quarta-feira, 9 de julho de 2025

Tarifa a 50%

 📣 *Ativa Research*


*Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos do Brasil*


⚡Comentário Ativa - O presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros a partir de agosto, medida significativamente superior ao que vinha sendo precificado. Avaliamos que o anúncio deve pressionar ativos de renda variável no país e sobretudo, os expostos à exportação ao país. Além do efeito direto sobre o nível potencial de atividade econômica brasileira, o movimento adiciona um novo vetor de aversão a risco para ativos locais, ampliando a volatilidade e, possivelmente, alimentando a necessidade de revisões em fluxos de caixa e valuation para companhias com maior exposição ao mercado norte-americano.


*Fonte*: https://www.poder360.com.br/poder-internacional/trump-anuncia-tarifa-de-50-para-produtos-do-brasil/

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ceticismo pelo esgotamento sobre os impostos alfandegários. Ontem foi o segundo dia consecutivo de enfraquecimento em Nova Iorque, e provavelmente hoje será o terceiro, com elevação suave, mas continuada de umas yields das obrigações que nos parecem excessivamente baixas desde há algum tempo. Este estancamento das bolsas e progressiva correção de excessos nas obrigações parecem sensatos e é quase o melhor que poderia acontecer, mas nada garante que irá continuar e se converta numa tendência para este verão, porque a liquidez é imensa e pressiona, como comentámos muitas vezes. 


Hoje amanhecemos com uma acumulação de cartas de Trump/EUA dirigidas a um número indeterminado de países com a imposição de impostos alfandegários variados (até 60%/70%), assim como sobre setores (farmacêuticas até 200%) e matérias-primas (parece que o cobre irá sofrer com 50%, equiparando-se ao alumínio e aço). Mas o mercado, principalmente Wall St., já está curado de espanto e, por isso, os futuros americanos vêm a retroceder apenas de forma testemunhal (-0,1%) depois de terem aguentado ontem com um tom semelhante. Os futuros europeus até parecem que querem subir um pouco. Na realidade, uma parte dos novos impostos alfandegários é conhecida a esta hora apenas pelas declarações de Trump, não por documentos. O ceticismo por esgotamento (“nada é credível, mas, o que quer que seja, não parece bom, mas já o sabíamos”) permite que os retrocessos sejam milimétricos, enquanto dificulta as subidas. O catch-up de Wall St sobre as bolsas europeias continua a avançar: em julho +1,3% vs. +0,3%, portanto em 2025 já ambas as reavaliações, que parecem bastante generosas para uns lucros empresariais 2025e algo modestos (+3,1% UE vs. +8,5% EUA), se aproximam muito entre si: WS +6% vs. Europa +10%. 


A única referência relevante do dia é a publicação das atas da última reunião da Fed, mas é improvável que movem o mercado e serão publicadas já tarde para a Europa (19 h). Na França, o seu Primeiro-ministro cada vez mais impopular (Bayrou) continua a lutar contra o Orçamento 2026, porque precisa de cortar 40.000 M€ para que o seu Défice Fiscal não alcance 5% s/PIB (-4,6% estimado), mas o governo está em minoria numa coligação de partidos aos quais se vê obrigado a fazer contínuas concessões, portanto poderá entrar em crise e convocar eleições. Isto fez com que o prémio de risco francês seja de 71 p.b. (sobre o Bund alemão), superior ao espanhol (66 p.b.) e português (48 p.b.).


CONCLUSÃO: Sessão tíbia parecida à de ontem, cujo desenvolvimento poderá ser +/-0,2% nas bolsas. O ceticismo por esgotamento sobre os impostos alfandegários consegue que nada seja fiável, nem demasiado mau nem tampouco bom. Pode ser que as obrigações hoje estejam melhor compradas, mas como contrarreação inercial à ampliação das yields dos últimos dias. O yen continua a depreciar-se (172,2/€; 147/$) perante um acordo comercial como os EUA que parece bastante mau, e o USD detém temporariamente a sua depreciação (1,172/€) porque há um pouco mais de desorientação. Poderia dizer-se que o mercado está à espera de receber informação um pouco fiável em qualquer frente, enquanto se aproximam as semanas mais delicadas do ano devido à queda de atividade/volumes no verão. Se corrigir ca.-5%, por exemplo, dar-nos-á a oportunidade de comprar um pouco menos caro (semis, defesa, cibersegurança, bancos…).


S&P500 -0,1% Nq-100 +0,1% SOX +1,8% ES50 +0,6% IBEX +0,03% VIX 16,8% Bund 2,64% T-Note 4,41% Spread 2A-10A USA=+51pb B10A: ESP 3,29% PT 3,12% FRA 3,36% ITA 3,57% Euribor 12m 2,049% (fut.2,068%) USD 1,172 JPY 172,2 Ouro 3.291$ Brent 70,0$ WTI 68,1$ Bitcoin +0,6% (108.788$) Ether +3,1% (2.628$). 


FIM

terça-feira, 8 de julho de 2025

Sociedade das ideias mortas

 SOCIEDADE DAS IDEIAS MORTAS

JR GUZZO - REVISTA OESTE


Menos de 80 anos atrás, como lembra o artigo de capa de Adalberto Piotto na última edição de Oeste, o Brasil era um país ficha limpa na comunidade das nações. Mais que isso: era o exemplo do bom elemento, como dizia a polícia da época, um sujeito decente o necessário para presidir os trabalhos da sessão da ONU que criou o Estado de Israel. O tempo passa, o tempo voa, e o que acontece? Em vez de melhorar, como melhorou a maioria dos membros da ONU, o Brasil piorou tanto que virou um país-bandido.


Como poderia ser diferente? O presidente da República é um corrupto passivo e lavador de dinheiro condenado em três instâncias, e por nove juízes diferentes, na Justiça Penal brasileira. Nunca foi absolvido dos seus crimes; é o único presidente oficialmente ladrão entre os quase 200 chefes de Estado que há hoje no mundo. É o único semianalfabeto entre eles todos. O seu governo está morto e a sua política externa tem sido um crime serial. Somos hoje o aliado do terrorismo, do crime e das ditaduras mais sórdidas do planeta.


É duro, mas também é o que dizem os fatos. O Brasil que entrou para a história como um dos fundadores de Israel é hoje seu inimigo de morte — não por decisão dos brasileiros, mas por ter um governo antissemita e empenhado, como propõem as tiranias muçulmanas, no genocídio do povo judeu. Lula, a extrema esquerda e as classes culturais jogaram o Brasil na defesa da selvageria. Sai Oswaldo Aranha. Entram Celso Amorim e os seus anões, como essa nulidade que executa ordens no Itamaraty. Deu nisso.


