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MACRO MERCADOS DIÁRIO 02/03/21

Terça-feira, 02/03/2021   Overview   Nos mercados de NY alguma calmaria se estabelece, por aqui dia de forte ajuste nos mercados, depois de mais uma decisão intempestiva do governo, zerando impostos para o diesel dos caminhoneiros, mas elevando a CSLL para bancos e outras instituições. Deve ocorrer uma forte inclinação na curta de juro,   o câmbio negociado em torno de R$ 5,60 e a bolsa sofrendo com os bancos e empresas químicas.   Medidas. Isso porque sai hoje no Diário Oficial da União o anuncio de uma taxação para a CSLL dos bancos, de 20% para 25%, e das corretoras, seguradoras e cooperativa de crédito, de 15% para 20%. Esta nova tributação passa a valer a partir de 20 de julho e vai até o final do ano. Termina também o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) e acaba a isenção de IPI para a compra de carros de deficientes. Governo indica impacto de R$ 3,67 bilhões neste ano. Na isenção do diesel dos caminhoneiros prazo é de dois meses, março e ab...

MACRO MERCADOS 01/03/21

MACRO MERCADOS Segunda-feira, 01/03/2021   Overview     Iniciamos o terceiro mês de 2021 , completando um ano de epidemia pelo mundo, com a economia norte-americana “super-estimulada” pelo mega pacote fiscal de Joe Biden, ameaçando no front inflacionário e no   “estouro de bolhas”, numa forte correção dos mercados de ativos, o que deve se disseminar pelo mundo, com destaque para os emergentes, sendo o Brasil um dos mais fragilizados. Nos EUA, os Treasuries , em especial, de 10 anos , operavam na semana passada “esticados”, acima de 1,5% ao ano, e o dólar se valorizava forte. São dois importantes indicativos.      No Brasil , a PEC Emergencial deve ser votada nesta semana, com o Congresso aceitando a manutenção dos gatilhos para manter os gastos mínimos com Saúde e Educação. Na proposta o auxílio só será acionado, mediante o congelamento de salários por dois anos, se as despesas obrigatórias passarem de 95% do total. Sobre a PEC, o montant...

AGENDA DO GOVERNO: VAI MONITORANDO...

  Câmara dos Deputados Curto prazo PLP 19/2019  – Autonomia do Banco Central PL 4476/2020  - Lei do Gás (Marco regulatório do gás) PL 3877/2020  - Depósitos voluntários (autoriza o acolhimento de depósitos voluntários de instituições financeiras pelo Banco Centra) PL 6726/2016  - Teto Remuneratório (define quais pagamentos serão submetidos ao teto do funcionalismo) PL 3515/2015  – Superendividamento (lei para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento) Retomada dos Investimentos PEC 45/2019  - Reforma Tributária PL 2646/20  - Debêntures (cria um novo instrumento financeiro, chamado de debêntures de infraestrutura, para financiar projetos nas áreas de infraestrutura) PL 5877/2019  - Privatização da Eletrobras PL 5387/2019  – Marco legal do mercado de câmbio PL 191/2020  - Mineração em terras indígenas Costumes PL 6438/2019  - Posse de armas de fogo PL 6125/20...

NOTAS LUSITANAS: BIRUTA DOIDA

Foi uma semana intensa, talvez a mais conturbada em muitos meses, embora isso seja difícil afirmar, tendo Jair Bolsonaro sentado na cadeira do Planalto em Brasília. É todo dia a arrumar confusão, gerar polêmicas, colocar "bodes na sala".  Na virada da semana passada ainda veio mais truculento, realizando uma intervenção totalmente desastrada e amalucada na Petrobras, anunciando a saída do presidente da estatal, Castello Branco. Em paralelo, um deputado bolsonarista, Daniel Silveira, ingressou numa espiral de cassação, de perda de mandato, mantido preso, por decisão do STF e do Congresso. Junto a isso, a pandemia continua a causar estragos no País, muito longe de uma solução, com mortes diárias em média, próximas a 1,3 mil. Para piorar, começam a faltar doses de vacina no País, tal a política de baixa qualidade do ministério de Saúde do ministro general Pazuello. Aliás, isso ainda se torna mais chocante. O foco total dos governantes deveria estar voltado para a solução desta c...

MACRO MERCADOS 22/02/21

MACRO MERCADOS Segunda-feira, 22/02/2021   Overview      As sinalizações são muito ruins para o mercado nesta segunda-feira (dia 22). A intervenção do governo Bolsonaro na Petrobras, substituindo um homem do ministro Guedes (Castello Branco), por mais um general, desta vez egresso da Itaipu Binacional (General Joaquim Silva e Luna) e a ameaça de “meter o dedo na energia elétrica” são fatores mais do que suficientes para termos uma semana bem tumultuada. No mercado de ações o movimento é de selloff (vendas fortes). Uma virada acontece na linha de conduta do governo: perde espaço o liberalismo de Paulo Guedes, ganha espaço o velho intervencionismo nacional desenvolvimentista dos militares. Sendo assim, crescem os rumores sobre a saída de Paulo Guedes, um liberal democrata, o ingresso de um ministro ainda mais subserviente ao presidente, além do desmembramento do seu ministério e a saída do presidente do BB, “remanejamentos” de ministérios do Exterior (Ernesto...

O EXEMPLO DE BOTSWANNA, de Alexandre Pieritz

 Como o segundo país mais pobre do mundo ficou mais rico que o Brasil? ⠀ Quando conseguiu sua independência, em 1966, Botsuana era o segundo país mais pobre do mundo. Apesar de ter a extensão territorial da Espanha, o país possuía apenas 12km de estradas pavimentadas, não havia hospitais e universidades e a maior parte da população era analfabeta. No país inteiro, havia apenas 20 pessoas com ensino superior e 100 com ensino médio. ⠀ De lá pra cá, muita coisa mudou: Botsuana foi o segundo país que mais cresceu no mundo. Entre 1966 e 2019, a renda per capita do país cresceu 5,3% ao ano, em média. Um desenvolvimento nessa velocidade permite que um povo dobre seu padrão de vida a cada 13 anos, fazendo com que Botsuana ultrapassasse o Brasil em nível de renda na última década. ⠀ Botsuana é um dos exemplos mais impressionantes de transformações econômicas da era moderna. O primeiro presidente do país, Seretse Khama, teve grande importância nessa história. Negro e casado com uma mulher br...

NOTAS LUSITANAS: O QUE NOS ESPERA

*  Passada a eleição dos presidentes do Congresso , vamos sobrevivendo nesta montanha russa descontrolada de emoções, que se tornou o Brasil. Ora é o presidente a provocar "marolas", ora a mídia, sedenta de sangue, na tese do "quanto pior, melhor". Não tem jeito. Será nesta "disputa" que o País  transitará até 2022. Se é que sobrará algo. A eleição, aliás, parece que já começou. Bolsonaro segue no seu ritmo, gerando fatos, "fale mal, mas fale de mim", mas correndo o risco de inviabilizar seu governo no restante do mandato que lhe resta ou sua reeleição.  * Sobre a tomada de poder dos políticos do Centrão , tanto por Rodrigo Pacheco (MDB) no Senado, como Artur Lira (PP) na Câmara, se serve de consolo, logo em seguida o governo Bolsonaro enviou uma pauta de reformas, ao ver, bem razoável, colocando as reformas como prioridades, como a Administrativa e a Tributária, sem esquecer de tantas outras, como os marcos regulatórios do gás e da cabotagem, e ...