terça-feira, 22 de julho de 2025

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado.


Terça Feira, 22 de Julho de 2.025.


*Brasil já tem plano de contingência às tarifas*


Powell fala hoje (9h30) e aqui o destaque é o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre


… Sob ataques diários de Trump para renunciar ao comando do Fed, Jerome Powell abre hoje (9h30) uma conferência sobre regulação bancária, mas não deve falar sobre as pressões do presidente americano, nem sobre política monetária, no período de silêncio antes do Fomc, na semana que vem. Aqui, o destaque é o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre, que deve manter o congelamento de R$ 31 bilhões, segundo a mediana das expectativas do mercado, apesar do alívio com a manutenção do IOF (exceto para o risco sacado). Nesta segunda-feira, sem novidades na guerra dos Estados Unidos contra o Brasil, os mercados respiraram.


… A entrevista de Haddad logo cedo à Rádio CBN foi recebida com alívio pelos investidores, após o ministro descartar retaliações a empresas ou pessoas físicas americanas como resposta à tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.


… “Empresas e cidadãos americanos serão tratados com dignidade, não pagaremos na mesma moeda”, declarou.


… Afirmando que o governo brasileiro não abandonará a mesa de negociações, o ministro admitiu, no entanto, que o País não teve resposta em relação à proposta para negociar a relação comercial com os Estados Unidos.


… “O Brasil busca o diálogo prioritariamente, mas já tem um plano de contingência” se a tarifa for mantida em 1º/8, com ajuda aos setores prejudicados e a procura por novos mercados” [México e Canadá, segundo o Globo].


… Devido ao grande volume de produtos, porém, a ideia também é negociar com os importadores americanos uma divisão dos custos adicionais, já que será difícil redirecionar toda a exportação ou absorvê-la internamente.


… Haddad revelou à Rádio CBN que as alternativas serão apresentadas nesta semana ao presidente Lula.


… O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, confirmou que a área econômica já tem um plano pronto para ajudar os setores prejudicados pelo tarifaço de 50% aos produtos brasileiros.


… “É um plano geral nas hipóteses para postos de trabalho, de ajudas pontuais a empresas”, afirmou, ao deixar uma reunião no Planalto com Alckmin e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).


… Ainda o ministro Rui Costa, da Casa Civil, antecipou que o Brasil vai trabalhar para diversificar parceiros comerciais após taxação de Trump, citando possíveis alianças com o Canadá, México e União Europeia.


… Outra investida é com a China, onde – segundo a Reuters – o Brasil criará um escritório de assessoria tributária em meio ao aprofundamento das relações comerciais, dada a “crescente complexidade” do comércio bilateral.


… A Fazenda confirmou ao Broadcast a abertura de um escritório tributário e aduaneiro na China, descartando razão política e justificando a ação pela necessidade de aprofundar a cooperação em temas fiscais.


… Em paralelo, o Brasil conta com a pressão dos importadores americanos, como o Johanna Foods, uma distribuidora de suco de laranja, que entrou na Justiça dos Estados Unidos contra a tarifa, informou a Bloomberg.


… A empresa estima que as tarifas ao Brasil aumentariam os seus custos em US$ 68 milhões nos próximos 12 meses e os gastos de varejo para os consumidores seriam elevados entre 20% e 25%.


… O Brasil fornece mais da metade de todo o suco de laranja comprado pelos Estados Unidos.


LULA NO CHILE – Em Santiago, onde participou de um encontro com os chefes de Estado progressistas, em defesa da democracia e da soberania, o presidente admitiu que o Brasil pode escalar a tensão com os Estados Unidos.


… “Nós não estamos em uma guerra tarifária. Guerra tarifária vai começar quando eu der uma resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião. As condições que o Trump impôs não foram condições adequadas.”


… Ao lado dos presidentes Gabriel Boric (do Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, Lula apontou os riscos com o extremismo, “como ocorreu no nazismo”.


… Disse que os inimigos da democracia não usam mais os tanques, mas promovem uma guerra cultural, utilizando o comércio como instrumento de coerção e chantagem e atacam as instituições, a ciência e as universidades.


… A taxação de 50% sobre produtos nacionais está prevista para ter início a partir de 1º de agosto e, na carta, Trump exige que o Brasil deixe de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


ALCKMIN E AS BIG TECHS – Em encontro com as grandes empresas americanas de tecnologia, nesta segunda-feira, o ministro do MDIC classificou as conversas como positivas. “Abrimos um bom diálogo com as techs.”


… Participaram da reunião representantes da Meta, do Google e da Apple.


… Alckmin destacou que essas empresas são importantes investidoras no Brasil e que o setor tem grande potencial de crescimento no País. As companhias se comprometeram a encaminhar algumas questões relevantes.


… O ministro informou que o Pix foi um dos temas abordados, que nada impede que as empresas participem desse modelo de pagamento. “Elas defendem o chamado ‘Pix para todos’. O importante é que tem que ser de graça.”


… A possibilidade de taxação das big techs não foi discutida no encontro.


BOLSONARO – O ministro Alexandre de Moraes (STF) deu 24 horas para a defesa do ex-presidente explicar, sob pena de prisão, o descumprimento da decisão que o proibiu de utilizar redes sociais de terceiros.


… Após entrevista nesta segunda-feira, em encontro do PL, Bolsonaro mostrou a sua tornozeleira e as imagens foram reproduzidas em plataformas digitais, violando a ordem de Moraes sobre as medidas cautelares.


… Moraes determinou que Bolsonaro use a tornozeleira eletrônica, proibiu o uso de redes sociais e de se aproximar de embaixadas. Deve cumprir recolhimento domiciliar noturno durante a semana e em finais de semana.


EDUARDO – Em podcast nesta segunda-feira, Eduardo Bolsonaro admitiu que apresentou “um arsenal” de medidas em conversas com pessoas do governo americano para serem usadas como sanções a Alexandre de Moraes.


… Disse que não era seu desejo que Trump decidisse a tarifa de 50% aos produtos brasileiros, mas reconheceu que a medida foi apresentada a ele e a Paulo Figueiredo antes de ser anunciada pelo presidente dos Estados Unidos.


… Apesar de terem advogado contra as tarifas no primeiro momento, estão agora “100% convencidos” que Trump acertou na medida, devido “à crise institucional que o Moraes está fazendo”.


… A declaração vai na contramão da fala de Bolsonaro, que afirmou mais cedo não ter qualquer relação com a tarifa. “Querem colar na gente os 50%. Mentira”, disse à jornalista Andreia Sadi (GloboNews).


… No podcast, Eduardo Bolsonaro também revelou que Moraes determinou o bloqueio de contas bancárias e chave Pix, além de bloquear bens móveis, imóveis e o recebimento de seu salário como parlamentar.


NÃO RENUNCIA – Aliados negociam a nomeação de Eduardo Bolsonaro em uma secretaria estadual para manter seu mandato na Câmara, que permitiria a ele permanecer licenciado da Câmara, com o aval da Casa (Globo).


