sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Uma farsa

 No dia 28 de agosto de 1979, um comerciante de Cruzeiro D'Oeste, no Paraná, Carlos Henrique Gouveia de Mello -nome falso- conseguiu finalmente assumir sua verdadeira identidade, que havia abandonado cinco anos antes.

O sujeito em questão era José Dirceu, que 20 anos depois se transformou num dos homens mais poderosos do Brasil e líder do partido mais corrupto do país: o Partido dos Trabalhadores.

28 de agosto de 1979 foi o dia em que foi sancionada a Lei da Anistia pelo regime militar, e ao lado do Zé Dirceu, na Câmara, estavam, em 1999, 20 anos depois, ao menos outros oito parlamentares punidos durante o regime militar e beneficiados pela lei.

Outros anistiados, a começar por Fernando Henrique Cardoso, chegaram também ao poder e ao Executivo.

ALoysio Nunes Ferreira e José Serra viveram no exílio durante quase todo o regime militar e só voltaram ao Brasil anistiados.

Serra fugiu do Brasil em 1965, exilou-se no Chile, e só retornou ao Brasil em 1977, com direitos políticos cassados, em razão de uma condenação de prisão -3 anos- recebida em 1966.

José Dirceu, José Genoíno, Milton Temer, Nilmário Miranda e Waldir Pires foram alguns dos anistiados que pertenciam ao PT.

Outros, como Fernando Gabeira, do PV, pertenciam a outros partidos de esquerda.

lula, preso em 1980, recebeu aposentadoria -R$ 12,5 mil-  como anistiado desde 1993 por perder os direitos sindicais e ter sido destituído do cargo de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SBC.

dilma rousseff, ex guerrilheira, foi anistiada em 2023 e recebeu uma indenização de R$ 400 mil por abusos sofridos durante o regime militar.

Notável é o fato de que todos os anistiados, inclusive dilma -que fazia parte do grupo guerrilheiro Colina- participaram de sequestros, assassinatos, roubos a bancos e luta armada.

Nada sequer parecido com o crime hediondo de pichar uma estátua, por exemplo.

dilma escondeu os relatórios sobre a situação de sua prisão de todas as formas, e até hoje ninguém tem acesso a eles.


Mas são os donos do poder de hoje que, ontem anistiados, são os mais ferozes combatentes da anistia a patriotas inocentes, condenados num processo ilegal e rasteiro.

Essa é a essência e o DNA dos covardes de esquerda: usar a realidade e falsificá-la de acordo com sua conveniência.

Mesmo que isso signifique negar, hoje, o que apoiou ontem. 

@schmittpaula

O mundo em 2025

 O mundo em 2025


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O jornalista e acadêmico uruguaio Leonardo Haberkorn deixou o cargo de professor no Programa de Comunicação da Universidade ORT, em Montevidéu. Sua despedida foi um alerta para todos os educadores do mundo:


CARTA DE DESISTÊNCIA


Depois de dezenas de anos lecionando, dei hoje a minha última aula nesta universidade. (...) Cansei de lutar contra os celulares, contra o WhatsApp e o Facebook. Eles me derrotaram, eu desisto, jogo a toalha. Cansei de falar de assuntos que me apaixonam diante de jovens que não conseguem tirar os olhos do celular e receber selfies.


É verdade que nem todos são assim. Mas há cada vez mais alunos desse tipo em todas as aulas. Até três ou quatro anos atrás, a proibição de usar o celular durante os noventa minutos de aula ainda surtia efeito — nem que fosse para que o aluno se sentisse culpado.


Isso acabou. Talvez seja eu... talvez eu tenha me desgastado e esteja cansado desse combate. Talvez até esteja errado. Uma coisa, porém, é certa: muitos desses jovens não têm consciência do quanto é ofensivo e prejudicial o que eles fazem. É cada vez mais difícil explicar como o jornalismo funciona para pessoas que não o consomem ou não veem sentido em se informar.


Esta semana na aula surgiu o tema da Venezuela. Só um aluno em vinte conseguiu explicar os fundamentos do problema. Só o básico, do resto ele não fazia a menor ideia. Perguntei se eles sabiam o nome do uruguaio que estava no meio da tempestade. Obviamente, nenhum deles sabia.


Perguntei-lhes se sabiam quem era o uruguaio Luis Almagro (secretário-geral da OEA). Silêncio. Por fim, do fundo da sala, uma jovem gaguejou: "Ele não é o Ministro das Relações Exteriores?"


 “O que está acontecendo na Síria?” Silêncio. (...)


“Qual partido é mais liberal, ou mais à esquerda nos Estados Unidos, os democratas ou os republicanos? Silêncio.


"Você sabe quem é Vargas Llosa?" Sim!

“Alguém aqui já leu um livro dele?" Ninguém.


Tentar conectar pessoas tão desinformadas com o básico do  jornalismo é complicado. É como ensinar botânica a alguém de um planeta onde não existe vida vegetal. 


No exercício em que os alunos tiveram que sair para procurar uma notícia nas ruas, um deles voltou com esta notícia: “Jornais e revistas ainda são vendidos!” (...)


Existe um momento em que o jornalista funciona contra você. Porque você é treinado para se colocar no lugar de outras pessoas, cultiva a empatia como ferramenta básica de trabalho. Esses alunos ainda têm a mesma inteligência, simpatia e cordialidade de sempre, e a culpa dessa situação não é só deles. A falta de cultura, o desinteresse e a alienação não nascem por conta própria.


A curiosidade deles morreu aos poucos, a cada vez que um professor deixou de corrigir seus erros ortográficos. Aos poucos, lhes ensinaram que tudo tem mais ou menos o mesmo valor. E quando você percebe que eles também são vítimas, acaba baixando a guarda quase sem se dar conta.


Nesse momento o aluno mau é aprovado como mediano; o medíocre passa por bom; o aluno simplesmente bom, nas poucas vezes em que consegue uma boa nota, é celebrado como se fosse brilhante. Não quero mais fazer parte desse círculo perverso. Nunca fui assim e me recuso a ser.


Sempre gostei de fazer bem feito tudo que faço, com o melhor de minha capacidade. (...) Vejo rostos apáticos. Desinteresse. Um rapaz largado, olhando o Facebook. O ano inteiro foi igual. (...)


Silêncio. Silêncio. Silêncio. Nessas horas, o que eles mais queriam é que eu terminasse a aula.


Eu também. 


texto:  Leonardo Haberkorn

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Quase todo o bom nas últimas 24 h, portanto o receio de um corte relevante pelos níveis alcançados parece mais visceral que objetivo. Agora, o apoio vem das empresas e dos bancos centrais, além da Fed. Mas hoje deverá respirar e realizar alguns lucros, que seria são.


