quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado*


Quinta Feira,11 de Dezembro de 2.025.


*janeiro ainda está no páreo*


… Os futuros em NY sinalizavam estresse na abertura, depois de o balanço da Oracle resgatar os receios sobre o estouro da bolha da IA. Ontem, confirmadas as expectativas amplamente majoritárias dos mercados, o Fed voltou a reduzir o juro em 25 pontos-base e o Copom manteve a Selic em 15%, aumentando a atratividade do carry trade, o que favorece o câmbio e o Ibovespa. Os dois BCs não deram sinalizações claras sobre os próximos passos. Embora Powell tenha admitido uma “pausa”, não descartou janeiro, afirmando que “haverá muitos dados até a próxima reunião”. Aqui, o comunicado manteve o tom hawkish, mas as revisões baixistas para a inflação sugerem que o IPCA pode atingir o centro da meta no horizonte relevante da política monetária (2Tri/27) já na primeira reunião de 2026.


MANTEVE A FAMA DE MAU – Os pequenos ajustes no comunicado do Copom vieram em um contexto de cautela, e não poderia ser diferente. Ninguém esperava que o BC desse um cavalo de pau na comunicação, deixando de ser conservador de uma hora para outra.


… Menos porque quer descartar janeiro e mais porque o BC continua preocupado em conter a antecipação das expectativas de corte.


… Mantendo o mesmo discurso, o time de Gabriel Galípolo descreve um cenário marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho.


… Condições que exigem uma política monetária em “patamar significativamente contracionista por um período bastante prolongado”.


… O “bastante” continuou no texto, assim como como o alerta de que “o Copom não hesitará em retomar o ciclo de ajuste se julgar apropriado”.


… Houve atenuantes para a economia aquecida, no entanto, como a referência ao PIB/3Tri, que veio mostrando uma estagnação do consumo e desaceleração dos serviços. Já as novas projeções de inflação também devem ser interpretadas como ponto dovish.


… Para o horizonte da política monetária (2Tri/2027), a estimativa voltou a ser reduzida, de 3,3% para 3,2%, muito perto da meta central (3%).


… Também as projeções para o IPCA de 2025 e IPCA de 2025 foram revisadas em baixa. Para este ano, de 4,6% para 4,4%, abaixo do teto da meta de 4,5%, e para 2026 passaram de 3,6% para 3,5%. O dólar também ficou mais baixo para esse ano, em R$ 5,35 (de R$ 5,40).


… À espera do Copom, o mercado manteve cautela, mas ainda assim a curva de juros fechou projetando chances de 64% de um primeiro corte de 25 pontos-base em janeiro, segundo o estrategista-chefe da EPS Investimentos, Luciano Rostagno, ao Broadcast.


… Para março, essa probabilidade está em 70% em 25 pontos-base e 30% para 50 pontos-base. É provável que o mercado (e os economistas) sigam divididos entre janeiro e março, porque se o Copom pretendeu evitar um guidance, foi bem sucedido.


O EQUILIBRISTA – A ferramenta do CME Group projetava no final da tarde 78% de chance de o juro permanecer em 3,5% a 3,75% nos Estados Unidos, em janeiro, depois que Powell respondeu com um “sim” à pergunta dos jornalistas se o Fed entraria em pausa.


… Após o terceiro corte seguido, com um ajuste total de 75 pontos-base neste ano, as falas hawkish e as dissidências na decisão do Fomc eram esperadas e não impediram as bolsas de Nova York de firmarem alta, enquanto os juros dos Treasuries e o dólar aceleraram as quedas.


… Na tentativa de equilibrar um Comitê dividido, Powell (que votou pela queda) recorreu ao data dependent para representar os dois lados.


… “Os ajustes desde setembro colocam nossa política dentro de um amplo intervalo de estimativas de neutralidade e estamos bem posicionados para determinar a extensão e o momento de ajustes adicionais com base nos dados recebidos.”


… Para alguns analistas, essa frase sinaliza que janeiro é uma possibilidade que continua viva. A política monetária, de acordo com Powell, não está em trajetória pré-determinada, e “haverá muitos dados disponíveis entre agora e a próxima reunião do FOMC”.


… Ao mesmo tempo, reconheceu também a moderação da atividade e a desaceleração do mercado de trabalho, embora tenha citado incerteza ainda elevada e inflação acima do ideal. Em resumo, transferiu para o mercado, por sua conta e risco, a responsabilidade pelas apostas.


… Como esperado, o Fed boy de Trump, Stephen Miran, votou novamente por uma queda maior, de 50 pontos-base, enquanto houve duas dissidências a favor de estabilidade, Jeffrey Schmid/Fed de Kansas City e Austan Goolsbee/Fed de Chicago.


… O gráfico de pontos também apontou grande divergência sobre a direção dos juros. A maioria dos dirigentes vê a taxa de juros entre 3% e 4% ao final de 2026 – o que projeta apenas dois cortes de 25 pontos no ano que vem, na melhor hipótese.


… A surpresa desse Fomc foi a decisão de retomar a expansão do balanço patrimonial do Fed, com compras de Treasuries de curto prazo para manter a oferta. A compra será de até U$ 40 bilhões em títulos neste mês, com planos de reduzir o ritmo em algum momento de 2026.


… O presidente Donald Trump reagiu à decisão, dizendo que o corte do juro foi menor do que deveria ser.


SUCESSÃO NO FED – Apesar de Trump ter prometido anunciar a sua decisão sobre o novo presidente do BC americano só em janeiro, o favorito para o cargo, Kevin Hassett, disse que a escolha sairá em “uma ou duas semanas”.


… Em entrevista à Fox News, horas antes da decisão do Fed, ele afirmou que a política monetária provavelmente precisará “fazer mais” e que “definitivamente seria possível chegar a 50 pontos-base [de corte do juro, ontem] ou até mais”.


AGENDA LÁ FORA – No day after do encontro do Fed, saem hoje nos Estados Unidos os pedidos de auxílio-desemprego (10h30), além dos dados de setembro da balança comercial (10h30) e dos estoques no atacado, ao meio-dia.


… Segundo calendário atualizado ontem, depois do shutdown, o PIB americano do terceiro trimestre sairá em 22/1.


… O petróleo confere hoje os relatórios mensais da AIE e da Opep. Turquia (8h) e Peru (20h) decidem juro.


