quinta-feira, 10 de julho de 2025

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Lula manda devolver carta de Trump*


Na agenda, o IPCA de junho tem estimativa de desaceleração, mas perde força para orientar as apostas sobre o futuro dos juros, que escalaram junto com o dólar, em meio ao embate inesperado com os Estados Unidos.


… A decisão de Trump de taxar a importação de todos os produtos brasileiros em 50% causou grande preocupação nos exportadores e também acirrou a polarização política, com seguidores de Bolsonaro festejando a punição ao governo Lula e ao STF, que, segundo o presidente americano, comete “vergonhosa perseguição contra o grande ex-presidente”. Nos mercados, que já fecharam negativos com a expectativa de uma tarifa para o Brasil, a reação deve se estender na abertura, sobretudo nos setores mais atingidos. O ADR de Embraer chegou a cair quase 8% no after hours de NY. Na agenda, o IPCA de junho tem estimativa de desaceleração, mas perde força para orientar as apostas sobre o futuro dos juros, que escalaram junto com o dólar, em meio ao embate inesperado com os Estados Unidos.


… No final da noite, veio a resposta do governo brasileiro: o Itamaraty chamou o embaixador dos Estados Unidos e “devolveu” a carta de Trump, dizendo que era “ofensiva”, que tem “afirmações inverídicas” e “erros factuais” sobre a relação comercial dos dois países.


… Um pouco mais cedo, o presidente Lula fez uma postagem no X rebatendo a afirmação de que os Estados Unidos eram deficitários na balança comercial com o Brasil. Escreveu, ainda, que o “Brasil é um país soberano e não aceitará ser tutelado por ninguém”.


… A nota de Lula acusa a “ameaça e a ingerência” no processo judicial contra a tentativa de golpe [no qual Bolsonaro é réu no STF] e informa que, “qualquer elevação de tarifas pelos Estados Unidos será respondida pela Lei de Reciprocidade”.


… A reação de Brasília veio na contramão de inúmeros pedidos da indústria para reabrir o diálogo com os Estados Unidos.


… Vários protestos de associações apressaram-se em pedir ao governo para negociar diplomaticamente, em uma tentativa de reverter a tarifa de 50% aos produtos brasileiros imposta pelo presidente Trump para vigorar a partir de 1º de agosto.


… A Frente Parlamentar da Agropecuária defendeu “cautela e diplomacia firme”, avaliando que a nova alíquota produzirá reflexos diretos ao agronegócio, com impactos no câmbio, no custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras.


… CNI expressou “preocupação e surpresa”, afirmando que os impactos das tarifas podem ser graves para a nossa indústria. “Uma quebra nessa relação traria muitos prejuízos à nossa economia.” Defendeu negociações e diálogo para reverter a decisão.


… Para a CNI, as exportações brasileiras aos Estados Unidos têm grande importância para a nossa economia. Em 2024, a cada R$ 1 bilhão exportado para lá foram criados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,2 bilhões em produção.


… A Câmara do Comércio também citou “profunda preocupação”, conclamando à retomada urgente do diálogo, com o alerta de que a medida tem potencial para causar impactos severos sobre empregos, produção, investimentos e cadeias produtivas integradas.


… Todas as manifestações contestam afirmação na carta de Trump de que os Estados Unidos são deficitários na balança com o Brasil.


… Há mais de 15 anos, os Estados Unidos mantêm superávit na conta comercial com o Brasil. Só na última década, o saldo positivo para os americanos foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. Incluindo serviços, o superávit americano atinge US$ 256,9 bilhões.


O SEGUNDO PARCEIRO – Estados Unidos são o segundo maior mercado para as exportações do Brasil, com vendas de US$ 40,368 bilhões em 2024, menos que a metade dos US$ 94,372 bilhões em exportações feitas à China, segundo dados do MDIC.


… O principal produto da pauta de exportação brasileira aos Estados Unidos é o petróleo, com vendas de US$ 7,6 bilhões em 2024. Mas o governo já antevê impactos imediatos para exportações de café, carne bovina e suco de laranja, entre os principais itens.


… Economistas avaliam que a alíquota de 50% terá efeitos inflacionários na economia americana, que importa carne para a produção de hambúrgueres e depende do café externo. O confronto eclodiu por razões políticas e de interesses comerciais de Trump.


MOTIVAÇÃO POLÍTICA – A diplomacia brasileira já vinha negociando para que as tarifas ao País continuassem em níveis mais baixos, com alegação de que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil. Mas, no final das contas, não era essa a questão.


… A carta de Trump é explícita em relacionar a tarifa punitiva ao papel de Alexandre de Moraes no STF contra Bolsonaro e redes sociais, e isso torna mais difícil uma negociação. Ninguém aposta que o ministro Alexandre de Moraes possa ceder às ameaças.


… Integrantes do governo já esperavam uma retaliação, desde que Trump dirigiu ataques aos países do Brics, mas não nessa proporção. Trata-se da mais alta alíquota divulgada a partir de cartas enviadas pelo presidente dos Estados Unidos nesta semana.


… O gesto levou o Nobel de Economia Paul Krugman a comentar que Trump merecia o impeachment pelo que fez ao Brasil.


… Na Cúpula do Brics, no fim de semana, no Rio, Lula defendeu uma moeda alternativa para as operações internacionais com outros países, sem passar pelo dólar, o que deixou Trump furioso: “quem desafiar o dólar, vai pagar o preço”.


… Segundo apurou o Valor, a avaliação do Planalto é que a ofensiva de Trump contra as instituições brasileiras pode ser um “tiro pela culatra”, porque evidencia uma tentativa de intervir na soberania brasileira e desestabilizar os Poderes.


TEM MAIS POR TRÁS – No Estadão, a decisão de Trump de impor uma tarifa de 50% ao Brasil reflete mais uma preocupação comercial do que política, envolvendo uma sequência de embates com o ministro Alexandre de Moraes sobre as plataformas sociais.


… “O que está em jogo aí é muito mais o embate entre o grupo Trump com Moraes por causa de decisões em relação a redes sociais”, na opinião de Rodolfo Teixeira, doutor em sociologia política pela Universidade de Brasília.


… As empresas Trump Media & Technology Group, ligadas ao presidente dos Estados Unidos, processam Moraes na Justiça da Florida por supostamente censurar conteúdos publicados nessas plataformas no Brasil. Na terça-feira, Moraes foi citado novamente no processo.


… Na carta, Trump reclamou de decisões do STF contra empresas norte-americanas de tecnologia.


… “O Supremo Tribunal Federal do Brasil emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos Estados Unidos, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro.”


… Segundo avaliações semelhantes, Bolsonaro só teria entrado como coadjuvante para esfumaçar o verdadeiro motivo. A prova é que o tarifaço impacta setores da direita fortemente ligados ao bolsonarismo, a exemplo do agronegócio.


50% PARA O COBRE – Antes que o dia acabasse, o presidente Trump confirmou a tarifa de 50% sobre o cobre, a partir de 1º de agosto.


… “O cobre é necessário para semicondutores, aeronaves, navios, munição, data centers, baterias de íon-lítio, sistemas de radar, sistemas de defesa antimísseis e até mesmo armas hipersônicas, das quais estamos construindo muitas”, escreveu em sua Truth Social.