EMPRESAS. Nvidia tomará ca.4% em Intel e ambas desenvolverão em conjunto uma infraestrutura para IA e chips para PCs, movimento que deve ser interpretado como dirigido a ganhar a simpatia da Administração Trump, porque Nvidia não tem nada a ganhar com isso. Até parece um plano de resgate para Intel, que ontem subiu +23% (Nvidia +3,5%, o que é difícil de explicar). Mas o importante é que esse movimento impulsionou toda a tecnologia (+1%), particularmente semicondutores EUA (+3,6%). Além disso, Crowdstrike +13% após anunciar no seu Dia do Investidor um bom guidance de vendas (+20%) ao integrar IA nos seus produtos. Para rematar a tecnologia em positivo, Netskope +18% no seu OPV. Mas além da tecnologia, temos Fedex +5% em aftermarket após publicar a bater estimativas e voltar a dar guidance. guidance.


BANCOS CENTRAIS. Noruega (Norges) baixou ontem -25 p.b., até 4,00%, como esperado, mas insinuou que continuará a baixar (inflação +3,5%). Reino Unido (BoE) repetiu em 4,00% com 7 votos a favor de manter vs. 2 a favor de baixar, absolutamente como esperado, porque tem a inflação em +3,8%. Mas o bom (para o mercado de obrigações e, por extensão, para as bolsas) é que irá reduzir mais lentamente o seu gigantesco balanço desde outubro: -70.000 MGBP/ano vs. -100.000 MGBP. E esta madrugada, Japão (BoJ), que avança no caminho diferente (subiu taxas de juros, etc.) repetiu em 0,50% (7 vs. 2, que queriam subir), mas irá reduzir o seu balanço ao vender os ETFs de bolsa que tem no balanço a um ritmo de 330.000M Y/ano (apenas 1.900 M€) desde 3.700 MY/ano até agora (isto é, significativamente) e REITs (imobiliário) 5.000 MY/ano (tão pouco quanto 29 M€/ano). Isto significa que irá reduzir, mas muito lentamente. Nota-se que tem receio que o mercado se ressinta, como o resto dos bancos centrais. Estes movimentos não mudam a situação: os gigantescos balanços dos bancos centrais e as suas posições nas obrigações dos seus próprios governos convertem-lhes em árbitros das yields das obrigações, o que protege o mercado de quedas importantes.


CONCLUSÃO: Hoje há Freaky Friday (vencimento de futuros e opções sobre índices e ações), que começará na Europa às 11 h e continuará em Wall St. às 13:30 h. Os futuros vêm despistados depois das subidas de ontem, mas apresentam aspeto em baixa, com bolsas negativamente influenciadas pelo aumento das yields das obrigações nas últimas horas. Seria uma realização de lucros natural (-0,1%/-0,3%) para uma semana que está a ser tão boa como a anterior para as bolsas, na ordem de +1,5%, apesar de na segunda-feira parecer que arrefeceriam de forma espontânea. Mas não. A semana volta a ser boa, com provável realização de lucros hoje, sem isso que signifique algo. Até esta modesta realização de lucros nas yields das obrigações (a aumentar) é sã.


NY +0,5% US tech +1% US semis +3,6% UEM +1,6% España +0,3% VIX 15,7% Bund 2,74% T-Note 4,13% Spread 2A-10A USA=+55pb B10A: ESP 3,29% PT 3,13% FRA 3,54% ITA 3,55% Euribor 12m 2,160% (fut.2,276%) USD 1,177 JPY 173,9 Ouro 3.647$ Brent 67,3$ WTI 63,3$ Bitcoin -0,4% (116.778$) Ether -1,2% (4.535$) 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Trump e Xi conversam hoje*


… Sustentando a postura cautelosa, o BoJ manteve hoje a taxa básica no Japão em 0,5%. No final da noite, será a vez de o BC da China anunciar os juros das LPRs de 1 ano e 5 anos, encerrando a semana de muitas decisões de política monetária. Nesta quinta, investidores globais repercutiram o Fed, que trouxe uma leitura dividida entre as projeções de mais dois cortes neste ano e os alertas de Powell, enquanto, no Brasil, o comunicado duro do Copom impulsionou os prêmios. Em dia de agenda vazia aqui e no exterior, o destaque é para a teleconferência entre Trump e Xi Jinping (10h de Brasília). Será a primeira conversa direta entre os líderes, com o futuro do TikTok e a trégua tarifária no topo da pauta.


TIKTOK – Durante entrevista coletiva ontem ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o presidente Trump disse que espera “finalizar alguma coisa” na conversa com Xi Jinping, afirmando que vê um “grande valor no TikTok”.


… Ressaltando que a empresa será de propriedade exclusiva de investidores americanos, Trump revelou que os Estados Unidos receberão uma “tremenda taxa extra apenas por viabilizar o acordo do TikTok com a China”.


… Sem dar detalhes sobre os termos do acordo, disse que os investidores da unidade americana do TikTok estão “entre os maiores”.


TARIFAS – Trump informou ainda que a Suprema Corte julgará a legalidade das tarifas no dia 5 de novembro, em recurso impetrado pela Casa Branca, após um Tribunal de Apelações dos Estados Unidos decidir, no final de agosto, que a maioria delas é ilegal.


… A decisão, no entanto, está suspensa pelo menos até o dia 14/10, enquanto tramita o recurso na Suprema Corte.


… Trump também pediu à Suprema Corte uma ordem de emergência para remover Lisa Cook do conselho de diretores do Fed, em uma iniciativa muito mal vista pelo mercado, que reage negativamente à tentativa de interferência política no BC americano.


APOIO AO BRASIL – Nesta quinta-feira, um grupo formado por cinco senadores dos Estados Unidos, sendo quatro democratas e um republicano, apresentou uma resolução que almeja cancelar as tarifas aplicadas pelo presidente Trump contra o Brasil.


… No texto do projeto, os senadores afirmam que a iniciativa de Trump é um “abuso ilegal” do poder presidencial e um “imposto corrupto” que pesa sobre as famílias americanas. A ordem impôs tarifa adicional de 40% sobre bens como café e carne bovina.


… Uma guerra tarifária, dizem, elevaria preços, prejudicaria as duas economias e aproximaria o Brasil da China.


… “As tarifas sobre produtos brasileiros, impostas para tentar impedir a perseguição no Brasil contra um de seus amigos, são revoltantes”, afirmou o democrata Tim Kaine. Os demais senadores são Chuck Schumer, Jeanne Shaheen, Ron Wyden e o republicano Rand Paul.


… Para Kaine, a medida é parte das “guerras comerciais caóticas que estão tornando os produtos do dia a dia mais caro para os americanos”.


… “Quando esta legislação chegar ao plenário do Senado, aconselho meus colegas de ambos os partidos a defenderem o princípio de que nossa política econômica deve ser feita pensando no melhor interesse dos americanos, e não em vinganças pessoais.”


… O líder da minoria democrata, Chuck Schumer, disse que Trump está usando a guerra comercial para promoção de sua agenda política. “Ele usou uma falsa declaração de emergência para retaliar pelo julgamento do seu aliado Jair Bolsonaro no Brasil.”