AFTER HOURS – As ações da Oracle levaram um tombo de mais de 10%, depois de a receita do segundo trimestre fiscal de 2026 ter frustrado as expectativas e levantado a lebre sobre os ganhos com a inteligência artificial (IA).


… A receita de US$ 16,06 bilhões veio abaixo da aposta de US$ 16,19 bilhões. Já o lucro por ação ajustado (US$ 2,26) superou de longe o consenso de US$ 1,64, impulsionado pela venda da participação na empresa de chips Ampere.


NO BRASIL – A Selic elevada é apontada em pesquisa Broadcast como responsável para que as vendas no varejo restrito, medidas pelo IBGE, e que saem hoje (9h), se mantenham no terreno negativo em outubro (-0,1%), após -0,3% em setembro.


… O intervalo das estimativas para esta leitura vai de um recuo de 1,4% até uma alta de 0,5%.


… Na comparação com o igual mês de 2024, a mediana indica estabilidade (0,0%) em outubro, após alta de 0,8% nessa base de comparação em setembro. As projeções variam de queda de 2,1% a expansão de 1,2%.


… Já o varejo ampliado deve crescer 0,2% em outubro, mesma variação de setembro (apostas de -0,9% a +0,8%).


… Ainda às 9h, o IBGE solta o levantamento da produção agrícola em novembro e, na Câmara, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, e o presidente do TCU, Vital do Rego, participam de seminário sobre arcabouço fiscal.


LULA – O presidente cumpre agenda em Minas, onde inaugura o Centro de Radioterapia no município de Itabira, às 10h40, e depois (14h15) participa em BH da cerimônia de abertura da Caravana Federativa, realizada no Expominas.


FISCAL AVANÇA – A Câmara sinalizou à equipe econômica que pode votar ainda nesta semana o projeto de corte linear dos benefícios tributários, possivelmente já na sexta-feira. Outra alternativa é votação na próxima terça, com análise do Senado no dia seguinte.


… Em ambos os cenários, o governo está otimista com a aprovação antes do Orçamento, previsto para a próxima quinta-feira (18).


… O ministro Fernando Haddad recebeu ontem o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) na Fazenda, e a expectativa entre parlamentares é que o parecer possa ser divulgado já nesta quinta-feira, diante do avanço das conversas.


… Aguinaldo indicou que alinhará a votação com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Na Fazenda, tirou dúvidas sobre pontos sensíveis do projeto e não sinalizou mudanças em relação ao texto aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia.


… A avaliação interna é de que o projeto está “redondo” para aprovação sem alterações.


… A proposta do governo busca reverter R$ 20 bilhões em renúncias fiscais para o Orçamento de 2026 e é tratada como pré-condição para a aprovação da LOA. A maior dúvida sobre o parecer é se Aguinaldo manterá o corte linear desejado pelo Executivo.


… Entre os pontos mais sensíveis estão os créditos presumidos ligados ao agronegócio.


CORREIOS – O governo acelerou os normativos para destravar a reestruturação dos Correios, enquanto avançam as negociações com bancos para um empréstimo de até R$ 15 bilhões, que deve ser fechado na próxima semana, com juros próximos a 120% do CDI.


… A entrada da Caixa reabriu as conversas após o Tesouro rejeitar a proposta inicial de cinco bancos, que pediam juros de 136% do CDI por um empréstimo de R$ 20 bilhões. Com o banco público no consórcio, o acordo ganhou tração.


… O ministro Fernando Haddad afirmou que a negociação está avançada e que um aporte direto do governo só ocorreria se não houver acordo com o pool de bancos — cenário que, por ora, não é o esperado.


… O crédito aos Correios é considerado crucial para cobrir o prejuízo acumulado de R$ 6,05 bilhões até setembro, financiar o PDV, regularizar fornecedores, rolar dívidas e sustentar investimentos até 2026.


ANISTIA TRAVA – O avanço do PL da Dosimetria travou no Senado após o presidente da CCJ, Otto Alencar, rejeitar a tentativa de Davi Alcolumbre de levar o texto direto ao plenário. A matéria será analisada na CCJ na próxima quarta (17), com Esperidião Amin como relator.


… Nos bastidores, o governo trabalha para empurrar a discussão para 2026 e usar pedidos de vista para alongar o processo. A estratégia é ganhar tempo e, se necessário, vetar pontos do texto, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe, incluindo Bolsonaro.


… O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, porém, admite que deve ser difícil adiar a votação: Otto estaria disposto a conceder apenas “pedido de vista de horas”, não a tradicional de uma semana.


… No Senado, há maioria pela deliberação, inclusive parte da base, embora uma ala defenda excluir benefícios para políticos e militares.


… A articulação ganhou novo peso após a fala de Flávio Bolsonaro sobre “o preço” para deixar a corrida presidencial. Deputados veem a aprovação na Câmara como um sinal ao Centrão e um pagamento político de compromissos antigos, mais do que uma vitória da família Bolsonaro.


… O texto é chamado de “anistia light” porque pode reduzir a pena de prisão de Bolsonaro para apenas 2 anos e 4 meses.


… Segundo apurou o Estadão, o Planalto foi informado de uma articulação no Senado para incluir a anistia no texto — movimento que, se ocorrer, obrigará o projeto a voltar à Câmara e pode inviabilizar a votação ainda este ano.


… Amin, relator na CCJ e aliado histórico de Bolsonaro, já declarou defender perdão amplo e afirmou que “o entendimento será da política”.


ANTIFACÇÃO – O Senado aprovou ontem à noite, por unanimidade, o PL Antifacção, reforçando o combate ao crime organizado.


… O texto do relator Alessandro Vieira (MDB) incorporou diversas demandas do Executivo e criou uma Cide sobre empresas de apostas online, capaz de gerar até R$ 30 bilhões por ano para o Fundo Nacional de Segurança Pública, para o enfrentamento de facções e milícias.


… Como foi alterado, o projeto retorna para análise da Câmara.


… O parecer foi construído em diálogo com o deputado Guilherme Derrite (PP), relator na Câmara, e atende integralmente ao que o governo desejava. A CCJ do Senado já havia aprovado o texto antes de enviá-lo ao plenário.


CANCELADA – Alcolumbre cancelou a sessão de hoje do Congresso que votaria os vetos presidenciais, alegando falta de acordo.