… Segundo ele, a nova alíquota tarifária reverterá a “estupidez” do governo Biden e “os Estados Unidos voltarão a construir um setor de cobre DOMINANTE. AFINAL DE CONTAS, ESTA É A NOSSA ERA DE OURO!”.


SEM CONSENSO – No Estadão, Haddad e Gleisi Hoffmann indicaram a Motta e Alcolumbre, na noite de terça-feira, que o governo não abrirá mão do decreto que aumentou as alíquotas do IOF e pretende insistir na legitimidade junto ao STF.


… Fontes do Valor também apuraram que, apesar da reaproximação em jantar, o governo disse que insistirá no decreto do IOF.


… Já Motta baixou o tom, dizendo que a conversa com o governo foi “colaborativa”, afirmando que o Congresso vai buscar uma solução para os recursos do IOF sem aumento de alíquota. “Tenho conversado com os líderes para a solução das contas.”


… O presidente da Câmara disse que não há interesse do Legislativo em usurpar o poder do Executivo, e cobrou propostas alternativas do ministro da Fazenda, informando que “isso deve ser conversado ao longo da semana com a equipe econômica”.


… Na Folha, Haddad pediu para que o Congresso não misture o tema do IOF com as compensações para a isenção do Imposto de Renda.


… A possibilidade foi aventada pelo relator do projeto, deputado Arthur Lira, mas o governo teme que, na prática, esse movimento possa desidratar a medida provisória enviada com alternativas à derrubada do IOF.


IPCA – Às 9h, o IBGE divulga a inflação oficial de junho, que deve desacelerar para 0,20%, de 0,26% em maio (mediana do Broadcast), com a deflação dos preços dos alimentos, mas a mediana para o final de 2025 deve superar o teto da meta de 4,50%.


… Se isso se confirmar, o BC deve publicar uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando as razões do descumprimento da meta até 18h de quinta-feira. A meta é de 3% e o intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


… A metodologia da meta contínua, que passou a vigorar neste ano, prevê que a meta será considerada descumprida se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o que está acontecendo desde janeiro.


… Fontes da área econômica, no entanto, transferiram a preocupação para o impacto da tarifa de 50% dos Estados Unidos para produtos do Brasil, afirmando que a medida “joga um balde de água fria” no processo de desinflação, apurou o Broadcast.


HADDAD – Vai conceder entrevista ao Canal do Barão, no YouTube, nesta quinta-feira, entre 10h e 11h, com a participação dos seguintes veículos: Brasil 247, CartaCapital, Diário do Centro do Mundo, Fórum e TVT News.


INSS – Dias Toffoli (STF) confirmou, nesta terça-feira, que os pagamentos para ressarcir aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos podem ser feitos tanto fora do limite de despesas do arcabouço quanto da meta fiscal.


LÁ FORA – Nos Estados Unidos, auxílio-desemprego (9h30) na semana até 5/7 tem previsão de +238 mil pedidos iniciais.


… Três dirigentes do Fed falam hoje: Alberto Musalem/St. Louis (11h), Christopher Waller (14h15) e Mary Daly/São Francisco (15h30).


… Na Europa, sai a inflação ao consumidor da Alemanha, em junho (na madrugada brasileira).


… No Peru, o Banco Central anuncia decisão de política monetária às 20h.


HOMEM-BOMBA – Prenunciando o ataque dos EUA, os mercados domésticos registraram piora significativa já no meio da tarde de ontem, deterioram ainda mais no pregão estendido e hoje vai ser bem difícil exibir sangue-frio.


… O anúncio da pancada das tarifas de 50% que Trump promete aplicar sobre nós pegou o câmbio e o Ibovespa fechados, mas a reação veio no mercado futuro, enquanto os juros estressaram na reta final dos negócios.


… A promessa da vingança do presidente americano já tinha puxado o dólar à vista no pregão regular de volta à marca de R$ 5,50, em alta firme de 1,04%, a R$ 5,5024, e a pressão foi ampliada com força na sessão estendida.


… O contrato futuro do dólar para agosto saltou 2,30%, a R$ 5,6115, conforme investidores e economistas avaliavam o impacto sobre as exportações brasileiras e potenciais efeitos inflacionários, se a escalada sobre o real persistir.


… A investida de Trump para inflamar os ânimos e a decisão do Itamaraty de peitar a carta representam neste momento um revés para a onda de otimismo que projetava alívio do dólar com o carry trade favorável ao Brasil.


… Segundo o Valor, foi também posto à prova o argumento de que o País era menos exposto ao risco de tarifas americanas, que vinha sendo utilizado para justificar o bom desempenho dos ativos locais no primeiro semestre.


… Por essa, ninguém esperava ou, pelo menos, não se imaginava que Trump fosse incendiar a crise a este ponto (50%), extrapolando a guerra protecionista para o contexto que tem por trás seus interesses particulares.


… No DI, a curva acelerou os prêmios de risco na última hora de operação, especialmente no miolo e na ponta longa, enquanto os contratos curtos continuaram engessados pela perspectiva de Selic a 15% por bastante tempo.


… Mas caso Trump se prove inflexível e a tarifa de 50% vingue, o que não parece razoável, o conservadorismo assumido pelo Copom ainda será pouco para responder às pressões inflacionárias, que fugiriam ao controle.


… O susto estraga a percepção positiva com os ajustes em baixa que o mercado vinha fazendo nas expectativas de inflação e ofusca qualquer reação mais entusiasmada a uma eventual surpresa baixista com o IPCA de junho hoje.  


… No fechamento, o DI para Jan/26 marcou 14,930% (contra 14,923% no pregão anterior); Jan/27 subiu a 14,270% (de 14,175%); Jan/29, a 13,485% (de 13,304%); Jan/31 disparou a 13,640% (13,423%); e Jan/33, 13,710% (13,485%).


TOCANDO O TERROR – Em choque com a fúria de Trump, o Ibovespa futuro afundou 2,44%, aos 137.800 pontos. Em paralelo, os ADRs das empresas domésticas também precificaram a forte tensão no after hours em Nova York.


… O pior tombo foi da Embraer (-5,63%). A exposição da fabricante ao mercado americano preocupa investidores.


… No mais recente formulário 20-F, a companhia mencionou que uma tarifa ampla sobre as importações brasileiras para os EUA provavelmente causaria “disrupções em nossa cadeia de suprimentos e nas operações no País”.


… Pelos cálculos do UBS BB, a taxação teria impacto aproximado de US$ 70 milhões nos custos da fabricante de aeronaves e geraria redução de até 13% no lucro líquido projetado para 2026 a cada 10pp de alta nas tarifas.


… Com o petróleo como principal produto da pauta de exportação brasileira para os EUA, o ADR da Petrobras equivalente à ação ON caiu 1,16%, enquanto o PN perdeu 1,02%. Vale caiu 0,61%; Bradesco, -1,15%; e Itaú, -2,26%.


… Durante o pregão regular, o Ibovespa perdeu os 138 mil pontos, após o aviso em dois de Trump sobre as tarifas.