… Já o republicano Rand Paul disse que a Constituição não permite que o presidente “imponha unilateralmente tarifas”, lembrando que a política comercial é atribuição do Congresso. O projeto prevê o cancelamento da emergência e a revogação das tarifas recíprocas.


COMUNICADO DURO – A maioria do mercado (28 de 31 instituições) projeta a manutenção da taxa Selic em 15% até o final de 2025 após o comunicado da decisão de setembro ter sido avaliado como duro pelos economistas consultados pelo Projeções Broadcast.


… De acordo com a sondagem, 12 instituições esperam o afrouxamento monetário para janeiro e 14 a partir de março. Outras duas casas estão ainda mais pessimistas e estimam cortes apenas a partir do segundo trimestre de 2026.


… Nesta quinta-feira, no ajuste pós-Copom, os juros curtos adicionaram prêmios com o recado do BC de que não tem pressa para reduzir a Selic, mas também os longos subiram, influenciados pela correção dos rendimentos dos Treasuries (leia abaixo).


TETO PARA A DÍVIDA – Entrou na pauta de discussão do mercado um projeto em tramitação no Senado que estabelece um teto para a dívida bruta. Segundo o Valor, está causando preocupações na equipe econômica, porque pode representar uma moratória da dívida pública.


… A proposta define um teto para a dívida bruta equivalente a 80% do PIB ou seis vezes e meia o valor da receita corrente líquida da União acumulada nos 12 meses imediatamente anteriores à sua apuração. Apenas a dívida bruta da União entraria no limite.


… O que preocupa os economistas da Fazenda é que, na prática, se esse limite for atingido, o governo estará impedido de fazer novas despesas financeiras, o que inclui a colocação de papel para a rolagem da dívida vencida e também o pagamento de juros.


… A interpretação dos técnicos é que a proposta limitaria, inclusive, a realização de operações compromissadas pelo BC, um dos instrumentos utilizados para retirar o excesso de dinheiro em circulação na economia e manter a Selic na meta estabelecida pelo Copom.


… O projeto de Resolução do Senado é de autoria do senador Renan Calheiros (MDB) e tem parecer favorável do relator, o senador Orivosto Guimarães (PSDB). Pode ser colocado para votação já na próxima terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos.


… À Broadcast, o economista-chefe da Warren, Felipe Salto, disse que introduzir um limite para a dívida pública brasileira é uma proposta boa, desde que bem desenhada e implementada. “Deve fortalecer as regras existentes para os fluxos: resultado primário e despesa.”


… Salto apontou que o limite de 80% do PIB para o endividamento é “bem alto”, mas ressaltou que a dívida brasileira deve ficar perto disso até o final do ano. A estimativa dele é de 79,5%. Dados de julho do BC já indicam que atingiu 77,6% do PIB.


ANISTIA – O deputado Paulinho da Força, escolhido para ser o relator do projeto de anistia na Câmara, definiu que está descartado um perdão amplo, geral e irrestrito, como sonhavam os bolsonaristas. “Isso já foi superado, não consigo salvar Bolsonaro individualmente.”


… Paulinho pretende conversar com as bancadas da Casa, com o Senado e também com integrantes do STF antes de concluir o texto. Uma das possibilidades em discussão é a redução das penas, mas o deputado afirmou que só vai tratar do conteúdo depois de chegar a um consenso.


PANDEMIA – O ministro Flávio Dino (STF) determinou nesta quinta-feira a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar as conclusões da CPI da Covid, que encerrou os trabalhos em outubro de 2021.


… O inquérito mira a gestão da pandemia pelo governo de Bolsonaro, para apurar se ele cometeu crime ao incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como hidroxicloroquina e ivermectina, e ao disseminar desinformação sobre vacinas e medidas de prevenção.


ISENÇÃO DO IR – Em gesto a Lula, Hugo Motta promete destravar a votação de projeto sobre isenção de IR na próxima semana.


LDO – Também na próxima semana, o relator do Projeto de Lei Orçamentária, deputado Gervásio Maia (PSB), pretende votar o texto na Comissão Mista de Orçamento (CMO) até a próxima quarta-feira, 18.


O ULTIMATO DO UNIÃO – Executiva Nacional decidiu que seus filiados devem deixar os cargos no governo Lula, “em até 24 horas”, sob risco de estarem cometendo “infidelidade partidária”. O partido chefia o Ministério do Turismo, com Celso Sabino, além de outras cadeiras.


… A ordem exclui ministros indicados por meio da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União) – casos de Frederico Siqueira (Comunicações) e de Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que não são filiados ao União Brasil.


… Após o ultimato do União Brasil, o ministro Celso Sabino cancelou agenda em Belém e embarcou para Brasília. A expectativa é de que ele se manifeste nesta sexta-feira, após conversar pessoalmente com o presidente Lula.


… Já o PP, parceiro do União Brasil, descartou antecipar a saída do governo e mantém prazo até o fim do mês, segundo a Folha.


LULA – Nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira, mostra vitória de Lula em todos os cenários de primeiro e segundo turnos.


… No primeiro turno, o presidente ganha de Bolsonaro (32% a 24%), Tarcísio (40% a 17%), Eduardo Bolsonaro (43% a 18%) e Michelle (33% a 18%).


… No segundo turno, Lula venceria todos os candidatos, atingindo 43% contra Tarcísio (35%) e 47% contra Bolsonaro (34%).


AGENDA FRACA DE NOVO – Nenhum indicador será divulgado por aqui e o único destaque para os negócios são os leilões de linha de até US$ 2 bilhões que o BC promove às 11h30 para a rolagem dos vencimentos de outubro.


… O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a representante para Política Externa e Segurança da UE, Kaja Kallas, dão declaração à imprensa às 12h sobre acordo entre o bloco europeu e o Mercosul e parcerias estratégicas.


LÁ FORA – Sem direito a voto no Fed este ano, Mary Daly participa de fórum sobre IA, às 14h. No mesmo horário, a Baker Hughes informa nos Estados Unidos os dados sobre os poços e plataformas de petróleo em operação.


… Durante a madrugada (3h), saíram o PPI de agosto na Alemanha e as vendas no varejo no Reino Unido.


MAIS JAPÃO – Sem surpresas, o índice de inflação ao consumidor (CPI), excluindo preços de alimentos frescos, teve alta anual de 2,7% no mês passado, após subir 3,1% em julho. O resultado confirmou a projeção de economistas.


AFTER HOURS – A ação da FedEx subiu 5,48% no after hours em Nova York após a empresa registrar lucro de US$ 824 milhões, ou US$ 3,46/ação, no trimestre encerrado em 31 de agosto, em comparação com US$ 794 milhões, ou US$ 3,21 por ação, um ano antes.


… Excluindo certos itens únicos, os ganhos ajustados por ação foram de US$ 3,83, acima dos US$ 3,61 projetados pela FactSet.