LEI DO IMPEACHMENT – O ministro Gilmar Mendes recuou parcialmente da liminar que alterava o rito de impeachment de ministros do STF e suspendeu o trecho que dava exclusividade à PGR para pedir afastamento de magistrados.


… A decisão atende a pedido do Senado, mas mantém a exigência de quórum de dois terços para abertura do processo — antes, bastava maioria simples. A medida reduziu a tensão entre os Poderes após a liminar ter sido interpretada como tentativa de blindagem do Supremo.


… Com o recuo, o tema foi retirado da pauta do plenário virtual do STF, que começaria o julgamento na sexta (12).


O COPO MEIO CHEIO – O placar rachado do Fed, que já estava precificado, e a divisão observada no gráfico de pontos não impediram que os juros dos Treasuries acelerassem as quedas e que as bolsas subissem em Nova York.


… Apesar de Powell ter dito que o Fed está em pausa agora e que ainda não sabe o que fazer em janeiro, só o fato de ele não ter descartado a quarta flexibilização seguida no mês que vem foi lido pelo mercado como uma pista dovish.


… Se o Fed não fechou a porta para mais um corte e ainda veio com a novidade de “religar a impressora” e comprar US$ 40 bilhões em títulos de curtíssimo prazo (T-bills), as taxas dos Treasuries se sentiram à vontade para cair.


… O yield da Note de dois anos recuou a 3,534% (de 3,609% na véspera) e o de 10 anos voltou a 4,145% (de 4,182%).


… Despertada a esperança de mais um alívio monetário no início do ano que vem, o índice Dow Jones engatou alta firme de 1,05% (48.057,75 pontos); o S&P 500 ganhou 0,67% (6.886,68); e Nasdaq avançou 0,33% (23.654,16).


… Amazon subiu 1,7% após anunciar investimento de US$ 35 bilhões na Índia nos próximos 5 anos, com foco em IA.


… Também o câmbio repercutiu a percepção de que Powell não eliminou do cenário a perspectiva dovish. O banco ING disse que o índice DXY, termômetro do dólar, poderia ter ido até pior do que foi: -0,43%, a 98,786 pontos.


… O euro subiu 0,59%, para US$ 1,1694, e entra agora em compasso de espera pela reunião de política monetária do BCE, daqui a uma semana. A libra registrou alta de 0,59%, a US$ 1,3381, e o iene avançou para 155,92 por dólar.


GAP DE QUEDA – Se o mercado interpretar que o Copom trouxe referências importantes à melhora da dinâmica da inflação, apesar de ainda estar fazendo jogo duro na comunicação, os juros curtos podem abrir em baixa.


… Horas antes de a Selic ter sido mantida em 15% e de o comunicado não ter tirado de cena o mês de janeiro como início do ciclo de corte dos juros, teve a boa notícia do IPCA em novembro (+0,18%) em linha com a previsão.


… O resultado foi o menor para o mês em sete anos. No acumulado em 12 meses, o índice de inflação oficial de 4,46% ficou abaixo do teto da meta (+4,50%) pela primeira vez em mais de um ano, desde setembro de 2024.


… Para analistas ouvidos pelo Globo, o dado aumenta a confiança na política monetária do Copom e indica que Gabriel Galípolo pode não precisar redigir a carta de descumprimento da meta de inflação ao final deste ano.


… O Barclays, porém, fez o contraponto negativo sobre o indicador, destacando a resistência da inflação de serviços, que apesar de ter desacelerado de 6,20% para 5,95% em 12 meses, segue acima da média da pré-pandemia, de 4,2%.


… Ontem, os juros futuros mantiveram o desconforto com a direita ainda sem um candidato claro e os riscos fiscais embutidos no caso de uma eventual reeleição de Lula. Mas o humor deu uma desanuviada assim que Powell falou.


… Os contratos mais longos reduziram o fôlego de alta e a ponta curta teve viés de queda. Jan/27 caiu a 13,715% (de 13,726% na véspera). Jan/29 subiu a 13,190% (13,151%); Jan/31, 13,475% (13,428%); e Jan/33, 13,605% (13,544%).


PAGANDO O PATO – Apesar de a Câmara já ter pagado o “preço” de Flávio Bolsonaro com a dosimetria, também o câmbio continua abalado pela percepção de risco com o cenário eleitoral e, assim, mal deu para curtir o Fed.


… O dólar descolou da queda em escala global e subiu 0,60%, a R$ 5,4686, tendo batido R$ 5,49 na máxima intraday.


… O real apresentou o segundo pior desempenho na lista das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Só não perdeu para o rublo russo, dando a medida do estresse causado pela confusão armada pela família Bolsonaro.


… Além dos movimentos de proteção no câmbio e de uma possível fuga de capital externo com as turbulências em Brasília, os movimentos do dólar também podem estar respondendo às remessas de final de ano ao exterior.


… Já a bolsa conseguiu se libertar do ambiente político e engatou no bom humor de Nova York com o discurso de Powell, que não enterrou as chances de o Fed dar sequência ao ciclo de flexibilização monetária em janeiro.


… O Ibovespa ganhou ritmo no fim da sessão e subiu 0,69%, reconquistando os 159 mil pontos (159.074,97), com volume financeiro de R$ 23 bilhões. Vale e os bancos exibiram mais apetite por risco do que as ações da Petrobras.


… As ações da mineradora acumulam um rali de quase 40% este ano. Ontem, emplacaram alta de 1,83%, a R$ 71,06.


… No setor financeiro, destaque para o salto de 2,36% da unit do BTG, a R$ 53,43, seguida pelo Bradesco, com ganhos de 1,29% (ON; R$ 15,74 ) e 1,78% (PN; R$ 18,33). Itaú avançou 0,79% (R$ 39,44) e BB ON, +0,51% (R$ 21,60).


… Santander unit reduziu quase à metade a queda de mais de 2% na primeira etapa da sessão, a -0,93% (R$ 31,85).


… Petrobras foi mais devagar nos ganhos, mas seguiu o petróleo. ON registrou leve alta de 0,21%, a R$ 33,56, e PN, +0,25%, a R$ 31,94. O Brent subiu 0,43%, a US$ 62,21, por barril, com a escalada das tensões na costa da Venezuela.