INSIDER TRADING – Atendendo a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro Alexandre de Moraes (STF) mandou a PF investigar operações de câmbio suspeitas feitas pouco antes do tarifaço de Trump.


… As suspeitas de uso de informações privilegiadas teriam gerado lucros de 25% a 50% em operações de compra e de venda de dólar no dia em que o presidente dos Estados Unidos anunciou os 50% para Brasil.


AGENDA – O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre é o destaque desta terça-feira, com estimativa de que deverá manter o congelamento de R$ 31,3 bilhões, apesar da recomposição do IOF.


… As projeções das nove casas consultadas pelo Broadcast variam de R$ 21,3 bilhões (ou seja, um descongelamento em relação aos valores do segundo bimestre) a R$ 39,75 bilhões, com um congelamento adicional.


… Segundo economistas, para o déficit zero, seria necessário congelamento total no ano de R$ 57,35 bilhões, ou seriam precisas contenções adicionais, para além dos R$ 31,3 bilhões já anunciados em maio.


GALÍPOLO – Presidente do BC recebe José Antonio Batista, presidente do Conselho do PicPay, às 17h30.


… Às 10h30, o Banco Central faz leilão de linha de até US$ 600 milhões, para rolagem do vencimento de 4/8.


LÁ FORA – Dia sem indicadores no exterior tem como destaques a fala de Powell (9h30) e, antes dele, do presidente do BoE, Andrew Bailey (6h15). Às 14h, a vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, modera painel.


… Às 17h30, a API divulga os estoques de petróleo bruto semanal nos Estados Unidos.


BALANÇOS – Coca-Cola, Lockheed Martin e General Motors divulgam resultados em NY, antes da abertura.


… Na B3, Neoenergia (NEOE3) abre a temporada de balanços do segundo trimestre, após o fechamento.


CHINA – Steve Bessent diz que negociações com Pequim podem vetar compras de petróleo da Rússia e Irã (CNBC) e que “qualquer país que comprar petróleo russo sancionado estará sujeito a tarifas secundárias de até 100%”.


CANADÁ – Ministro responsável pelo Comércio Canadá-EUA, Dominic LeBlanc, estará em Washington esta semana para continuar o trabalho das negociações. Carney tem o foco em “garantir o melhor acordo” para o país.


COREIA DO SUL – Ministro das Finanças sul-coreano, Koo Yun-cheol, disse que manterá conversações comerciais de alto nível com os Estados Unidos na sexta-feira, antes do prazo final de 1º de agosto.


RÚSSIA VS UCRÂNIA – A próxima rodada de negociações de paz entre os dois países está planejada para quarta-feira, 23, na Turquia, informou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Mais detalhes serão divulgados hoje.


IRÃ – Diz que não pode desistir de programa de enriquecimento nuclear, mesmo com danos às instalações, informou a Fox News. “É um produto dos esforços de nossos cientistas e questão de orgulho nacional.”


O DUPLO EFEITO – É difícil distinguir o quanto da melhora dos ativos domésticos ontem deve ser atribuída à fala mansa de Haddad com os EUA, porque o alívio externo também pode ter sido um diferencial para o humor por aqui.  


… Ainda deve ser colocado na conta que os negócios estavam em bom ponto de recuperação, após a última sexta-feira de agravamento das tensões, diante das medidas cautelares determinadas por Moraes contra Bolsonaro.


… Seja como for, ainda que não tenham sido decisivas para o ambiente melhor ontem, caíram bem as declarações de Haddad de que não planeja retaliar os EUA ou criar restrições para remessas de dividendos, como se especulou.


… Disse ainda que o Itamaraty negociará com Washington até 1º de agosto, quando os 50% começam a valer. O dólar se afastou de R$ 5,60, os juros futuros devolveram prêmio de risco e o Ibovespa recuperou os 134 mil pontos.


… Além do “efeito Haddad”, o câmbio teve a seu favor o enfraquecimento do dólar em escala global, além da força do minério de ferro (+2,08%), que impulsionou as moedas de países produtores da commodity, como o real.


… O dólar à vista encerrou o pregão em queda de 0,40%, cotado a R$ 5,5650. Mas ainda sobe quase 2,5% no mês.


… A curva do DI acompanhou o movimento de acomodação observado no câmbio, após todo o estresse recente.


… Uma importante novidade do dia foi o relatório Focus ter mostrado queda na mediana das expectativas para o IPCA do ano que vem de 4,50% para 4,45%, abaixo do teto da meta (4,50%) pela primeira vez desde março.


… O mercado também derrubou, pela décima semana seguida, a aposta para a inflação de 2025, de 5,17% para 5,10%. Mas o consenso entre os economistas ainda é que o Copom esperará até março para cortar a Selic.


… Assim, na ponta curtinha, o DI para Jan/26 pouco oscilou, de 14,956% no pregão anterior para 14,960% ontem.


… Já os demais contratos exibiram queda na taxas: Jan/27 a 14,320% (contra 14,378% na sessão agitada de sexta-feira); Jan/29, a 13,590% (contra 13,639%); Jan/31, a 13,800% (de 13,821%); e Jan/33, a 13,870% (de 13,896%).


NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM – Aludindo ao impacto positivo da elevação das alíquotas do IOF, Haddad disse que, se o governo cumprir a meta fiscal, ajudará o BC a ficar mais “empoderado” para cortar a Selic.


… A declaração foi dada em entrevista ao canal no Youtube Presley, gravada na última sexta-feira e divulgada ontem.


… O ministro da Fazenda classificou o nível atual da taxa básica, de 15%, como “ultrarestritivo” e disse que poucos países do mundo conseguiriam conviver com uma taxa tão elevada. Mas endossou os esforços para um corte.


… “É preciso fazer esse trabalho fiscal para que o BC não fique com essa dose de antibiótico num patamar que vai inviabilizar a saúde do próprio paciente”, afirmou Haddad. “Todo remédio vira veneno com a dose”, completou.


FOI NO EMBALO – Também o Ibovespa agarrou a chance de se recobrar da derrapada (-1,61%) do último pregão, quando voltou ao pior nível em quase três meses. Subiu ontem 0,59% e recuperou os 134 mil pontos (134.167).


… Vale brilhou e foi a protagonista da melhora da bolsa. O papel da companhia chegou a saltar mais de 4% nas máximas do dia, acompanhando a forte alta do minério. No fechamento, ainda bancava rali de 2,73%, a R$ 56,05.


… A onda de otimismo influenciou também outros papéis do setor: CSN Mineração (+4,76%; R$ 5,28), Metalúrgica Gerdau PN (+3,44; R$ 9,31) e Gerdau PN (+3,17%; R$ 16,62), todos entre os maiores ganhos do Ibovespa.


… As blue chips das commodities dominaram a cena. Petrobras exibiu alta superior a 1% nos melhores momentos, perdeu fôlego ao longo do dia, mas ainda fechou no azul: ON subiu 0,27% (R$ 33,73) e PN avançou 0,19% (R$ 31,05).


