dizem defender versões extremas do liberalismo. Na Argentina dos anos 70, dizia-se que a esquerda peronista queria repetir a Revolução Cultural Chinesa “sem revolução, sem cultura e sem chineses”. Já o bolsonarismo defende uma espécie de “liberalismo austríaco bras i l ei r o”, s em l i berali s mo, sem austríacos e, uma vez que o bolsonarismo hoje é comandado desde os Estados Unidos, aparentemente também sem brasileiros. •

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Teto da dívida pública

 *Senado discute teto para dívida pública e governo teme risco de moratória*


Na prática, se limite for atingido, não poderá haver novas despesas financeiras, o que inclui colocação de papéis para rolagem e também pagamento de juros


Um projeto de resolução em tramitação no Senado que estabelece um teto para a dívida bruta está causando preocupações em integrantes da equipe econômica do governo porque, na prática, poderá representar uma moratória da dívida pública.


A proposta define um teto para a dívida bruta equivalente a 80% do Produto Interno Bruto (PIB) ou seis vezes e meia o valor da receita corrente líquida da União acumulada nos doze meses imediatamente anteriores à sua apuração. Apenas a dívida bruta da União entraria no limite.


O que preocupa os economistas do governo é que, na prática, se esse limite for atingido, o governo estará impedido de fazer novas despesas financeiras, o que inclui a colocação de papéis para a rolagem da dívida vencida e também o pagamento de juros.


A interpretação de técnicos do governo é que a proposta limitaria, inclusive, a realização de operações compromissadas pelo Banco Central, que é um dos instrumentos utilizados para retirar o excesso de dinheiro em circulação na economia e manter a taxa Selic na meta estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). As compromissadas integram o conceito de dívida bruta da proposta, que usa o conceito adotado pelo Banco Central.


O projeto de Resolução do Senado n° 8 é de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e de outros sete senadores e tem chances de ser colocado para votação na próxima terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A proposta conta com parecer favorável do relator, o senador Orivosto Guimarães (PSDB-PR).


A proposta regulamenta o artigo nº 52, inciso VI, da Constituição, que determina que “o Senado Federal, no âmbito de suas competências privativas, deve fixar, por proposta do presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.


Também regulamenta o artigo nº 30, inciso I, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que diz que, no prazo de 90 dias, o Presidente da República “submeterá ao Senado Federal proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição”.


Apesar de previstos na Constituição e na LRF há décadas, o governo e o Congresso Nacional evitavam a sua regulamentação porque, na prática, abririam a possibilidade de um calote na dívida pública e a extinção do principal instrumento de controle da inflação pelo Banco Central.


Se entrar em vigor, a moratória da dívida pública poderia acontecer em poucos anos, receiam economistas do governo — e a tendência seria uma crise nos mercados desde já, porque haveria uma rejeição à compra de papéis que no futuro poderiam deixar de ser honrados pelo Tesouro.


O parecer de Guimarães inclui no limite de 80% do PIB apenas as dívidas da União, excluindo Estados e município, que têm limites próprios. Hoje, a dívida bruta do governo geral se encontra em 77,6% do PIB, dos quais 74,1% do PIB se referem às dívidas da União.


Segundo projeções do mercado reunidas no boletim Focus, a dívida bruta deverá fechar o ano em 80% do PIB, incluindo União, Estados e municípios. Não há projeções de mercado no Focus apenas para a dívida bruta da União. Mas é possível que a parte da dívida apenas da União ultrapasse 80% do PIB em até três anos, considerando que a projeção do mercado para a dívida bruta total é de 84,1% do PIB em 2026, 87,3% do PIB em 2027 e 89,4% do PIB em 2028.


Em vários momentos, economistas e parlamentares chegaram a defender um teto no endividamento público como forma de disciplinar os gastos do governo, mas desistiram diante da realidade de que o débito federal sobe devido a fatores que fogem do controle dos formuladores e executores do Orçamento.


A dívida bruta sobe quando há, por exemplo, uma desvalorização cambial ou uma alta de juros para combater um surto inflacionário. Também pode crescer mais rapidamente nas recessões, quando o PIB passa a crescer mais lentamente em termos nominais. A única variável diretamente sob controle do governo é o resultado primário, que tem metas definidas pelo Congresso.



https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/09/18/senado-discute-teto-para-dvida-pblica-e-governo-teme-risco-de-moratria.ghtml

Uma farsa

 No dia 28 de agosto de 1979, um comerciante de Cruzeiro D'Oeste, no Paraná, Carlos Henrique Gouveia de Mello -nome falso- conseguiu finalmente assumir sua verdadeira identidade, que havia abandonado cinco anos antes.