… A Guarda Costeira americana EUA apreendeu um navio petroleiro. Além disso, a commodity virou para alta depois de o DoE ter informado queda nos estoques semanais de petróleo nos Estados Unidos, de 1,182 milhão de barris.


CIAS ABERTAS NO AFTER – MINERVA aprovou dividendos intercalares de R$ 162,1 milhões, a R$ 0,16455195920 por ação, com pagamento em 29 de dezembro. As ações ficam ex-dividendos em 16 de dezembro.


SABESP superou as metas de novas ligações de água e esgoto do ciclo 2024-2025 e reforçou o plano de universalizar os serviços até 2029. Os investimentos já somam R$ 10,4 bilhões no ano e podem chegar a R$ 70 bi no ciclo de obras.


COPASA. A privatização avançou na Assembleia de MG após a comissão de orçamento aprovar parecer em 2º turno ao PL 4.380/25, abrindo caminho para votação em plenário até a próxima terça-feira…


… O texto flexibiliza a realocação de empregados após o período de estabilidade.


HAPVIDA. A companhia afirmou que a revisão de dados regulatórios exigida pela ANS não altera as demonstrações financeiras consolidadas usadas pelo mercado…


… A empresa disse que o ajuste já foi incorporado aos balanços regulatórios de 2025 e que o Programa Desenrola está 90% concluído.


ALPARGATAS. O conselho aprovou a 3ª emissão de debêntures simples, quirografárias, no valor de R$ 300 milhões, com vencimento em cinco anos. Os papéis renderão 100% do DI mais sobretaxa de 0,75% ao ano.


IGUATEMI firmou proposta vinculante com XP Malls para venda de participações minoritárias em quatro shoppings, por R$ 372 milhões, a um cap rate médio de 8%. A Iguatemi seguirá no controle e na administração dos ativos.


ALLOS. A gestora SPX passou a deter 5,23% do capital da companhia, com 26,36 milhões de ações ordinárias.


DIRECIONAL. O conselho aprovou dividendos intermediários de R$ 804,4 milhões, a R$ 1,55 por ação, com pagamento em 23 de dezembro. As ações ficam ex-dividendos em 17 de dezembro.


JHSF. A companhia concluiu a venda de 496 imóveis residenciais a um FII por R$ 5,2 bilhões, em operação garantida por Bradesco, Itaú e XP. A transação reforça o caixa e deve levar a empresa a posição de caixa líquido.


TOTVS. O conselho aprovou JCP de R$ 99,9 milhões, equivalentes a R$ 0,17 por ação. As ações ficam ex dia 16.


AXIA ENERGIA iniciou obras de transmissão nos lotes 3 e 5 da Aneel no Ceará e em outros cinco Estados, com investimentos de R$ 3,6 bi. Os projetos somam 1.456 km em linhas e podem gerar cerca de 6.500 empregos diretos.


COPEL. O conselho aprovou dividendos de R$ 1,35 bilhão, com data de pagamento a ser definida na AGO de abril de 2026. Terão direito os acionistas posicionados em 30 de dezembro e as ações ficam ex em 2 de janeiro.


SLC AGRÍCOLA. O conselho aprovou R$ 380 milhões em dividendos e R$ 20 milhões em JCP referentes a 2025, com pagamentos em 22 e 23 de dezembro. As ações ficam ex-dividendos e ex-JCP a partir de 15 de dezembro.


SÃO MARTINHO. A usina encerrou a safra 2025/26 com moagem de 21,67 milhões de toneladas, 1,5% abaixo do guidance. A produção de açúcar ficou em linha com a previsão e o mix permaneceu em 49% açúcar e 51% etanol.


WILSON SONS. A CVM cancelou o registro da companhia como emissora categoria A, após o resgate compulsório das ações em circulação. Com isso, a empresa deixa de ter valores mobiliários listados na B3.


FRAS-LE. O conselho aprovou JCP de R$ 102,4 milhões, a R$ 0,369259 por ação, com pagamento em 16 de janeiro de 2026. A empresa também propôs incorporar a controlada Nakata para simplificar a estrutura societária.


KEPLER WEBER. O conselho aprovou dividendos de quase R$ 25 milhões, equivalentes a R$ 0,144232 por ação, com pagamento em 26 de dezembro. As ações passam a ser negociadas ex-dividendos em 16 de dezembro.


INTERCEMENT. A Justiça de São Paulo homologou o plano de recuperação judicial da companhia, aprovado por mais de 99% dos credores. A empresa diz que a decisão abre caminho para uma estrutura financeira mais equilibrada.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Monitor de PM

 


E vamos em frente

 


Anderson Nunes

 *SUPER QUARTA DECIDE JUROS COM CLIMA TENSO NA CÂMARA - MC 10/12/25*

*Por Anderson Nunes - Analista Político*


O mercado aguarda a manutenção da Selic e o corte de juros nos EUA enquanto Brasília ferve com cassações e projetos de anistia.


*DECISÃO DE JUROS NO BRASIL E NOS EUA*


O Banco Central brasileiro deve manter a taxa Selic em 15% ao ano na decisão de hoje enquanto o Federal Reserve tende a realizar novo corte de 0,25% nos juros americanos.


*MANOBRA EM BRASÍLIA*


Hugo Motta surpreendeu o Planalto ao pautar e aprovar na madrugada o projeto da Dosimetria, uma articulação do Centrão para reduzir penas e tentar viabilizar politicamente o governador Tarcísio de Freitas.


*CÂMARA APROVA REDUÇÃO DE PENAS*


Os deputados aprovaram o projeto que diminui as penas para condenados pelos atos de 8 de Janeiro e beneficia envolvidos com placar de 291 a 148. Projeto segue para apreciação no Senado.


*CONFUSÃO E RETIRADA À FORÇA*


A Polícia Legislativa retirou o deputado Glauber Braga da Mesa Diretora após ele ocupar a cadeira da presidência para obstruir os trabalhos e protestar contra seu processo de cassação.


*SENADO DESAFIA O SUPREMO*


O Senado aprovou a PEC do Marco Temporal por 52 votos a 15 para fixar a data da Constituição de 1988 como limite para demarcações de terras indígenas. A aprovação é uma resposta direta às decisões recentes do ministro Gilmar Mendes.


*INFLAÇÃO NO RADAR*


O IBGE apresenta hoje os números do IPCA de novembro com projeção de alta de 0,2% e expectativa de desaceleração no acumulado de doze meses.