… Lá fora, o petróleo operou em leve queda de 0,10%, com o Brent/setembro negociado a US$ 69,21, apesar de o Reino Unido ter imposto novas sanções contra a Rússia, como forma de minar o financiamento da guerra na Ucrânia.


… Investidores avaliam que o último pacote de sanções da UE não terá impacto relevante no fornecimento russo.


… O espaço de melhora da bolsa ontem só não foi melhor, porque faltou impulso para os bancos. BB ON perdeu 1,97%, a R$ 19,86, após analistas do BofA destacarem que a instituição pode pagar menos dividendos adiante.


… Bradesco ON (+0,22%, a R$ 13,48) e PN (+0,06%, a R$ 15,68) subiram praticamente nada. O único destaque expressivo de alta no setor financeiro foi o do papel do Itaú, que registrou valorização de 1,17%, cotado a R$ 35,48.


… A liderança do ranking de altas do dia no Ibovespa ficou com Fleury, que disparou 14,89% (R$ 14,51) diante de uma possível combinação de negócios envolvendo a Rede D’Or. As negociações estão em andamento há três meses.


… O Broadcast apurou que uma eventual aquisição poderá ser seguida de fechamento de capital do Fleury, como aconteceu quando a Rede D’Or adquiriu a SulAmérica por R$ 13 bilhões e logo depois a retirou da B3.


O GUERREIRO SAMURAI – Pela primeira vez desde sua fundação, há 70 anos, o Partido Liberal Democrata japonês perdeu as eleições para a Câmara Alta. Mesmo assim, o premiê, Shigeru Ishiba, decidiu se manter no cargo.


… Notório defensor da austeridade fiscal, ele está determinado a permanecer para enfrentar as tarifas dos EUA.


… Assim, apesar do revés político, o iene operou fortalecido (147,30/US$) e entrou como importante pivô da queda consistente do índice DXY do dólar (-0,64%), a 97,853 pontos, no dia em que também as moedas europeias subiram.  


… O euro avançou 0,58%, para US$ 1,1696, e a libra esterlina ganhou 0,58%, valendo US$ 1,3488.


… Sob fogo cerrado, Powell virou alvo ontem da congressista republicana Anna Paulina Luna, que formalizou pedido de abertura de investigação criminal contra o presidente do Fed por falso testemunho em sabatina no Senado.


… A reforma da sede do Fed, em Washington, está no centro da discórdia. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que deveria haver uma revisão da decisão de reformar partes do BC norte-americano.


… O Fed incluiu vídeo sobre a reforma na página de informações da obra no seu site, em meio às críticas da Casa Branca sobre o custo do projeto, que têm servido como pretexto para Trump querer demitir Powell antes de maio.


… A publicação das imagens, com detalhes do projeto, ocorre neste momento em que alguns membros do governo republicano, que têm sido os mais críticos em relação à obra, solicitaram uma visita ao local da construção.


… Apesar das pressões de Trump para o Fed cortar os juros, o BMO Markets avalia que ainda é preciso esperar pelas próximas duas rodadas de inflação (julho e agosto) para projetar a decisão da política monetária em setembro.


… As taxas dos Treasuries iniciaram a semana em baixa. O rendimento da Note de 2 anos caiu para 3,860%, contra 3,874% no pregão anterior, e o retorno do título do Tesouro americano de 10 anos recuou a 4,382%, de 4,427%.


… Com altas modestas, o S&P 500 (+0,14%, aos 6.405,60 pontos) e o Nasdaq (+0,38%, aos 20.974,17 pontos) renovaram os recordes históricos de fechamento. O Dow Jones fechou estável (-0,04%), a 44.323,07 pontos.


EM TEMPO… A cúpula do Banco Central deve se reunir hoje com os presidentes do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do BANCO MASTER, Daniel Vorcaro, segundo fontes do Broadcast…


… O encontro deve servir para avançar na análise sobre o escopo da compra do Master pelo BRB.


EMBRAER encerrou o segundo trimestre com carteira de pedidos avaliada em US$ 29,7 bilhões, alta de 40% na comparação anual, sendo o maior patamar na história da companhia, superando o recorde do primeiro trimestre…


… Empresa entregou 61 aeronaves entre abril e junho, resultado 30% acima do mesmo trimestre de 2024.


SABESP. O conselho de administração aprovou a 35ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no montante de R$ 1,00 bilhão, destinada apenas a investidores profissionais.


MOTIVA. Citi reduziu preço-alvo da ação de R$ 16,40 para R$ 15,20, mantendo recomendação de compra; revisão considerou estimativas mais fracas de tráfego e taxas de juros mais altas.


ENERGISA. Consumo consolidado de energia elétrica nas áreas de concessão do grupo cresceu 7% em junho, na comparação anual, chegando a 3,33 mil Gigawatt-hora, quando considerada a receita não faturada…


… Sem contá-la, houve avanço de 1,6%, para 3,35 mil Gigawatt-hora. 


AURA MINERALS. A agência de classificação de risco S&P Global reafirmou o rating de crédito do emissor de longo prazo na escala global em B+ e o rating na escala nacional brasileira em brAA…


… Além disso, revisou a perspectiva das notas, nas escalas global e nacional, de estável para positiva.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Para ONTEM ter sido uma sessão com predisposição mista, o seu desenvolvimento foi um pouco melhor do que isso ao estender-se a sensação de que as tecnológicas publicarão bons resultados a partir desta semana. Verizon (telecomunicações) publicou ontem, batendo expetativas e fazendo a revisão em alta do seu guidance, mas o que realmente impulsionou Nova Iorque foi o ataque cibernético a servidores locais de Microsoft Sharepoint, que forçará mais investimentos em cibersegurança. Por isso, Sentinelone +10% e Palo Alto +2,1%. A tecnologia volta a desmarcar-se em positivo, impulsionando o conjunto do mercado. O SOX está há 8 semanas consecutivas a subir e tudo indica que esta será a nona. 


A Ásia ofereceu uma evolução mais do que decente esta noite e madrugada (China +0,8%; Índia +0,1%), inclusive o Japão (-0,3%), apesar das eleições do final de semana deixarem a coligação no governo numa posição mais débil que poderá derivar num agravamento do défice fiscal, mas o mercado tinha descontado um desfecho ainda pior. 


Mais suma vez, a sessão evoluiu em intervalos estreitos, mas com obrigações e bolsas bastante comprados, portanto Nova Iorque voltou a marcar novos máximos históricos mesmo antes da atividade decair por razões sazonais.


