sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Fabio Giambiagi, o melhor economista portenho carioca da América do Sul

 



Papo de um Economista de Mercado 47

Não poderia deixar de divulgar mais uma publicação do "nosso" economista "hermano" carioca, Fábio Giambiagi. "A vinganca de Tocqueville", em q ele tenta explicar porque estamos tão atolados na nossa ignorância de governança.

Com os participantes e amigo q trabalharam com ele. Não darei o nome por auto-preservação.

1. "Fabio foi meu Chefe de Departamento e Superintendente de Planejamento no BNDES. Foi Promovido a Superintendente de Planejamento com a chegada de Maria Silvia a Presidência do BNDES, substituindo Luciano Coutinho, responsável pelos sete anos mais desastrosos da história do banco, quando quase todos os projetos denunciados pela Lava Jato foram aprovados."

2. "A amizade com Fabio me deu a oportunidade de discutirmos, dentro e fora do Banco, não só os temas políticos e econômicos conjunturais como os estruturais. Foram 14 anos de convivência próxima com um dos mais brilhantes economistas que conheci, pessoalmente e, certamente, o mais prolífico."

3. "Neste livro, duas características do Fabio surgem: sua objetividade na crítica e sua ojeriza à líderes populistas e ignorantes."

4. "Vou aproveitar para falar desta segunda."

5. "Giambiagi, como muitos outros analistas (com aspas ou sem aspas) da cena econômica e política brasileira, tem verdadeira repulsa à figura e às “ideias” de Bolsonaro."

4. "O ex-Presidente é visto como alguém que representa o oposto de tudo que a geração, que se opôs a ditadura militar, lutou, seja pelas liberdades democráticas, seja por avanços nos costumes, nas décadas de 60, 70 e 80 do século passado."

5. "A admiração de Bolsonaro pelos presidentes da ditadura já o predispunha a forte antipatia dos liberais democratas como Fábio, que sofreu as agruras de duas ditaduras: na Argentina, onde cresceu e teve familiares cassados e desaparecidos e no Brasil, já na juventude, onde se graduou."

6. "Num trecho do livro, vejo q o amigo despreza o bom trabalho de Paulo Guedes nas reformas modernizantes da gestão do governo federal, especialmente, depois do desastre petista, na gestão das contas públicas, descontado o populismo fiscal de Bolsonaro em busca da reeleição ao final do seu mandato."

7. "Nós pudemos, no entanto, constatar uma mudança radical, depois do longo e tenebroso inverno petista, na qualidade das nomeações, de Paulo Guedes, dos executivos para estatais e fundos de pensão, e o BNDES."

8. "Essa mudança na governança federal, iniciada com Temer, aprofundou-se no governo Bolsonaro a partir das indicações de PG, apesar da forte resistência ideológica e corporativista, incrustada na máquina pública, o BNDES, depois de décadas de aparelhamento petista."

9. "À pergunta de Fábio apresentada no livro, “Como foi que o Brasil caiu tão baixo?”, eu responderia que como, seres humanos, Lula, Dilma e Bolsonaro meio que se “equivalem”, porém, seus governos se diferenciam. O Lula I, Temer e o Bolsonaro foram, na gestão econômica, superiores aos demais desse século."

Stephen Kanitz

 O Grande Erro Da Esquerda Brasileira 


O Brasil nunca foi um país capitalista de verdade. Portanto, é um equívoco tentar “destruir o capitalismo” aqui , simplesmente porque ele ainda não existe plenamente.


Capitalismo é, antes de tudo, uma forma descentralizada de cooperação humana. 


O capitalista antecipa os recursos necessários para que a empresa funcione, garantindo segurança a funcionários, fornecedores e clientes de que haverá dinheiro para honrar compromissos.


No socialismo são os próprios clientes que antecipam via impostos, como na antiga Telebras.


Por isso, é dogma do capitalismo que toda empresa tenha, desde a sua fundação, o capital mínimo necessário para operar.


No Brasil, esse conceito nunca se enraizou.


 • Empreendedores não sabem calcular o capital mínimo necessário.


 • Cursos de administração,  onde esse princípio é ensinado, foram proibidos por mais de 40 anos, a partir de 1946.