… A receita aumentou 3%, para US$ 22,2 bilhões, superando as previsões de US$ 21,6 bilhões. Para o ano fiscal de 2026, a FedEx está prevendo um crescimento de receita de 4% a 6% em relação ao ano anterior, acima da previsão dos analistas de 1,1%.


COM ELE NINGUÉM PODE – Carry trade tem sido o fio condutor do alívio do dólar, que apesar de ter subido ontem, avançou de forma moderada e em ritmo inferior ao exterior, na prova de que não está fácil de apostar contra o real.


… Pode até ser que, no cenário improvável, o Fed pule uma reunião e só dê mais uma dose de corte do juro este ano, o que não seria tão positivo para o fluxo aos emergentes. Mas ainda tem a garantia de Selic em 15% por mais tempo.


… Ignorando a melhora das expectativas de inflação que o Focus tem apontado há semanas, o Copom está duro na queda e manteve a projeção para o IPCA em 3,4% no horizonte relevante da meta, que é o 1º trimestre de 2027.  


… Além disso, os desafios apontados no comunicado, como a força do emprego e da renda no Brasil, além das incertezas no cenário externo, também dão pouco espaço para as apostas em uma corte antecipado da Selic.


… Em resumo, a taxa básica de juro muito elevada continua sendo o passaporte para o câmbio apreciado.


… O dólar já andou furando esta semana o nível de R$ 5,30, mas voltou, sinalizando desafios a serem superados nesta região. Mas profissionais no Broadcast dizem que a moeda está mais blindada contra a pressão externa.


… Ontem, por exemplo, subiu 0,34%, a R$ 5,3191, menos do que lá fora, onde o índice DXY (+0,49%) voltou para cima dos 97,000 pontos, ajustado pela surpresa com os dados mais fortes do mercado de trabalho norte-americano.


… O auxílio-desemprego registrou queda de 33 mil pedidos na semana passada, para 231 mil, abaixo da previsão de 242 mil solicitações. Embora mostre a mão de obra ainda aquecida, trata-se de um indicador de segunda linha.


… Outros dados recentes bem mais importantes, especialmente o payroll fraco, chamaram tanto a atenção do Fed, que passaram na frente da inflação em termo de relevância e deram o start para o início do ciclo de queda do juro.


… Seja como for, o auxílio-desemprego deu o gancho ontem para o índice DXY subir 0,49%, aos 97,348 pontos, e derrubar o euro (-0,28%) para US$ 1,1787, a libra (-0,57%) para US$ 1,3552, e o iene, cotado a 147,92/US$.


… Também os juros dos Treasuries avançaram com o auxílio-desemprego e a comunicação mais cautelosa assumida por Powell esta semana, quando esvaziou o senso de urgência e não se comprometeu com os próximos passos.


… A taxa da Note-2 anos subiu a 3,577%, de 3,545% na véspera (dia do Fed), e a de 10 anos foi a 4,121%, de 4,069%.


… Com delay de um dia, porque já estava fechada na quarta-feira, quando saiu o Copom, a ponta curta do DI cumpriu o gap de alta com o recado conservador do BC de que não dá para sonhar ainda com uma Selic menor do que 15%.  


… Já os contratos dos juros futuros de mais longo prazo sofreram a influência direta do avanço dos yields dos Treasuries, no contexto em que Powell prefere ter liberdade de atuação, sem se apegar previamente a novos cortes.


… No fechamento dos negócios, o DI para Jan/26 marcou 14,890% (de 14,885% no ajuste anterior); Jan/27 pagou 13,995% (contra 13,981% no pregão da véspera); Jan/29, 13,105% (de 13,040%); e Jan/31, 13,275% (de 13,225%).


… Apesar do tom duro do Copom, ainda tem gente na curva teimando que a Selic vai cair em dezembro (20%).


CANSOU A BELEZA – Em bom ponto de venda, depois da sequência de três recordes históricos de fechamento, o Ibovespa simulou uma realização de lucro, chegou a cair 0,41%, mas se recuperou e terminou praticamente estável.


… Em leve baixa de 0,06%, continuou agarrado aos 145.500 pontos, com giro de R$ 22,8 bi, na véspera do exercício das opções. Já foi uma vitória não ter caído, embora não tenha exibido o mesmo apetite por risco de Nova York.


… Por lá, as bolsas investiram a marcas inéditas, desafiando o alerta de Powell de que não necessariamente o Fed vai entregar mais dois cortes de juro até o ano acabar e que tudo será resolvido reunião a reunião, sem pressa.


… Turbinado pelo anúncio da Nvidia (+3,5%) de investimento de US$ 5 bi na Intel, que saltou 23,5%, o Nasdaq emplacou alta de 0,94%, a 22.470 pontos. S&P 500 subiu 0,48%, a 6.631 pontos, e Dow Jones, +0,27% (46.142).  


… Pela segunda sessão consecutiva, o petróleo caiu, induzido pelo fortalecimento do dólar. O Brent perdeu 0,75%, a US$ 67,44, e levou junto as ações da Petrobras: PN recuou 0,98%, para R$ 31,41, e ON, -0,75%, a R$ 34,18.


… Colada à leve queda de 0,12% do minério de ferro, Vale ON devolveu 0,19% e fechou valendo R$ 57,69.


… Os papéis de bancos tiveram comportamento misto, com queda de Bradesco PN (-1,02%, a R$ 17,40), Bradesco ON (-1,06%, a R$ 14,88) e Santander (-0,85%, a R$ 29,28), mas alta de Itaú (+0,13%, a R$ 38,49); e BB (+1,05%; R$ 22,10).


… Natura disparou 16,46% (R$ 10,33) e liderou com folga as altas, após anunciar a venda da Avon Internacional.


CIAS ABERTAS – BRADESCO aprovou a distribuição de R$ 3 bilhões em JCP intermediários, o equivalente a R$ 0,2701 por ação ON e R$ 0,2971 por ação PN, com pagamento até 30/4/26; ex em 30/9.


B3 aprovou a distribuição de R$ 402,5 milhões em JCP, o equivalente ao valor líquido de R$ 0,0661 por ação, com pagamento em 7 de outubro; ex em 24 de setembro.


VALE informou que foi concluída a formação da joint-venture com a Global Infrastructure Partners (GIP) na Aliança Energia, após cumprimento das condições precedentes…


… Conforme já previsto, a mineradora recebeu R$ 1 bi em caixa no negócio e ficou com uma fatia de 30% da joint-venture; os outros 70% ficaram com a GIP; operação foi inicialmente anunciada pelas empresas em 31 de março.