*TRUMP PRESSIONA VENEZUELA*


O republicano declarou que os dias de Nicolás Maduro estão contados e manteve em aberto a possibilidade de intervenção militar americana na região.


*RADAR CORPORATIVO*


O CADE julga hoje a fusão entre as gigantes Petz e Cobasi que pode criar uma empresa com faturamento anual de 7 bilhões de reais.

A SpaceX projeta realizar sua oferta pública inicial de ações em 2026 com avaliação de mercado estimada em 1,5 trilhão de dólares.

Ford e Renault firmaram parceria estratégica para desenvolver carros elétricos e enfrentar a concorrência chinesa na Europa.

A Microsoft anunciou investimento de 23 bilhões de dólares em inteligência artificial com foco principal no mercado indiano.

Ambev (ABEV3): O Conselho aprovou a distribuição de JCP e dividendos totalizando cerca de R$ 0,73 brutos por ação, com data de corte em 19 de dezembro.

Suzano (SUZB3): A gigante de papel e celulose projetou investimentos de R$ 10,9 bilhões para 2026, um valor inferior ao orçamento mantido para este ano.

Telefônica (VIVT3): A empresa reduzirá seu capital social em R$ 4 bilhões devolvendo recursos aos acionistas até 2026 e concluiu a compra da CyberCo Brasil.

Energisa (ENGI11): A Aneel autorizou reajustes tarifários acima de 11% para as distribuidoras do Acre e de Rondônia, vigentes a partir de sexta-feira.

Rumo (RAIL3): A companhia logística aprovou uma nova emissão de debêntures no valor total de R$ 2 bilhões para reforçar o caixa.

Gol (GOLL4): A CVM absolveu o ex-conselheiro Henrique Constantino da acusação de desvio de poder e encerrou o processo administrativo retomado ontem.


O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: 'Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance'.

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Expectativa é elevada com superquarta*


Fed deve cortar juro em 25 pontos-base e Copom manterá Selic em 15%


… Com esperança renovada de ter Tarcísio na disputa pelo Planalto, após a aprovação da Dosimetria na calada da noite, o mercado acompanha hoje as reuniões do Fed (16h) e do Copom (18h30). Nos Estados Unidos, as chances de um corte de 25 pontos-base do juro são projetadas em 89% no CME Group, enquanto aqui a Selic deve ser mantida em 15%. Nos dois casos, a expectativa é pelos comunicados, que podem sinalizar as decisões para 2026. Na entrevista (16h30), Powell deve tentar equilibrar o Comitê dividido. Já o BC deve manter o tom de cautela, alinhado às últimas comunicações. Na agenda, destaque para o IPCA de novembro (9h), que ainda pode ajustar algumas apostas para janeiro.


FED – O Fomc não costuma surpreender o mercado e, dificilmente, iria contra o consenso quase unânime que se manteve firme sobre uma nova queda do juro, que deve ser reduzido para a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano.


… O apagão de dados do shutdown não impediu que Wall Street migrasse em peso para essa probabilidade, embora Jerome Powell tivesse dito na última reunião de política monetária que um terceiro corte em dezembro não estava “garantido”.


… O que mudou de lá para cá: as divergências do Comitê se tornaram mais evidentes, com alguns Fed boys passando a admitir publicamente as suas preocupações com a deterioração do mercado de trabalho, com a inclinação dovish ganhando força.


… Hoje, a decisão deve ser dividida e o placar dissidente é importante para projetar as ações futuras, sobretudo, diante da troca de Powell, em maio, quando Trump deverá nomear alguém de perfil mais afinado com suas convicções.


… O mercado também espera as projeções econômicas do Fed, após a maioria dos membros ter indicado em setembro só um corte em 2026 e outro em 2027, que levariam o juro para 3% a 3,25%. Esse é o cenário-base do Goldman Sachs, que espera uma pausa depois de hoje.


… Já na coletiva, Powell terá o desafio de tentar equilibrar a provável queda do juro com um discurso hawkish, na visão do BofA, em nota aos clientes, devendo manter a postura de seguir data dependent.


COPOM – Também o Banco Central deve continuar afirmando a sua dependência dos dados econômicos. Embora alguns ajustes no texto do comunicado de hoje sejam esperados, o tom de cautela deve ser mantido, deixando janeiro em aberto.


… Depois de todas as mensagens conservadoras de Galípolo, o Copom não pode dar um cavalo de pau na comunicação.


… Além disso, a reunião de janeiro só acontecerá no fim do mês, com tempo suficiente de o BC sinalizar se o início do ciclo de cortes começará ou não no primeiro Copom de 2026. Economistas estão divididos sobre esse timing, com a maioria acreditando em março.


… Por enquanto, o que está valendo é que a política monetária está funcionando, mas de forma lenta, que o mercado de trabalho permanece aquecido, que as expectativas de inflação continuam acima do centro da meta e que, na dúvida, o papel do BC é ser conservador.


… Para Sérgio Goldenstein (Eytse Estratégia), melhoras factuais devem ser reconhecidas, como a composição mais benigna da inflação corrente, sinais de arrefecimento do mercado de trabalho e, em particular, a moderação mais intensa da atividade econômica.


… “O PIB do terceiro trimestre avançou apenas 0,1% e evidenciou um maior efeito da política monetária contracionista, com o consumo das famílias praticamente estagnado (+0,1%) e a desaceleração do setor de Serviços (+0,1%)”, escreveu aos clientes.


… A Eytse espera revisões na projeção de inflação do BC para o horizonte relevante da política monetária (2Tri/2027), com recuo de 3,3% para 3,2%, devido à menor inércia inflacionária, queda da expectativa de inflação para 2026 e apreciação marginal do câmbio.


… Goldenstein mantém a expectativa do primeiro corte de 25pbs em janeiro de 2026, quando a projeção de inflação deverá se situar na meta de 3,0%, ou com um pequeno desvio, refletindo o deslocamento do horizonte relevante da política monetária para o 3Tri/2027.


… Reconhece, no entanto, uma probabilidade relevante de o ciclo de quedas começar apenas em março, dadas a comunicação conservadora do BC, a distância das expectativas de inflação em relação à meta e possíveis pressões sobre a taxa de câmbio.


IPCA – O indicador oficial de inflação sai às 9h e deve acelerar de 0,09% em outubro para 0,18% em novembro, pressionado pela manutenção da bandeira tarifária vermelha 1 e pela alta nas passagens aéreas no período.