… O índice à vista da bolsa doméstica fechou em baixa de 1,31%, a 137.480,79 pontos, com bom volume de negócios, de R$ 22,5 bi, o que é mau sinal, indicando que muita gente entrou vendendo, apesar do feriado em SP.


… Dos 84 papéis da carteira teórica do Ibovespa, apenas oito encerraram o dia no campo positivo. Vale ON (-0,99%, a R$ 54,04) e Petrobras ON (-1,45%, a R$ 35,27) e PN (-0,64%, a R$ 32,32) foram atingidas pela fuga do risco.


… O mau humor com o Brasil na mira de Trump também não poupou os papéis dos grandes bancos: Itaú PN (-2,07%, a R$ 36,37); Bradesco PN (-1,15%, a R$ 16,36); BB ON (-2,50%, a R$ 21,45) e Santander Unit (-1,55%, a R$ 28,60).


… Entre os poucos destaques de alta, Braskem PNA disparou 6,02%, com a decisão da Câmara de aprovar a urgência para um projeto de lei que institui, a partir de 2027, o Programa de Incentivos à Indústria Química Brasileira (Presiq).


… Se aprovada, a iniciativa deve acrescentar cerca de US$ 450 milhões por ano ao Ebitda da companhia (Broadcast).


TUDO NUMA NICE – Enquanto isso, em Nova York, as bolsas ignoraram a guerra tarifária e operaram com foco na ata do Fed, que não comprometeu as apostas dos investidores em cortes de juros pelo Fed nos próximos meses.


… O documento revelou que a maioria dos dirigentes do BC americano considera apropriado afrouxar a política monetária neste ano e dois deles, de perfil mais dovish, recomendaram o início do ciclo de flexibilização já este mês.


… Para a maioria dos integrantes do Fed, a pressão ascendente sobre a inflação por meio das tarifas pode ser “temporária ou modesta”, o que aumentou de leve a chance de o juro cair em setembro (68,3%), segundo o CME.


… Foi mantida a aposta principal de uma redução acumulada de 50pb até o fim do ano, apesar da pressão de Trump por mais. No WSJ, Kevin Hassett lidera as chances de sucessão de Jerome Powell no comando do Fed.


… O atual diretor do conselho econômico nacional dos EUA se reuniu com Trump ao menos duas vezes em junho.


… Até o momento, as cartas enviadas nesta semana aumentam a tarifa média efetiva dos EUA para 20%, ainda abaixo da faixa de risco para uma recessão americana, de 25% a 28%, segundo cálculos da Oxford Economics.


… O Dow Jones subiu 0,49%, aos 44.458,30 pontos; o S&P 500 ganhou 0,61%, aos 6.263,27 pontos; e o Nasdaq avançou 0,94%, estabelecendo seu mais novo recorde, aos 20.611,34 pontos, turbinado pela Nvidia (+1,80%).


… A empresa se tornou a primeira na história a superar o valor de mercado de US$ 4 trilhões, diante do boom na demanda pelos chips de inteligência artificial, com a tecnologia se tornando prioridade para as gigantes high techs.


… A perspectiva reforçada pela ata de que um desaperto monetário pelo Fed não vai demorar tanto ajudou a interromper quatro altas seguidas dos juros dos Treasuries, que também reagiram a um fator técnico.


… Foi identificada forte demanda por investidores domésticos no leilão de Notes de 10 anos e a taxa desse título recuou a 4,338%, de 4,411% na véspera. Já o bônus de 2 anos pagou 3,856%, menos que no dia anterior (3,902%).


… Dia morno no câmbio, com estabilidade no índice DXY (-0,04%, a 97,555 pontos), no euro (-0,05%, a US$ 1,1717) e na libra esterlina (+0,04%, a US$ 1,3592), enquanto o iene foi negociado em alta contra o dólar, a 146,30/US$.


… Também o petróleo operou de lado ontem, dividido entre uma alta inesperada dos estoques americanos da commodity na semana passada (7,070 milhões de barris) e o aumento dos ataques a navios no Mar Vermelho.


… O contrato do Brent com vencimento em setembro teve alta marginal de 0,06%, a US$ 70,19 por barril.


EM TEMPO… AZUL decidiu reconsiderar seu plano de devolução de aeronaves anteriormente divulgado à corte de NY, na medida em que avança com negociações junto aos arrendadores (fontes do Valor)…


… Antes, o pedido era para devolver 20 aeronaves, número reduzido para 12; planos foram divulgados ontem, durante a chamada audiência de “Segundo Dia” do Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA) da empresa.


BANCO DO BRASIL. Conselho reelegeu 29 membros da diretoria executiva para o mandato 2025/2027…


… Eduardo Cesar Pasa e Lucinéia Possar não tiveram os seus mandatos renovados, em virtude do limite de reconduções consecutivas…


… Nos seus lugares, foram indicados Alexandre Bocchetti Nunes para o cargo de diretor jurídico e Pedro Henrique Duarte Oliveira para o cargo de diretor de contadoria.


POSITIVO anunciou Raymundo Peixoto para ocupar o cargo de presidente do conselho de administração. Junto dele, Rogério Rizzi chega para assumir a função de coordenador do comitê de estratégia e novos negócios…


… A presidência estava, até então, com Alexandre Dias, que passa a ser conselheiro independente.


KELLOGG. A italiana Ferrero, fabricante do bombom Ferrero Rocher e do creme de avelã Nutella, está perto de um acordo de aproximadamente US$ 3 bilhões para comprar a dona do Sucrilhos, Corn Flakes e Müsli, informa o WSJ.

Tarifa a 50%

 *FONTES: TARIFA DE 50% DOS EUA SOBRE PRODUTOS BRASILEIROS ASSUSTA GOVERNO; INVIABILIZA COMÉRCIO*


Por Isadora Duarte


 Brasília, 09/07/2025 - O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de imposição de tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil assustou o governo brasileiro quanto ao porcentual da sobretaxa. Como a Broadcast mostrou mais cedo, a ofensiva de Trump com a nova ameaça de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros não surpreendeu o governo brasileiro, mas a alíquota foi recebida com "susto" por integrantes que acompanham as tratativas com o governo americano. "Era esperada movimentação por parte do governo americano em 9 de julho, mas não se antevia a sobretaxa dessa magnitude", observou uma fonte à Broadcast.


 Em análise preliminar, autoridades do governo brasileiro afirmam que a sobretaxa de 50% vai "inviabilizar o comércio de alguns produtos" aos Estados Unidos. Trump anunciou que a sobretaxa sobre os produtos brasileiros valerá a partir de 1º de agosto. Trata-se da mais alta alíquota divulgada a partir de cartas enviadas pelo republicano aos países desde o início desta semana.


 Um dos interlocutores aposta em uma negociação com os Estados Unidos nos próximos vinte dias a fim de tentar reverter ou diminuir a alíquota adicional aplicada sobre os produtos brasileiros. "O governo vai avaliar o impacto e como agir. A argumentação é difícil porque o ataque de Trump não está baseado em déficit comercial, mas em achismo dele sobre o julgamento de Bolsonaro", observou a fonte em referência à carta do presidente americano.