O sujeito em questão era José Dirceu, que 20 anos depois se transformou num dos homens mais poderosos do Brasil e líder do partido mais corrupto do país: o Partido dos Trabalhadores.

28 de agosto de 1979 foi o dia em que foi sancionada a Lei da Anistia pelo regime militar, e ao lado do Zé Dirceu, na Câmara, estavam, em 1999, 20 anos depois, ao menos outros oito parlamentares punidos durante o regime militar e beneficiados pela lei.

Outros anistiados, a começar por Fernando Henrique Cardoso, chegaram também ao poder e ao Executivo.

ALoysio Nunes Ferreira e José Serra viveram no exílio durante quase todo o regime militar e só voltaram ao Brasil anistiados.

Serra fugiu do Brasil em 1965, exilou-se no Chile, e só retornou ao Brasil em 1977, com direitos políticos cassados, em razão de uma condenação de prisão -3 anos- recebida em 1966.

José Dirceu, José Genoíno, Milton Temer, Nilmário Miranda e Waldir Pires foram alguns dos anistiados que pertenciam ao PT.

Outros, como Fernando Gabeira, do PV, pertenciam a outros partidos de esquerda.

lula, preso em 1980, recebeu aposentadoria -R$ 12,5 mil-  como anistiado desde 1993 por perder os direitos sindicais e ter sido destituído do cargo de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SBC.

dilma rousseff, ex guerrilheira, foi anistiada em 2023 e recebeu uma indenização de R$ 400 mil por abusos sofridos durante o regime militar.

Notável é o fato de que todos os anistiados, inclusive dilma -que fazia parte do grupo guerrilheiro Colina- participaram de sequestros, assassinatos, roubos a bancos e luta armada.

Nada sequer parecido com o crime hediondo de pichar uma estátua, por exemplo.

dilma escondeu os relatórios sobre a situação de sua prisão de todas as formas, e até hoje ninguém tem acesso a eles.


Mas são os donos do poder de hoje que, ontem anistiados, são os mais ferozes combatentes da anistia a patriotas inocentes, condenados num processo ilegal e rasteiro.

Essa é a essência e o DNA dos covardes de esquerda: usar a realidade e falsificá-la de acordo com sua conveniência.

Mesmo que isso signifique negar, hoje, o que apoiou ontem. 

@schmittpaula

O mundo em 2025

 O mundo em 2025


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O jornalista e acadêmico uruguaio Leonardo Haberkorn deixou o cargo de professor no Programa de Comunicação da Universidade ORT, em Montevidéu. Sua despedida foi um alerta para todos os educadores do mundo:


CARTA DE DESISTÊNCIA


Depois de dezenas de anos lecionando, dei hoje a minha última aula nesta universidade. (...) Cansei de lutar contra os celulares, contra o WhatsApp e o Facebook. Eles me derrotaram, eu desisto, jogo a toalha. Cansei de falar de assuntos que me apaixonam diante de jovens que não conseguem tirar os olhos do celular e receber selfies.


É verdade que nem todos são assim. Mas há cada vez mais alunos desse tipo em todas as aulas. Até três ou quatro anos atrás, a proibição de usar o celular durante os noventa minutos de aula ainda surtia efeito — nem que fosse para que o aluno se sentisse culpado.


Isso acabou. Talvez seja eu... talvez eu tenha me desgastado e esteja cansado desse combate. Talvez até esteja errado. Uma coisa, porém, é certa: muitos desses jovens não têm consciência do quanto é ofensivo e prejudicial o que eles fazem. É cada vez mais difícil explicar como o jornalismo funciona para pessoas que não o consomem ou não veem sentido em se informar.


Esta semana na aula surgiu o tema da Venezuela. Só um aluno em vinte conseguiu explicar os fundamentos do problema. Só o básico, do resto ele não fazia a menor ideia. Perguntei se eles sabiam o nome do uruguaio que estava no meio da tempestade. Obviamente, nenhum deles sabia.


Perguntei-lhes se sabiam quem era o uruguaio Luis Almagro (secretário-geral da OEA). Silêncio. Por fim, do fundo da sala, uma jovem gaguejou: "Ele não é o Ministro das Relações Exteriores?"