… As projeções, todas de alta, variam de 0,16% a 0,26% no Projeções Broadcast. Em 12 meses, a mediana indica desaceleração de 4,68% para 4,47% (abaixo do teto da meta de 4,5%). As estimativas vão de 4,44% a 4,54%.


… A média dos núcleos de inflação deverá perder força na margem no IPCA de novembro, ao passar de 0,26% em outubro para 0,23%. Apenas os bens industriais devem indicar desaceleração, de +0,03% para queda de 0,23%.


… Já os preços livres devem avançar de 0,18% para 0,20%; administrados, de -0,16% para -0,14%; alimentação no domicílio, de -0,16% para 0%; serviços, de 0,41% para 0,61%; e serviços subjacentes, de 0,33% para 0,37%.


MAIS AGENDA – Além do IPCA de novembro, o dia reserva ainda os dados semanais do fluxo cambial, às 14h30.


… Na CCJ do Senado, será votado o parecer de Alessandro Vieira (MDB) sobre o PL Antifacção e Lula participa de cerimônia do novo PAC (10h).


NOVA PESQUISA – Ipsos-Ipec sobre a eleição presidencial de 2026, divulgada ontem à noite, mostra o presidente Lula na liderança em todos os cenários de primeiro turno. Lula tem 38% dos votos contra Flávio Bolsonaro (19%) e contra Tarcísio (17%).


… Lula também é o candidato com maior índice de rejeição (44%), contra 35% de Flávio Bolsonaro e apenas 11% de Tarcísio de Freitas.


… A avaliação ótima/boa do presidente Lula se manteve em 30% na pesquisa Ipsos/Ipec e ruim/péssimo subiu de 38% para 40%. Já a aprovação de Lula recuou para 42% (de 44% em setembro), enquanto a desaprovação oscilou de 51% para 52%.


LÁ FORA – Nenhum indicador americano relevante sai antes do Fed. Às 10h30, tem o índice de custo de emprego do terceiro trimestre e, às 12h30, os estoques de petróleo do DoE devem registrar queda de 1,6 milhão de barris.


… Lagarde (BCE) participa de conversa sobre o euro às 7h55 e o Canadá deve manter o juro estável (2,25%) às 11h45.


SUCESSOR DE POWELL – No FT, Trump e Bessent (Tesouro) se reunirão hoje com o ex governador do Fed Kevin Warsh, sinalizando que ele continua no páreo para o Fed. Christopher Waller, Michelle Bowman e Rick Rieder (BlackRock) também seguem como finalistas.


… A decisão de realizar entrevistas adicionais para a vaga de Powell revela que a escolha do conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, não está assegurada. Trump prometeu anunciar sua decisão só em janeiro.


CHINA HOJE – A inflação ao consumidor (CPI) teve alta anualizada de 0,7% em novembro, ganhando força significativa, depois de ter avançado 0,2% em outubro. Apesar do ritmo forte, o resultado veio dentro da previsão.


… Os preços ao produtor (PPI) aprofundaram a deflação, de -2,0% para -2,2%, pior do que a projeção de -1,9%.


BRASÍLIA 40 GRAUS – A cúpula do Planalto foi pega de surpresa com a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar a votação do projeto da Dosimetria, que oferece redução de penas para os condenados por tentativa de golpe de Estado.


… Na véspera, Hugo Motta esteve com Haddad e Gleisi Hoffmann, quando assumiu compromisso de votar o PL do devedor contumaz, mas não alertou sobre a Dosimetria, articulada com o Centrão numa tentativa de acalmar a família Bolsonaro e reverter a candidatura de Flávio.


… A proposta reduz a punição de Bolsonaro de 27 anos e três meses para 20 anos e sete meses, e o tempo de permanência no regime fechado de prisão para dois anos e quatro meses, conforme cálculo do relator, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade).


… O PL ainda queria a “anistia, ampla geral e irrestrita”, mas aceitou subir “um degrau”.


… No entanto, antes que a Dosimetria pudesse ir ao plenário, a sessão foi marcada por uma confusão envolvendo o deputado Glauber Braga (PSOL), que ocupou a cadeira do presidente da Casa e foi retirado à força pela Polícia Legislativa.


… O acesso de jornalistas e assessores ao plenário foi vedado e a TV Câmara também suspendeu a exibição da sessão.


… Glauber protestava contra o processo que pede sua cassação por quebra de decoro por agredir um integrante do MBL, em abril de 2024.


… Motta havia anunciado no pacote de votações do fim de ano a análise do processo do deputado do PSOL juntamente com a votação sobre a perda dos mandatos de Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro – todos do PL e fora do País.


… Fiel ao seu estilo de agradar todo mundo, o presidente da Câmara também confirmou a votação dos projetos da pauta econômica, o devedor contumaz (aprovado ontem à noite), reforma tributária (talvez hoje), cortes de benefícios (próxima semana) e o Orçamento/2026.


… Paulinho disse que o projeto da Dosimetria está “pacificado” também no Senado e, segundo apurou a jornalista Maria Cristina Fernandes (Valor), o relator consultou ministros do STF antes de apresentar seu texto, incluindo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.


… Os mercados reagiram bem ao projeto de Dosimetria, acreditando que, com isso, os partidos do Centrão abrem caminho para fazer um gesto em direção ao governador Tarcísio de Freitas, mesmo com Flávio insistindo em manter a candidatura.


… Quase às 2 e meia da manhã, a Câmara aprovou o texto-base da Dosimetria, por 291 votos a 148. Segue para o Senado.


MARCO TEMPORAL – Enquanto a coisa fervia na Câmara, no Senado, Davi Alcolumbre desafiava o STF imprimindo velocidade à PEC do Marco Temporal. Votou a urgência, quebrou o interstício e levou a proposta para aprovação em dois turnos no plenário.


… Por 52 votos a 15, os senadores validaram a tese que reconhece apenas territórios ocupados por povos originários até a data da promulgação da Constituição de 1.988. O texto segue para a Câmara dos Deputados.


… A aprovação ocorreu na véspera do julgamento no Supremo Tribunal das ações que discutem o Marco Temporal para demarcação de terras indígenas, relatadas pelo ministro Gilmar Mendes, que causou revolta no Senado com a liminar alterando a Lei do Impeachment.