HOJE não sai macro relevante e arrancamos com a perceção de que a Europa trabalha mais focada em conceber as suas represálias comerciais mais adequadas do que na esperança de um acordo com os EUA que permita reduzir substancialmente um imposto alfandegário linear de 30% que, em termos gerais, ameaça aplicar. Por isso, será um dia para se focar na seguinte ordem: 11:30 h GM (EPS esperado 2,328 $). Pré-abertura de Nova Iorque: CocaCola (0,833 $) e Lockheed Martin (6,413 $). Pós-fecho de Nova Iorque: Intuitive Surgical (1,93 $).  18h ASMI (4,01 €). 21:05 h SAP (1,437 €). 


Amanhã teremos resultados ainda mais influenciadores porque Alphabet e Tesla publicarão. E na quinta-feira, embora o BCE repita taxas de juros em 2,00%/2,15% depois de 7 cortes consecutivos, a abordagem que transmitir será fundamental para consolidar ou não a expetativa de que voltará a fazer outro corte este ano, mais provavelmente na sua reunião de dezembro, como nós acreditamos.


CONCLUSÃO: Em suma, hoje poderá ser um dia de espera, embora observando os resultados que saem… mas à espera de Alphabet e Tesla (amanhã) e abordagem do BCE. Em caso de dúvida, tende a subir. Pelo menos até que em meados da próxima semana a atividade decaia e… oxalá retroceda um pouco para dar oportunidade de comprar um pouco mais barato! 


S&P500 +0,1% Nq-100 +0,5% SOX +0,1% ES50 -0,3% IBEX +0,3% VIX 16,7% Bund 2,61% T-Note 4,37% Spread 2A-10A USA=+52pb B10A: ESP 3,21% PT 3,05% FRA 3,30% ITA 3,48% Euribor 12m 2,078% (fut.2,058%) USD 1,169 JPY 172,7 Ouro 3.388$ Brent 68,6$ WTI 66,5$ Bitcoin -1% (117.204$) Ether -2,3% (3.684$). 


FIM

segunda-feira, 21 de julho de 2025

BDM Matinal Riscala 2

 *Rosa Riscala: À espera dos próximos lances*


… O PBoC da China manteve hoje as taxas de juros em 3,00% para empréstimos de 1 ano e em 3,50% para 5 anos, na primeira notícia da semana. Também para o BCE (quinta-feira), a expectativa é de estabilidade. Powell fala amanhã e deve manter firme o discurso de cautela, apesar das pressões da Casa Branca. A agenda de indicadores internacionais é mais fraca, mas o calendário de balanços avança em NY, com Alphabet, Tesla e Intel. A B3 dá início à temporada, com Neoenergia, Weg, Multiplan e Usiminas. Ainda entre os destaques domésticos, estão o Relatório de Despesas e Receitas, Transações Correntes e o IPCA-15. Mas é a guerra de Trump contra o Brasil que mobiliza as atenções e conduz os negócios.


… A revogação do visto pelos Estados Unidos para Moraes e mais sete ministros do STF, o PGR e seus familiares, após as medidas cautelares contra Bolsonaro, acirrou ainda mais os conflitos, tornando um acordo mais difícil.


… Em nota, Lula classificou de inaceitável a decisão anunciada na sexta-feira à noite pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e “mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos”.


… Além de Alexandre de Moraes, foram atingidos Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Paulo Gonet. Só ficaram de fora da lista André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques.


… Na Folha/domingo, membros do Departamento de Estado dos Estados Unidos informaram a aliados de Bolsonaro que a revogação de vistos é apenas o começo. “O Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21.”


… O presidente Trump teria dito que “todas as opções estão na mesa” e que a decisão de Moraes de autorizar uma ação contra Bolsonaro foi equivalente a uma declaração de guerra contra ele e os Estados Unidos.


… Entre as novas sanções cogitadas estariam aumentar as tarifas de 50% para 100%, adotar punições em conjunto com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e até bloqueio do uso de satélites e GPS.


… Em postagem no X, no domingo, Eduardo Bolsonaro publicou uma foto ao lado do “chefe dos embaixadores” dos Estados Unidos dizendo que “Moraes não pode fazer nada” [como impedir seu pai de falar com embaixadores].


… Em outra publicação, Eduardo disse que o momento não era de paz. “Conhecemos os nossos inimigos e sabemos que moderação para eles soa como fraqueza. Também temos dentes afiados, pelos e sabemos rosnar feito lobo.”


… Finalmente, Eduardo disse em postagem nesse domingo que não vai renunciar ao mandato de deputado, embora a licença tirada da Câmara em março tenha vencido neste domingo e ele não pretenda retornar ao Brasil.


ACORDO DIFÍCIL – Em relatório, analistas do Citi avaliam que o caminho para baixar as tarifas impostas pelos Estados Unidos para o Brasil será “longo e sinuoso”, e que o solavanco foi a tornozeleira que Bolsonaro terá que usar.


… Da Faria Lima a Wall Street, interlocutores ouvidos pelo Broadcast alertam que a decisão deve dificultar ainda mais as negociações entre Washington e Brasília. Uma fonte disse que a relação está virando uma “tempestade perfeita”.


… Também a inglesa Capital Economics concorda que está cada vez mais difícil evitar o tarifaço de Trump ao Brasil e a TS Lombard vê o presidente Donald Trump disposto a “ir até o fim em sua luta com o Brasil”.


… Até aqui, havia algum otimismo, porque o mercado não acreditava que a Casa Branca conseguiria efetivamente impor a tarifa de 50%, diante da exposição comercial da economia brasileira relativamente baixa aos Estados Unidos.


… Além disso, os juros altos elevam o diferencial com outros países e mantêm o Brasil atrativo e os papéis baratos na B3. Mas, nesta semana, a tensão entre os dois países escalou e o cenário ficou bem mais incerto.


… Para um ex-diretor do BC, os mercados devem seguir à espera das próximas reações de Trump, Lula e Bolsonaro.


BRICS – O presidente Trump voltou a criticar o Brics no fim de semana, insistindo que tenta acabar com a dominância do dólar. E repetiu que pretende tarifar os países que integram o grupo em 10%.


… Trump minimizou a força econômica do grupo ao dizer que o Brics se reuniu, “mas ninguém compareceu”. Estava se referindo às ausências do presidente da China, Xi Jinping, e do líder russo, Vladimir Putin, na cúpula no Rio.


… Disse ainda que se o Brics se organizar de forma significativa, vai acabar muito rapidamente. “Não vai durar muito.”


… Segundo o presidente dos Estados Unidos, “não vamos deixar o nosso dólar perder o seu valor; não vamos deixar que ninguém brinque com a gente, com o nosso dólar; perder essa luta é como perder uma guerra”.


… O Brics surgiu com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nos últimos anos, incorporou Egito, Irã e Indonésia.


LULA BUSCA APOIO – O presidente viaja ao Chile hoje para um encontro com a Frente de Líderes de Esquerda ibero-americanos, críticos ao avanço do “extremismo”, em meio à ofensiva de Trump contra o Brasil.


… Lula leva a Santiago o debate do uso de tarifas como arma para fins político, o papel dos governantes de direita radical na região e propostas de taxação das big techs, governança digital e da inteligência artificial.