BRF aprovou o cancelamento de 90,2 milhões de ações em tesouraria…


… Papéis haviam sido recomprados pela empresa em programas anteriores ou retornaram à companhia após alguns acionistas decidirem sair da sociedade, no contexto da operação de fusão com a Marfrig anunciada em maio…


… Após o cancelamento, o capital social da BRF continuou o mesmo, mas passou a ser representado por aproximadamente 1,59 bilhão de ações ordinárias…


… Conselho de Administração decidiu solicitar à CVM a mudança de seu registro de companhia aberta da categoria A para categoria B…


… Alteração significa que a empresa deixará de ter ações negociadas na bolsa de valores brasileira, embora continue sujeita à fiscalização da CVM; empresa também aprovou a retirada da listagem dos ADRs da Bolsa de Nova York.


GPA afirmou que, a despeito do que foi noticiado na mídia, os órgãos de governança da companhia não aprovaram e nem realizaram estudos a respeito de uma capitalização privada, seja ela de R$ 500 milhões ou qualquer outro valor.


LOJAS RENNER aprovou a distribuição de R$ 217,86 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2197 por ação, com pagamento em 7/10; ex em 24/9.


MULTIPLAN aprovou a distribuição de R$ 115 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2353 por ação, com pagamento em 25/9; proventos foram aprovados pelo Conselho de Administração no dia 30/9/24; ex desde 23/12/24.


IGUATEMI concluiu venda de 7% do shopping Pátio Higienópolis para o fundo RBR Malls por R$ 169,9 milhões; negócio foi oficialmente anunciado pela empresa em 29 de agosto.


GRUPO MATEUS. Squadra Investimentos atingiu participação de 5,02% do capital da companhia, o equivalente a 112.885.680 de ações ON; deste total, 1.844.860 de ações ON encontram-se doadas em empréstimo…


… Conforme dados mais recentes do formulário de referência do grupo, a Squadra não detinha participação relevante anterior.


REDE D’OR aprovou a distribuição de R$ 500 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2265 por ação, com pagamento em 2 de outubro; ex em 24 de setembro.


PLANOS DE SAÚDE. STF decidiu, por 7 x 4 votos, que é constitucional a lei que obriga os planos a cobrirem tratamentos e procedimentos fora do rol da ANS, desde que sejam preenchidos os parâmetros fixados pela Corte…


… Ministros decidiram manter o rol exemplificativo, que funciona apenas como referência e admite a cobertura de procedimentos não listados, mas estabeleceram critérios mais rígidos para autorizar esse custeio.


COPASA anunciou investimento de R$ 3,7 bilhões até 2033 para reduzir perdas e melhorar gestão de recursos hídricos em Belo Horizonte e região metropolitana…


… Conselho de Administração aprovou a destituição do diretor de operações, Guilherme Frasson Neto, que deixará a empresa em 1º de outubro e será substituído por Laura Petri Geraldino.


TAESA. ONS emitiu termo de liberação referente à instalação do terceiro autotransformador 500/230 kV na subestação Bom Jesus da Lapa II (BA), na concessão Transmissora Sudeste Nordeste (TSN).

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Após a Fed de ontem à noite, Nova Iorque vendeu com a notícia durante o tempo que restava da sessão. É típico vender com a notícia quando esta não saiu um pouco melhor do que o esperado. E não foi. Como comentámos no início da semana, uma parte não maioritária do mercado esperava -50 p.b. e poderia dececionar-se. por isso, a Fed deixou o mercado um pouco frio, embora se tenha ajustado ao desenvolvimento mais lógico, exceto alguma incoerência: afirma que o mercado laboral desacelera e que os riscos associados a ele são superiores, mas revê para melhor as suas estimativas de desemprego 2026/27 (2025 4,5% sem alterações; 2026 4,4% vs. 4,5% ant., 2027 4,3% vs. 4,4%; 2028 +4,2%; longo prazo 4,2% sem alterações). Isso é compreensível. Tampouco se entende bem que vejam a situação um pouco mais cinzenta, mas reveem em alta as suas estimativas de PIB em todos os anos (2025/27, porque é a primeira reunião que inclui 2028): 2025 +1,6% vs. +1,4% ant.; 2026 +1,8% vs. +1,6% ant.; 2027: +1,9% vs. 1,8% anterior; 2028: 1,8% (sem estimativa anterior); longo prazo +1,8% (sem alterações). E para rematar, Stephen Miren (assessor económico do governo e pró-Trump, que por pouco completou o procedimento para se juntar a esta reunião) salvou o seu voto ao pronunciar-se a favor de -50 p.b. É o que Trump esperava de ele, e cumpriu. Mas os restantes membros (10, porque continua a haver uma vaga) alinhados em -25 p.b. As conclusões foram menos claras do que o habitual e convém ter cuidado se as influências políticas começam a acrescentar alguma confusão interna.


O Canadá também baixou taxas de juros ontem (-25 p.b., até 2,50%) e o Brasil repetiu no seu espetacular 15%, ambos como esperado. E hoje, às 9 h, continuamos com os bancos centrais e taxas de juros. Às 9 h, a Noruega baixará taxas de juros em -25 p.b. até 4,00%, enquanto às 12 h temos o Reino Unido/BoE, que repetirá em 4,00%, sendo o interessante o balanço de votos (espera-se 7 repetir e 2 baixar). Às 13:30 h também saem as Petições Semanais de Desemprego, que sendo emprego/desemprego adquiriram recentemente um interesse relevante: 240k vs. 263k. À mesma hora, Philly ou Índice de Atividade da Fed de Filadélfia (2,5 vs. -0,3), de influência reduzida, e às 15 h o Leading ou Indicador Adiantado (-0,1%/-0,2%).   


EMPRESAS: O regulador chinês veta, de repente, que as empresas chinesas comprem o RTX Pro 6000D de Nvidia, adaptado para o mercado chinês e que está em processo de validação. As compras do H20 modificado/diluído já estavam sujeitas às dificuldades/restrições. China aposta na produção própria, o que não tem necessariamente de correr bem. Os chips de tecnologia de ponta já não se transferem para a China (Blackwell, por exemplo), portanto a China pensa que pode produzir as gerações anteriores, e provavelmente é certo.


CONCLUSÃO: Subida. Os futuros vêm um pouco mais alegres (+0,2%/+0,4%) do que Nova Iorque esteve ontem à noite após a Fed, o que pode ser uma reação positiva espontânea pelo simples facto de ter deixado para trás o evento, quase independentemente do seu desenvolvimento. O T-Note colocou-se ocasionalmente abaixo de 4%, mas regressou a 4,05%. ITA e FRA igualadas ca.3,50%. E o USD depreciou-se até 1,192/€, mas subiu depois ca.1,18/€ numa segunda reflexão/interpretação da Fed. Praticamente regressamos onde estávamos antes da Fed, e liberados da incerteza sobre a reunião, o normal é que as bolsas subam um pouco graças a esse contexto quase “ótimo de mercado” que temos vindo a comentar. 