 “O que está acontecendo na Síria?” Silêncio. (...)


“Qual partido é mais liberal, ou mais à esquerda nos Estados Unidos, os democratas ou os republicanos? Silêncio.


"Você sabe quem é Vargas Llosa?" Sim!

“Alguém aqui já leu um livro dele?" Ninguém.


Tentar conectar pessoas tão desinformadas com o básico do  jornalismo é complicado. É como ensinar botânica a alguém de um planeta onde não existe vida vegetal. 


No exercício em que os alunos tiveram que sair para procurar uma notícia nas ruas, um deles voltou com esta notícia: “Jornais e revistas ainda são vendidos!” (...)


Existe um momento em que o jornalista funciona contra você. Porque você é treinado para se colocar no lugar de outras pessoas, cultiva a empatia como ferramenta básica de trabalho. Esses alunos ainda têm a mesma inteligência, simpatia e cordialidade de sempre, e a culpa dessa situação não é só deles. A falta de cultura, o desinteresse e a alienação não nascem por conta própria.


A curiosidade deles morreu aos poucos, a cada vez que um professor deixou de corrigir seus erros ortográficos. Aos poucos, lhes ensinaram que tudo tem mais ou menos o mesmo valor. E quando você percebe que eles também são vítimas, acaba baixando a guarda quase sem se dar conta.


Nesse momento o aluno mau é aprovado como mediano; o medíocre passa por bom; o aluno simplesmente bom, nas poucas vezes em que consegue uma boa nota, é celebrado como se fosse brilhante. Não quero mais fazer parte desse círculo perverso. Nunca fui assim e me recuso a ser.


Sempre gostei de fazer bem feito tudo que faço, com o melhor de minha capacidade. (...) Vejo rostos apáticos. Desinteresse. Um rapaz largado, olhando o Facebook. O ano inteiro foi igual. (...)


Silêncio. Silêncio. Silêncio. Nessas horas, o que eles mais queriam é que eu terminasse a aula.


Eu também. 


texto:  Leonardo Haberkorn

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Quase todo o bom nas últimas 24 h, portanto o receio de um corte relevante pelos níveis alcançados parece mais visceral que objetivo. Agora, o apoio vem das empresas e dos bancos centrais, além da Fed. Mas hoje deverá respirar e realizar alguns lucros, que seria são.


EMPRESAS. Nvidia tomará ca.4% em Intel e ambas desenvolverão em conjunto uma infraestrutura para IA e chips para PCs, movimento que deve ser interpretado como dirigido a ganhar a simpatia da Administração Trump, porque Nvidia não tem nada a ganhar com isso. Até parece um plano de resgate para Intel, que ontem subiu +23% (Nvidia +3,5%, o que é difícil de explicar). Mas o importante é que esse movimento impulsionou toda a tecnologia (+1%), particularmente semicondutores EUA (+3,6%). Além disso, Crowdstrike +13% após anunciar no seu Dia do Investidor um bom guidance de vendas (+20%) ao integrar IA nos seus produtos. Para rematar a tecnologia em positivo, Netskope +18% no seu OPV. Mas além da tecnologia, temos Fedex +5% em aftermarket após publicar a bater estimativas e voltar a dar guidance. guidance.


BANCOS CENTRAIS. Noruega (Norges) baixou ontem -25 p.b., até 4,00%, como esperado, mas insinuou que continuará a baixar (inflação +3,5%). Reino Unido (BoE) repetiu em 4,00% com 7 votos a favor de manter vs. 2 a favor de baixar, absolutamente como esperado, porque tem a inflação em +3,8%. Mas o bom (para o mercado de obrigações e, por extensão, para as bolsas) é que irá reduzir mais lentamente o seu gigantesco balanço desde outubro: -70.000 MGBP/ano vs. -100.000 MGBP. E esta madrugada, Japão (BoJ), que avança no caminho diferente (subiu taxas de juros, etc.) repetiu em 0,50% (7 vs. 2, que queriam subir), mas irá reduzir o seu balanço ao vender os ETFs de bolsa que tem no balanço a um ritmo de 330.000M Y/ano (apenas 1.900 M€) desde 3.700 MY/ano até agora (isto é, significativamente) e REITs (imobiliário) 5.000 MY/ano (tão pouco quanto 29 M€/ano). Isto significa que irá reduzir, mas muito lentamente. Nota-se que tem receio que o mercado se ressinta, como o resto dos bancos centrais. Estes movimentos não mudam a situação: os gigantescos balanços dos bancos centrais e as suas posições nas obrigações dos seus próprios governos convertem-lhes em árbitros das yields das obrigações, o que protege o mercado de quedas importantes.


