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Nouriel Roubini

"O choque para a economia global do COVID-19 foi mais rápido e mais severo que a crise financeira global de 2008 (GFC) e até a Grande Depressão. Nos dois episódios anteriores, as bolsas de valores caíram em 50% ou mais, os mercados de crédito congelaram, as grandes falências se seguiram, as taxas de desemprego subiram acima de 10% e o PIB contraiu a uma taxa anualizada de 10% ou mais. Mas tudo isso levou cerca de três anos para acontecer. Na crise atual, resultados macroeconômicos e financeiros igualmente terríveis se materializaram em três semanas."

Dilema moral: focar na saúde, salvar vidas ou retomar a economia ??

Este dilema moral é o que permeia os debates por agora.  O discurso do presidente Jair Bolsonaro conclamou a população a retomar à vida normal, mantendo cuidado especial, apenas, para os idosos. Muitos contestam esta posição, mas como devemos agir, realmente? Sem emoção ou influência política? O Estado tem um papel essencial neste momento, visando direcionar as vidas das pessoas. Será eficiente para isso? Como estabelecer o bom senso, ter equilíbrio,e não se perder no emocionalismo político?  O gráfico acima mostra o tempo que levou para uma recuperação da bolsa em várias crises. Nenhuma crise é igual a outra e esta é ainda a mais peculiar de todas .

Bom senso e equilíbrio

O momento é muito complexo. Exige frieza e racionalidade. Não há relativização, frouxidão, nem tão pouco estremismo. Não acho que radicalismo, para ambos os lados, seja a solução. O que já se sabe, pelos especialistas de saúde? o que é possível fazer? Devemos nos fechar em casa por meses? E o sistema econômico, suas várias capilaridades? Como fica? Hoje, com a cabeça mais fria e não contaminado pela histeria reinante, dei uma refletida e coloquei na mesa. O que se pode fazer para não mergulhar o País numa profunda recessão e evitar mais mortes pelo Coronavirus? É esta equação que precisa fechar. Bom senso e equilíbrio são essenciais neste momento e esperamos que os atores envolvidos estejam atentas à isso.

Notas do Alentejo, por Julio Hegedus Netto

Tenho escrito todas as semanas neste espaço  para tentar entender melhor o momento que vivemos. Tenho focado, em especial, na cena econômica, por ser este o objeto central de análise deste blog/grupo, espaço que eu considero relevante para levantar o debate.  Por outro lado, inevitável abordar outros temas, visto que tudo nos remete para o clima político açodado entre governo federal, governadores e outros atores.  No plano político, na eclosão desta crise do Coronavirus, i rrita muito a atitiude vacilante do presidente Bolsonaro. Primeiro considerou a pandemia uma fantasia, depois migrou para uma gripezinha, até encarar como realmente algo sério. Grande foi a contribuição do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, meio que colocando o presidente na "real". Decorrente disso, o grande personagem do governo neste momento é este ministro, embora causando algum ciúme. Afinal, v ivemos ainda a "sindrome de Polyana", com o presidente negando a realidade? Pe...

Luiz A. Esteves, Phd. Mais uma preciosa contribuição.

RESEARCH ARTICLE The Hidden Geometry of Complex, Network-Driven Contagion Phenomena Dirk Brockmann 1 , 2 , 3 , * ,  Dirk Helbing 4 , 5   See all  authors and affiliations

Ações Coletivas - como evitar catástrofes ?

Um interessante artigo nos trouxe ao debates modelos teóricos, conhecidos como "Ações Coletivas" . O esforço é tentar responder à catastrofes, como esta vivenciada atualmente. A pandemia, primeiro epidemia, limitada a Wuham, do Coronavirus, depois cientificamente, chamada de Covid 19, rapidamente se espalhou pelo mundo. Gênese. Importante que se diga que, inicialmente, o governo central chinês, quer dizer, o PCC, primeiro negou o fato. De certa forma foi leniente nos dois primeiros meses, como toda burocracia centralizadora e corrupta. Depois quando "caiu a ficha", se mobilizou, convocando a população a ficar em casa, no tal "distanciamento social". Foi uma decisão tardia, o que o obrigou a ser radical. Mesmo assim, como é um virus altamente transmissível, acabou saindo da zona de controle. Aqui, o crescimento de infectados se deu em progressão geométrica, numa velocidade impressionante. Na Ásia. Passados seis meses (dizem q o primeiro caso a...

Densidade de médicos