… Essa é uma briga da bancada ruralista que vem de longe: em 2023, o STF julgou inconstitucional a tese do Marco Temporal, o que levou o Congresso a aprovar um projeto de lei reestabelecendo a regra, com vetos do presidente Lula derrubados pelo Congresso.


… Para tentar resolver o impasse, Gilmar formou uma comissão com representantes da União, do Congresso, de povos indígenas e de agricultores e realizou 23 audiências públicas para buscar um consenso. É isso o que começa a ser julgado hoje pela Corte.


… Irritado com Gilmar, Alcolumbre anunciou na mesma data da liminar do impeachment que retiraria a PEC do Marco Temporal da gaveta.


…O texto atual inclui na Constituição garantias a particulares que comprovarem “posse de boa-fé” das terras, incluindo indenização pelo solo e por benfeitorias. PT votou contra. PL, União Brasil, PP, Republicanos, Podemos, PSDB e Novo orientaram pela aprovação.


MOEDA DE TROCA – A surpresa com a decisão de Motta de pautar para ontem mesmo o PL da Dosimetria foi recebida com alívio pelo mercado, à medida que poderia convencer Flávio a desistir da candidatura “irreversível”.


… A percepção entre os investidores é de que a saída do filho de Bolsonaro pode unificar a direita em torno de um nome mais competitivo à corrida ao Planalto em 2026, dando espaço para Tarcísio, que ainda não se apresentou.  


… Embora o Ibovespa não tenha bancado a máxima intraday, quando se aproximou dos 159 mil pontos (158.851,19), fechou longe da mínima (155.187,81), enquanto o dólar se afastou do pico e os juros futuros reduziram a pressão.


… Na reta final do pregão, porém, o “barraco” de Glauber na Câmara pôs em xeque a continuidade da sessão e deu alguma abalada na confiança dos negócios, dando a medida de como o mercado anda sensível aos choques.


… O índice à vista da bolsa doméstica, que havia virado para o positivo com Motta, voltou a perder ritmo nos últimos minutos da sessão e fechou em leve queda de 0,13%, aos 157.981,13 pontos, com volume de R$ 25 bilhões.


… Até agora, o Ibovespa ainda não conseguiu se recuperar do baque de 4% do “Flávio´s Day” (sexta-feira).


… Após uma manhã em queda com o minério (-0,72%), Vale zerou as perdas (+0,06%), para R$ 69,78. A melhora de humor também reduziu a queda do Itaú (-0,22%), que fechou a R$ 41,37, perto da máxima do dia (R$ 41,50).


… Já Bradesco PN (-1,32%, a R$ 18,01); BB ON (-0,51%, a R$ 21,49); e Santander unit (-2,13%, a R$ 32,15) foram mal.


… Petrobras ON (+0,63%, a R$ 33,49) e PN (+0,63%, a R$ 31,86) fecharam outra vez na contramão do petróleo e evitaram perdas maiores no Ibovespa. O contrato do Brent para fevereiro caiu 0,88%, negociado a US$ 61,94.


… O barril teme que os relatórios da Opep e da AIE confirmem o excesso de oferta global da commodity.


… O mercado segue cético sobre as conversas de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Zelensky afirmou que se recusa a ceder qualquer território, resistindo à pressão do governo norte-americano por um compromisso com a Rússia.


… No câmbio, o real chegou a registrar o pior desempenho pela manhã entre as 33 moedas mais fortes do mundo, com Flávio jurando que sua candidatura era para valer. No pior momento, o dólar encostou em R$ 5,50 (R$ 5,4950).


… Depois, com o “preço” de sua candidatura sendo negociado pela dosimetria, a moeda americana desacelerou a alta para 0,26%, negociada a R$ 5,4349, diante da esperança despertada de menor fragmentação da direita.  


… A solução negociada por Motta de aceitar a chantagem política de Flávio para que ele desista de concorrer também baixou a temperatura nos juros futuros, que haviam saltado 30 pontos-base no auge da tensão.


… A curva reduziu o ritmo de alta: o contrato de DI para Janeiro de 2027 marcou 13,760% (de 13,754% no ajuste anterior); Jan/29, 13,190% (contra 13,143% na véspera); Jan/31, 13,465% (13,393%); e Jan/33, 13,585% (13,501%).


CORTE HAWKISH – A perspectiva de que o Fed possa assumir uma mensagem cautelosa, depois de baixar os juros, levou o índice DXY a subir 0,13%, para 99,220 pontos. O movimento foi ainda influenciado pela queda do iene.


… O presidente do BC do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, minimizou as ameaças inflacionárias (“não vemos um risco muito alto, especialmente de aceleração dos preços subjacentes”) e acenou com o ajuste gradual da taxa de juros.


… Frustrada a expectativa de uma comunicação hawkish, o iene caiu forte (-0,60%), para 156,91 por dólar. Já o euro (-0,05%, a US$ 1,1631) e a libra esterlina (-0,09%, a US$ 1,3307) fecharam próximos da estabilidade.


… Diante do racha esperado no placar do Fed hoje, os retornos dos Treasuries avançaram. A taxa da Note de dois anos subiu para 3,609%, contra 3,580% no pregão anterior, e o rendimento de 10 anos foi a 4,182%, de 4,167%.


… As bolsas em Nova York perderam fôlego à tarde e o índice Dow Jones virou para baixo (-0,37%), aos 47.560,29 pontos, pressionado pelo setor de saúde (Pfizer, -1,71%; e Merck, -2,06%) e bancário (JPMorgan, -4,66%).


… S&P 500 fechou estável (-0,09%, a 6.840,51 pontos) e o Nasdaq subiu 0,13%, aos 23.576,49 pontos.


CIAS ABERTAS NO AFTER – Conselho de Administração da AMBEV aprovou a distribuição de dividendos (R$ 0,4612 por ação) e de juros sobre o capital próprio (valor bruto de R$ 0,2690/ação ou líquido de R$ 0,2286). Ex dia 19/12.


SUZANO. Conselho de Administração aprovou a estimativa de investimentos de capital (capex) para 2026 no valor de R$ 10,9 bilhões, montante inferior aos R$ 13,3 bilhões projetados e mantidos para 2025.