Não sobrou, no fim dessa história, nem o filé Oswaldo Aranha — quem, em sã consciência, poderia imaginar um filé Celso Amorim? Não dá. O governo Lula e a gente que está nele não têm o nível mínimo que é preciso para criar nada; tem o ministro Sidônio e os seus bilhões, mas está em processo de morte cerebral, e quando fica assim nada resolve. O Brasil que poderia ter resultado do que fomos em 1947 não existe. Foi, de colapso em colapso e de naufrágio em naufrágio, roído por 40 anos de política em torno, em função e em reação permanente a Lula.


Não poderia ter dado em nada de diferente do que deu — quatro décadas seguidas, desde os anos 1980, de um câncer em metástase. Como na Itália fascista de Mussolini ou na Argentina de Perón, o Brasil vive há 40 anos de Lula, Lula e mais nada. Vive, agora, a pior fase desses 40 anos. Na frente de todo mundo, e sem nenhuma preocupação em disfarçar o que quer, Lula está enfim construindo o que sempre quis: uma ditadura no Brasil.


Se vai conseguir ou não é coisa que ainda não está resolvida, mas a tentativa nunca foi tão intensa como agora. É um golpe de Estado em fases. A primeira, com o STF no papel que normalmente é do Exército, foi tirar Lula da cadeia, sem julgamento algum, e entregar a ele a Presidência da República — “missão dada, missão cumprida”, disseram eles mesmos. A fase atual é a anulação do Congresso como Poder independente e a elevação do consórcio Lula-STF à posição de Poder Supremo.


Não é apenas um golpe de Estado, com a cumplicidade das Forças Armadas — ou com a sua escalação para o papel de pintar calçadas, o que dá na mesma. É o esforço para criar toda uma doutrina fascista no Brasil. Como diz a ministra Cármen, num grande outdoor do pensamento oficial, ter uma opinião pessoal é crime — coisa de “pequenos tiranos”, diz ela. Os deputados eleitos são “inimigos do povo”, prega o governo na internet. “Todos aqui admiramos o modelo da China”, diz o ministro Gilmar.


É a confirmação do apronto, como se dizia antigamente no turfe. Lula sempre disse essas coisas em público — e a cada vez que dizia o comentário era: “Ah, coitado, o Lula é só um idiota, deixa ele”. Mas o que Lula tinha na cabeça, o tempo todo, era a ditadura que hoje desfila na avenida. “Sempre soube que a gente não chegaria ao poder pelo voto”, disse ele. “Tenho orgulho de ser chamado de comunista”, informou. “A covid foi uma bênção de Deus”, para provar que o Estado tem de ser o ente supremo.


O resto do que Lula diz, desde os anos 1980, é mais do mesmo, e daí para pior. Não dá, agora, para dizer que ele mudou só porque está promovendo um golpe de Estado a favor de si próprio. Ele e a extrema esquerda brasileira sempre foram contra tudo aquilo que tem a ver com democracia: contra a liberdade de imprensa, contra o resultado de eleições quando o adversário ganha (“fora FHC”), contra as ideias de religião, pátria e família (“valores que combatemos a vida toda”) etc. etc. Por que seriam contra a sua própria ditadura?


Projetos de ditadura, não importa sob qual disfarce, raramente aparecem desacompanhados — andam de mãos (e coração) dadas com momentos de colapso cultural. É o caso, precisamente, do Brasil de Lula, do STF e da extrema esquerda. Acham-se civilizados. Não imaginam quanto são típicos. Nada poderia espelhar com tanta exatidão o Brasil primitivo, escuro, ignorante e inimigo da mudança quanto esse coro de intelectuais que aplaude às cegas os pajés do regime. São os caetés comendo o bispo Sardinha.


A intelectualidade brasileira terá a seu crédito, para sempre, o apoio intransigente que deu à censura — por sinal, junto com a mídia, uma das primeiras defensoras do linchamento da liberdade de expressão nas redes sociais. É devota do “sem anistia”, um grito de ódio tribal que nada tem a ver com o mundo das ideias. Acha normal que o STF condene a 14 anos de prisão uma cabeleireira que pintou com batom uma estátua em Brasília. É a favor do fechamento, na prática, do Congresso, por via do mesmo STF.


O intelectual brasileiro-padrão dos dias de hoje acha que Alexandre de Moraes é um Hércules da democracia e que Gilmar Mendes é um novo Rei Salomão. Acredita que Lula, um arquimilionário explícito, está à frente da “guerra contra os ricos” — e que sua mulher, que viaja sozinha num avião da FAB de 200 lugares, quer distribuir riqueza. Está convencido de que houve tentativa de golpe no 8 de janeiro; acha que o fato de não existirem provas disso é irrelevante. Tem certeza de que o Bolsa Família é um programa social.


A lista poderia ir adiante, por horas e horas, mas para quê? É óbvio que as classes cultas que dão apoio ao governo refletem um mundo em que a cultura morreu. Se não morreu, onde andaria a produção cultural do Brasil deste momento? Não existe. Um país que já teve Pixinguinha, Noel Rosa e Tom Jobim hoje tem funk. Onde havia Eugênio Gudin, Roberto Campos e Mário Henrique Simonsen há Armínio Fraga. Onde havia dança há ginástica. Onde havia vida cultural há Rede Globo. Em vez de escritores, há faculdades de letras.


O artista brasileiro do regime Lula-STF tem uma ideia fixa, e ela não tem nada a ver com livros, música ou peças de teatro: tem a ver, única e exclusivamente, com a “denúncia do racismo” na literatura, nas canções e no teatro. (Noel Rosa, por exemplo, já foi acusado de racismo por ter composto Feitiço da Vila.) Os nossos compositores não compõem há 30 anos. Nossos arquitetos produzem a paisagem urbana que está aí. Nossos artistas pintam muros. Há um rancor oculto (e semioficial) à arte clássica, tida como elitista, branca e excludente.


Quando ouve falar de “cultura”, o regime brasileiro, como Goebbels, tem vontade de sacar o revólver — ou pelo menos abrir um inquérito no STF. A universidade, sobretudo a pública, morreu como local de debate, ideias e indagação — na verdade, é onde mais se combate a circulação livre dos pensamentos neste país. É simples. Não há cultura onde é proibido falar; aí, em vez de universidade, o que se tem é a religião do Estado, como em Cuba, no Irã ou na Venezuela. O ensino superior, hoje, é um lugar de treva.


A democracia naufragou no Brasil. A cultura também. O resto é Lei Rouanet e bilhões em dinheiro público para comprar artistas sem obra e intelectuais sem intelecto.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ontem, elevação da yield das obrigações (preços em baixa), quase +5 p.b., em geral, em conjunto com o retrocesso na bolsa americana (-0,8%), não na europeia (ca.+1%), que continua por si só até que a situação se torne insustentável. Como o fluxo de fundos dos EUA para a UE está a esgotar-se, se já não se esgotou, esse momento está muito próximo. Não esqueçamos que nos aproximamos das datas mais delicadas do ano, quando a atividade e o volume caem entre finais de julho e a primeira quinzena de agosto. Convém estar prevenido. Caso seja oferecida a oportunidade, como em 2023 e 2024, recomendamos comprar na debilidade.