CONCLUSÃO: Hoje há Freaky Friday (vencimento de futuros e opções sobre índices e ações), que começará na Europa às 11 h e continuará em Wall St. às 13:30 h. Os futuros vêm despistados depois das subidas de ontem, mas apresentam aspeto em baixa, com bolsas negativamente influenciadas pelo aumento das yields das obrigações nas últimas horas. Seria uma realização de lucros natural (-0,1%/-0,3%) para uma semana que está a ser tão boa como a anterior para as bolsas, na ordem de +1,5%, apesar de na segunda-feira parecer que arrefeceriam de forma espontânea. Mas não. A semana volta a ser boa, com provável realização de lucros hoje, sem isso que signifique algo. Até esta modesta realização de lucros nas yields das obrigações (a aumentar) é sã.


NY +0,5% US tech +1% US semis +3,6% UEM +1,6% España +0,3% VIX 15,7% Bund 2,74% T-Note 4,13% Spread 2A-10A USA=+55pb B10A: ESP 3,29% PT 3,13% FRA 3,54% ITA 3,55% Euribor 12m 2,160% (fut.2,276%) USD 1,177 JPY 173,9 Ouro 3.647$ Brent 67,3$ WTI 63,3$ Bitcoin -0,4% (116.778$) Ether -1,2% (4.535$) 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Trump e Xi conversam hoje*


… Sustentando a postura cautelosa, o BoJ manteve hoje a taxa básica no Japão em 0,5%. No final da noite, será a vez de o BC da China anunciar os juros das LPRs de 1 ano e 5 anos, encerrando a semana de muitas decisões de política monetária. Nesta quinta, investidores globais repercutiram o Fed, que trouxe uma leitura dividida entre as projeções de mais dois cortes neste ano e os alertas de Powell, enquanto, no Brasil, o comunicado duro do Copom impulsionou os prêmios. Em dia de agenda vazia aqui e no exterior, o destaque é para a teleconferência entre Trump e Xi Jinping (10h de Brasília). Será a primeira conversa direta entre os líderes, com o futuro do TikTok e a trégua tarifária no topo da pauta.


TIKTOK – Durante entrevista coletiva ontem ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o presidente Trump disse que espera “finalizar alguma coisa” na conversa com Xi Jinping, afirmando que vê um “grande valor no TikTok”.


… Ressaltando que a empresa será de propriedade exclusiva de investidores americanos, Trump revelou que os Estados Unidos receberão uma “tremenda taxa extra apenas por viabilizar o acordo do TikTok com a China”.


… Sem dar detalhes sobre os termos do acordo, disse que os investidores da unidade americana do TikTok estão “entre os maiores”.


TARIFAS – Trump informou ainda que a Suprema Corte julgará a legalidade das tarifas no dia 5 de novembro, em recurso impetrado pela Casa Branca, após um Tribunal de Apelações dos Estados Unidos decidir, no final de agosto, que a maioria delas é ilegal.


… A decisão, no entanto, está suspensa pelo menos até o dia 14/10, enquanto tramita o recurso na Suprema Corte.


… Trump também pediu à Suprema Corte uma ordem de emergência para remover Lisa Cook do conselho de diretores do Fed, em uma iniciativa muito mal vista pelo mercado, que reage negativamente à tentativa de interferência política no BC americano.


APOIO AO BRASIL – Nesta quinta-feira, um grupo formado por cinco senadores dos Estados Unidos, sendo quatro democratas e um republicano, apresentou uma resolução que almeja cancelar as tarifas aplicadas pelo presidente Trump contra o Brasil.


… No texto do projeto, os senadores afirmam que a iniciativa de Trump é um “abuso ilegal” do poder presidencial e um “imposto corrupto” que pesa sobre as famílias americanas. A ordem impôs tarifa adicional de 40% sobre bens como café e carne bovina.


… Uma guerra tarifária, dizem, elevaria preços, prejudicaria as duas economias e aproximaria o Brasil da China.


… “As tarifas sobre produtos brasileiros, impostas para tentar impedir a perseguição no Brasil contra um de seus amigos, são revoltantes”, afirmou o democrata Tim Kaine. Os demais senadores são Chuck Schumer, Jeanne Shaheen, Ron Wyden e o republicano Rand Paul.