… O governo brasileiro discute como taxar as big techs desde 2023, como forma regulatória, mas a medida ganhou novo impulso à luz do embate com os Estados Unidos e das ameaças de recurso à reciprocidade.


… Lula deve abordar a carta de Trump com tarifas de 50% exigindo o fim de ações judiciais no Brasil, para beneficiar Jair Bolsonaro e empresas americanas, em “um dos maiores ataques à soberania brasileira”.


… Além de Lula e do anfitrião, Gabriel Boric, o encontro terá a participação dos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, do Uruguai, Yamandú Orsi, e do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.


… A presidente mexicana, Claudia Scheinbaum, foi convidada mas sua presença não está confirmada.


MEDIDAS PROVÁVEIS – No Estadão, o governo Lula já tem mapeadas novas frentes de reação aos Estados Unidos, caso as negociações bilaterais sobre o tarifaço de 50% ao Brasil, a partir de 1º de agosto, não avancem.


… A resposta mais madura é a de quebra de patentes de medicamentos, mas também estaria em estudo uma maior fiscalização da remessa de dividendos de empresas com sede nos Estados Unidos e operações no País.


… O Planalto começou a delinear várias possibilidades porque já espera medidas mais duras por parte de Trump. As medidas poderiam ser adotadas no dia 2 de agosto, após esgotadas todas as tentativas de negociação.


… O objetivo, agora, ainda é levar a negociação ao limite e retomar o diálogo bilateral pela via diplomática, como está sendo defendido pelos exportadores que seriam mais afetados pela taxação.


… A quebra de patentes de remédios é considerada uma das medidas mais eficientes para sensibilizar o governo dos Estados Unidos, dado o peso da indústria farmacêutica norte-americana.


… Já a questão dos dividendos de empresas americanas está em fase de estudos e levaria em conta a progressividade (ou qual o volume relativo a dividendos teria de ficar no Brasil para não ser totalmente remetido ao exterior).


… O governo não pretende proibir as remessas de lucros das empresas às filiais norte-americanas, mas inserir alguns mecanismos de maior monitoramento e fiscalização no processo.


… Lula também mira as big techs, sendo que são vários os modelos de controle de big techs analisados no Brasil, em especial, migrar pelo menos parte dos impostos pagos por essas gigantes da origem para o destino.


HADDAD – O ministro afirmou ao Broadcast que o governo não cogita adotar medidas mais rígidas de controle sobre dividendos como retaliação aos Estados Unidos, caso não avancem as negociações sobre o tarifaço de 50%.


… Na avaliação da equipe econômica, não se pode punir uma empresa por um movimento de natureza política.


… Haddad concede entrevista ao vivo hoje para a Rádio CNB, entre 8h30 e 9h30.


INSIDER TRADING – A AGU solicitou ao STF na noite de sábado uma investigação de possíveis investimentos suspeitos feitos no Brasil antes do tarifaço de 50% de Trump, após reportagem do Jornal Nacional.


… O veículo apontou indícios movimentações bilionárias atípicas no mercado de câmbio na tarde do anúncio do dia 9 de julho, quando a medida econômica foi anunciada por Trump e provocou a súbita desvalorização do real.


… O pedido da AGU sugere uma investigação no âmbito do inquérito relacionado às ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA em busca de uma forma de constranger a ação no STF à qual seu pai responde por tentativa de golpe de estado.


… Segundo a AGU, a movimentação sugere possível utilização de informações privilegiadas para investir no mercado de câmbio, prática criminosa conhecida como insider trading, por pessoas físicas ou jurídicas.


AGENDA – Além do BCE, a Turquia anuncia decisão sobre juros na quinta-feira. Na sexta, é a vez do BC da Rússia.


… Nos Estados Unidos, Powell discursa amanhã, terça-feira, quando mais uma vez deve reafirmar a cautela para as decisões do juro, transferindo as expectativas do primeiro corte para a reunião do Fomc de setembro.


… Entre os indicadores internacionais, destaque para as prévias de julho do PMI industrial e de serviços em diversos países da Europa, na Zona do Euro e nos Estados Unidos – todos na quinta-feira.


… Ainda nos Estados Unidos, saem vendas de casas usadas (quarta-feira) e de casas novas (quinta-feira).


… Hoje, sai o índice de indicadores antecedentes dos Estados Unidos em junho (11h).


IRÃ – Pode manter conversações nesta semana com Reino Unido, França e Alemanha sobre o programa nuclear de Teerã, após os três países europeus advertirem para a reimposição de sanções internacionais ao país.


JAPÃO – A bolsa de Tóquio não abriu nesta segunda-feira, devido a um feriado (Dia da Marinha). Mas o iene se fortalecia no final deste domingo, depois que a coalizão governista perdeu a maioria na Câmara Alta.


… A derrota significativa na eleição parlamentar ameaça atrapalhar as negociações comerciais com os EUA.


BALANÇOS EM NY – AT&T, Alphabet, Tesla e IBM divulgam seus resultados do segundo trimestre na quarta-feira. Na quinta, é a vez de Intel. Hoje, tem Verizon (antes da abertura). Amanhã, Coca-Cola e General Motors.


… Na B3, Neoenergia e WEG abrem a temporada amanhã, seguidas de Multiplan, quarta-feira e Usiminas, na quinta.


NO BRASIL – Boletim Focus abre a agenda da semana (hoje, 8h25), mas o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas Primárias amanhã (terça-feira), é o mais esperado. O congelamento de R$ 31 bilhões deve ser mantido.


… Apesar do alívio com a manutenção do IOF, novos bloqueios e cortes no Orçamento podem acontecer.


… O governo decidiu “taxar” a emenda Pix e cobrar uma espécie de pedágio de 1% para liberar cada recurso indicado por deputados e senadores nessa modalidade. O Executivo federal prepara uma portaria criando a cobrança.


… O parlamentar indicará o recurso a um município e o governo vai reter 1% do valor na hora de liberar o dinheiro. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos disse ao Estadão que a cobrança foi autorizada pela LDO.


… Na quinta-feira, tem reunião do CMN e, na sexta-feira, transações correntes em junho e o IPCA-15 de julho.


CUTUCANDO A ONÇA – Os receios de que as primeiras retaliações, de lado a lado, entre os Estados Unidos e o Brasil sejam apenas a ponta do iceberg para uma crise mais grave deixam os investidores de sobreaviso.


… Os negócios abrem a semana sob o chumbo trocado, depois de já na sexta-feira, horas antes de o visto de Moraes ser revogado à noite pelos EUA, o pregão regular ter sido agitado pela tornozeleira eletrônica em Bolsonaro.


… O maior medo é de que a briga esteja escalando para um nível que possa colocar tudo a perder nas negociações da diplomacia sobre as tarifas com Trump. O dólar voltou a flertar com os R$ 5,60 na máxima intraday (R$ 5,5980).