 • Resultado: quatro em cada cinco empresas fecham nos primeiros cinco anos, atrasam salários, dão calotes, sonegam e se endividam.


Só no Brasil um caso como o da Lojas Americanas ocorre: uma gigante que nunca teve o capital adiantado pelos sócios, sobrevivendo apenas de prazos estendidos por fornecedores.


A esquerda tem razão ao rejeitar esse modelo , mas erra ao confundir isso com “capitalismo”.


Esse era o capitalismo da época de Karl Marx: empresários sem capital, explorando trabalhadores e fornecedores até conseguirem acumular recursos. 


Marx diagnosticou esse estágio inicial, e errou ao generalizá-lo como essência do sistema.


Nossa esquerda brasileira ainda hoje repete esse equívoco. 


Não compreende nem mesmo por que chamamos “capital social” e, pior, combate exatamente o que mais precisamos: acumular capital social das empresas.


Na primeira edição do ranking das 500 Maiores Empresas (1974), constatei que 55% das nossas maiores companhias não possuíam capital suficiente para operar, muito menos para crescer. Meio século depois, a situação piorou.


Essa realidade nunca chegou à FIESP, à Associação Comercial ou ao Ministério da Fazenda. Por isso o país continua estagnado.


O que deveríamos ter feito há 50 anos


 • Nunca exigir antecipação de impostos sobre receitas que só seriam recebidas meses depois.


 • Nunca tributar lucros reinvestidos nas empresas.


 • Nunca tributar dividendos que fossem reaplicados em novos negócios.


 • Nunca sobretaxar reservas financeiras mantidas pelas empresas , hoje, mais oneradas do que na pessoa física, forçando descapitalização.


O erro da esquerda brasileira é lutar contra um capitalismo que nunca existiu aqui. 


Enquanto isso, continuamos presos a um sistema de empresas descapitalizadas, frágeis e incapazes de crescer.


Se quisermos mudar o futuro, precisamos fazer exatamente o oposto: fortalecer o capital das empresas, especialmente as de capital democrático, em vez de destruí-lo.

Pesquisas pipocando

 *RELATÓRIO UBS/BB: AVALIAÇÃO POSITIVA DE LULA É INSUFICIENTE PARA SUGERIR Vitória dele  2026*


Por Geovani Bucci


São Paulo, 29/08/2025 - O agregador de pesquisas de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizado pelo banco UBS BB aponta que a aprovação - somando as avaliações de “ótimo” e “bom” do mandatário - está em 29,7% (30%). De acordo com o estudo, qualquer candidato com porcentual abaixo de 40% não foi reeleito nem conseguiu eleger um sucessor, portanto, o índice do petista é insuficiente para sugerir sua vitória em 2026.


O relatório agregou os resultados das pesquisas Quaest, Paraná Pesquisas e Datafolha, além de outros levantamentos incluídos na base do banco. O UBS BB destacou que houve uma segunda alta no indicador, de 28% para 30%, puxada pelas sondagens mais recentes da Quaest e do Paraná.


Ainda assim, a taxa segue distante dos patamares registrados antes de novembro de 2024, quando rondava 35%, e dos primeiros meses do atual mandato, quando alcançava 40%.


Segundo o documento, a imposição da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras anunciada pelo presidente dos Estados, Unidos Donald Trump, em 9 de julho gerou um leve impulso (cerca de 3 pontos porcentuais) na avaliação de Lula, mas não suficiente para reverter a tendência de queda observada desde novembro de 2024.


O UBS ressalta que a economia está com desempenho bom, embora não excelente, a inflação está desacelerando e o desemprego está no menor nível. A análise também salienta que, na última pesquisa Quaest, a violência urbana apareceu como a principal preocupação dos eleitores, fator que pode ajudar a explicar a perda de popularidade no primeiro semestre de 2025.


