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CENÁRIO PARA ABRIL SEGUE TÓXICO

Sobre a Covid Já ultrapassamos 330 mil mortes, num cenário preocupante de descontrole. Nos últimos dias as mortes chegaram a mais de 3,8 mil ao dia, colapsando os sistemas de saúde de várias cidades, sobrecarregando os leitos dos CTIs, escasseando os insumos, como “kit entubação”, etc.  A programação de vacinação para abril ficou um pouco aquém do esperado, mas uma boa notícia foi a encomenda da vacina “Jansen”, que só exige uma dose. É uma esperança! Importantes avanços houveram na análise da vacina Sputinik pela Anvisa, essencial na ampliação da cobertura do ciclo de vacinação. Por outro lado, a Covaxxin, vacina indiana, acabou reprovada por problemas de fabricação. Acredita-se numa revisão desta decisão.  A Pfizer anunciou que apenas 1% dos vacinados com duas doses adquiriram a Covid 19 após 6 meses, todos com infecção leve. Ou seja, a imunidade proporcionada pela vacina deve durar mais do que seis meses (a ver quanto tempo durará) e nenhum dos vacinados contraiu a forma gr...

CPI DA COVID NO CENTRO DAS ATENÇÕES

No Brasil, a CPI da Covid no centro das atenções, com o bombástico depoimento de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação. O que ele dirá? Comprometerá o governo, mais ainda, o ex-ministro Pazuello, chamando-o de incompetente pelas negociações com a Pfizer? Nos EUA, atenção para o CPI, importante para o balizamento de juro do Fed. Estimativas de mercado apontavam alta de 0,2% em abril e 3,6% na taxa anualizada, contra a base fraca do ano anterior. No núcleo, 0,3% no mês e 2,3% na comparação anual.  Aguardemos como o Fed deve reagir, dado o intenso fluxo de recursos para os emergentes e que uma mudança de postura de Jerome Powell tudo pode alterar.  No Brasil, como "pano de fundo", as várias operações de IPOs das empresas, visando se "capitalizar" para o pós pandemia, o aumento nos ingressos externos e no comercial, o superávit da balança causado pelo grande volume de exportações agrícolas para a China. E viva o super ciclo das commodities!  Decorrente disso, o...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 31/03/2021 - PRECISAMOS DE ESTABILIDADE

Foi uma terça-feira (dia 30) em que os investidores ainda “lambiam as feridas” do “caos político” do dia anterior. O esforço aqui era absorver a reforma ministerial, atento aos embates entre os militares e o governo, e ainda transitando pela pandemia, que ontem atingiu recorde de mortes (3.668) e o Orçamento, totalmente disfuncional, em negociação no Congresso. Mesmo assim, alguns ainda conseguiram enxergar algumas positividades sobre o que aconteceu. A reforma ministerial, por exemplo, mostrou “alguma aproximação entre Executivo e Legislativo”, e, mais do que isso, de que o Centrão, no seu pragmatismo pela governabilidade, deve assumir o leme do návio nestes mares revoltos. Com um dos seus quadros, Vera Arruda (PP-DF), num posto estratégico do Planalto (Casa Civil), a impressão é que o ritmo das negociações deve se tornar outro. Ela, inclusive, já presidente da CMO, deve conseguir “destrinchar” melhor o Orçamento de 2021 (OGU), o “bode na sala” a ser retirado. O maior problema no ...

CENTRÃO E GOVERNABILIDADE, 30/03/2021

Na metade do mandato, em frágil composição política no Congresso, sempre às turras com o então presidente da casa Rodrigo Maia, Jair Bolsonaro acabou como um dos articuladores para a eleição da dupla Rodrigo Pacheco, para o Senado, e Artur Lira, para a Câmara, no início de fevereiro.  Era previsível, portanto, algum "troca troca político", uma nova composições de forças teve que ser construída. Ou seja, isso não foi gratuito. Algo teve que se dado em troca, pela "sustentação de aluguel" do Centrão ao governo Bolsonaro.  Sendo assim, novas "influências" ao governo se tornaram fato, o que se confirmou nos "ajustes" realizados nesta segunda-feira (dia 29). Em movimentação que surpreendeu a todos, Jair Bolsonaro acabou realizando uma reforma ministerial de peso, com mudanças em seis cargos.  Especulações indicam que os proximos a caírem deverão ser Ricardo Salles do Meio Ambiente, Rogerio Marinho, do Desenvolvimento Regional, e o ministro da Educaç...