Novidades das últimas horas: 


(i) Impostos alfandegários de 25% ao Japão e Coreia, com um intervalo desde 25% para a Tunísia, Malásia e Cazaquistão; 30% para África do Sul, Bósnia e Herzegovina; 32% Indonésia; 35% Sérvia e Bangladesh; 36% Camboja e Tailândia; até 40$ a Laos e Myanmar… entre os países aos quais Trump enviou cartas a comunicar o que lhes “toca”. Confirma 10% a Índia, que é um dos melhores acordos, e isso reforça a nossa estimativa a respeito e apoia a nossa inclusão da Índia como única economia emergente em Comprar na nossa Estratégia de Investimento 3T 2025. Impostos alfadengários em vigor a partir de 1 de agosto. E afirma que se esses países aplicarem represálias sobre os EUA, então esse mesmo imposto de represália será somado ao já atribuído. 


(ii) Samsung faz uma espécie de profit warning sobre o 2T (Lucro Operacional 4,6Tr won vs. 6,2Tr won consenso vs. 10,4Tr won no 2T’24), culpando as restrições de vendas de chips a China, mas que, na realidade, mais provavelmente se deve a atrasos de produção de HBM (High-Bandwidth Memory) para clientes americanos. Mas o valor quase não caiu (-0,6%) porque anunciou ao mesmo tempo um plano de recompra de ações para a sua amortização por ca.1% da sua capitalização, e porque parece que se trata de um problema temporária de fornecimento.


(iii) Tesla -8% ontem depois de Musk anunciar que lançará o seu próprio partido político, embora não possa ser presidente caso ganhe, visto que não nasceu nos EUA. Musk conseguiu que os seus carros sejam vinculados a determinadas simpáticas ou antipatias políticas, algo que nenhuma empresa deveria fazer.


(iv) Mercedes: vendas 2T -9%, que pioram até -18% em EV (elétricos).


(v) Austrália repete taxa diretora em 3,85%, contra prognóstico (-25 p.b. esperado) porque o RBA afirma que a evolução da inflação é boa (+2,4% em maio, dentro do seu objetivo +2%/+3%).


CONCLUSÃO: Todo o anterior é tão interessante como neutro. Principalmente considerando que desde há muito tempo que recomendamos Vender no setor automóvel, que somos céticos particularmente em relação a Tesla e que Samsung não está nas nossas empresas de semicondutores recomendadas, sendo Nvidia o nosso número 1 em recomendação. É provável que a sessão de hoje nade entre duas águas, indefinida, com provável desenvolvimento +/-0,2%, por exemplo, em Nova Iorque. E as obrigações, que continuam a parecer-nos bastante caras, deverão elevar as suas yields em mais +2 p.b., por exemplo, em geral, embora mais as europeias. Será uma sessão em que será quase impossível identificar os seus movimentos prováveis, porque todos estarão em intervalos muito estreitos. Continuamos à espera do que acontecer a partir de agora até meados de agosto, caso surja a oportunidade de comprar na debilidade. 


S&P500 -0,8% Nq-100 -0,8% SOX -1,9% ES50 +1% IBEX +0,7% VIX 17,8% Bund 2,60% T-Note 4,39% Spread 2A-10A USA=+49pb B10A: ESP 3,26% PT 3,08% FRA 3,32% ITA 3,52% Euribor 12m 2,044% (fut.2,068%) USD 1,174 JPY 171,4 Ouro 3.335$ Brent 69,4$ WTI 67,7$ Bitcoin -0,9% (108.125$) Ether -0,8% (2.550$). 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Trump volta a escalar tensões comerciais*


Na agenda dos indicadores, o IBGE divulga hoje (9h) as vendas do varejo em maio


… A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados globais com a nova escalada das tensões comerciais, após Trump impor tarifas aos primeiros países que não negociaram acordos com os Estados Unidos, a começar pelo Japão (25%), avisando que, se houver retaliação, dobrará a aposta. As tarifas vigoram a partir de 1º de agosto, data definida como deadline para os demais parceiros. Nesta segunda-feira, 14 países receberam cartas com “ofertas finais”. Especulações de um acordo próximo com a União Europeia impulsionava o euro na abertura dos negócios. Trump também ameaça com uma taxa adicional de 10% aos governos que apoiarem as políticas “antiamericanas” dos Brics, o que pode atingir o Brasil, e ainda provocou criticando a “perseguição política” a Bolsonaro na sua rede social.


… Lula, que dava entrevista no encerramento da Cúpula do grupo no Rio, não entrou na pilha, dizendo que preferia não comentar o post. Mas não deixou de dizer que “esse País tem lei e que Trump deveria dar palpite na sua vida, e não na nossa”.


… No Globo, a atitude de Trump levou o bolsonarismo a apostar em sanções contra Alexandre Moraes (STF) “ainda nesta semana”. Já na Folha, Eduardo Bolsonaro disse que Trump “não joga palavras ao vento e que os próximos dias podem ter novidade”.


… A tarifa de 25% será aplicada sobre todos os produtos do Japão e da Coreia do Sul. Foram taxados ainda ontem: Laos e Mianmar (40%), Tailândia e Camboja (36%), Sérvia e Bangladesh (35%), Indonésia (32%), Bósnia (30%), Tunísia e Cazaquistão (25%) e Vietnã (20%).


… As tarifas para esses parceiros, especialmente para o Japão, poderão ser ajustadas, para cima ou para baixo, dependendo da abertura que o país der ao mercado americano. Para isso, as negociações deverão ser concluídas até o final do mês.


… Na cartas, o presidente adverte para barreiras tarifárias ou regulatórias que prejudicam os exportadores americanos, além de ameaçar contra retaliações: “se aumentarem as tarifas, o valor que escolherem será somado ao valor que cobramos”.


… O prazo para implementação das tarifas recíprocas foi estendido de 9 de julho para 1º de agosto em ordem executiva de Trump.


… Com relação à China, após o acordo preliminar sobre a questão das terras raras, a suspensão tarifária permanece em vigor até 12/8.


… A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse no briefing da tarde que o telefone de Trump “toca sem parar” com autoridades de diversos países “implorando” por um acordo. Bessent acredita que novos acordos serão anunciados nas próximas 48 horas.


… Especulações de que os Estados Unidos ofereceram um acordo à União Europeia que manteria a tarifa básica de 10% sobre os produtos do bloco, com algumas exceções a setores sensíveis, como aeronaves e bebidas alcoólicas, impulsionam o euro no fim do dia.


… Um acordo nesses termos permitiria às montadoras que produzem carros nos Estados Unidos importar mais carros da União Europeia com tarifas abaixo de 2%, removendo a taxa de 10% em vigor durante a trégua dos 90 dias.


AMEAÇA AOS BRICS – Trump acabou roubando a cena no último dia da Cúpula dos Brics, no Rio, após ameaçar na sua Truth Social com a tarifa adicional de 10% para “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do grupo; não haverá exceções”.