FALCÃO NOTÍCIAS

Raeg com Galipolo e Padilha

 *Gestora alvo da Carbono Oculto teve encontros com Galípolo e Padilha*


Reuniões com Reag Investimentos constam nas agendas oficiais do presidente do BC e do então ministro da SRI, atual titular da Saúde


PODER360


29.ago.2025 (sexta-feira) - 11h00

atualizado: 29.ago.2025 (sexta-feira) - 12h23


Reag Investimentos diz que “recebeu com surpresa as divulgações que a envolvem em supostas irregularidades no âmbito da Operação Carbono Oculto” e que “refuta veementemente qualquer atuação em estruturas de natureza ilegal”


Representantes de uma empresa do setor financeiro que foi alvo da Operação Carbono Oculto, da PF (Polícia Federal), na 5ª feira (28.ago.2025), tiveram reuniões com Gabriel Galípolo, presidente do BC (Banco Central), e com Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde, quando ele era secretário de Relações Institucionais do governo.


A Reag Investimentos, citada na investigação da PF, é listada na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).


Consta na agenda de Galípolo em 12 de agosto, das 16h30 às 17h30, audiência com João Carlos Falpo Mansur, fundador e presidente do Conselho de Administração da Reag Investimentos, na sede do BC. Também participou da reunião o chefe de gabinete de Galípolo, Julio Cesar Costa Pinto. Segundo a agenda, o encontro, fechado para a imprensa, teve como objetivo “tratar de assuntos institucionais”.


O portal Metrópoles, que adiantou a informação confirmada pelo Poder360, disse que Mansur é, segundo a PF, o responsável por administrar fundos de investimento usados pela refinaria Copape para lavar dinheiro.


Conforme a ferramenta “Agenda Transparente”, da ONG Fiquem Sabendo, houve, desde 2023, encontros de funcionários e sócios da Reag Investimentos com representantes de órgãos do governo federal, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o Ministério dos Transportes e a SRI (Secretaria de Relações Institucionais).


A última delas, realizada em 14 de novembro de 2024, teve a presença do atual ministro da Saúde Alexandre Padilha, que, na ocasião, era ministro da SRI.


A “reunião com o presidente da Associação de Mineração da China” teve a presença de Zeng Zhirong, presidente da associação; Yuan Lie, presidente do Grupo Sinolac, assim como Manoel Damasceno e Lina Xu, sócios da Reag Investimentos. Richard Back, chefe de gabinete de Padilha, e Francisco Denes Pereira, assessor da SRI, também estiveram no Palácio do Planalto. O encontro consta na agenda do então ministro.


A Reag Investimentos se apresenta como “a maior gestora independente do Brasil, com R$ 340 bilhões sob gestão” e como a “1ª empresa de Wealth Management listada na B3”.


OPERAÇÕES DA PF


A PF realizou prisões, mandados de busca e apreensão na 5ª feira (28.ago) durante as operações contra lavagem de dinheiro no setor de combustíveis que envolveram fintechs, fundos de investimento e até terminal portuário.


A operação Carbono Oculto identificou que os criminosos se apropriaram da importação, da produção, da distribuição e da comercialização do mercado de combustíveis.


Esse esquema era amparado por uma regulamentação mais flexível das fintechs. As movimentações financeiras eram feitas por meio de uma empresa de tecnologia do setor financeiro que atuava como um “banco paralelo” para organizações criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital).


Entre os alvos da operação, estão empresas do setor financeiro, como a Reag Investimentos e a empresa de pagamentos BK Bank.


OUTRO LADO


Em “nota de esclarecimento”, a Reag Investimentos diz que “recebeu com surpresa as divulgações que a envolvem em supostas irregularidades no âmbito da Operação Carbono Oculto” e que “refuta veementemente qualquer atuação em estruturas de natureza ilegal”.


A empresa acrescentou que “atua em linha com as normas vigentes no mercado financeiro e de capitais” e que “há diversos Fundos de Investimento mencionados na Operação que nunca estiveram sob sua administração ou gestão”.


A empresa acrescenta que, em relação aos fundos de investimentos, “manteve prestação de serviços, sua atuação sempre foi diligente e proba, e os Fundos foram, há meses, objeto de renúncia ou liquidação”.


Em fato relevante ao mercado, a Reag destacou que os mandados de busca e apreensão dos quais foram alvo se refere a “procedimento investigativo em curso” e que as empresas citadas “esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais”.


Já o Banco Central informou, por meio de sua assessoria, que faz reuniões com “diferentes segmentos da sociedade” e que tais encontros “abordam temas técnicos” ou “questões protegidas por sigilo empresarial”, motivo pelo qual os conteúdos “não são detalhados nas agendas públicas”.