 Entre os produtos que devem ter o comércio afetado, o governo antevê impactos imediatos para exportação de café, carne bovina e suco de laranja - entre os principais itens exportados aos Estados Unidos. "A alíquota de 50% vai dificultar a exportação destes produtos, mas terá um impacto inflacionário enorme na economia americana que importa carne para produção de hambúrguer e depende de café externo. É inflação na veia", argumentou a fonte.


 O Brasil vinha sendo deixado de lado por Trump na sua empreitada de diminuir déficits comerciais com parceiros, justamente porque a relação entre Brasil e Estados Unidos é superavitária aos Estados Unidos. A relação entre os países, contudo, ganhou novo contorno político com Trump e a embaixada americana saindo em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que há perseguição ao ex-presidente. O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, foi convocado pelo Itamaraty para prestar esclarecimentos, como mostrou a Broadcast mais cedo.


 As animosidades entre os países também cresceram com a ordem da justiça americana de intimar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em caso de empresas de Trump, com acusações de censura.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Tarifa a 50%

 📣 *Ativa Research*


*Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos do Brasil*


⚡Comentário Ativa - O presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros a partir de agosto, medida significativamente superior ao que vinha sendo precificado. Avaliamos que o anúncio deve pressionar ativos de renda variável no país e sobretudo, os expostos à exportação ao país. Além do efeito direto sobre o nível potencial de atividade econômica brasileira, o movimento adiciona um novo vetor de aversão a risco para ativos locais, ampliando a volatilidade e, possivelmente, alimentando a necessidade de revisões em fluxos de caixa e valuation para companhias com maior exposição ao mercado norte-americano.


*Fonte*: https://www.poder360.com.br/poder-internacional/trump-anuncia-tarifa-de-50-para-produtos-do-brasil/

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ceticismo pelo esgotamento sobre os impostos alfandegários. Ontem foi o segundo dia consecutivo de enfraquecimento em Nova Iorque, e provavelmente hoje será o terceiro, com elevação suave, mas continuada de umas yields das obrigações que nos parecem excessivamente baixas desde há algum tempo. Este estancamento das bolsas e progressiva correção de excessos nas obrigações parecem sensatos e é quase o melhor que poderia acontecer, mas nada garante que irá continuar e se converta numa tendência para este verão, porque a liquidez é imensa e pressiona, como comentámos muitas vezes. 


Hoje amanhecemos com uma acumulação de cartas de Trump/EUA dirigidas a um número indeterminado de países com a imposição de impostos alfandegários variados (até 60%/70%), assim como sobre setores (farmacêuticas até 200%) e matérias-primas (parece que o cobre irá sofrer com 50%, equiparando-se ao alumínio e aço). Mas o mercado, principalmente Wall St., já está curado de espanto e, por isso, os futuros americanos vêm a retroceder apenas de forma testemunhal (-0,1%) depois de terem aguentado ontem com um tom semelhante. Os futuros europeus até parecem que querem subir um pouco. Na realidade, uma parte dos novos impostos alfandegários é conhecida a esta hora apenas pelas declarações de Trump, não por documentos. O ceticismo por esgotamento (“nada é credível, mas, o que quer que seja, não parece bom, mas já o sabíamos”) permite que os retrocessos sejam milimétricos, enquanto dificulta as subidas. O catch-up de Wall St sobre as bolsas europeias continua a avançar: em julho +1,3% vs. +0,3%, portanto em 2025 já ambas as reavaliações, que parecem bastante generosas para uns lucros empresariais 2025e algo modestos (+3,1% UE vs. +8,5% EUA), se aproximam muito entre si: WS +6% vs. Europa +10%. 


A única referência relevante do dia é a publicação das atas da última reunião da Fed, mas é improvável que movem o mercado e serão publicadas já tarde para a Europa (19 h). Na França, o seu Primeiro-ministro cada vez mais impopular (Bayrou) continua a lutar contra o Orçamento 2026, porque precisa de cortar 40.000 M€ para que o seu Défice Fiscal não alcance 5% s/PIB (-4,6% estimado), mas o governo está em minoria numa coligação de partidos aos quais se vê obrigado a fazer contínuas concessões, portanto poderá entrar em crise e convocar eleições. Isto fez com que o prémio de risco francês seja de 71 p.b. (sobre o Bund alemão), superior ao espanhol (66 p.b.) e português (48 p.b.).


CONCLUSÃO: Sessão tíbia parecida à de ontem, cujo desenvolvimento poderá ser +/-0,2% nas bolsas. O ceticismo por esgotamento sobre os impostos alfandegários consegue que nada seja fiável, nem demasiado mau nem tampouco bom. Pode ser que as obrigações hoje estejam melhor compradas, mas como contrarreação inercial à ampliação das yields dos últimos dias. O yen continua a depreciar-se (172,2/€; 147/$) perante um acordo comercial como os EUA que parece bastante mau, e o USD detém temporariamente a sua depreciação (1,172/€) porque há um pouco mais de desorientação. Poderia dizer-se que o mercado está à espera de receber informação um pouco fiável em qualquer frente, enquanto se aproximam as semanas mais delicadas do ano devido à queda de atividade/volumes no verão. Se corrigir ca.-5%, por exemplo, dar-nos-á a oportunidade de comprar um pouco menos caro (semis, defesa, cibersegurança, bancos…).


S&P500 -0,1% Nq-100 +0,1% SOX +1,8% ES50 +0,6% IBEX +0,03% VIX 16,8% Bund 2,64% T-Note 4,41% Spread 2A-10A USA=+51pb B10A: ESP 3,29% PT 3,12% FRA 3,36% ITA 3,57% Euribor 12m 2,049% (fut.2,068%) USD 1,172 JPY 172,2 Ouro 3.291$ Brent 70,0$ WTI 68,1$ Bitcoin +0,6% (108.788$) Ether +3,1% (2.628$). 


FIM

terça-feira, 8 de julho de 2025

Sociedade das ideias mortas

 SOCIEDADE DAS IDEIAS MORTAS

JR GUZZO - REVISTA OESTE


Menos de 80 anos atrás, como lembra o artigo de capa de Adalberto Piotto na última edição de Oeste, o Brasil era um país ficha limpa na comunidade das nações. Mais que isso: era o exemplo do bom elemento, como dizia a polícia da época, um sujeito decente o necessário para presidir os trabalhos da sessão da ONU que criou o Estado de Israel. O tempo passa, o tempo voa, e o que acontece? Em vez de melhorar, como melhorou a maioria dos membros da ONU, o Brasil piorou tanto que virou um país-bandido.


Como poderia ser diferente? O presidente da República é um corrupto passivo e lavador de dinheiro condenado em três instâncias, e por nove juízes diferentes, na Justiça Penal brasileira. Nunca foi absolvido dos seus crimes; é o único presidente oficialmente ladrão entre os quase 200 chefes de Estado que há hoje no mundo. É o único semianalfabeto entre eles todos. O seu governo está morto e a sua política externa tem sido um crime serial. Somos hoje o aliado do terrorismo, do crime e das ditaduras mais sórdidas do planeta.