… A moeda americana operou sob pressão aqui (+0,73%), cotada a R$ 5,5876, na contramão da queda no exterior.


… Diante da guerra do tarifaço e ainda da polêmica do IOF, que reabre o confronto entre o Congresso e o governo, os investidores estrangeiros têm batido em retirada da B3: já saíram R$ 4 bilhões da bolsa no acumulado de julho.


… Faz sete pregões seguidos que os informes indicam fuga diária de capital externo do País.


… O menor apetite pelo Brasil tem custado perdas pesadas às ações da B3, que afundaram 5,60% na sessão de sexta-feira e foram rebaixadas de recomendação pelo Santander (de compra para neutro), como reflexo das incertezas.


… O cenário doméstico instável eleva os juros futuros e atrai o investidor à renda fixa. Em linha com a piora do câmbio no pregão dominado pela queda de braço dos Estados Unidos x STF, os juros subiram, sobretudo na ponta longa.


… É este trecho que melhor reflete a percepção dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil.


… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,965% (14,943% no ajuste anterior); Jan/27, 14,365% (contra 14,339% na véspera); Jan/29, 13,655% (13,593%); Jan/31, 13,850% (13,780%); e Jan/33, 13,910% (13,856%).


… Durante reunião periódica com diretores do BC, na sexta-feira, o consenso entre os economistas foi que a inflação deve desacelerar mais rápido do que o imaginado, diante dos sinais mais evidentes de perda de ritmo do PIB.


… Já faz semanas que o boletim Focus tem seguidamente registrado um alívio nas expectativas de inflação pelo mercado, ainda que a mediana das projeções para o IPCA deste ano (5,17%) continue desancorada da meta.


ENTREGANDO OS PONTOS – No clima de tensão política com as tarifas no radar, o Ibovespa primeiro perdeu os 135 mil pontos na sexta-feira e depois os 134 mil, para fechar em baixa expressiva de 1,61%, aos 133.381,58 pontos.


… Diante da queima de mais de 2 mil pontos, o índice à vista registrou o pior nível de fechamento em quase três meses. O volume só melhorou na bolsa (R$ 26,3 bilhões) por causa do vencimento de opções sobre ações.


… Todas as blue chips recuaram, com exceção de Vale (+0,48%; R$ 54,56), com os interesses dos comprados falando mais alto. Já Petrobras PN perdeu 1,53% (R$ 30,99) e a ON caiu 1,49% (R$ 33,64), em linha com a baixa do petróleo.


… A commodity foi derrubada por mais um pacote de sanções à Rússia, anunciado por Reino Unido e União Europeia, impondo um novo teto para o petróleo bruto, de US$ 47,60, a partir de 2 de setembro.


… O contrato do barril do Brent para setembro registrou desvalorização de 0,35%, cotado a US$ 69,28.


… Os principais bancos caíram em bloco, com destaque para Santander (-5,19%; R$ 26,30) e Bradesco ON (-2,32%; R$ 13,45). Bradesco PN recuou 2,25%, a R$ 15,67; BB ON perdeu 2,31%, a R$ 20,26; e Itaú PN, -1,82%, a R$ 35,07.


STRIKES AGAIN – Na rotina de ataques a Powell, Trump voltou a partir para cima na sexta-feira, dizendo que os juros [hoje em 4,25% a 4,50%] deveriam estar em 1% se o “atrasado” não estivesse sufocando o mercado imobiliário.


… “(Powell) É uma das minhas piores nomeações”, escreveu o presidente americano em seu perfil na Truth Social.


… Fontes do WSJ disseram que, em conversas reservadas com Trump, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, expôs argumentos contra a saída antecipada de Powell, que tem sido uma cobrança recorrente do presidente.


… Para Bessent, uma demissão é desnecessária, porque, além enfrentar obstáculos políticos e legais, a economia está indo bem e as autoridades do Fed têm sinalizado que podem cortar os juros duas vezes antes do final do ano.


… Bessent está na lista de cotados para a sucessão de Powell, junto com o Fed boy Christopher Waller, que não perde uma chance de se mostrar dovish e diz que, se Trump convidá-lo para o comando do Fed, dirá sim.


… Na sexta-feira, ele repetiu, em entrevista à TV Bloomberg, a defesa por um “corte de segurança” de 25 pontos-base nos juros ainda este mês para garantir que não haja um pouso forçando da economia norte-americana.


… “Corte de juros em julho não é necessariamente crítico, mas por que devemos esperar até setembro?”


… Pouco sensível à expectativa de uma ação mais rápida do Fed, é isolada a aposta no CME de uma flexibilização já na semana que vem pelo Fed (5%). O que pode dar jogo é se em setembro vem pausa ou se o juro cai.


… Austan Goolsbee (Chicago) integra a maioria do Fed que ainda espera ter mais clareza sobre as tarifas para entender os impactos na inflação e, consequentemente, reiniciar o ciclo de cortes nas taxas de juros.


METRALHADORA GIRATÓRIA – A retórica agressiva de Trump na sexta-feira, ao falar grosso com os Brics, de novo, e avisar que não deixará “ninguém brincar com o dólar” não poupou o índice DXY de cair 0,26%, aos 98,482 pontos.


… Nem a pressão de Trump por tarifa mínima de 15% a 20% sobre todos os bens da UE impediu o euro de ignorar a ameaça e subir 0,24%, a US$ 1,1622. A libra ficou estável (-0,02%; US$ 1,3414) e o iene caiu a 148,79/US$.


… Sem um driver claro, os juros dos Treasuries operaram em baixa. A taxa da Note de 2 anos caiu a 3,874%, contra 3,915% no fechamento anterior, enquanto o rendimento do bônus de 10 anos recuou para 4,427%, de 4,459%.


… Testando uma acomodação do rali recente, o Nasdaq ficou praticamente estável (+0,05%), mas emplacou novo recorde histórico (20.895,66 pontos). Também o S&P 500 fechou no zero a zero (-0,01%; 6.296,79 pontos).


… Sem fôlego, diante do guidance frustrante da 3M (-3,65%) no ano, o Dow Jones caiu 0,32%, aos 44.342,19 pontos.


EM TEMPO… PETROBRAS informou, em resposta a pedido de esclarecimento da CVM, que não há estudos no momento para voltar ao setor de distribuição por meio de projeto greenfield, ou seja, começando do zero…


… Mas afirmou que estuda constantemente oportunidades de negócios sinérgicos em todos os segmentos.


PRIO. Grupo UBS reduziu participação na companhia para 14,54% em valores mobiliários de emissão da petroleira ou em ativos lastreados em tais valores…


… No último formulário de referência da empresa, não há informações sobre a participação acionária do UBS.