Eis a íntegra da nota:


“O Banco Central do Brasil realiza reuniões com diferentes segmentos da sociedade, conforme suas atribuições legais e operacionais no âmbito da regulação e supervisão do sistema financeiro. Tais encontros frequentemente abordam temas técnicos, como supervisão, ou questões protegidas por sigilo empresarial, razão pela qual os conteúdos específicos não são detalhados nas agendas públicas. A reunião, como consta da agenda publicada no site do Banco Central, foi realizada no Banco Central de São Paulo”.


O Poder360 entrou em contato, por e-mail, com as assessorias de imprensa do Ministério da Saúde e da SRI para perguntar se o ministro Alexandre Padilha gostaria de se manifestar a respeito da reunião realizada em novembro de 2024.


Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.


Em relação a Padilha, o ministro enviou uma nota ao site Metrópoles que a reunião tinha como objetivo ser um encontro preparatório para a vinda do presidente da China, Xi Jinping (PCCh), ao Brasil no fim de 2024.


“A reunião com a Associação de Mineração da China, devidamente registrada no e-Agendas, integra uma série de encontros do governo federal com instituições chinesas no marco da vinda do presidente Xi Jiping ao Brasil em novembro de 2024”, disse, segundo o Metrópoles.


https://www.poder360.com.br/poder-governo/gestora-alvo-da-carbono-oculto-teve-encontros-com-galipolo-e-padilha/

Conrado Hübner

 "Pela anistia, outra anistia

Conrado Hübner Mendes

Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC

Luiz Fux, Flávio Dino e Alexandre de Moraes mantiveram condenação de duas mulheres por furto de R$ 14 e de pedaço de carne. André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli negaram liberdade a homem que furtou produtos no valor de R$ 62. Dois exemplos recentes da rejeição do princípio da insignificância em ações de habeas corpus no STF. Crime sem violência, sem ameaça, sem prejuízo relevante. Só pobreza.


Há distinção de classes dentro da legalidade. Mesmo não escrita na letra da lei, aparece nas práticas institucionais. Nas entreletras da lei, o Estado de Direito discrimina. Dá tratamento diverso e desvantajoso ao pobre.


A sociedade brasileira se comprometeu, por meio da Constituição de 1988, a reduzir desigualdades, erradicar pobreza e combater causas da pobreza. Mas nossa poderosa vulgata sobre riqueza e pobreza faz inferências moralmente cruéis e empiricamente ignorantes sobre o indivíduo rico e pobre, sobre as qualidades de caráter que explicam riqueza, os defeitos que justificam pobreza. Bloqueou a promessa.


Pobre tem vício, rico tem virtude. Pobre é dotado de preguiça, burrice e inveja. E doença. E falta de tempo. E falta de saúde e educação. E vício da má alimentação. E culpa pela insegurança alimentar. Padece de dependência do Estado, de "vício em Bolsa Família". E da mania de engravidar. Pobreza é demérito na "loteria do nascimento" (vale ler livro de Michael França e Filipi Nascimento).


Ricos somos dotados de fibra e esforço, propósito e inteligência. E berço. E herança. E boa escola. E escrivaninha. E tempo livre. E sono. E alimentação saudável. E rede social não virtual. Geramos emprego, fazemos a economia crescer. Riqueza é mérito individual.


Esses vícios e virtudes presumidos geram efeitos jurídicos. Ricos recebemos subsídio, incentivo e isenção. Perdão, anistia e desoneração. E supersalário. Gozamos da simpatia judicial e policial. Gozamos da presunção de legalidade. De segurança no espaço privado.


Podemos pagar advocacia da litigância de má-fé, das nulidades e dos recursos criativos ("quem tem sai na frente", mostrou o sociólogo Marc Galanter). "Ser rico não é pecado", confessou João Camargo, "mas não dá direito à moleza", respondeu Armínio Fraga.


Pobre paga mais imposto e leva pejotizaçāo. Sofre abordagem policial com cacetete e tiro. Sofre antipatia judicial e policial, violência e segregação no espaço público. Sofre presunção de ilegalidade. Não tem lobby político nem advocatício. No conflito distributivo, corte de gastos costuma empobrecer o pobre. Ricos tendemos a ter "déficit de compaixão", diz a psicologia.