É duro, mas também é o que dizem os fatos. O Brasil que entrou para a história como um dos fundadores de Israel é hoje seu inimigo de morte — não por decisão dos brasileiros, mas por ter um governo antissemita e empenhado, como propõem as tiranias muçulmanas, no genocídio do povo judeu. Lula, a extrema esquerda e as classes culturais jogaram o Brasil na defesa da selvageria. Sai Oswaldo Aranha. Entram Celso Amorim e os seus anões, como essa nulidade que executa ordens no Itamaraty. Deu nisso.


Não sobrou, no fim dessa história, nem o filé Oswaldo Aranha — quem, em sã consciência, poderia imaginar um filé Celso Amorim? Não dá. O governo Lula e a gente que está nele não têm o nível mínimo que é preciso para criar nada; tem o ministro Sidônio e os seus bilhões, mas está em processo de morte cerebral, e quando fica assim nada resolve. O Brasil que poderia ter resultado do que fomos em 1947 não existe. Foi, de colapso em colapso e de naufrágio em naufrágio, roído por 40 anos de política em torno, em função e em reação permanente a Lula.


Não poderia ter dado em nada de diferente do que deu — quatro décadas seguidas, desde os anos 1980, de um câncer em metástase. Como na Itália fascista de Mussolini ou na Argentina de Perón, o Brasil vive há 40 anos de Lula, Lula e mais nada. Vive, agora, a pior fase desses 40 anos. Na frente de todo mundo, e sem nenhuma preocupação em disfarçar o que quer, Lula está enfim construindo o que sempre quis: uma ditadura no Brasil.


Se vai conseguir ou não é coisa que ainda não está resolvida, mas a tentativa nunca foi tão intensa como agora. É um golpe de Estado em fases. A primeira, com o STF no papel que normalmente é do Exército, foi tirar Lula da cadeia, sem julgamento algum, e entregar a ele a Presidência da República — “missão dada, missão cumprida”, disseram eles mesmos. A fase atual é a anulação do Congresso como Poder independente e a elevação do consórcio Lula-STF à posição de Poder Supremo.


Não é apenas um golpe de Estado, com a cumplicidade das Forças Armadas — ou com a sua escalação para o papel de pintar calçadas, o que dá na mesma. É o esforço para criar toda uma doutrina fascista no Brasil. Como diz a ministra Cármen, num grande outdoor do pensamento oficial, ter uma opinião pessoal é crime — coisa de “pequenos tiranos”, diz ela. Os deputados eleitos são “inimigos do povo”, prega o governo na internet. “Todos aqui admiramos o modelo da China”, diz o ministro Gilmar.


É a confirmação do apronto, como se dizia antigamente no turfe. Lula sempre disse essas coisas em público — e a cada vez que dizia o comentário era: “Ah, coitado, o Lula é só um idiota, deixa ele”. Mas o que Lula tinha na cabeça, o tempo todo, era a ditadura que hoje desfila na avenida. “Sempre soube que a gente não chegaria ao poder pelo voto”, disse ele. “Tenho orgulho de ser chamado de comunista”, informou. “A covid foi uma bênção de Deus”, para provar que o Estado tem de ser o ente supremo.


O resto do que Lula diz, desde os anos 1980, é mais do mesmo, e daí para pior. Não dá, agora, para dizer que ele mudou só porque está promovendo um golpe de Estado a favor de si próprio. Ele e a extrema esquerda brasileira sempre foram contra tudo aquilo que tem a ver com democracia: contra a liberdade de imprensa, contra o resultado de eleições quando o adversário ganha (“fora FHC”), contra as ideias de religião, pátria e família (“valores que combatemos a vida toda”) etc. etc. Por que seriam contra a sua própria ditadura?


Projetos de ditadura, não importa sob qual disfarce, raramente aparecem desacompanhados — andam de mãos (e coração) dadas com momentos de colapso cultural. É o caso, precisamente, do Brasil de Lula, do STF e da extrema esquerda. Acham-se civilizados. Não imaginam quanto são típicos. Nada poderia espelhar com tanta exatidão o Brasil primitivo, escuro, ignorante e inimigo da mudança quanto esse coro de intelectuais que aplaude às cegas os pajés do regime. São os caetés comendo o bispo Sardinha.


A intelectualidade brasileira terá a seu crédito, para sempre, o apoio intransigente que deu à censura — por sinal, junto com a mídia, uma das primeiras defensoras do linchamento da liberdade de expressão nas redes sociais. É devota do “sem anistia”, um grito de ódio tribal que nada tem a ver com o mundo das ideias. Acha normal que o STF condene a 14 anos de prisão uma cabeleireira que pintou com batom uma estátua em Brasília. É a favor do fechamento, na prática, do Congresso, por via do mesmo STF.


O intelectual brasileiro-padrão dos dias de hoje acha que Alexandre de Moraes é um Hércules da democracia e que Gilmar Mendes é um novo Rei Salomão. Acredita que Lula, um arquimilionário explícito, está à frente da “guerra contra os ricos” — e que sua mulher, que viaja sozinha num avião da FAB de 200 lugares, quer distribuir riqueza. Está convencido de que houve tentativa de golpe no 8 de janeiro; acha que o fato de não existirem provas disso é irrelevante. Tem certeza de que o Bolsa Família é um programa social.


A lista poderia ir adiante, por horas e horas, mas para quê? É óbvio que as classes cultas que dão apoio ao governo refletem um mundo em que a cultura morreu. Se não morreu, onde andaria a produção cultural do Brasil deste momento? Não existe. Um país que já teve Pixinguinha, Noel Rosa e Tom Jobim hoje tem funk. Onde havia Eugênio Gudin, Roberto Campos e Mário Henrique Simonsen há Armínio Fraga. Onde havia dança há ginástica. Onde havia vida cultural há Rede Globo. Em vez de escritores, há faculdades de letras.


O artista brasileiro do regime Lula-STF tem uma ideia fixa, e ela não tem nada a ver com livros, música ou peças de teatro: tem a ver, única e exclusivamente, com a “denúncia do racismo” na literatura, nas canções e no teatro. (Noel Rosa, por exemplo, já foi acusado de racismo por ter composto Feitiço da Vila.) Os nossos compositores não compõem há 30 anos. Nossos arquitetos produzem a paisagem urbana que está aí. Nossos artistas pintam muros. Há um rancor oculto (e semioficial) à arte clássica, tida como elitista, branca e excludente.


Quando ouve falar de “cultura”, o regime brasileiro, como Goebbels, tem vontade de sacar o revólver — ou pelo menos abrir um inquérito no STF. A universidade, sobretudo a pública, morreu como local de debate, ideias e indagação — na verdade, é onde mais se combate a circulação livre dos pensamentos neste país. É simples. Não há cultura onde é proibido falar; aí, em vez de universidade, o que se tem é a religião do Estado, como em Cuba, no Irã ou na Venezuela. O ensino superior, hoje, é um lugar de treva.