BB anunciou mudanças nos cargos de presidentes de BB Asset, BB Americas, Brasilseg e BBTS…


… Delano Valentim Andrade, que ocupava o posto de presidente no BB Americas desde 2023, foi indicado para a BB Seguridade; quem vai substituí-lo é Mario Matsumoto Fujii…


… Marcelo Labuto retornará ao conglomerado BB para presidir a Brasilseg, que faz parte da holding BB Seguridade…


… Gustavo Pacheco Lustosa, diretor-presidente na BBTS desde 2023, vai assumir o comando da BB Asset, no lugar de Denísio Liberato, que se despediu da equipe nesta semana…


… Para o lugar dele, vai Paulo André Rocha Alves, hoje gerente-geral da diretoria de tecnologia.


BANCO MASTER. Galípolo recebeu na última sexta-feira o presidente do banco, Daniel Vorcaro, e o CEO, Augusto Ferreira Lima, para tratar do processo de venda desta instituição financeira privada ao Banco de Brasília (BRB).


REDE D’OR e FLEURY podem se unir: há negociações entre o grupo hospitalar e o Bradesco, que é o maior acionista do laboratório, com 23% das ações, segundo Lauro Jardim/O Globo….


… Já o Brazil Journal apurou que a operação envolve uma oferta em dinheiro e pagamento em ações.


CVM. Após três anos, João Pedro Nascimento renunciou ao cargo de presidente, alegando motivos pessoais. Interinamente, assume o comando da autarquia o diretor mais antigo, Otto Lobo.


CARREFOUR BRASIL informou que os acionistas da companhia aprovaram em AGE uma série de propostas com o objetivo de refletir a deslistagem das ações da empresa e a sua reorganização societária…


… Dentre as medidas, foi aprovada a solicitação à CVM de conversão do registro da empresa de emissor categoria “A” para emissor categoria “B”…


… Também foram validadas 1) a extinção dos comitês estatutários de assessoramento ao Conselho de Administração…


… 2) A desinstalação do Conselho Fiscal; a alteração da composição do Conselho de Administração; e 3) a reforma integral do estatuto social da companhia…


… Após eleição na assembleia, o conselho do grupo passou a ser composto por Eric Alexandre Alencar, José Rafael Vasquez, Liliane Dutra Santos, Marcelo Guimarães Tardin, Nelcina Conceição de Oliveira Tropardi e Pablo Lorenzo.


AZZAS contratou o BTG Pactual para atuar como formador de mercado das ações ON de emissão da companhia; serviço vinha sendo prestado pela Itaú Corretora desde novembro de 2023; contrato se encerrou na 6ªF.


ENGIE assumiu a operação do trecho “brownfield” (com infraestrutura já existente) do Lote 1 arrematado no leilão de transmissão nº 02/2024, promovido pela Aneel, denominado Graúna Transmissora de Energia…


… Trecho é composto por quatro linhas de transmissão, totalizando 162 km de extensão e duas subestações próprias, localizadas em MG e ES…


… Receita Anual Permitida (RAP) deste trecho é de R$ 14 milhões, correspondente a aproximadamente 5% da RAP total do projeto.


NEOENERGIA firmou contrato para aquisição minoritária pela Ambev em SPEs de renováveis.


TRISUL. O conselho de administração aprovou a 11ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor total de até R$ 50 milhões.


AEGEA passou a deter a totalidade de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) que operam água e esgoto em 19 municípios de Mato Grosso.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: O partido de Ishida perde a maioria na Câmara Alta do Japão. É a primeira vez desde 1955 que o partido governante não tem a maioria em ambas as Câmaras. Embora más notícias para os ativos japoneses, o yen recupera ligeiramente face ao dólar, refletindo certo alívio devido à menor incerteza. Hoje o Japão estará encerrado devido a feriado, mas os futuros do Nikkei apontam para cortes, amanhã.


O foco esta semana estará na reunião do BCE (quinta-feira), nos resultados empresariais e nos acordos ou não acordos comerciais com os EUA. O mais provável é que o BCE mantenha taxas de juros (2,00%/2,15%) com uma inflação no seu objetivo de 2% e à espera de alguma clareza na frente alfandegária. Os resultados empresariais ganham intensidade com mais de uma centena de empresas a publicar em cada lado do Atlântico, incluindo 2 das 7 Magníficas, Alphabet e Tesla (quarta-feira). Até agora, o tom bastante bom dos resultados levou os índices americanos a novos máximos, embora já com avanços moderados na semana passada (+0,6%/+1,3%). Por último, aproxima-se 1 de agosto, limite para fechar algum acordo comercial com os EUA. O círculo de Trump afirma que não há acordos iminentes. É de esperar acordos de última hora, já que uma escalada não beneficia ninguém. 


Parece um saldo de notícias bastante positivas que poderão manter um tom ligeiramente positivo esta semana, embora destaquemos moderado porque as bolsas poderão não estar tão em alta e a proximidade das férias de verão não convida a assumir muitos riscos. Mas os desenvolvimentos razoáveis nas frentes comercial e empresarial deverão apoiar um pouco.


S&P500 -0% NQ-100 -0,1% SOX -0,1% ES-50 -0,3% IBEX -0% VIX 16,4 BUND 2,65% T-NOTE 4,43% SPREAD 2A-10A USA=+55PB B10A: ESP 3,30% PT 3,14% FRA 3,39% ITA 3,57% EURIBOR 12M 2,07% USD 1,163 JPY 172,5 OURO 3.374$ BRENT 69,6$ WTI 66,4$ BITCOIN +0,3% (118.332$) ETHER +3,4% (3.769$).


FIM

BDM Matinal Riscala

 _Caros amigos, bom dia!_

_Iniciamos as transmissões do BDM Online com o BDM Morning Call, que traz as expectativas da pré-abertura._


*BDM Morning Call: À espera dos próximos lances*


[21/07/25] O PBoC da China manteve hoje as taxas de juros em 3,00% para empréstimos de 1 ano e em 3,50% para 5 anos, na primeira notícia da semana. Também para o BCE (quinta-feira), a expectativa é de estabilidade. Powell fala amanhã e deve manter firme o discurso de cautela, apesar das pressões da Casa Branca. A agenda de indicadores internacionais é mais fraca, mas o calendário de balanços avança em NY, com Alphabet, Tesla e Intel. A B3 dá início à temporada, com Neoenergia, Weg, Multiplan e Usiminas. Ainda entre os destaques domésticos, estão o Relatório de Despesas e Receitas, Transações Correntes e o IPCA-15. Mas é a guerra de Trump contra o Brasil que mobiliza as atenções e conduz os negócios. *(Rosa Riscala)*


_Leia o BDM Morning Call na íntegra acessando o link_

www.bomdiamercado.com.br

domingo, 20 de julho de 2025

Guerra comercial

 *HORA DO MERCADO: BRICS TENTA ACABAR COM DOMINÂNCIA DO DÓLAR E BLOCO SERÁ TAXADO EM 10%, DIZ TRUMP*


Por Caroline Aragaki


*Trump x dólar* - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou há pouco que o Brics "tenta acabar com a dominância do dólar" e, com isso, irá aplicar tarifas de 10% em todos os países que fazem parte do bloco. "Não podemos deixar que ninguém brinque com a gente, com o nosso dólar."