… Para Kaine, a medida é parte das “guerras comerciais caóticas que estão tornando os produtos do dia a dia mais caro para os americanos”.


… “Quando esta legislação chegar ao plenário do Senado, aconselho meus colegas de ambos os partidos a defenderem o princípio de que nossa política econômica deve ser feita pensando no melhor interesse dos americanos, e não em vinganças pessoais.”


… O líder da minoria democrata, Chuck Schumer, disse que Trump está usando a guerra comercial para promoção de sua agenda política. “Ele usou uma falsa declaração de emergência para retaliar pelo julgamento do seu aliado Jair Bolsonaro no Brasil.”


… Já o republicano Rand Paul disse que a Constituição não permite que o presidente “imponha unilateralmente tarifas”, lembrando que a política comercial é atribuição do Congresso. O projeto prevê o cancelamento da emergência e a revogação das tarifas recíprocas.


COMUNICADO DURO – A maioria do mercado (28 de 31 instituições) projeta a manutenção da taxa Selic em 15% até o final de 2025 após o comunicado da decisão de setembro ter sido avaliado como duro pelos economistas consultados pelo Projeções Broadcast.


… De acordo com a sondagem, 12 instituições esperam o afrouxamento monetário para janeiro e 14 a partir de março. Outras duas casas estão ainda mais pessimistas e estimam cortes apenas a partir do segundo trimestre de 2026.


… Nesta quinta-feira, no ajuste pós-Copom, os juros curtos adicionaram prêmios com o recado do BC de que não tem pressa para reduzir a Selic, mas também os longos subiram, influenciados pela correção dos rendimentos dos Treasuries (leia abaixo).


TETO PARA A DÍVIDA – Entrou na pauta de discussão do mercado um projeto em tramitação no Senado que estabelece um teto para a dívida bruta. Segundo o Valor, está causando preocupações na equipe econômica, porque pode representar uma moratória da dívida pública.


… A proposta define um teto para a dívida bruta equivalente a 80% do PIB ou seis vezes e meia o valor da receita corrente líquida da União acumulada nos 12 meses imediatamente anteriores à sua apuração. Apenas a dívida bruta da União entraria no limite.


… O que preocupa os economistas da Fazenda é que, na prática, se esse limite for atingido, o governo estará impedido de fazer novas despesas financeiras, o que inclui a colocação de papel para a rolagem da dívida vencida e também o pagamento de juros.


… A interpretação dos técnicos é que a proposta limitaria, inclusive, a realização de operações compromissadas pelo BC, um dos instrumentos utilizados para retirar o excesso de dinheiro em circulação na economia e manter a Selic na meta estabelecida pelo Copom.


… O projeto de Resolução do Senado é de autoria do senador Renan Calheiros (MDB) e tem parecer favorável do relator, o senador Orivosto Guimarães (PSDB). Pode ser colocado para votação já na próxima terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos.


… À Broadcast, o economista-chefe da Warren, Felipe Salto, disse que introduzir um limite para a dívida pública brasileira é uma proposta boa, desde que bem desenhada e implementada. “Deve fortalecer as regras existentes para os fluxos: resultado primário e despesa.”


… Salto apontou que o limite de 80% do PIB para o endividamento é “bem alto”, mas ressaltou que a dívida brasileira deve ficar perto disso até o final do ano. A estimativa dele é de 79,5%. Dados de julho do BC já indicam que atingiu 77,6% do PIB.


ANISTIA – O deputado Paulinho da Força, escolhido para ser o relator do projeto de anistia na Câmara, definiu que está descartado um perdão amplo, geral e irrestrito, como sonhavam os bolsonaristas. “Isso já foi superado, não consigo salvar Bolsonaro individualmente.”


… Paulinho pretende conversar com as bancadas da Casa, com o Senado e também com integrantes do STF antes de concluir o texto. Uma das possibilidades em discussão é a redução das penas, mas o deputado afirmou que só vai tratar do conteúdo depois de chegar a um consenso.


PANDEMIA – O ministro Flávio Dino (STF) determinou nesta quinta-feira a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar as conclusões da CPI da Covid, que encerrou os trabalhos em outubro de 2021.