NY -0,1% US tech -0,2% US semis -0,3% UEM -0,1% España -0,2% VIX 15,7% Bund 2,68% T-Note 4,06% Spread 2A-10A USA=+53pb B10A: ESP 3,24% PT 3,08% FRA 3,48% ITA 3,49% Euribor 12m 2,164% (fut.2,267%) USD 1,179 JPY 173,7 Ouro 3.652$ Brent 67,7$ WTI 63,8$ Bitcoin +0,4% (117.254$) Ether +2,1% (4.588$) 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Mercados se ajustam ao Fed e Copom*


No Congresso, em outra noite de serão, os deputados aprovaram a urgência da anistia, enquanto Alcolumbre tenta conter o ímpeto desenfreado da Câmara por pautas em causa própria, prometendo resistir à PEC da Blindagem no Senado


… Em meio ao crescimento lento da economia e inflação ainda elevada, o Banco da Inglaterra decide às 8h os juros do Reino Unido, que deverão permanecer em 4%. Nesta quarta, Fed e Copom corresponderam às expectativas amplamente esperadas, iniciando o ciclo de quedas nos Estados Unidos, e mantendo a Selic aqui em 15% e o discurso conservador, sem dar espaço para apostas em cortes no curto prazo. Os mercados tendem a se ajustar hoje a essas decisões. No Congresso, em outra noite de serão, os deputados aprovaram a urgência da anistia, enquanto Alcolumbre tenta conter o ímpeto desenfreado da Câmara por pautas em causa própria, prometendo resistir à PEC da Blindagem no Senado.


HAWKISH – Citando as expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade e as pressões no mercado de trabalho, o Copom defendeu uma política monetária em patamar “significativamente contracionista por período bastante prolongado”.


… O comunicado foi além, afirmando que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que o BC não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”. Para quem esperava uma queda em dezembro, foi um banho de água fria.


… O texto destaca que, nas divulgações mais recentes, tanto a inflação cheia como as medidas subjacentes mantêm-se acima da meta. No cenário de referência, a projeção do IPCA para o 1Tri de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, foi mantida em 3,4%.


… Para Sérgio Goldenstein (Eytse Estratégia), esse foi o destaque do comunicado, já que manteve uma inflação acima do que o mercado espera, entre 3,2%/3,3%. “A leitura implícita é que o BC revisou sua estimativa para o hiato do produto, ponto que será esclarecido pela ata.”


… O movimento inicial de ajuste em baixa das expectativas, confirmado a cada semana na pesquisa Focus, foi desprezado, assim como a forte apreciação do câmbio, embora o Banco Central tenha revisado sua taxa para este ano de R$ 5,55 para R$ 5,40.


… O cenário externo deixou de ser considerado “mais adverso”, mas ainda “se mantém incerto”, em função da conjuntura e da política econômica dos Estados Unidos, inclusive no que diz respeito à imposição de tarifas comerciais ao Brasil. E exige cautela.


… Sobre o ritmo da atividade, que já dá sinais de esfriamento, o Copom reconhece que “segue apresentando certa moderação no crescimento”, mas contrapõe a esse fato o “dinamismo” mostrado pelo mercado de trabalho, com o desemprego nas mínimas históricas.


… Goldenstein mantém a projeção de início do ciclo de quedas da Selic em janeiro de 2026, com corte de 50 bps, embora não descarte totalmente a hipótese de corte em dezembro. “Mas isso exigiria desaceleração mais intensa da atividade e apreciação mais persistente do câmbio.”


… O tom mais hawkish do Copom deve determinar um ajuste em alta nos contratos mais curtos na abertura, esvaziando as apostas em uma antecipação das quedas. Mas a sinalização de que o Fed promoverá três cortes este ano tende a manter o câmbio apreciado (leia abaixo).


DOVISH, MAS PREOCUPADO – Nos Estados Unidos, o Fomc reduziu os juros em 25pbs, para um intervalo de 4% a 4,25% ao ano.


… O recado mais importante veio do gráfico de pontos dos Fed boys: nove dos 19 integrantes do Comitê projetam que os juros terminarão o ano entre 3,50% e 3,75%, o que implica implicaria mais duas reduções da mesma magnitude em outubro e dezembro.


… A probabilidade de o Fed realizar mais um corte acumulado de 50pbs nos juros americanos neste ano saltou de 48,3% para 90,6%.


… A forte queda no ritmo de geração de empregos e a dificuldade de repasse das tarifas no varejo tornam esse cenário bastante provável, pelo menos, enquanto a inflação seguir controlada – o que permitiria ao Fed focar no mandato do pleno emprego.


… Na entrevista que se seguiu à decisão do juro americano, Powell admitiu que os riscos para a inflação permanecem em “situação difícil”, mas que “há uma avaliação bastante ampla de que a situação mudou em relação ao mercado de trabalho”.


… O presidente do Fed acredita que as tarifas resultarão em uma alta de preços pontual e não em um processo inflacionário. “Nós esperamos que a inflação continue a subir, mas talvez não tanto quanto há alguns meses.”


… Também afirmou que o repasse das tarifas aos preços tem se mostrado menor e mais vagaroso do que o esperado, acrescentando que “o trabalho do Fed é garantir que a inflação tarifária não se consolide”. A insistência com o tema da inflação deixou dúvidas no ar.


… O mercado, que havia tido uma reação inicial muito positiva com a projeção de mais dois cortes do juro em 2025, reduziu o entusiasmo ao ouvir Powell reconhecer que “estamos em situação incomum, com riscos em ambos os lados do mandato”.


… Assumindo uma cautela que não combinava com a festa, disse que “vamos olhar os dados e decidir reunião a reunião”.


ANISTIA – Por 311 votos a 163, o plenário da Câmara aprovou ontem à noite o requerimento de urgência para a votação do projeto que concede anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos).


… O texto, que “concede anistia aos participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor da lei”, é a versão defendida por aliados do ex-presidente Bolsonaro.


… Com a aprovação da urgência, segundo Motta, um relator deve ser nomeado nesta quinta-feira “para que possamos chegar, o mais rápido possível, a uma proposta substitutiva que encontre o apoio da maioria ampla da casa”.


… A ideia é que o novo texto reduza significativamente o alcance da anistia, limitando-se à redução de pena dos condenados.


… A aprovação da urgência contou com apoio maciço dos partidos do Centrão, que orientaram suas bancadas a votarem favoravelmente ao texto, mas, segundo apurou o Valor, é improvável que eles aceitem uma anistia ampla na análise do mérito.


… Uma garantia de prisão domiciliar para Bolsonaro deve ser um caminho para convencer o PL a topar uma versão mais light.


ALCOLUMBRE – A tratorada da Câmara para aprovar a PEC da Blindagem não se repetirá no Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre já disse que o texto, que blinda deputados e senadores de processos judiciais, terá que seguir o rito normal na Casa e passar pela CCJ.


… Alcolumbre estaria insatisfeito com a conduta do presidente da Casa, Hugo Motta, dizendo que foi “surpreendido” pela aprovação açodada.