Quase ninguém assume autoria desse algoritmo da cultura nacional. Soa caricato demais, imoral demais. Esse senso comum compilado sintetiza um código da discriminação, e segue influenciando nossos reflexos verbais, políticos e jurídicos. Causa não só derrotas distributivas como desequilíbrios punitivos.


O regime jurídico não escrito da pobreza, em especial o regime penal e prisional da pobreza, ilumina a depravada contradição dos recentes atos por anistia da delinquência política serial.


Existe virtude no perdão, a depender de quem se perdoa, por quais razões. O mesmo país que dá anistias formais e informais a criminosos públicos, pela via legislativa, judicial e por obstrução monocrática do STF, não perdoa o crime de pobreza."

Lei da Reciprocidade

 🇧🇷/🇺🇸 *Hugo Queiroz: Reciprocidade pode abalar economia e colocar Bolsa em correção*


A possível decisão do governo brasileiro de adotar a Lei de Reciprocidade contra os Estados Unidos deve impactar fortemente o mercado nesta sexta-feira, em razão dos eventuais efeitos futuros sobre a economia na medida em que os EUA é o maior investidor no País, na opinião do sócio da L4 Capital, Hugo Queiroz.


Conforme noticiou o Estadão/Broadcast, o presidente Lula autorizou o Itamaraty a acionar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para iniciar consultas com vistas à aplicação da lei, como resposta ao tarifaço de 50% que atinge setores e produtos brasileiros.


"A gente pode ver uma desaceleração abrupta da economia. Para o Brasil, é a maior bobagem do mundo adotar reciprocidade. Em termos de balança comercial não impactaria nada. E iria estremecer as relações comerciais entre os dois países, que já não vinham bem, e mexer com 20% do PIB", afirmou Queiroz, lembrando que o investimento direto dos EUA no Brasil soma U$ 300 bilhões.


Para ele, a notícia deve deixar a Bolsa, que vinha de duas fortes altas, em correção. Ao mesmo tempo, o mercado de câmbio deve ficar estressado, com uma desvalorização adicional do real e possível resposta negativa dos juros, em razão dos potenciais efeitos sobre o PIB.


"Em suma, a notícia é bem negativa em termos de economia real, de mercado financeiro e de capitais", finaliza.


https://tinyurl.com/yrhzo5c9

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado. 


Sexta Feira, 29 de Agosto de 2.025. 


*Brasil entra com reciprocidade contra os EUA*


Na agenda dos inidcadores, após a inflação do 2Tri nos Estados Unidos desacelerar de 3,7% para 2% (taxa anualizada), sai hoje o PCE de julho


… Após a inflação do 2Tri nos Estados Unidos desacelerar de 3,7% para 2% (taxa anualizada), sai hoje o PCE de julho, que pode ampliar as apostas no corte do juro em setembro, já acima de 80%. O PIB forte do período (+3,3%) contribuiu para reforçar essa expectativa. Aqui, sai mais um déficit do setor público. No último dia útil de agosto, o câmbio tem Ptax e o governo pode enviar o PLOA 2026 ao Congresso. Mas o que vai pegar hoje é a decisão do presidente Lula de usar a Lei de Reciprocidade contra os Estados Unidos. A notícia estourou ontem à noite surpreendendo muita gente. As próximas horas serão decisivas para medir seu impacto, assim que Trump ficar sabendo.


FECHOU O TEMPO – Lula autorizou o Itamaraty e o Itamaraty já acionou a Camex para iniciar consultas, investigações e medidas com vistas à aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra o tarifaço de 50% aos produtos brasileiros.


… Tão logo a Camex acuse o recebimento do pedido, o Itamaraty comunicará a decisão oficialmente ao governo Trump, o que pode ocorrer em dias, ou até horas, às vésperas do início do julgamento do ex-presidente Bolsonaro no STF (dia 2, terça-feira).


… A Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso com amplo apoio, prevê represálias nas áreas de tarifas, serviços e propriedade intelectual.