… No encontro, apesar de os países integrantes do bloco sinalizarem sérias preocupações com as medidas protecionistas e unilaterais de comércio, em referência à guerra tarifária dos Estados Unidos, todos tiveram o cuidado de não citar Trump nominalmente.


… Representantes dos governos da China, Rússia e África do Sul responderam à ameaça, mas todos pegaram leve.


… Em nota, os chineses disseram que Pequim “sempre se opôs a guerras tarifárias e comerciais, e ao uso de tarifas como ferramentas de coerção e pressão”, acrescentando que o Brics “não está contra nenhum país”.


… Também o Kremlin afirmou que o Brics apenas atua em torno dos seus próprios interesses, compartilhando uma “visão comum” de cooperação global, mas “não está, e nunca estará, direcionado contra países terceiros”.


… Já a África do Sul disse que o país ainda pretende negociar tarifas com Trump, esclareceu que não possui uma postura antiamericana e que as conversas sobre um acordo comercial com os Estados Unidos seguem “construtivas e frutíferas”.


… O Brasil, anfitrião da Cúpula, parece ter tido a reação mais assertiva, com Lula dizendo que não acha uma “coisa responsável e séria o presidente de um país como os Estados Unidos ficar ameaçando o mundo pela internet”.


… “Não queremos um imperador; países são soberanos. Se ele quer taxar, os países poderão taxar também pela reciprocidade. As pessoas têm que aprender que respeito é bom, que a gente gosta de dar e receber. Precisam entender o respeito da palavra soberania.”


… Também o embaixador Celso Amorim falou um tom acima, dizendo que as tarifas “têm de ser negociadas, não impostas”, obedecendo às regras da OMC. Depois, sugeriu que a ameaça poderia ser bravata: “Muitas advertências feitas por Trump não prosperaram.”


BRASIL NO ALVO – Um tema que deixa Trump furioso, a adoção de uma moeda alternativa em transações internacionais, foi tratado por Lula na Cúpula, quando disse que “o mundo precisa achar um jeito de fazer a relação comercial sem passar pelo dólar”.


… “Quando for com os Estados Unidos, ela passa pelo dólar, mas quando for com a Argentina, não precisa passar, quando for com a China, não precisa passar, quando for com a Índia, não precisa passar. Quando for com a Europa, discute-se em euro.”


… Lula ainda disse que “ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão”. “Em que fórum foi determinado isso?”


… Em entrevista ao Broadcast, o chefe de títulos soberanos da AL da Fitch Ratings, Todd Martinez, disse que o “Brasil é certamente um dos países dos Brics que pode ser atingido pela ameaça de Trump, por estar ideologicamente alinhado com o seu governo”.


NOBEL DA PAZ – Em visita a Washington para tratar de um cessar-fogo com o Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que escreveu ao Comitê Nobel da Paz para indicar Trump ao prêmio por ter acabado com o programa nuclear iraniano.


… Em coletiva antes de um jantar oferecido a Bibi na Casa Branca, Trump afirmou que o Hamas procurou um encontro e um acordo para o cessar-fogo entre Israel e a Faixa de Gaza, dizendo que as negociações “estão tendo um bom progresso”.


… Em relação à guerra na Ucrânia, Trump voltou a dizer que está “infeliz” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que os Estados Unidos enviarão mais armas para o governo de Zelensky, pois “eles têm o direito de se defender”.


MAIS AGENDA – O IBGE divulga hoje (9h) as vendas do varejo em maio, com a mediana das estimativas apontando para uma expansão de 0,20% no conceito restrito (pesquisa Broadcast), após ter registrado queda de 0,40% em abril.


… Na comparação com maio de 2024, porém, a mediana indica alta de 2,5%, desacelerando em relação a base anual em abril (4,8%).


… Economistas atribuem a reação na margem à distorção do ajuste sazonal da série, mas também aos dados antecedentes positivos para o mês, em especial, o segmento de produtos farmacêuticos, com um crescimento estimado de quase 3%.


… Já o varejo ampliado deve crescer 1%, após queda de 1,9% em abril, com venda de veículos e materiais de construção puxando a alta.


… Antes (8h), a FGV divulga a primeira quadrissemana de julho do IPC-S.


… Às 12h, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa de almoço da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo e do Instituto Unidos Brasil e, às 14h, o ministro Fernando Haddad deve participar de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.


NOVA EMISSÃO – Na Reuters, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o Brasil deve voltar ao mercado externo de dívida ainda este ano “depois das emissões bem-sucedidas” no primeiro semestre.


… Segundo Ceron, há possibilidade de emissão dos chamados bônus sustentáveis.


NA POLÍTICA – No Senado, Davi Alcolumbre pautou para hoje projeto para legalização dos cassinos no Brasil.


… Já o presidente da Câmara, Hugo Motta, destravou as emendas de comissão e distribui R$ 11 milhões extras por deputado, segundo a Folha apurou. Cada parlamentar poderá apadrinhar o valor adicional, além dos R$ 37 milhões das emendas individuais.


… Ainda na Folha, Lula decide não sancionar o projeto que aumentou o número de deputados de 513 para 531.


… Segundo a colunista Mônica Bergamo, o presidente ainda estuda se irá vetar ou deixar para promulgação do presidente do Congresso.


EÓLICAS OFFSHORE – Ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ao Roda Viva, ontem à noite, que o governo deve publicar nesta semana MP que será uma alternativa aos vetos do presidente ao marco legal das eólicas offshore, derrubados pelo Congresso.


… Segundo o ministro, o governo entende que os trechos vetados por Lula buscam impedir que as contas de luz fiquem mais caras, com o objetivo de proteger a classe baixa e a classe média dos impactos do marco legal da proposta.


VAMOS CONVERSAR – Sobre o impasse do IOF, Costa disse que o governo deverá reabrir nos próximos dias o diálogo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. “Eu acho que é plenamente possível repactuar a relação.”


… A audiência de conciliação entre governo e Congresso foi marcada por Alexandre de Moraes (STF) para o dia 15 de julho.


LÁ FORA – A agenda é mais fraca, com os resultados da balança comercial na Alemanha e França de madrugada e, nos Estados Unidos, expectativas de inflação do consumidor em junho (12h), crédito ao consumidor de maio (16h) e estoques de petróleo da API (17h30).


… No final da noite (22h30), saem os índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho na China.


OS CAPRICHOS DE TRUMP – A escalada protecionista de um contra todos e a extensão por três semanas do deadline para os parceiros comerciais negociarem acordos (prolongando a agonia) sacodiram o mundo.


… À medida que o presidente americano postava na rede social as cartas com as tarifas, os mercados pioravam.


… Aqui, o câmbio ampliou a pressão no pregão estendido, com o contrato do dólar futuro para agosto acelerando 1,22%, a R$ 5,5210, depois de já ter subido 0,98% nas negociações à vista, cotado a R$ 5,4778.