… O inquérito mira a gestão da pandemia pelo governo de Bolsonaro, para apurar se ele cometeu crime ao incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como hidroxicloroquina e ivermectina, e ao disseminar desinformação sobre vacinas e medidas de prevenção.


ISENÇÃO DO IR – Em gesto a Lula, Hugo Motta promete destravar a votação de projeto sobre isenção de IR na próxima semana.


LDO – Também na próxima semana, o relator do Projeto de Lei Orçamentária, deputado Gervásio Maia (PSB), pretende votar o texto na Comissão Mista de Orçamento (CMO) até a próxima quarta-feira, 18.


O ULTIMATO DO UNIÃO – Executiva Nacional decidiu que seus filiados devem deixar os cargos no governo Lula, “em até 24 horas”, sob risco de estarem cometendo “infidelidade partidária”. O partido chefia o Ministério do Turismo, com Celso Sabino, além de outras cadeiras.


… A ordem exclui ministros indicados por meio da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União) – casos de Frederico Siqueira (Comunicações) e de Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que não são filiados ao União Brasil.


… Após o ultimato do União Brasil, o ministro Celso Sabino cancelou agenda em Belém e embarcou para Brasília. A expectativa é de que ele se manifeste nesta sexta-feira, após conversar pessoalmente com o presidente Lula.


… Já o PP, parceiro do União Brasil, descartou antecipar a saída do governo e mantém prazo até o fim do mês, segundo a Folha.


LULA – Nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira, mostra vitória de Lula em todos os cenários de primeiro e segundo turnos.


… No primeiro turno, o presidente ganha de Bolsonaro (32% a 24%), Tarcísio (40% a 17%), Eduardo Bolsonaro (43% a 18%) e Michelle (33% a 18%).


… No segundo turno, Lula venceria todos os candidatos, atingindo 43% contra Tarcísio (35%) e 47% contra Bolsonaro (34%).


AGENDA FRACA DE NOVO – Nenhum indicador será divulgado por aqui e o único destaque para os negócios são os leilões de linha de até US$ 2 bilhões que o BC promove às 11h30 para a rolagem dos vencimentos de outubro.


… O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a representante para Política Externa e Segurança da UE, Kaja Kallas, dão declaração à imprensa às 12h sobre acordo entre o bloco europeu e o Mercosul e parcerias estratégicas.


LÁ FORA – Sem direito a voto no Fed este ano, Mary Daly participa de fórum sobre IA, às 14h. No mesmo horário, a Baker Hughes informa nos Estados Unidos os dados sobre os poços e plataformas de petróleo em operação.


… Durante a madrugada (3h), saíram o PPI de agosto na Alemanha e as vendas no varejo no Reino Unido.


MAIS JAPÃO – Sem surpresas, o índice de inflação ao consumidor (CPI), excluindo preços de alimentos frescos, teve alta anual de 2,7% no mês passado, após subir 3,1% em julho. O resultado confirmou a projeção de economistas.


AFTER HOURS – A ação da FedEx subiu 5,48% no after hours em Nova York após a empresa registrar lucro de US$ 824 milhões, ou US$ 3,46/ação, no trimestre encerrado em 31 de agosto, em comparação com US$ 794 milhões, ou US$ 3,21 por ação, um ano antes.


… Excluindo certos itens únicos, os ganhos ajustados por ação foram de US$ 3,83, acima dos US$ 3,61 projetados pela FactSet.


… A receita aumentou 3%, para US$ 22,2 bilhões, superando as previsões de US$ 21,6 bilhões. Para o ano fiscal de 2026, a FedEx está prevendo um crescimento de receita de 4% a 6% em relação ao ano anterior, acima da previsão dos analistas de 1,1%.


COM ELE NINGUÉM PODE – Carry trade tem sido o fio condutor do alívio do dólar, que apesar de ter subido ontem, avançou de forma moderada e em ritmo inferior ao exterior, na prova de que não está fácil de apostar contra o real.


… Pode até ser que, no cenário improvável, o Fed pule uma reunião e só dê mais uma dose de corte do juro este ano, o que não seria tão positivo para o fluxo aos emergentes. Mas ainda tem a garantia de Selic em 15% por mais tempo.


… Ignorando a melhora das expectativas de inflação que o Focus tem apontado há semanas, o Copom está duro na queda e manteve a projeção para o IPCA em 3,4% no horizonte relevante da meta, que é o 1º trimestre de 2027.  