… O governo brasileiro vinha negando sistematicamente a intenção de usar a Lei da Reciprocidade, inclusive em contatos com setores privados, mas decidiu que só abrindo essa frente haverá alguma chance de início de diálogo e negociação com os Estados Unidos.


… No Estadão, a jornalista Eliane Cantanhêde diz que a expectativa do Planalto é de que Trump finalmente abra espaço para conversas e um acordo, mas a decisão de Lula é clara: se isso não ocorrer, o Brasil irá até o fim, até a efetiva aplicação da Lei da Reciprocidade.


… A decisão do governo brasileiro deve impactar fortemente o mercado nesta sexta-feira, colocar a bolsa em correção e estressar o câmbio e os juros, na opinião do sócio da L4 Capital, Hugo Queiroz. “Para o Brasil, é a maior bobagem do mundo adotar reciprocidade.”


… Também Felipe Sant’Anna (Axia Investing) recebeu mal a notícia. “O Brasil está escalando a crise com os Estados Unidos, na tentativa de abrir negociação, mas Trump pode reagir com novas tarifas, normas ou sanções contra o Brasil, em vez de abrir um canal de diálogo.”


… A mesma avaliação tem Vitor Miziara, sócio da Performa Ideias, dizendo que a escalada por custar caro para a economia brasileira. O analista também espera por uma repercussão negativa no mercado financeiro, nesta sexta-feira.


HADDAD PROMETEU PARA HOJE – A outra expectativa do dia é o envio do Orçamento/2026 para o Congresso. O limite do prazo legal é 31 de agosto, no domingo, mas o ministro disse que encaminharia o PLOA nesta sexta-feira. Segundo ele, sem medidas adicionais de receita.


… O governo ainda depende da definição pelo Congresso de medidas importantes para fechar as contas no ano que vem, como a MP que busca compensar a perda de receita provocada pelas mudanças no decreto do IOF e o projeto que prevê corte de 10% nos benefícios fiscais.


… Até agora, conta com o aumento da alíquota do IOF e estima ganhos com leilões de petróleo, dividendos e transações tributárias.


… A MP é uma das principais apostas e pode adicionar cerca de R$ 20 bilhões à arrecadação em 2026, mas segue em negociação entre a equipe econômica e o Congresso. O texto recebeu quase 700 emendas, ou seja, sugestões de alteração apresentadas por parlamentares.


… A revogação da isenção de títulos, como as letras de crédito, é outro ponto em debate. A equipe econômica estima que a medida possa gerar R$ 2,6 bilhões em 2026, mas já admite possíveis alterações, como a manutenção da isenção para o Fiagro e o CRA.


… Já a estimativa de R$ 20 bilhões com a proposta de redução de benefícios fiscais ainda não tem uma proposta no Congresso.


… No âmbito das despesas, o governo também aguarda a ampliação do limite de gastos em R$ 12,4 bilhões no próximo ano, que depende da aprovação da PEC 66, já analisada pela Câmara e pendente de votação no Senado.


… O texto da PEC prevê que todas as despesas da União com precatórios e Requisições de Pequeno Valor ficarão fora do limite de gastos a partir de 2026, com redução automática no teto – uma espécie de recálculo da base do arcabouço fiscal.


… No PLDO, o governo trouxe uma previsão de R$ 37 bilhões de receitas com dividendos das estatais, valor que pode ser ampliado.


… No caso dos leilões de petróleo, a estimativa é de arrecadação de R$ 14,8 bilhões com a venda dos direitos da União sobre o petróleo do Pré-Sal, mas esse valor já foi incorporado à receita prevista para 2025 no último relatório bimestral.


… Relatório do TCU sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026 apontou “indícios de imprecisão” nas projeções do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), identificando superestimação de receitas e uso de premissas excessivamente otimistas.


… Segundo o Tribunal de Contas da União, a arrecadação de 2025 pode estar inflada e, a partir de 2027, os recursos previstos não cobrem sequer os mínimos constitucionais de saúde e educação, com despesas discricionárias negativas de até R$ 154,2 bilhões em 2029.


OTIMISMO… – O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse “o histórico joga a nosso favor”, que os questionamentos do TCU sobre as receitas são feitos desde 2023 e o governo “sempre cumpriu” os resultados fiscais.