LWSA. Conselho de Administração aprovou aumento do capital social de R$ 4,48 milhões em decorrência do exercício de opção de compra de ações por beneficiários de um plano aprovado pelos acionistas em 2019…


… Foram emitidas 2.562.144 de novas ações ON; com a operação, capital social passará a R$ 2.401.593.179,86, dividido em 565.999.206 de ações ON, para R$ 2.406.076.931,86, representado por 568.561.350 de papéis.


AZZAS. AGE aprovou a ampliação do limite de capital de até R$ 5 bilhões. A alteração abre espaço para futuras emissões de ações (públicas ou privadas) e para capitalizações por meio da incorporação de lucros ou reservas.


TELEFÔNICA. Conselho aprovou proposta de redução do capital social de R$ 4 bilhões, sem o cancelamento de ações e mediante a restituição de recursos aos acionistas, a serem pagos em única parcela até o dia 31 de julho de 2026…


… Empresa concluiu compra da totalidade das quotas da Telefônica Cibersegurança e Tecnologia do Brasil (CyberCo Brasil) pelo valor de até R$ 232 milhões. 


MOTIVA registrou em novembro tráfego consolidado de 85,5 milhões de veículos nas rodovias pelas quais é responsável, volume 2,7% superior ao atingido no mesmo mês de 2024…


… Comparação anual não inclui a operação da ViaOeste, que teve o fim da sua concessão em março deste ano, e as operações das vias Sorocabana e PRVias, iniciadas em março e junho de 2025, respectivamente.


RUMO. O conselho de administração aprovou a 18ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, em quatro séries, no valor total de R$ 2 bilhões.


BRB informou que divulgação das demonstrações financeiras do terceiro trimestre será realizada somente após a conclusão da investigação independente contratada para apurar fatos mencionados na operação “Compliance Zero”.


BANCO PAN e BTG aprovaram em assembleia a incorporação do primeiro pelo segundo; operação havia sido anunciada em outubro.


GOL. Por dois votos a um, colegiado da CVM absolveu o ex-conselheiro de administração Henrique Constantino em processo que o acusava de desvio de poder como administrador da empresa…


… Caso foi retomado nesta terça-feira (9) após pedido de vista em 11 de novembro.


RAÍZEN. B3 deu à companhia até o dia 29 de maio de 2026 para que as suas ações preferenciais sejam negociadas com a cotação mínima de R$ 1, conforme o enquadramento determinado pela bolsas.


ENERGISA. Aneel aprovou os reajustes das tarifas das distribuidoras Energisa Acre e Energisa Rondônia com efeitos médios para o consumidor de 11,54% e 15,72%, respectivamente, com validade a partir de 13 de dezembro.

Pré mercados

*Bom dia ☕️*

*🌎Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (10),* enquanto investidores se preparam para decisão de política monetária do Fed. O mercado aposta que o banco central reduzirá sua taxa básica de juros em mais 0,25 ponto percentual, como fez em suas reuniões de setembro e outubro. 

*📊Veja o desempenho dos mercados futuros :*

*🇺🇸EUA*

* Dow Jones Futuro: +0,09%
* S&P 500 Futuro: +0,15%
* Nasdaq Futuro: +0,16%

🌏Ásia-Pacífico

* Shanghai SE (China), -0,23%
* Nikkei (Japão): -0,08%
* Hang Seng Index (Hong Kong): +0,42%
* Nifty 50 (Índia): -0,08%
* ASX 200 (Austrália): -0,08%

🌍Europa

* STOXX 600: -0,08%
* DAX (Alemanha): -0,11%
* FTSE 100 (Reino Unido): +0,09%
* CAC 40 (França): -0,22%
* FTSE MIB (Itália): -0,54%

🌍Commodities

* 🛢️Petróleo WTI, +0,21%, a US$ 58,37 o barril
* 🛢️Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 62,06 o barril
* 🧲Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,85%, a 769,00 iuanes (US$ 108,87)

🪙Bitcoin, -0,44%, a US$ 92.750,54

*📚MZ Investimentos*
*🗞️Jornal do Investidor*

Ouro e ações: uma bolha dupla?

 



🚨 Ouro e Ações subindo juntos? O alerta inédito do "Banco dos Bancos Centrais"


Você conhece a regra clássica dos investimentos: "quando a bolsa cai, o ouro sobe".

Geralmente, o ouro funciona como um seguro (refúgio) para momentos de crise. Mas, pela primeira vez em décadas, essa lógica quebrou.
Nesta semana, o BIS (Banco de Compensações Internacionais) — conhecido como o banco central dos bancos centrais — emitiu um alerta raro sobre uma possível "Bolha Dupla" (Double Bubble).
Para quem não é do mercado financeiro, traduzi o que está acontecendo e por que isso importa para o seu bolso:

👇

1. O que está acontecendo? 🤔
Tanto o mercado de ações (EUA) quanto o Ouro estão subindo explosivamente ao mesmo tempo.
O ouro subiu cerca de 60% este ano. Historicamente, isso é uma anomalia. O ouro costuma ser "anti-risco". Quando ele sobe junto com a bolsa, o BIS avisa: algo está fora do normal.

2. Por que estão subindo? (Avareza vs. Medo) 🚀
Estamos vendo dois motores diferentes ligados ao máximo:
* Ações: Empolgação com a Inteligência Artificial (IA). Empresas gastando fortunas em data centers apostando na revolução tecnológica.
* Ouro: Medo (geopolítica, inflação) e Bancos Centrais comprando ouro agressivamente para suas reservas.

3. Qual é o perigo? ⚠️
O alerta do economista Hyun Song Shin (BIS) é claro: o ouro deixou de se comportar como "porto seguro" e virou ativo de especulação. Pequenos investidores estão correndo para fundos de ouro (ETFs) com medo de perder a alta (FOMO), pagando caro.

💡 A Grande Pergunta:
Se o ouro e as ações estão subindo juntos porque "todo mundo está comprando", o que acontece se o mercado virar? Se ambos caírem ao mesmo tempo, onde os investidores vão se esconder?

A diversificação tradicional — ter um pouco de ações e um pouco de ouro para se proteger — pode não funcionar tão bem se essa "bolha dupla" estourar simultaneamente.
E você, como protege sua carteira quando as regras antigas deixam de funcionar?

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado.* Sexta Feira, 26 de Dezembro de 2.025. *Bolsonaro oficializa Flávio e mantém crise* ​ BC divulga nota de crédito de novem...