… Também as ameaças diretas de Trump aos Brics trouxeram cautela redobrada para o real, que na semana passada havia vivido uma onda importante de apreciação, conquistando espaços que não via há quase um ano.  


… Trump melou ontem a chance de continuidade do alívio do dólar, embora esta guerra tarifária seja tão cheia de reviravoltas, que não é impossível que o investidor absorva a tensão e volte a focar na Selic e no Fed.


… Sem efeito nos negócios ontem, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,301 bilhão na primeira semana de julho, com exportações de US$ 5,930 bilhões e importações de US$ 4,629 bilhões.


… No ano, o superávit acumulado é de US$ 31,393 bilhões. Semana passada, o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio cortou a projeção do saldo comercial de 2025 de US$ 70,2 bilhões para US$ 50,4 bilhões.


… Com o trator de Trump passando por cima do Japão, o iene derreteu a 146,96/US$. Também as moedas europeias se deram mal, enquanto o BCE alertava que as políticas comerciais elevam os riscos à estabilidade financeira.


… O euro caiu 0,51%, a US$ 1,1725, e a libra perdeu 0,27%, a US$ 1,3613, abrindo caminho de alta ao DXY (+0,30%; 97,48 pontos). Mas analistas do BBH dizem que a tendência de baixa do dólar permanece, que a reação foi pontual.


… Se já era improvável a chance de o Fed começar a cortar o juro ainda este mês, agora com o impulso tarifário exibido por Trump nas cartas à lista de países é que esta probabilidade se tornou ainda mais isolada (menos de 5%).


… Na ferramenta do CME, a chance de flexibilização em setembro caiu de leve (de 68,1% para 64,7%), mas ainda é forte. O Goldman Sachs, que só esperava a retomada dos cortes em dezembro, antecipou sua aposta para setembro.


… O banco ficou mais dovish depois que, recentemente, o PCE indicou repasse menor das tarifas sobre os preços.


SEM SAÍDA – A curva do DI não teve ontem para onde correr, com o dólar mais caro e os juros dos Treasuries também pressionados pela ofensiva de Trump, muito disposto a continuar levando a guerra comercial longe demais.


… Sob todo o estresse, a segunda deflação seguida do IGP-DI em junho (-1,80%) não aliviou nem os juros curtos, mas reportagem do Broadcast aponta que o indicador pode ser um bom prognóstico para o IPCA, que sai quinta-feira.


… Segundo a matéria, a pressão de baixa vinda dos IGPs, somada ao movimento de valorização cambial e aos efeitos da Selic a 15% (maior nível desde 2006), deve seguir contribuindo para novas surpresas de inflação mais moderada.


… O BC vai vencendo a batalha das expectativas do mercado: no Focus, a mediana das previsões para o IPCA do ano teve a sexta baixa consecutiva, de 5,20% para 5,18%. Há um mês, o consenso de analistas estava em 5,44%.


… Embora a inflação siga rodando 0,68 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%, é um alívio ver as projeções caindo toda semana. A dúvida é se a convicção do Copom de Selic estável por muito tempo será abalada.


… No fechamento, o DI para Jan/26 subia para 14,925% (contra 14,921% no ajuste anterior); Jan/27 avançava para 14,220% (de 14,174%); Jan/29, a 13,340% (de 13,226%); Jan/31, a 13,430% (13,300%); e Jan/33, 13,480% (13,358%).


… De olho no potencial impacto sobre a inflação da rodada de tarifas de Trump, as taxas dos Treasuries avançaram. O juro da Note-2 anos foi a 3,896%, de 3,883% antes do feriado de 4 de Julho, e o de 10 anos, a 4,386%, de 4,346%.


… Risk-off foi a palavra de ordem ontem nas bolsas globais. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,94%, aos 44.406,36 pontos; o S&P 500 perdeu 0,79%, aos 6.229,98 pontos; e o Nasdaq caiu 0,92%, aos 20.412,52 pontos.


… As ações da Tesla derreterem quase 7% com a novidade de Musk, agora com planos de lançar um novo partido político nos EUA, depois da ruptura com Trump por causa da forte oposição ao projeto de lei fiscal (Big Beautiful Bill).


… Investidores torciam para que Musk se mantivesse afastado da política, depois da passagem pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), e que ele se dedicasse integralmente à montadora de veículos elétricos.


ESTRAGA-PRAZER – Trump acabou ontem com a festa do Ibovespa, que vinha de dois pregões seguidos de recordes, mas caiu 1,26% e perdeu os 140 mil pontos, negociado no fechamento a 139.489,70 pontos, com giro de R$ 17 bi.


… O estrago foi generalizado e apenas 13 ações do índice à vista da bolsa doméstica escaparam de cair. Não foi o caso das blue chips das commodities. Alinhada à queda de 0,68% do minério, Vale ON recuou 1,47%, para R$ 54,39.


… Usiminas PNA (-1,79%), CSN Mineração (-1,72%) e CSN (-1,10%) também sentiram o baque das tarifas.


… Petrobras ON caiu 0,68% (R$ 34,91) e a PN recuou 0,19% (R$ 32,06), descoladas do petróleo, que subiu mesmo com o aumento da produção da Opep acima do esperado e a perspectiva de nova oferta extra para setembro.


… Na próxima reunião do cartel, no dia 3 de agosto, fontes da Reuters antecipam que pode ser aprovada uma elevação adicional de 550 mil barris por dia, contra os 548 mil barris por dia já acertados durante o final de semana.


… O contrato do petróleo Brent para setembro avançou 1,87% ontem, para US$ 69,58 na ICE londrina.


… Entre os bancos, ninguém se salvou ontem no Ibovespa. Itaú perdeu 1,33%, a R$ 37,23; Bradesco PN caiu 0,96%, a R$ 16,51; Bradesco ON recuou 1,17%, a R$ 14,24; Santander unit, -1,33%, a R$ 28,93; e BB ON, -1,65%, a R$ 22,06.


EM TEMPO… CARREFOUR anunciou a troca de comando da operação brasileira, que está em processo de deslistagem da bolsa, apurou o Brazil Journal…


… O atual CEO, Stéphane Maquaire, deixará o cargo na semana que vem, e será substituído pelo atual COO, o argentino Pablo Lorenzo, que será também o CEO da América Latina.


OI protocolou uma petição junto à Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York para rescindir o reconhecimento da recuperação judicial nos Estados Unidos e extinguir os processos de Chapter 15 em andamento…


… O Chapter 15 trata de casos de empresas internacionais com dificuldades de solvência.


HYPERA comunicou novo acordo de acionistas envolvendo João Alves de Queiroz Filho, fundador da companhia, Alvaro Stainfeld Link, a holding mexicana Maiorem e a Votorantim, que compõe o novo bloco de controle…


… Acordo regula o exercício de direitos políticos e patrimoniais desses acionistas e estabelece que o novo bloco de controle passa a deter 53% do capital social da Hypera.