… E REALIDADE – Mas economistas do mercado não têm tanta confiança e questionam se o cumprimento da meta em 2026 é viável.


… Para Felipe Salto (Warren), o governo só deve alcançar a meta de superávit de 0,25% do PIB com um forte contingenciamento. Ele considera a situação de 2026 “bastante complexa” e avalia que a meta fiscal terá de ser alterada em cerca de R$ 46,5 bilhões.


… A preocupação recai sobre a desaceleração da economia este ano e o crescimento dos gastos discricionários.


… Nos cálculos de Ítalo Franca (Santander), a projeção de 2,5% do governo para o PIB este ano está superestimada, contra 1,5% de sua projeção. Apesar de impulsos fiscais, ele alerta para os juros contracionistas, que já começam a se refletir na economia.


… Para Felipe Salto, o problema das despesas é antigo e só piora. “Trata-se da rigidez elevada, com crescimento real robusto de gastos obrigatórios e excesso de vinculações e indexações. A isso se somam as emendas parlamentares.”


FINTECHS NO ALVO – O governo Lula viu na Operação Carbono Oculto a oportunidade ideal para enquadrar as fintechs sem ter de recuar, como ocorreu em janeiro. No Estadão, há tempos a Febraban e a OCDE cobravam da Fazenda providências contra essas empresas.


… As fintechs não estão sob a supervisão do BC nem da Receita e têm sido usadas para lavar dinheiro do crime organizado e até de bets.


… A operação desta quinta-feira desmantelou um sofisticado esquema comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em uma rede de postos de combustível, em dez Estados. As ações utilizavam fintechs e, em quatro anos, a fraude movimentou R$ 52 bilhões.


… Desde 2023, o governo monitorava a atuação do crime organizado com o uso dessa estratégia.


… Em 29 de julho deste ano, a Febraban chegou a enviar um ofício ao secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, pedindo tratamento isonômico entre as instituições integrantes do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP) na prestação de informações.


… Em 4 de julho, 25 dias antes, a OCDE também havia mandado uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatando que os integrantes do Fórum Global tinham decidido incluir as fintechs no âmbito de “instituição financeira sujeita à declaração de informações”.


… “A partir de amanhã (sexta-feira, 29), a Receita Federal enquadra as fintechs como instituição financeira”, anunciou Haddad.


… Isso significa que elas terão de cumprir rigorosamente as mesmas obrigações dos grandes bancos, o que aumenta a fiscalização da Receita e a parceria da Receita com a PF para chegar aos sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro que o crime organizado tem utilizado.


… Em janeiro, a Receita chegou a editar uma instrução normativa sobre fiscalização de movimentações financeiras, incluindo o Pix e as fintechs. Após uma onda de notícias falsas, em vídeos postados pelo deputado Nikolas Ferreira (PL), o governo recuou.


… Nikolas dizia que o governo poderia vir a taxar o Pix.


… A MP 1303, com medidas para compensar o recuo no aumento do IOF, atinge as fintechs ao corrigir a “assimetria tributária”. Propõe extinguir a alíquota de 9% da CSLL, mantendo apenas as de 15% e 20%, que são as recolhidas por bancos e fintechs de maior porte.


… No Globo, Lauro Jardim informa que políticos do alto escalão, “todos mais à direita”, estão também na mira da Operação Carbono.


MAIS DÉFICIT – Na agenda doméstica, o BC divulga às 8h30 as contas do setor público consolidado de julho, com a mediana das estimativas (pesquisa Broadcast) indicando um déficit primário de R$ 63,25 bilhões, após saldo negativo de R$ 47,091 bilhões em junho.


… As estimativas, todas deficitárias, variam de R$ 71,2 bilhões a R$ 58 bilhões.


… O pagamento de precatórios da União, que levou o déficit do governo central a registrar o segundo pior desempenho para meses de julho em toda a série histórica, deve sustentar o aumento do déficit, segundo economistas consultados pela Agência Estado.


… Já às 9h30 e 11h, diretores do Banco Central fazem mais duas rodadas de reuniões com economistas do mercado em São Paulo, enquanto o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa de evento do Banco Central do Uruguai, em Montevideu (11h).