… Além disso, os desafios apontados no comunicado, como a força do emprego e da renda no Brasil, além das incertezas no cenário externo, também dão pouco espaço para as apostas em uma corte antecipado da Selic.


… Em resumo, a taxa básica de juro muito elevada continua sendo o passaporte para o câmbio apreciado.


… O dólar já andou furando esta semana o nível de R$ 5,30, mas voltou, sinalizando desafios a serem superados nesta região. Mas profissionais no Broadcast dizem que a moeda está mais blindada contra a pressão externa.


… Ontem, por exemplo, subiu 0,34%, a R$ 5,3191, menos do que lá fora, onde o índice DXY (+0,49%) voltou para cima dos 97,000 pontos, ajustado pela surpresa com os dados mais fortes do mercado de trabalho norte-americano.


… O auxílio-desemprego registrou queda de 33 mil pedidos na semana passada, para 231 mil, abaixo da previsão de 242 mil solicitações. Embora mostre a mão de obra ainda aquecida, trata-se de um indicador de segunda linha.


… Outros dados recentes bem mais importantes, especialmente o payroll fraco, chamaram tanto a atenção do Fed, que passaram na frente da inflação em termo de relevância e deram o start para o início do ciclo de queda do juro.


… Seja como for, o auxílio-desemprego deu o gancho ontem para o índice DXY subir 0,49%, aos 97,348 pontos, e derrubar o euro (-0,28%) para US$ 1,1787, a libra (-0,57%) para US$ 1,3552, e o iene, cotado a 147,92/US$.


… Também os juros dos Treasuries avançaram com o auxílio-desemprego e a comunicação mais cautelosa assumida por Powell esta semana, quando esvaziou o senso de urgência e não se comprometeu com os próximos passos.


… A taxa da Note-2 anos subiu a 3,577%, de 3,545% na véspera (dia do Fed), e a de 10 anos foi a 4,121%, de 4,069%.


… Com delay de um dia, porque já estava fechada na quarta-feira, quando saiu o Copom, a ponta curta do DI cumpriu o gap de alta com o recado conservador do BC de que não dá para sonhar ainda com uma Selic menor do que 15%.  


… Já os contratos dos juros futuros de mais longo prazo sofreram a influência direta do avanço dos yields dos Treasuries, no contexto em que Powell prefere ter liberdade de atuação, sem se apegar previamente a novos cortes.


… No fechamento dos negócios, o DI para Jan/26 marcou 14,890% (de 14,885% no ajuste anterior); Jan/27 pagou 13,995% (contra 13,981% no pregão da véspera); Jan/29, 13,105% (de 13,040%); e Jan/31, 13,275% (de 13,225%).


… Apesar do tom duro do Copom, ainda tem gente na curva teimando que a Selic vai cair em dezembro (20%).


CANSOU A BELEZA – Em bom ponto de venda, depois da sequência de três recordes históricos de fechamento, o Ibovespa simulou uma realização de lucro, chegou a cair 0,41%, mas se recuperou e terminou praticamente estável.


… Em leve baixa de 0,06%, continuou agarrado aos 145.500 pontos, com giro de R$ 22,8 bi, na véspera do exercício das opções. Já foi uma vitória não ter caído, embora não tenha exibido o mesmo apetite por risco de Nova York.


… Por lá, as bolsas investiram a marcas inéditas, desafiando o alerta de Powell de que não necessariamente o Fed vai entregar mais dois cortes de juro até o ano acabar e que tudo será resolvido reunião a reunião, sem pressa.


… Turbinado pelo anúncio da Nvidia (+3,5%) de investimento de US$ 5 bi na Intel, que saltou 23,5%, o Nasdaq emplacou alta de 0,94%, a 22.470 pontos. S&P 500 subiu 0,48%, a 6.631 pontos, e Dow Jones, +0,27% (46.142).  


… Pela segunda sessão consecutiva, o petróleo caiu, induzido pelo fortalecimento do dólar. O Brent perdeu 0,75%, a US$ 67,44, e levou junto as ações da Petrobras: PN recuou 0,98%, para R$ 31,41, e ON, -0,75%, a R$ 34,18.


… Colada à leve queda de 0,12% do minério de ferro, Vale ON devolveu 0,19% e fechou valendo R$ 57,69.


… Os papéis de bancos tiveram comportamento misto, com queda de Bradesco PN (-1,02%, a R$ 17,40), Bradesco ON (-1,06%, a R$ 14,88) e Santander (-0,85%, a R$ 29,28), mas alta de Itaú (+0,13%, a R$ 38,49); e BB (+1,05%; R$ 22,10).


