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Ações Coletivas - como evitar catástrofes ?


Um interessante artigo nos trouxe ao debates modelos teóricos, conhecidos como "Ações Coletivas". O esforço é tentar responder à catastrofes, como esta vivenciada atualmente.

  • A pandemia, primeiro epidemia, limitada a Wuham, do Coronavirus, depois cientificamente, chamada de Covid 19, rapidamente se espalhou pelo mundo.
  • Gênese. Importante que se diga que, inicialmente, o governo central chinês, quer dizer, o PCC, primeiro negou o fato. De certa forma foi leniente nos dois primeiros meses, como toda burocracia centralizadora e corrupta. Depois quando "caiu a ficha", se mobilizou, convocando a população a ficar em casa, no tal "distanciamento social". Foi uma decisão tardia, o que o obrigou a ser radical. Mesmo assim, como é um virus altamente transmissível, acabou saindo da zona de controle. Aqui, o crescimento de infectados se deu em progressão geométrica, numa velocidade impressionante.
  • Na Ásia. Passados seis meses (dizem q o primeiro caso aconteceu em meados de novembro naquela procíncia chinesa) observa-se que os países asiáticos conseguiram "achatar a curva de crescimento".
  • Na Europa. Os italianos, muito lenientes inicialmente, levaram um "drible do destino" e só recentemente caíram na real. A ITÁLIA ingressou em quarentena radical, a ponto de prender quem saísse à rua sem um motivo. Na Europa, outro país muito atingido foi a Espanha, pelos mesmos motivos dos italianos, por não terem levado à serio o poder de transmisão do virus.
  • Ação coletiva. Discutimos agora qual a eficácia da chamada "ação coletiva". Como mobilizar uma sociedade em torno de um objetivo comum definido, neste caso, a emergência de debelar uma pandemia, que se espalha rapidamente. Para isso, necessário haver "coesão social", política em harmonia, poderes se entendendo bem, capacidade de mobilização da sociedade, postura cívica, economia em bom ritmo, não em crise permanente, já que estas ações coletivas exigem sacrifícios, etc.
  • Concluindo. Chegamos agora ao ponto essencial. Como o Brasil vem respondendo? Por parte do Ministro da Saúde, Mandetta, nada à criticar. Seu comportamento, poder de mobilização, no enfrentamento da pandemia, vão sendo dignos de maiores eleogios e todos têm destacado seu papel. Uma obra marcante neste debate é o livro ao fim, "The Dark Side of the Force, de Jack Hirshleifer", versando sobre a teoria do conflito e seus principais mecanismos. Para isso, importante observar implicações políticas. Vejamos.
  1. Importante observar que a capacidade dos países, de se organizarem para evitar catástrofes, depende criticamente da incerteza sobre o limiar ou ponto de inflexão para mudanças catastróficas;
  2. Se essa incerteza é pequena, para se evitar a catástrofe é preciso coordenação - algo que os países são muito bons em fazer;
  3. Quando essa incerteza é grande, a ação coletiva exige a aplicação de um acordo de cooperação - algo que os países são muito ruins em fazer;
  4. A aplicação pode ser aprimorada se os países cedem alguma soberania - e, no entanto, historicamente, os países não estavam dispostos a fazer isso sem antes experimentar um resultado catastrófico;
  5. Em alguns casos, pode ser possível conceber estratégias que transformem um problema de ação coletiva em um jogo de coordenação.

    Faço questão de destacar a contribuição do economista Doutor Luiz A. Esteves, ao abordar este tema.


A publicação recomendada.

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