KLABIN realizou a liquidação antecipada parcial de contrato de empréstimo sindicalizado, no valor de US$ 150 milhões; prazo para a quitação do débito estava previsto para se encerrar em 2028.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: O mais relevante desta semana é que não há nada verdadeiramente relevante a sair, nem ao nível macroeconómico, nem ao nível corporativo. Portanto, resta esperar e refletir. Estas são datas sazonalmente delicadas, pois a atividade e o volume de negociação começam a diminuir. Isto verifica-se sobretudo no final de julho, mas começa a notar-se já a partir de meados do mês, ou seja, já na próxima semana.


Começamos esta segunda-feira com uma Produção Industrial na Alemanha melhor do que o esperado: +1,2% m/m vs -1,6% em abril. Os preços das casas no Reino Unido sobem de forma razoável e estabilizam: repetem +2,5% (junho). A OPEP+ vai aumentar a produção em +548.000 b/d a partir de 1 de agosto, acima dos aumentos de maio, junho e julho (+411.000 b/d). Por isso, o Brent recua -0,4% e o WTI -1,1%. O Plano Fiscal de Trump foi aprovado, pois é altamente improvável que a Câmara dos Representantes o rejeite na votação final de retorno. São mais 3,4 mil milhões de dólares em 10 anos, sobre os 36,2 mil milhões de dívida atualmente (cerca de 120% do PIB). No entanto, como será ao longo de 10 anos, pressupõe-se que o PIB aumente cerca de +20% face a cerca de +10% da dívida, pelo que não é motivo de preocupação neste momento.


Hoje saem alguns dados na UEM: (i)9h30: Confiança do Investidor Sentix (+1,1 esperado vs +0,2); 10h00: Vendas a Retalho (+1,2% esperado vs +2,3%). Tudo isto contribui para um fundo de mercado com tom construtivo, mas não o movimenta de forma significativa.


Identificamos 2 referências a ter em conta: (i) O "catch-up" de Wall St face à Europa: na semana passada, NY +1,2% vs -0,3% Europa (bolsas) e em junho +5% vs -1,2%. Maio foi um bom mês para as bolsas em ambos os casos, mas melhor para NY (+6,2%) do que para a Europa (+4%). Faz sentido que este "catch-up" continue, tendo em conta a diferente evolução dos lucros empresariais para 2025: +9,3% EUA vs +0,5% UEM vs -0,7% UE. (ii) A nova confusão sobre a data de comunicação e/ou aplicação das tarifas americanas. Agora, parece que, em vez de serem todas esclarecidas a 9 de julho, algumas são adiadas para 1 de agosto. A comunicação, pois a aplicação parece que será em todos os casos a 1 de agosto. Parece que o 1 de agosto se aplica não só à China (o único já conhecido), mas também aos países com os quais não se tenha chegado a acordo negociado, ou seja, àqueles que receberem uma tarifa imposta mais elevada.


CONCLUSÃO: Sessão de prováveis recuos (NY -0,5% e Europa -0,2%?) devido à extensão da incerteza no front comercial (tudo muda e volta a mudar, adia-se e volta a adiar-se) e, sobretudo, às datas delicadas em que entramos devido à redução dos volumes com a chegada do verão. A pressão da elevada liquidez é o principal suporte do mercado, mas o teste de realidade chega agora. Assim aconteceu em 2024 e 2023. Em 2024, Wall St. caiu -6% entre 31 de julho e 5 de agosto (-13% nos semicondutores) e a recuperação deu-se em apenas 15 dias, mas em 2023 caiu -5% (semis -10%) entre 31 de julho e 18 de agosto e só recuperou em dezembro. Se algo semelhante acontecer este ano, aproveitaríamos para comprar tecnologia (semis, cibersegurança, 7 Magníficas, defesa) e Índia a preços mais atrativos.


NY fechado. ES50 -1% IBEX -1,5% VIX 17,8% Bund 2,56% T-Note 4,33% Spread 2A-10A EUA = +47pb O10A: ESP 3,21% PT 3,04% FRA 3,27% ITA 3,47% Euribor 12m 2,063% (fut.2,042%) USD 1,177 JPY 170,6 Ouro 3.312$ Brent 68,0$ WTI 66,3$ Bitcoin +0,4% (109.137$) Ether +1% (2.572$).


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Prazo final de acordo tarifário pode ser estendido*


Na agenda dos indicadores, saem na semana a ata do Fed, dados da China e, no Brasil, o IPCA de junho, vendas no varejo, volume de serviços e, hoje, o IGP-DI


… Vence nesta quarta-feira o deadline aos países que ainda não fecharam acordos comerciais com os Estados Unidos – ou quase todos. A chance de o prazo ser estendido é grande. Bessent indicou que quem não chegar a um acordo agora terá a opção de extensão de três semanas para negociar. Trump já assinou (e vai mandar hoje) 12 ou 15 cartas aos parceiros que ainda não fizeram propostas, com sugestões de tarifas no estilo “pegar ou largar”. Ele também espera fechar acordo de cessar-fogo em Gaza nesta semana e retomar as negociações nucleares com o Irã. Aqui, a crise entre Congresso e governo entrou em stand-by, após Moraes suspender os atos sobre IOF e marcar audiência de conciliação para dia 15. Na agenda dos indicadores, saem a ata do Fed, dados da China e, no Brasil, o IPCA de junho, vendas no varejo, volume de serviços e, hoje, o IGP-DI, com forte deflação.


… O Ibovespa funciona normalmente no feriado de 9 de Julho em SP, mas desde já o noticiário das tarifas domina o cenário dos negócios.


… Ainda na semana passada, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que esperava uma “chuva” de acordos antes do prazo final para as negociações, com o possível retorno das tarifas “recíprocas” estabelecidas no Liberation Day, em 2 de abril.


… Mas, até agora, a Casa Branca anunciou só dois acordos comerciais: com o Reino Unido, que ainda tem pendências a serem resolvidas, e com o Vietnã. Especulações apontam que a Índia deve ser o próximo país a anunciar um acerto.


… Com os países e regiões mais relevantes, entretanto, ainda não há sinais de avanço firme. Na União Europeia, há relatos de que o bloco talvez aceite a taxa recíproca atual de 10%. Com o Japão, as conversas prosseguiram no fim de semana, ainda inconclusivas.


… Em relação à China, após o acerto sobre a questão das terras raras, o prazo final tem uma data diferente: 12 de agosto.


… Em entrevistas a dois programas no domingo, Bessent sinalizou que as cartas que Trump está prestes a enviar aos parceiros comerciais esta semana não são a palavra final sobre as tarifas imediatas dos países.


… As tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto, então ainda há tempo para aqueles que não estão próximos de um acordo apresentarem propostas, disse ele. Mas ainda acredita em “grandes anúncios nos próximos dias”.


… A estratégia das negociações, disse ele, é aplicar pressão máxima para destravá-las.