… Natura disparou 16,46% (R$ 10,33) e liderou com folga as altas, após anunciar a venda da Avon Internacional.


CIAS ABERTAS – BRADESCO aprovou a distribuição de R$ 3 bilhões em JCP intermediários, o equivalente a R$ 0,2701 por ação ON e R$ 0,2971 por ação PN, com pagamento até 30/4/26; ex em 30/9.


B3 aprovou a distribuição de R$ 402,5 milhões em JCP, o equivalente ao valor líquido de R$ 0,0661 por ação, com pagamento em 7 de outubro; ex em 24 de setembro.


VALE informou que foi concluída a formação da joint-venture com a Global Infrastructure Partners (GIP) na Aliança Energia, após cumprimento das condições precedentes…


… Conforme já previsto, a mineradora recebeu R$ 1 bi em caixa no negócio e ficou com uma fatia de 30% da joint-venture; os outros 70% ficaram com a GIP; operação foi inicialmente anunciada pelas empresas em 31 de março.


BRF aprovou o cancelamento de 90,2 milhões de ações em tesouraria…


… Papéis haviam sido recomprados pela empresa em programas anteriores ou retornaram à companhia após alguns acionistas decidirem sair da sociedade, no contexto da operação de fusão com a Marfrig anunciada em maio…


… Após o cancelamento, o capital social da BRF continuou o mesmo, mas passou a ser representado por aproximadamente 1,59 bilhão de ações ordinárias…


… Conselho de Administração decidiu solicitar à CVM a mudança de seu registro de companhia aberta da categoria A para categoria B…


… Alteração significa que a empresa deixará de ter ações negociadas na bolsa de valores brasileira, embora continue sujeita à fiscalização da CVM; empresa também aprovou a retirada da listagem dos ADRs da Bolsa de Nova York.


GPA afirmou que, a despeito do que foi noticiado na mídia, os órgãos de governança da companhia não aprovaram e nem realizaram estudos a respeito de uma capitalização privada, seja ela de R$ 500 milhões ou qualquer outro valor.


LOJAS RENNER aprovou a distribuição de R$ 217,86 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2197 por ação, com pagamento em 7/10; ex em 24/9.


MULTIPLAN aprovou a distribuição de R$ 115 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2353 por ação, com pagamento em 25/9; proventos foram aprovados pelo Conselho de Administração no dia 30/9/24; ex desde 23/12/24.


IGUATEMI concluiu venda de 7% do shopping Pátio Higienópolis para o fundo RBR Malls por R$ 169,9 milhões; negócio foi oficialmente anunciado pela empresa em 29 de agosto.


GRUPO MATEUS. Squadra Investimentos atingiu participação de 5,02% do capital da companhia, o equivalente a 112.885.680 de ações ON; deste total, 1.844.860 de ações ON encontram-se doadas em empréstimo…


… Conforme dados mais recentes do formulário de referência do grupo, a Squadra não detinha participação relevante anterior.


REDE D’OR aprovou a distribuição de R$ 500 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2265 por ação, com pagamento em 2 de outubro; ex em 24 de setembro.


PLANOS DE SAÚDE. STF decidiu, por 7 x 4 votos, que é constitucional a lei que obriga os planos a cobrirem tratamentos e procedimentos fora do rol da ANS, desde que sejam preenchidos os parâmetros fixados pela Corte…


… Ministros decidiram manter o rol exemplificativo, que funciona apenas como referência e admite a cobertura de procedimentos não listados, mas estabeleceram critérios mais rígidos para autorizar esse custeio.


COPASA anunciou investimento de R$ 3,7 bilhões até 2033 para reduzir perdas e melhorar gestão de recursos hídricos em Belo Horizonte e região metropolitana…


… Conselho de Administração aprovou a destituição do diretor de operações, Guilherme Frasson Neto, que deixará a empresa em 1º de outubro e será substituído por Laura Petri Geraldino.


TAESA. ONS emitiu termo de liberação referente à instalação do terceiro autotransformador 500/230 kV na subestação Bom Jesus da Lapa II (BA), na concessão Transmissora Sudeste Nordeste (TSN).

Anatomia de uma fraude

 *Anatomia de uma fraude* Como um desconhecido boêmio mineiro, com um histórico de fracassos empresariais, conseguiu liderar a maior fraude ...