A democracia naufragou no Brasil. A cultura também. O resto é Lei Rouanet e bilhões em dinheiro público para comprar artistas sem obra e intelectuais sem intelecto.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ontem, elevação da yield das obrigações (preços em baixa), quase +5 p.b., em geral, em conjunto com o retrocesso na bolsa americana (-0,8%), não na europeia (ca.+1%), que continua por si só até que a situação se torne insustentável. Como o fluxo de fundos dos EUA para a UE está a esgotar-se, se já não se esgotou, esse momento está muito próximo. Não esqueçamos que nos aproximamos das datas mais delicadas do ano, quando a atividade e o volume caem entre finais de julho e a primeira quinzena de agosto. Convém estar prevenido. Caso seja oferecida a oportunidade, como em 2023 e 2024, recomendamos comprar na debilidade.


Novidades das últimas horas: 


(i) Impostos alfandegários de 25% ao Japão e Coreia, com um intervalo desde 25% para a Tunísia, Malásia e Cazaquistão; 30% para África do Sul, Bósnia e Herzegovina; 32% Indonésia; 35% Sérvia e Bangladesh; 36% Camboja e Tailândia; até 40$ a Laos e Myanmar… entre os países aos quais Trump enviou cartas a comunicar o que lhes “toca”. Confirma 10% a Índia, que é um dos melhores acordos, e isso reforça a nossa estimativa a respeito e apoia a nossa inclusão da Índia como única economia emergente em Comprar na nossa Estratégia de Investimento 3T 2025. Impostos alfadengários em vigor a partir de 1 de agosto. E afirma que se esses países aplicarem represálias sobre os EUA, então esse mesmo imposto de represália será somado ao já atribuído. 


(ii) Samsung faz uma espécie de profit warning sobre o 2T (Lucro Operacional 4,6Tr won vs. 6,2Tr won consenso vs. 10,4Tr won no 2T’24), culpando as restrições de vendas de chips a China, mas que, na realidade, mais provavelmente se deve a atrasos de produção de HBM (High-Bandwidth Memory) para clientes americanos. Mas o valor quase não caiu (-0,6%) porque anunciou ao mesmo tempo um plano de recompra de ações para a sua amortização por ca.1% da sua capitalização, e porque parece que se trata de um problema temporária de fornecimento.


(iii) Tesla -8% ontem depois de Musk anunciar que lançará o seu próprio partido político, embora não possa ser presidente caso ganhe, visto que não nasceu nos EUA. Musk conseguiu que os seus carros sejam vinculados a determinadas simpáticas ou antipatias políticas, algo que nenhuma empresa deveria fazer.


(iv) Mercedes: vendas 2T -9%, que pioram até -18% em EV (elétricos).


(v) Austrália repete taxa diretora em 3,85%, contra prognóstico (-25 p.b. esperado) porque o RBA afirma que a evolução da inflação é boa (+2,4% em maio, dentro do seu objetivo +2%/+3%).


CONCLUSÃO: Todo o anterior é tão interessante como neutro. Principalmente considerando que desde há muito tempo que recomendamos Vender no setor automóvel, que somos céticos particularmente em relação a Tesla e que Samsung não está nas nossas empresas de semicondutores recomendadas, sendo Nvidia o nosso número 1 em recomendação. É provável que a sessão de hoje nade entre duas águas, indefinida, com provável desenvolvimento +/-0,2%, por exemplo, em Nova Iorque. E as obrigações, que continuam a parecer-nos bastante caras, deverão elevar as suas yields em mais +2 p.b., por exemplo, em geral, embora mais as europeias. Será uma sessão em que será quase impossível identificar os seus movimentos prováveis, porque todos estarão em intervalos muito estreitos. Continuamos à espera do que acontecer a partir de agora até meados de agosto, caso surja a oportunidade de comprar na debilidade. 


S&P500 -0,8% Nq-100 -0,8% SOX -1,9% ES50 +1% IBEX +0,7% VIX 17,8% Bund 2,60% T-Note 4,39% Spread 2A-10A USA=+49pb B10A: ESP 3,26% PT 3,08% FRA 3,32% ITA 3,52% Euribor 12m 2,044% (fut.2,068%) USD 1,174 JPY 171,4 Ouro 3.335$ Brent 69,4$ WTI 67,7$ Bitcoin -0,9% (108.125$) Ether -0,8% (2.550$). 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Trump volta a escalar tensões comerciais*


Na agenda dos indicadores, o IBGE divulga hoje (9h) as vendas do varejo em maio


… A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados globais com a nova escalada das tensões comerciais, após Trump impor tarifas aos primeiros países que não negociaram acordos com os Estados Unidos, a começar pelo Japão (25%), avisando que, se houver retaliação, dobrará a aposta. As tarifas vigoram a partir de 1º de agosto, data definida como deadline para os demais parceiros. Nesta segunda-feira, 14 países receberam cartas com “ofertas finais”. Especulações de um acordo próximo com a União Europeia impulsionava o euro na abertura dos negócios. Trump também ameaça com uma taxa adicional de 10% aos governos que apoiarem as políticas “antiamericanas” dos Brics, o que pode atingir o Brasil, e ainda provocou criticando a “perseguição política” a Bolsonaro na sua rede social.


… Lula, que dava entrevista no encerramento da Cúpula do grupo no Rio, não entrou na pilha, dizendo que preferia não comentar o post. Mas não deixou de dizer que “esse País tem lei e que Trump deveria dar palpite na sua vida, e não na nossa”.


… No Globo, a atitude de Trump levou o bolsonarismo a apostar em sanções contra Alexandre Moraes (STF) “ainda nesta semana”. Já na Folha, Eduardo Bolsonaro disse que Trump “não joga palavras ao vento e que os próximos dias podem ter novidade”.


… A tarifa de 25% será aplicada sobre todos os produtos do Japão e da Coreia do Sul. Foram taxados ainda ontem: Laos e Mianmar (40%), Tailândia e Camboja (36%), Sérvia e Bangladesh (35%), Indonésia (32%), Bósnia (30%), Tunísia e Cazaquistão (25%) e Vietnã (20%).


… As tarifas para esses parceiros, especialmente para o Japão, poderão ser ajustadas, para cima ou para baixo, dependendo da abertura que o país der ao mercado americano. Para isso, as negociações deverão ser concluídas até o final do mês.


… Na cartas, o presidente adverte para barreiras tarifárias ou regulatórias que prejudicam os exportadores americanos, além de ameaçar contra retaliações: “se aumentarem as tarifas, o valor que escolherem será somado ao valor que cobramos”.


… O prazo para implementação das tarifas recíprocas foi estendido de 9 de julho para 1º de agosto em ordem executiva de Trump.


… Com relação à China, após o acordo preliminar sobre a questão das terras raras, a suspensão tarifária permanece em vigor até 12/8.


… A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse no briefing da tarde que o telefone de Trump “toca sem parar” com autoridades de diversos países “implorando” por um acordo. Bessent acredita que novos acordos serão anunciados nas próximas 48 horas.


… Especulações de que os Estados Unidos ofereceram um acordo à União Europeia que manteria a tarifa básica de 10% sobre os produtos do bloco, com algumas exceções a setores sensíveis, como aeronaves e bebidas alcoólicas, impulsionam o euro no fim do dia.


… Um acordo nesses termos permitiria às montadoras que produzem carros nos Estados Unidos importar mais carros da União Europeia com tarifas abaixo de 2%, removendo a taxa de 10% em vigor durante a trégua dos 90 dias.