… Segundo ele, o foco atual da política tarifária está concentrado em 18 nações que representam 95% do déficit comercial americano. Já cerca de 100 países menores, “que nunca nos procuraram”, devem receber uma taxa de tarifa fixa.


… No domingo, Trump disse que mandará hoje, amanhã e quarta-feira 12 cartas, “talvez 15”, impondo condições tarifárias, com o objetivo de pressionar esses países a firmarem acordos comerciais até quarta-feira, dia 9. Ele não disse para quais países enviará as cartas.


… Segundo a Folha, os governos do Brasil e dos Estados Unidos buscam fechar um acordo comercial antes do prazo final. Na sexta-feira, as delegações dos dois países se reuniram por videoconferência para tentar um entendimento. Novas reuniões estão previstas.


GAZA – A bordo do Force One, Trump também disse no domingo aos jornalistas que um acordo sobre Gaza está próximo. “Eu acho que há boas chances de chegarmos a um acordo com o Hamas durante esta semana, relativo a vários dos reféns israelenses.”


… O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajou a Washington para tratar de um cessar-fogo no território palestino. Antes de embarcar, ele disse que há 20 reféns vivos e 30 mortos. O acordo de uma trégua seria por 60 dias.


IRÃ –Trump pretende aproveitar a visita de Netanyahu para também tratar de acordo permanente com o Irã, voltando a afirmar que os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas “obliteraram total e completamente” o programa nuclear do país.


OPEP – Ainda no sábado, o cartel decidiu aumentar a produção de petróleo em 548 mil barris por dia (bpd) em agosto, acelerando o ritmo em relação aos aumentos mensais de produção feitos em maio, junho e julho, da ordem de 411 mil bpd, e de 138 mil bpd em abril.


… Os aumentos em série da oferta (e agora em maior proporção) revertem a estratégia de restrição que vinha sendo adotada desde 2022, com vários países da Opep e de seus aliados querendo recuperar fatia de mercado.


… Ainda segundo a Reuters, a ofensiva responde a tensões internas na Opep+: Cazaquistão e Iraque vêm produzindo acima das cotas, o que irritou os demais membros, que seguiam cumprindo os cortes à risca.


… Oficialmente, em nota, a entidade afirma que a novo aumento na produção responde a uma “perspectiva econômica global estável e fundamentos de mercado saudáveis, refletidos nos baixos estoques de petróleo”.


… Oito países produzirão mais em agosto: Arábia, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Iraque, Argélia e Cazaquistão. Antecipando que a oferta subiria em 411 mil bpd, o Brent caiu 0,73% na sexta-feira, a US$ 68,30.


… Mas como o aumento veio maior do que o esperado, o barril ampliava a queda na abertura dos negócios, ontem à noite (-1%).


BRICS – Com um comunicado enxuto, a área financeira do grupo, que reuniu no sábado no Rio, sugeriu mudanças de cotas e em relação à escolha do comando para o FMI e o Bird, mostrando insatisfação com o acordo de cavalheiros entre Estados Unidos e Europa.


… O grupo criticou ainda o tarifaço do presidente Trump e medidas que possam distorcer o comércio internacional.


… O bloco assegurou também apoio às negociações tributárias que ocorrem no âmbito da ONU, englobando a taxação para os super ricos, e, às vésperas da COP30, apelou por mais apoio financeiro a medidas de mitigação climática lideradas por economias desenvolvidas.


… Na reunião de Finanças, Fernando Haddad defendeu o multilateralismo e a globalização baseada no desenvolvimento social.


… “Nenhum país isoladamente, por mais poderoso, pode dar resposta efetiva ao aquecimento global ou atender as aspirações da maior parte da humanidade por uma vida digna. Criar ilhas excludentes de prosperidade é moralmente inaceitável.”


… As declarações vieram numa aparente crítica aos Estados Unidos e às tarifas contra produtos importados de outros países.


… Haddad ainda destacou o compromisso do Brasil com a previsibilidade em tempos de incerteza global, afirmando que “em parceria com o Brics, almejamos consolidar-nos como um porto seguro em um mundo cada vez mais instável”.


… A cúpula dos Brics prossegue hoje no Rio de Janeiro.


ALCKMIN – Em participação no Fórum Empresarial do Brics, o vice disse que Alexandre de Moraes (STF) teve “sabedoria” ao suspender os decretos relacionados ao IOF, mas defendeu que os decretos são atribuição do Executivo. “Vamos aguardar. Estamos otimistas.”


… Moraes é o relator de ações que tramitam no Supremo envolvendo o IOF, que aumentou o nível de tensão entre Executivo e Legislativo nas últimas semanas. Uma audiência de conciliação foi marcada para 15 de julho, no plenário de audiências da Corte, em Brasília.


… Também o presidente da Câmara, Hugo Motta, elogiou a decisão de Moraes em um post no X, dizendo que “evita o aumento do IOF”.


MAIS AGENDA – A ata do Fed, na quarta-feira (9), pode trazer a inclinação de membros mais dovish para iniciar os cortes de juro mais cedo, em linha com a pressão de Trump sobre Powell. Mas, dificilmente, o Fomc de julho voltará a ser uma opção.


… Além das incertezas sobre os efeitos das tarifas na atividade e na inflação, o aumento do núcleo do índice PCE e o payroll forte na quinta-feira, com a taxa de desemprego recuando de 4,2% para 4,1%, esvaziaram as apostas para este mês.


… Na China, estão previstos para amanhã à noite os índices de inflação de junho, com o CPI e o PPI. Na sexta-feira, à meia-noite, saem os dados de exportações e importações, com a balança comercial chinesa de junho.


… Aqui, o IPCA de junho é o destaque da semana, na quarta-feira (9h), com expectativa de ficar próximo de zero, em mais um sinal de desaceleração na margem, mas ainda distante do centro da meta de 3% ao ano e do teto de tolerância de 4,5%.


… Hoje, o IGP-DI de junho (8h) tem previsão de queda de 1,60% (mediana do Broadcast), após deflação de 0,85% registrada em maio, com o recuo dos preços industriais. Em 12 meses, o índice deve desacelerar de 6,27% em maio para 4,05%.


… A semana também reserva a divulgação das vendas no varejo em maio, amanhã, e do volume de serviços, na sexta-feira, enquanto o Copom promete manter os “juros elevados por um período bastante longo”.


… Ainda nesta segunda-feira, o BC divulga o Boletim Focus (8h25) e a Anfavea, a produção e vendas de veículos em junho (11h).


LDO – O relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, enviado pelo governo ao Congresso em abril, deve ser votado na Comissão Mista de Orçamento nesta quarta-feira (9), afirmou ao Valor o presidente da CMO, senador Efraim Filho.


… O objetivo é deliberar a legislação antes do envio do texto da Lei Orçamentária Anual (LOA) pelo Planalto, até o fim de agosto.


ALÍVIO COM PRAZO DE VALIDADE – Têm circulado avaliações sobre o câmbio de que o dólar ainda pode ficar mais barato e, quem sabe, chegar aos R$ 5,00, tendo como drivers o carry trade e a onda de queda global.