… Ao presidir a sessão plenária desta quarta, fez um desabafo, dizendo que “debates do Judiciário”, como anistia aos condenados pelo 8/1 e impeachment de ministros do STF, estariam tornando “impossível” a deliberação de outras pautas pelo Senado.


… Alcolumbre ainda falou de Eduardo Bolsonaro: “Não dá para eu ver todos os dias um deputado federal, do Brasil, eleito pelo povo de São Paulo, lá nos Estados Unidos, instigando um país contra o meu país. Nunca falei sobre isso, mas não dá para aceitar essas agressões calado”.


… Após reunião de líderes, senadores do PSD, PT, MDB, PSB, Republicanos e até do PL endossaram o posicionamento de Alcolumbre de que a proposta deve ser discutida com “serenidade” por conter “excessos”. Eles temem desgaste junto à opinião pública.


CONTA DE LUZ – No último dia de prazo, Câmara e Senado aprovaram, nesta quarta-feira, a MP que cria o novo programa de Tarifa Social de Energia, garantindo gratuidade na conta de luz até 80 kWh para as famílias de baixa renda.


LULA – Em entrevista nesta quarta-feira à BBC de Londres, o presidente disse não ter contato com Trump, que a “relação dele é com o Bolsonaro, não com o Brasil”, mas voltou a defender o diálogo com os americanos. “O que não podemos negociar é a soberania do Brasil.”


… Lula também ressaltou que as tarifas sobre produtos brasileiros terão efeitos deletérios para a economia americana. “A inflação lá vai subir, porque o café vai ficar mais caro, a carne vai ficar cara, e o povo vai pagar pelos erros que o presidente Trump está cometendo.”


… Em pesquisa da Genial/Quaest, nesta quarta-feira, 73% consideram que o presidente Trump está errado no tarifaço ao Brasil, enquanto 49% dizem que Lula está agindo corretamente. A aprovação do presidente segue em 46% nesse levantamento.


… Já em outra pesquisa, Latam Pulse Atlas & Bloomberg, Lula é aprovado por 50,8%, maior patamar desde janeiro/2024. Nas intenções de voto para 2026, Lula tem 48,2% contra 30,4% de Tarcísio. Em um mês, Lula cresceu 4,1 pontos e Tarcísio perdeu 1,4 ponto.


AGENDA FRACA – No day after do Copom, Galípolo participa do 2º Seminário Nacional sobre Crédito Consignado, da Revista Justiça e Cidadania, às 9h. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, estará hoje no AGF Day, às 8h45.


… Em dia esvaziado de indicadores, a CNI divulga às 10h a sondagem industrial de agosto.


LÁ FORA – Um dia depois de Powell ter observado que o cenário de riscos para o mercado de trabalho piorou, saem hoje os dados do auxílio-desemprego, às 9h30, com previsão de queda de 21 mil pedidos, para 242 mil.


… O Tesouro americano divulga às 15h o fluxo de capital aos Estados Unidos em julho. O BC da África do Sul decide juro às 10h e o mercado recupera logo cedo a fala de Lagarde (BCE) na madrugada (4h10) em evento na França.


CAIU PARA SUBIR – Na reação imediata à decisão do Fed de abrir o ciclo de relaxamento monetário, o dólar cumpriu o script de queda em escala global, mas não demorou que o recado cauteloso de Powell freasse o movimento.


… Em entrevista coletiva de imprensa, como se viu, ele deixou em aberto uma nova flexibilização dos juros em outubro, afirmou que as decisões serão tomadas a cada reunião e estarão condicionadas à evolução dos indicadores.


… Também descartou a necessidade de uma dose mais agressiva do juro, de 50 pontos, confrontando o voto isolado de Miran em sua estreia no Fed. Ainda o alerta de Powell sobre o risco de inflação persistente causou desconforto.


… Se na mínima, logo após a decisão do Fed, o dólar caiu até a faixa de R$ 5,27, para R$ 5,2762, o alívio foi esgotado rapidamente quando Powell começou a falar e incorporou o discurso mais conservador do que o comunicado.


… Sob a pressão, a moeda americana chegou a R$ 5,3132 na máxima, embora tenha conseguido se acomodar para um fechamento estável (+0,06%), cotada a R$ 5,3012, porque não dá para competir com o carry trade tão atraente.


… O câmbio fechou antes do Copom, que só reforçou o contexto do diferencial maior dos juros, sem perspectiva de corte antecipado da taxa Selic, enquanto o Fed começou seu processo dovish, embora sob a moderação de Powell.


… Os comentários do presidente do Fed de que o gráfico de pontos (que aponta mais dois cortes no ano) “não é uma certeza e deve ser visto sob o ângulo das probabilidades” abriram terreno para o dólar testar uma reação lá fora.


… Muito próximo da linha dos 97,000 pontos, o índice DXY subiu 0,34%, para 96,873 pontos, frustrando o ânimo do euro, que caiu 0,35%, a US$ 1,1826; da libra, que recuou 0,10% antes do BoE, a US$ 1,3633; e do iene (146,80/US$).


… Em um primeiro momento, no reflexo natural, os juros dos Treasuries caíram com o Fed. Mas logo inverteram a direção, diante da opção de Powell pelo discurso de equilíbrio, que sugere ao investidor não queimar etapas.   


… Corrigindo a rota, a taxa da Note de 2 anos subiu a 3,545%, de 3,512% na véspera do Fed, o retorno do título de 10 anos avançou para 4,069%, contra 4,033% no pregão anterior, e o do T-bond de 30 anos foi a 4,669%, de 4,652%.


GAP DE ALTA – A tendência é de a ponta curta do DI contratar prêmio na abertura dos negócios com o comunicado do Copom tendo mostrado fidelidade à mensagem anterior de manter o juro onde está por um período prolongado.


… Horas antes da decisão de política monetária, a precificação entre os traders era de 24% de chance de a taxa Selic cair já em dezembro, pelas contas do estrategista Luciano Rostagno (da EPS Investimentos) para o Broadcast.


… Mas a aposta, já não tão expressiva, tem tudo para ser ainda mais esvaziada pelos sinais de que, tão cedo, o BC não vai relaxar a guarda. Cada vez mais, o mercado migra para a estimativa já quase unânime de corte só em janeiro.


… Os juros futuros fecharam antes do desfecho do Copom, mas tiveram tempo de reagir na sessão regular ao Fed, que já antecipou um primeiro ajuste nos contratos, desacelerando o fôlego de queda na segunda metade do pregão.


… Perto da estabilidade, o DI para Jan/26 fechou em 14,890% (de 14,885% no dia anterior); Jan/27, a 13,940% (contra 13,952%); Jan/29, a 13,050% (de 13,067%); Jan/31, a 13,230% (de 13,267%); e Jan/33, a 13,355% (13,398%).


… Na bolsa, não tem ressaca, só tem festa e recordes duplos todos os dias. No auge do entusiasmo com o Fed, que promete revigorar o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, o Ibovespa cruzou a barreira dos 146 mil pontos.