AMEAÇA AOS BRICS – Trump acabou roubando a cena no último dia da Cúpula dos Brics, no Rio, após ameaçar na sua Truth Social com a tarifa adicional de 10% para “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do grupo; não haverá exceções”.


… No encontro, apesar de os países integrantes do bloco sinalizarem sérias preocupações com as medidas protecionistas e unilaterais de comércio, em referência à guerra tarifária dos Estados Unidos, todos tiveram o cuidado de não citar Trump nominalmente.


… Representantes dos governos da China, Rússia e África do Sul responderam à ameaça, mas todos pegaram leve.


… Em nota, os chineses disseram que Pequim “sempre se opôs a guerras tarifárias e comerciais, e ao uso de tarifas como ferramentas de coerção e pressão”, acrescentando que o Brics “não está contra nenhum país”.


… Também o Kremlin afirmou que o Brics apenas atua em torno dos seus próprios interesses, compartilhando uma “visão comum” de cooperação global, mas “não está, e nunca estará, direcionado contra países terceiros”.


… Já a África do Sul disse que o país ainda pretende negociar tarifas com Trump, esclareceu que não possui uma postura antiamericana e que as conversas sobre um acordo comercial com os Estados Unidos seguem “construtivas e frutíferas”.


… O Brasil, anfitrião da Cúpula, parece ter tido a reação mais assertiva, com Lula dizendo que não acha uma “coisa responsável e séria o presidente de um país como os Estados Unidos ficar ameaçando o mundo pela internet”.


… “Não queremos um imperador; países são soberanos. Se ele quer taxar, os países poderão taxar também pela reciprocidade. As pessoas têm que aprender que respeito é bom, que a gente gosta de dar e receber. Precisam entender o respeito da palavra soberania.”


… Também o embaixador Celso Amorim falou um tom acima, dizendo que as tarifas “têm de ser negociadas, não impostas”, obedecendo às regras da OMC. Depois, sugeriu que a ameaça poderia ser bravata: “Muitas advertências feitas por Trump não prosperaram.”


BRASIL NO ALVO – Um tema que deixa Trump furioso, a adoção de uma moeda alternativa em transações internacionais, foi tratado por Lula na Cúpula, quando disse que “o mundo precisa achar um jeito de fazer a relação comercial sem passar pelo dólar”.


… “Quando for com os Estados Unidos, ela passa pelo dólar, mas quando for com a Argentina, não precisa passar, quando for com a China, não precisa passar, quando for com a Índia, não precisa passar. Quando for com a Europa, discute-se em euro.”


… Lula ainda disse que “ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão”. “Em que fórum foi determinado isso?”


… Em entrevista ao Broadcast, o chefe de títulos soberanos da AL da Fitch Ratings, Todd Martinez, disse que o “Brasil é certamente um dos países dos Brics que pode ser atingido pela ameaça de Trump, por estar ideologicamente alinhado com o seu governo”.


NOBEL DA PAZ – Em visita a Washington para tratar de um cessar-fogo com o Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que escreveu ao Comitê Nobel da Paz para indicar Trump ao prêmio por ter acabado com o programa nuclear iraniano.


… Em coletiva antes de um jantar oferecido a Bibi na Casa Branca, Trump afirmou que o Hamas procurou um encontro e um acordo para o cessar-fogo entre Israel e a Faixa de Gaza, dizendo que as negociações “estão tendo um bom progresso”.


… Em relação à guerra na Ucrânia, Trump voltou a dizer que está “infeliz” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que os Estados Unidos enviarão mais armas para o governo de Zelensky, pois “eles têm o direito de se defender”.


MAIS AGENDA – O IBGE divulga hoje (9h) as vendas do varejo em maio, com a mediana das estimativas apontando para uma expansão de 0,20% no conceito restrito (pesquisa Broadcast), após ter registrado queda de 0,40% em abril.


… Na comparação com maio de 2024, porém, a mediana indica alta de 2,5%, desacelerando em relação a base anual em abril (4,8%).


… Economistas atribuem a reação na margem à distorção do ajuste sazonal da série, mas também aos dados antecedentes positivos para o mês, em especial, o segmento de produtos farmacêuticos, com um crescimento estimado de quase 3%.


… Já o varejo ampliado deve crescer 1%, após queda de 1,9% em abril, com venda de veículos e materiais de construção puxando a alta.


… Antes (8h), a FGV divulga a primeira quadrissemana de julho do IPC-S.


… Às 12h, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa de almoço da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo e do Instituto Unidos Brasil e, às 14h, o ministro Fernando Haddad deve participar de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.


NOVA EMISSÃO – Na Reuters, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o Brasil deve voltar ao mercado externo de dívida ainda este ano “depois das emissões bem-sucedidas” no primeiro semestre.


… Segundo Ceron, há possibilidade de emissão dos chamados bônus sustentáveis.


NA POLÍTICA – No Senado, Davi Alcolumbre pautou para hoje projeto para legalização dos cassinos no Brasil.


… Já o presidente da Câmara, Hugo Motta, destravou as emendas de comissão e distribui R$ 11 milhões extras por deputado, segundo a Folha apurou. Cada parlamentar poderá apadrinhar o valor adicional, além dos R$ 37 milhões das emendas individuais.


… Ainda na Folha, Lula decide não sancionar o projeto que aumentou o número de deputados de 513 para 531.


… Segundo a colunista Mônica Bergamo, o presidente ainda estuda se irá vetar ou deixar para promulgação do presidente do Congresso.


EÓLICAS OFFSHORE – Ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ao Roda Viva, ontem à noite, que o governo deve publicar nesta semana MP que será uma alternativa aos vetos do presidente ao marco legal das eólicas offshore, derrubados pelo Congresso.


… Segundo o ministro, o governo entende que os trechos vetados por Lula buscam impedir que as contas de luz fiquem mais caras, com o objetivo de proteger a classe baixa e a classe média dos impactos do marco legal da proposta.


VAMOS CONVERSAR – Sobre o impasse do IOF, Costa disse que o governo deverá reabrir nos próximos dias o diálogo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. “Eu acho que é plenamente possível repactuar a relação.”


… A audiência de conciliação entre governo e Congresso foi marcada por Alexandre de Moraes (STF) para o dia 15 de julho.


LÁ FORA – A agenda é mais fraca, com os resultados da balança comercial na Alemanha e França de madrugada e, nos Estados Unidos, expectativas de inflação do consumidor em junho (12h), crédito ao consumidor de maio (16h) e estoques de petróleo da API (17h30).


… No final da noite (22h30), saem os índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho na China.


OS CAPRICHOS DE TRUMP – A escalada protecionista de um contra todos e a extensão por três semanas do deadline para os parceiros comerciais negociarem acordos (prolongando a agonia) sacodiram o mundo.


… À medida que o presidente americano postava na rede social as cartas com as tarifas, os mercados pioravam.


… Aqui, o câmbio ampliou a pressão no pregão estendido, com o contrato do dólar futuro para agosto acelerando 1,22%, a R$ 5,5210, depois de já ter subido 0,98% nas negociações à vista, cotado a R$ 5,4778.