… O real segue surfando na promessa de Selic em 15% por pelo menos mais seis meses e na fraqueza da moeda americana em escala global, com os cortes do Fed no terceiro trimestre e a guerra tarifária que não acaba.


… Nos últimos dias, muitas casas têm ajustado em baixa a perspectiva para o dólar no curto prazo. A má notícia é que analistas ouvidos pelo Broadcast duvidam que o dólar resista perto das cotações atuais até o fim do ano.


… O maior desafio no meio do caminho são os ruídos fiscais domésticos, na crise agora mediada pelo STF.


… Na sexta-feira, diante do real fortalecido, foi a vez de o Santander diminuir a expectativa para o IPCA deste ano, de 5,4% para 5,1%, e do ano que vem, de 4,8% para 4,5%. Apesar disso, ajustou para cima a aposta da Selic.


… A projeção para o final do ano pulou de 14,75% para 15,00%, compatível com o recado do Copom.  


… Segundo o banco, a atividade econômica segue heterogênea, o crédito apresenta sinais de deterioração e o risco inflacionário continua presente. “Projetamos Selic estável até o início/26, com cortes a partir de janeiro”.


… Pesquisa da Febraban ouviu 21 bancos e revelou que a maioria (62%) acredita que o BC começará a cortar a Selic no primeiro trimestre de 2026, quando a inflação no horizonte relevante deve se aproximar da meta (3%).


… Na sexta-feira, um dia depois de ter revisitado as mínimas em quase um ano e voltado à faixa de R$ 5,40, o dólar entrou em bom ponto de compra e testou alguma correção de lucro, cotado a R$ 5,4242 (+0,36%).


… O ajuste aconteceu em meio à liquidez baixa aqui, roubada pelo feriado do Independence Day em Nova York.


… A revisão para baixo da expectativa do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio para o superávit da balança comercial neste ano, de US$ 70,2 bilhões para US$ 50,4 bilhões, não chegou a fazer preço no câmbio.


… A demanda mundial vem se enfraquecendo, o que vem afetando preço das commodities, acredita a pasta, embora pondere que a economia brasileira continua crescendo, demandando insumos e bens de capital importados.


… Em junho, o saldo da balança comercial veio positivo em US$ 5,889 bilhões, abaixo da mediana das apostas do mercado, de US$ 6,20 bilhões. No acumulado do ano, o superávit comercial está em US$ 30,092 bilhões.


… Sincronizados ao dólar, a curva do DI foi para o final de semana com viés de alta, sem a referência dos Treasuries.


… No fechamento, o juro para Jan/26 foi à máxima do dia, de 14,925% , contra 14,915% no ajuste anterior); Jan/27, a 14,185% (de 14,134%); Jan/29, a 13,230% (de 13,188%); Jan/31, a 13,290% (13,264%); e Jan/33, 13,340% (13,326%).


BIS – Repetindo as façanhas do pregão anterior, lá foi o Ibov para um novo “recorde duplo”, como definiu o Valor.


… Pelo segundo dia consecutivo, o índice à vista da bolsa doméstica emplacou nova máxima intraday (141.563,85 pontos) e renovou a marca histórica de fechamento dos negócios, aos 141.263,56 pontos, em alta de 0,24%.


… Menos da metade de um dia normal, o giro foi de apenas R$ 9 bilhões, com Nova York fechada para o feriado.


… Vale fechou em +0,29% (na máxima de R$ 55,20), sem o mesmo fôlego do minério (+2,45%). De olho na queda do petróleo, Petrobras PN caiu de leve: -0,12% (R$ 32,12). Mas o papel ON escapou em leve alta de 0,11% (R$ 35,15).


… Entre os bancos, Itaú (+0,05%, a R$ 37,73) e Bradesco ON (-0,07%, a R$ 14,41) fecharam estáveis. Já Bradesco PN caiu 0,48%, a R$ 16,67, e Santander unit perdeu 0,31%, a R$ 29,32. BB ON ganhou 0,58%, cotada a R$ 22,43.


FÔLEGO CURTO – Apesar do 4 de Julho, o mercado cambial operou normalmente nos Estados Unidos e, no day after do embalo do dólar com o payroll forte, o índice DXY já voltou à sua rotina de queda: -0,19%, a 96,997 pontos.


… Não há muita firmeza de que Trump obterá acordos satisfatórios para as tarifas antes do deadline de quarta-feira.


… O euro, que desde que o ano começou acumula rali de 14%, subiu 0,17% no último pregão (US$ 1,1776). A libra esterlina, envolvida em turbulências fiscais, caiu a US$ 1,3653. O iene subiu a 144,52/US$, antecipando BoJ hawkish.


… Semana passada, um conselheiro do BC japonês disse que o país deve estar pronto para mudar de marcha, abandonar a pausa no ciclo de alta e subir os juros se as negociações comerciais com os Estados Unidos progredirem.


EM TEMPO… PRIO. Produção de petróleo atingiu 88,2 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd) em junho, recuo de 0,5% em relação a maio, segundo dados preliminares.


JBS informou que o primeiro carregamento de carne bovina ao Vietnã, com 27 toneladas processadas na unidade da Friboi de Mozarlândia (GO), foi feito no sábado, poucos dias após habilitação para exportar ao país. MAGAZINE LUIZA esclareceu, em comunicado, que a informação na imprensa, atribuída a um de seus diretores em um evento do BNDES, de que a empresa irá faturar cerca de R$ 70 bilhões em 2025, é “meramente uma referência”.


… Segundo a empresa, a projeção é baseada no faturamento esperado pelo consenso dos analistas e não deve ser interpretada como promessa de desempenho futuro, guidance ou posicionamento oficial da companhia.


ALPARGATAS. BlackRock reduziu participação na empresa de 5,22% para 4,99%, passando a deter 17.157.043 de ações PN.


CYRELA reduziu participação acionária na Cury de 20,26% para 19,56%.


JHSF concluiu a venda de participações minoritárias no Catarina Fashion Outlet – Expansão 3, no Shopping Ponta Negra e no Shopping Bela Vista para o fundo de investimento imobiliário XP Malls por R$ 273,035 milhões…


… Com a conclusão da transação, a JHSF passou a deter 60,01% do Catarina Fashion Outlet, 18% do Shopping Ponta Negra e 11,70% do Shopping Bela Vista…


… A participação do grupo no Shopping Bela Vista deverá ser reduzida a 1,00% após a conclusão da venda de 10,70% para os atuais sócios daquele empreendimento.


ENERGISA aprovou a distribuição de R$ 492,3 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2332 por ação, com pagamento em 24/7.


CORREIOS. O presidente, Fabiano Silva, pediu demissão, pressionado pelo desempenho financeiro ruim e pelo Centrão. O Estadão apurou que o cargo é alvo de cobiça de Davi Alcolumbre, que tenta emplacar um aliado.

Fabio Alves