… Bateu em 146.331 pontos na mais nova máxima histórica intraday, para depois desacelerar o rali. Mesmo assim, o índice à vista ainda estabeleceu recorde inédito, fechando acima dos 145 mil pontos pela primeira vez na história.


… Terminou em alta de 1,06%, aos 145.593,63 pontos, com giro forte de R$ 25,3 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o índice. Amanhã, é dia de exercício de opções sobre ações, com as blue chips no foco.


… O freio de arrumação de Powell roubou ontem parte das forças das ações dos bancos. Ainda assim, o setor se saiu muito bem: Bradesco PN saltou 3,47%, a R$ 17,58; Itaú +1,42%, a R$ 38,44; Santander +2,29%, a R$ 29,53.


… Exceção do dia no segmento financeiro, os papéis ON do BB fecharam em leve queda de 0,32%, a R$ 21,87.


… Vale não se empolgou com a decisão da S&P de elevar o rating de crédito da empresa de BBB- para BBB e subiu só 0,17%, a R$ 57,80. Já Petrobras contrariou a queda do petróleo. ON, +0,76% (R$ 34,44); e PN +0,60% (R$ 31,72).


… Devolvendo parcialmente os ganhos depois de três pregões consecutivos em alta, o Brent para novembro caiu 0,76%, a US$ 67,95, apesar da forte queda de 9,285 milhões de barris na semana passada nos estoques americanos.


… Em Wall Street, apesar da decepção com o discurso mais moderado de Powell, o Dow Jones subiu 0,57%, aos 46.018,32 pontos. Já o S&P 500 recuou 0,10%, aos 6.600,35 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,33%, aos 22.261,33 pontos.


… Entre as big techs, o investidor saiu vendendo as ações da Nvidia (-2,67%), após o Financial Times revelar que a China teria proibido a compra dos chips de inteligência artificial da companhia pelas empresas de tecnologia locais.


CIAS ABERTAS – CAIXA registrou lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões no 2TRI, alta anual de 12%; margem financeira somou R$ 16,4 bilhões, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2024…


… Carteira de crédito atingiu R$ 1,294 trilhão, crescimento de 10,1% ante mesmo trimestre do ano passado.


BB. Citi elevou recomendação para a ação de neutra para compra e do preço-alvo, de R$ 22 para R$ 29…


… Atualização ocorreu devido a potencial alívio que medidas recentes anunciadas pelo governo federal para o agronegócio poderiam causar ao BB, diminuindo custo de risco.


EMBRAER. Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que metalúrgicos do primeiro e segundo turnos da companhia rejeitaram nova proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa…


… Assim, greve iniciada nesta quarta-feira continua por tempo indeterminado e ganhou a adesão dos trabalhadores do segundo turno da matriz.


FLEURY. Guepardo Investimentos reduziu participação de 5,64% para 4,96% do total das ações ordinárias da empresa, o equivalente a 27.143.500 de papéis do tipo.


TOTVS aprovou a distribuição de R$ 88 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,15 por ação, com pagamento em 6 de outubro; ex em 24 de setembro.


WILSON SONS. Conselho de Administração deu parecer favorável à oferta pública para aquisição de até todas as ações de emissão da empresa protocolada pela SAS Shipping Agencies Services Sàrl…


… Conforme edital da OPA, leilão está previsto para ocorrer em 23 de outubro.


COPASA. Goldman Sachs atingiu posição de derivativos com liquidação física equivalentes a 17.639.520 de ações ON de emissão da empresa, ou 4,64% do total de papéis…


… Segundo formulário de referência de 9 de setembro, banco não detinha participação relevante na companhia.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Anderson Nunes 2

 *FED CORTA JUROS E BRASIL MANTÉM SELIC – MC 17/09/25*

Por Anderson Nunes – Analista Político


O dia é marcado pela decisão do Fed de cortar a taxa de juros nos EUA, um movimento que, contrastado com a Selic estável no Brasil.


*O CORTE DO FED É CERTO; A DÚVIDA É O FUTURO*


O mercado dá como certa a redução de 0,25% na taxa de juros americana hoje, a primeira em meses. O foco se volta para a entrevista do presidente Jerome Powell e para as projeções econômicas, que podem sinalizar mais dois cortes e ampliar o otimismo dos mercados globais.


*DECISÃO NO BRASIL*


O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia hoje sua decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. A expectativa unânime do mercado é pela manutenção da taxa, o que marcaria a segunda pausa consecutiva no ciclo de aperto monetário. Uma Selic estável no patamar mais elevado desde 2006 sinaliza a prioridade do Banco Central no controle da inflação.  Isso impacta diretamente o custo do crédito para empresas e consumidores, além de influenciar a atratividade dos investimentos em renda fixa.


*PEC DA BLINDAGEM APROVADA*


A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição que dificulta a abertura de processos e a prisão de parlamentares. A matéria, que segue para o Senado, exige aval da respectiva Casa legislativa para processar ou prender um congressista. 


*GOVERNO DIVIDIDO*


A proposta avançou com o voto favorável de 224 deputados de partidos que compõem a base do governo Lula. No total, 10 parlamentares do PT também votaram a favor da medida, evidenciando a complexa articulação política do Planalto. 


*ANISTIA EM DISCUSSÃO ACELERADA*


Líderes da Câmara discutem hoje a urgência para votar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A manobra busca acelerar a tramitação, embora ainda não exista um texto consolidado ou um relator definido para a proposta.


*RADAR CORPORATIVO*


1. Vale: Teve seu rating elevado pela S&P de BBB- para BBB, com perspectiva estável. A agência reconheceu a melhora na gestão de riscos da mineradora após a eliminação de sua última barragem em nível de emergência.

2. Petrobras: Informou o pagamento de US$ 12,4 bilhões a governos em 2024, referente a atividades de exploração e produção de petróleo e gás e a retomada das operações em suas fábricas de fertilizantes localizadas na região Nordeste.

3. Eletrobras: A PGR deu parecer favorável ao acordo que amplia a participação do governo na empresa, abrindo caminho para a homologação do texto pelo Supremo Tribunal Federal.

4. Santander: Indicou Gilson Finkelsztain, atual presidente da B3, para compor seu Conselho de Administração, sujeito à aprovação em assembleia de acionistas.

5. Minerva: Homologou um aumento de capital de R$ 28,1 milhões com a emissão de 5,4 milhões de novas ações ordinárias.

6. Allos: Aprovou o cancelamento de 38,7 milhões de ações em tesouraria, o que representa 7,1% do total de papéis da companhia, sem redução do capital social.

7. Zamp: O fundo MIC Capital Partners, através de sua controlada, elevou sua participação na dona do Burger King e Starbucks no Brasil para 84% do capital social.

8. Caixa: O banco público contratou o historiador Eduardo Bueno por R$ 3,27 milhões, sem licitação, para atualizar dois livros sobre a história da instituição. 


O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: ‘Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance’.

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