*Acordos comerciais* - Segundo Trump, os EUA têm "grandes acordos comerciais para anunciar muito em breve", pontuando que o anúncio pode ocorrer ainda nesta sexta-feira. "Toda carta que enviamos já é um acordo comercial. Depois, podemos negociar de novo", acrescentou.


*Recuo sobre IOF* - - Em nova decisão publicada hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recuou da determinação de cobrança retroativa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esse trecho constava da decisão de quarta-feira, que restabeleceu a maior parte do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que elevou o tributo.


*Recesso* - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou um comunicado em que diz que o recesso parlamentar de julho está confirmado e que a volta dos trabalhos ocorrerá em 4 de agosto.


*Licença prévia* - A Prio informou há pouco via Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença prévia para o Sistema de Desenvolvimento da Produção do Campo de Wahoo e a interligação dos poços ao FPSO Frade.


*Termômetro Broadcast* - Depois de duas semanas consecutivas de perdas do Ibovespa, o mercado financeiro volta a considerar uma reação do índice na próxima semana. É o que mostra a edição de hoje do Termômetro Broadcast Bolsa.


*Nos mercados*


Os ativos domésticos seguem pressionados pela tensão política entre Brasil e Estados Unidos, com temores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, anuncie sanções ao Brasil ou até mesmo a autoridades brasileiras, após medidas restritivas impostas pelo Superior Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O dólar, que chegou a se aproximar do nível de R$ 5,60 na última hora, consegue voltar a R$ 5,58; o Ibovespa recua aos 133 mil pontos; e os juros futuros operam em alta de 6 pontos-base nos contratos mais longos.


No cenário micro, as ações da Prio viraram o sinal e passaram a subir após a empresa confirmar que o Ibama concedeu a licença prévia do campo de Wahoo e a interligação dos poços ao FPSO Frade.

Leitura de sábado 2

 Leitura de Sábado: Trump amplia ataques a Powell e ameaça ao Fed pode estar substimada


Por André Marinho


São Paulo, 15/07/2025 - Quase que diariamente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece com um novo adjetivo para se referir ao presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. No arsenal do republicano, variações leves como "Atrasado Demais" convivem com insultos mais ofensivos: "burro", "desgraça", "idiota", "terrível". Mas as palavras têm ecoado com cada vez menos força nos ouvidos de investidores, mais sensíveis a anúncios sobre tarifas ou à própria política monetária do banco central americano.


Mesmo com as movimentações, os índices acionários S&P 500 e Nasdaq renovaram sucessivos recordes na semana passada. O dólar também oscilou sem muita correlação com as declarações de Trump. A possibilidade  de Powell encerrar este ano fora da presidência do Fed é vista como improvável - na bolsa de apostas Kalshi, por exemplo, essa chance ronda a casa dos 20%. Em meados de 2024, antes da volta de Trump à Casa Branca, tal hipótese chegou a bater 50%.


A aposta é de que o banqueiro central conseguirá cumprir o mandato na presidência do BC americano até o final, previsto para maio do ano que vem. O estrategista George Saravelos, do Deutsche Bank, porém, acendeu o alerta: "Consideramos a remoção do presidente Powell como um dos eventos de risco mais subprecificados nos próximos meses".


A pressão de Trump pela renúncia de Powell já não se limita ao campo da retórica. Embora o republicano garanta não ter planos de demiti-lo, a Casa Branca abriu uma nova linha de ataque legal contra o chefe da autoridade monetária. Começou com figuras do segundo escalão, que apontaram supostas irregularidades no projeto de reforma da sede do Fed, em Washington D.C. Segundo eles, a obra está orçada em US$ 2,5 bilhões e prevê itens de luxo como um elevador privativo.


Os argumentos foram subindo ao longo da escada de poder no governo, reproduzidos pelo diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, até finalmente chegarem ao próprio presidente. Os aliados de Trump, agora, pressionam por uma investigação formal do Congresso sobre o tema. Powell nega irregularidades.


Em paralelo, as discussões sobre um sucessor no cargo máximo do Fed estão ganhando força. Hasset estaria emergindo como um dos principais favoritos para o posto, de acordo com uma reportagem do Washington Post. Os nomes do secretário do Tesouro, Scott Bessent, e do ex-diretor do Fed Kevin Warsh também já apareceram como cotados na imprensa americana. Michelle Bowman, que recentemente assumiu a liderança da supervisão bancária do Fed, também figura entre os especulados.


Apesar de toda a pressão, Powell se mantém firme na visão de que ainda não é hora de cortar juros. Na reunião do final deste mês, a expectativa ainda é pela manutenção da taxa básica no nível atual (entre 4,25% e 4,50%), conforme sugere a curva futura refletida na plataforma FedWatch, do CME Group.


Para analistas do BBH, Trump parece saber que não pode destituir Powell, mas os ataques reforçam a visão de que o sucessor será alguém alinhado à Casa Branca. "Qualquer erosão da independência da Fed não seria bem recebida pelos mercados, para dizer o óbvio", afirmam.


'E se Powell sair?'


Saravelos, do Deutsche Bank, lembra a pressão do ex-presidente Richard Nixon sobre o então presidente do Fed, Arthur Burns, em 1972, para argumentar que a ameaça à autonomia da política monetária não é tão incomum quanto parece. O estrategista vai além e calcula o impacto de uma eventual saída turbulenta de Powell. Nas primeiras 24 horas após o anúncio, o dólar despencaria até 4% e os retornos dos Treasuries saltariam até 40 pontos-base, de acordo com ele.


Para Saravelos, neste cenário, um prêmio de risco estaria permanentemente incorporado ao câmbio e à renda fixa. Ele destaca ainda a posição vulnerável do financiamento externo americano. "Isso aumenta o risco de movimentos de preços muito maiores e mais disruptivos do que os que descrevemos", adverte.


Na mesma linha, o analista Kit Juckes, do Société Générale, diz que uma substituição brusca no comando do Fed seria vista como uma medida política e, assim, passaria a se sobrepor aos efeitos das tarifas nos mercados - com o dólar como a principal vítima.


Em um relatório intitulado "E se Powell Sair?", o ING reconhece que a chance de uma destituição ainda é "muito baixa". Mas o banco holandês discute consequências de longo prazo negativas para os EUA. Entre as principais delas, a posição do dólar como moeda de reserva global estaria severamente questionada. Haveria fluxos de fuga da divisa americana piores que os observados no "Dia da Libertação", em abril, avalia.


A instituição acredita que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ficaria mais inclinado a relaxar a política, mas não assumiria cortar juros automaticamente. "No final, é uma decisão majoritária, e o Comitê provavelmente permanecerá tão dividido quanto sugerem as últimas atas, mas com uma tendência a manter as taxas inalteradas até que a situação esteja livre para cortá-las", especula.


Contato: andre.marinho@estadao.com


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Fabio Alves