… Também as ameaças diretas de Trump aos Brics trouxeram cautela redobrada para o real, que na semana passada havia vivido uma onda importante de apreciação, conquistando espaços que não via há quase um ano.  


… Trump melou ontem a chance de continuidade do alívio do dólar, embora esta guerra tarifária seja tão cheia de reviravoltas, que não é impossível que o investidor absorva a tensão e volte a focar na Selic e no Fed.


… Sem efeito nos negócios ontem, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,301 bilhão na primeira semana de julho, com exportações de US$ 5,930 bilhões e importações de US$ 4,629 bilhões.


… No ano, o superávit acumulado é de US$ 31,393 bilhões. Semana passada, o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio cortou a projeção do saldo comercial de 2025 de US$ 70,2 bilhões para US$ 50,4 bilhões.


… Com o trator de Trump passando por cima do Japão, o iene derreteu a 146,96/US$. Também as moedas europeias se deram mal, enquanto o BCE alertava que as políticas comerciais elevam os riscos à estabilidade financeira.


… O euro caiu 0,51%, a US$ 1,1725, e a libra perdeu 0,27%, a US$ 1,3613, abrindo caminho de alta ao DXY (+0,30%; 97,48 pontos). Mas analistas do BBH dizem que a tendência de baixa do dólar permanece, que a reação foi pontual.


… Se já era improvável a chance de o Fed começar a cortar o juro ainda este mês, agora com o impulso tarifário exibido por Trump nas cartas à lista de países é que esta probabilidade se tornou ainda mais isolada (menos de 5%).


… Na ferramenta do CME, a chance de flexibilização em setembro caiu de leve (de 68,1% para 64,7%), mas ainda é forte. O Goldman Sachs, que só esperava a retomada dos cortes em dezembro, antecipou sua aposta para setembro.


… O banco ficou mais dovish depois que, recentemente, o PCE indicou repasse menor das tarifas sobre os preços.


SEM SAÍDA – A curva do DI não teve ontem para onde correr, com o dólar mais caro e os juros dos Treasuries também pressionados pela ofensiva de Trump, muito disposto a continuar levando a guerra comercial longe demais.


… Sob todo o estresse, a segunda deflação seguida do IGP-DI em junho (-1,80%) não aliviou nem os juros curtos, mas reportagem do Broadcast aponta que o indicador pode ser um bom prognóstico para o IPCA, que sai quinta-feira.


… Segundo a matéria, a pressão de baixa vinda dos IGPs, somada ao movimento de valorização cambial e aos efeitos da Selic a 15% (maior nível desde 2006), deve seguir contribuindo para novas surpresas de inflação mais moderada.


… O BC vai vencendo a batalha das expectativas do mercado: no Focus, a mediana das previsões para o IPCA do ano teve a sexta baixa consecutiva, de 5,20% para 5,18%. Há um mês, o consenso de analistas estava em 5,44%.


… Embora a inflação siga rodando 0,68 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%, é um alívio ver as projeções caindo toda semana. A dúvida é se a convicção do Copom de Selic estável por muito tempo será abalada.


… No fechamento, o DI para Jan/26 subia para 14,925% (contra 14,921% no ajuste anterior); Jan/27 avançava para 14,220% (de 14,174%); Jan/29, a 13,340% (de 13,226%); Jan/31, a 13,430% (13,300%); e Jan/33, 13,480% (13,358%).


… De olho no potencial impacto sobre a inflação da rodada de tarifas de Trump, as taxas dos Treasuries avançaram. O juro da Note-2 anos foi a 3,896%, de 3,883% antes do feriado de 4 de Julho, e o de 10 anos, a 4,386%, de 4,346%.


… Risk-off foi a palavra de ordem ontem nas bolsas globais. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,94%, aos 44.406,36 pontos; o S&P 500 perdeu 0,79%, aos 6.229,98 pontos; e o Nasdaq caiu 0,92%, aos 20.412,52 pontos.


… As ações da Tesla derreterem quase 7% com a novidade de Musk, agora com planos de lançar um novo partido político nos EUA, depois da ruptura com Trump por causa da forte oposição ao projeto de lei fiscal (Big Beautiful Bill).


… Investidores torciam para que Musk se mantivesse afastado da política, depois da passagem pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), e que ele se dedicasse integralmente à montadora de veículos elétricos.


ESTRAGA-PRAZER – Trump acabou ontem com a festa do Ibovespa, que vinha de dois pregões seguidos de recordes, mas caiu 1,26% e perdeu os 140 mil pontos, negociado no fechamento a 139.489,70 pontos, com giro de R$ 17 bi.


… O estrago foi generalizado e apenas 13 ações do índice à vista da bolsa doméstica escaparam de cair. Não foi o caso das blue chips das commodities. Alinhada à queda de 0,68% do minério, Vale ON recuou 1,47%, para R$ 54,39.


… Usiminas PNA (-1,79%), CSN Mineração (-1,72%) e CSN (-1,10%) também sentiram o baque das tarifas.


… Petrobras ON caiu 0,68% (R$ 34,91) e a PN recuou 0,19% (R$ 32,06), descoladas do petróleo, que subiu mesmo com o aumento da produção da Opep acima do esperado e a perspectiva de nova oferta extra para setembro.


… Na próxima reunião do cartel, no dia 3 de agosto, fontes da Reuters antecipam que pode ser aprovada uma elevação adicional de 550 mil barris por dia, contra os 548 mil barris por dia já acertados durante o final de semana.


… O contrato do petróleo Brent para setembro avançou 1,87% ontem, para US$ 69,58 na ICE londrina.


… Entre os bancos, ninguém se salvou ontem no Ibovespa. Itaú perdeu 1,33%, a R$ 37,23; Bradesco PN caiu 0,96%, a R$ 16,51; Bradesco ON recuou 1,17%, a R$ 14,24; Santander unit, -1,33%, a R$ 28,93; e BB ON, -1,65%, a R$ 22,06.


EM TEMPO… CARREFOUR anunciou a troca de comando da operação brasileira, que está em processo de deslistagem da bolsa, apurou o Brazil Journal…


… O atual CEO, Stéphane Maquaire, deixará o cargo na semana que vem, e será substituído pelo atual COO, o argentino Pablo Lorenzo, que será também o CEO da América Latina.


OI protocolou uma petição junto à Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York para rescindir o reconhecimento da recuperação judicial nos Estados Unidos e extinguir os processos de Chapter 15 em andamento…


… O Chapter 15 trata de casos de empresas internacionais com dificuldades de solvência.


HYPERA comunicou novo acordo de acionistas envolvendo João Alves de Queiroz Filho, fundador da companhia, Alvaro Stainfeld Link, a holding mexicana Maiorem e a Votorantim, que compõe o novo bloco de controle…


… Acordo regula o exercício de direitos políticos e patrimoniais desses acionistas e estabelece que o novo bloco de controle passa a deter 53% do capital social da Hypera.


KLABIN realizou a liquidação antecipada parcial de contrato de empréstimo sindicalizado, no valor de US$ 150 milhões; prazo para a quitação do débito estava previsto para se encerrar em 2028.

Fabio Alves