ORÇAMENTO 2021: UM FESTIVAL DE EMENDAS

"O Legislativo se refastela frente ao governo que se esfarela. Aprovou-se um Orçamento que revela um governo que adora furar fila". Marcos Lisboa. O Congresso aprovou na última quinta-feira (25) o Orçamento da União para 2021, por 346 votos a favor e 110 votos contra. Foi uma votação, na qual, de determinante tivemos uma "festa de emendas", por demandas, em sua maioria, "paroquiais" dos congressistas. E isso em plena pandemia! Isso me pareceu excessivo.  O relatório será enviado nesta semana ao presidente Jair Bolsonaro, que terá 15 dias úteis para sancionar após a data de recebimento. Previsões indicam isso ocorrer  na segunda quinzena de abril.  ❑ O relator Márcio Bittar, com o objetivo de abrir espaço para emendas parlamentares no valor aproximado de R$ 49 bilhões, reajustou despesas em R$ 26,5 bilhões, retirando, por exemplo, gastos com benefícios previdenciários (R$ 13,5 bilhões), abono salarial (R$ 7,4 bilhões) e do seguro-desemprego (R$ 2,6 bilhões)...

Análise da Conjuntura, 31/03 (IPEA)

Dados recentes de janeiro de 2021 e estimativas da Dimac do Ipea para fevereiro mostram que a trajetória de recuperação continuou no primeiro bimestre deste ano na indústria e, principalmente, nos serviços. No entanto, o agravamento recente da pandemia, que culminanou no quadro atual de forte pressão sobre o sistema de saúde, vem motivando os governos estaduais e municipais a reintroduzir medidas impositivas de isolamento social. Se, por um lado, se espera que a nova rodada de restrições possa ajudar a conter o número de novos casos da doença e aliviar o sistema de saúde, por outro lado, aumentam as incertezas em relação ao desempenho da economia no curto prazo. O impacto negativo sobre a atividade econômica tende a ser significativo, mas menor do que no segundo trimestre do ano passado. O desequilíbrio fiscal é analisado nesta nota na perspectiva do orçamento de 2021 recém-aprovado pelo Congresso, especialmente em relação ao cumprimento do teto de gastos, e do impacto da aprovação da ...

MACRO MERCADOS DIÁRIO Terça-feira, 30/03/2021 “DANÇA DAS CADEIRAS”

Uma segunda-feira (29) caótica nos mercados. Tanto no Brasil, como no exterior, os ativos oscilaram sem rumo definido. Por aqui, a justificar, o Orçamento aprovado na semana passada, cheio de “armadilhas”, e a confusa “dança das cadeiras”, empreendida pelo presidente Bolsonaro. No exterior, os Treasuries operaram ainda mais pressionados, a atingir 1,77%, maior taxa desde janeiro, somando-se ao dólar em valorização. Receio aqui veio do turbinamento no crescimento dos EUA, em bom ciclo de vacinações, se deslocando cada vez mais do resto do mundo. Na manhã desta segunda-feira o chanceler Ernesto Araújo (EA) pediu demissão, depois de intensa pressão do Congresso; à tarde, foi a vez do general Fernando Azevedo, da Defesa ser demitido, e uma reacomodação de cargos acabou inevitável, com mudanças na Justiça e em posições chaves da “articulação política”, próximas ao gabinete do presidente no Planalto. A saída de EA, do Ministério de Relações Exteriores, até que veio sem maiores turbulên...