… Às 15h, o ministro Fernando Haddad e o economista francês Gabriel Zucman concedem entrevista conjunta para divulgação do estudo inédito “Retrato da Desigualdade e dos Tributos Pagos no Brasil”, em formato online, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Pasta.


… Já às 16h, é importante para as planilhas de inflação a bandeira tarifária de setembro, que será anunciada pela Aneel.


PCE – A medida de inflação preferida do Fed é o principal destaque da agenda nos Estados Unidos, com divulgação às 9h30. A expectativa é de leve alta de 0,3% em julho, tanto no índice cheio como no núcleo, após a desaceleração expressiva do PCE no período.


… Às 10h45, sai o PMI de agosto do ISM/Chicago e, às 11h, o Índice de Sentimento do Consumidor de Michigan, com as expectativas inflacionárias de um ano e cinco anos. Finalmente, às 14h, a Baker Hughes divulga os poços e plataformas de petróleo em operação no país.


… No Canadá, sai o PIB/2Tri (9h30) e na Alemanha, a preliminar do CPI de agosto (9h).


… No final da noite de sábado, saem os índices PMI de agosto na China.


LISA COOK – Justiça dos Estados Unidos realiza audiência do caso Lisa Cook hoje, às 11h, que pede à juíza para declarar “ilegal e nula” a ordem de demissão dada por Trump e afirmar que ela permanece como membro do conselho do Fed.


QUER O TOPO – Com ganho acumulado de 6% em agosto, o Ibov chega ao último pregão do mês cheio de vontade de estabelecer marca inédita de fechamento, após ter renovado ontem o pico histórico intraday (142.138,27 pontos).


… A esperança em corte antecipado da Selic (no início do ano que vem ou, na melhor hipótese, ainda em dezembro) renova o fôlego do índice à vista da bolsa doméstica, que nesta quinta engatou alta de 1,32%, aos 141.040,20 pontos.


… Um pouco melhor do que as médias recentes, o volume financeiro ficou em R$ 22,6 bilhões, no pregão agitado pelos sinais de competitividade da candidatura de Tarcísio ao Planalto na pesquisa do instituto AtlasIntel/Bloomberg.


… O governador paulista registrou 48,4% das intenções de voto, contra 46,6% do presidente Lula.


… Além disso, a notícia de que a Receita enquadrará as fintechs como instituições financeiras a partir de hoje, nos reflexos da megaoperação Carbono Oculto, deu start para um rali entre os papéis dos bancos, que subiram em bloco.


… Bradesco ON registrou valorização de 2,35% e fechou valendo R$ 14,38; Bradesco PN avançou 2,19%, a R$ 16,79, Itaú subiu 2,08%, para R$ 38,35; BB ganhou 2,04%, negociado a R$ 21,05, e Santander Unit, +1,51%, a R$ 28,18.


… Em outro desdobramento da operação deflagrada pela PF contra o crime organizado, as distribuidoras de combustível fora do esquema ilegal saltaram: Ultrapar (+8,08%), Vibra (+4,97%), Cosan (+2,51%) e Raízen (+2,83%).


… Operadores ouvidos pelo Broadcast apontam que estas companhias têm condições de recuperar até 15% de participação de mercado, diante do fim da concorrência desleal praticada pelo crime organizado dentro do setor.


… A impressão que fica é de o Ibovespa só não partiu ontem mesmo para novo recorde de fechamento, porque Vale segurou, diante da falta de consenso com o governo sobre a repactuação dos contratos de concessão ferroviária.


… Devolvendo a alta de 1% do melhor momento do dia, a ação da mineradora zerou quase tudo (+0,04%; R$ 55,40).


… A tentativa de acordo entre o governo federal e a Vale travou após um levantamento independente contratado pela ANTT revisar para cima os valores da renovação antecipada da concessão das ferrovias Carajás e Vitória-Minas.


… A informação apurada pelo Broadcast junto a fontes do governo é de que a companhia não aceitou a possibilidade de pagar mais que os R$ 17 bilhões acordados no início das tratativas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).


… Ainda entre as blue chips das commodities, um dia depois de ter concluído com sucesso o teste para permitir exploração de petróleo na Foz do Amazonas, Petrobras ON subiu 1,21%, a R$ 33,48, e PN ganhou 0,88%, a R$ 30,93.


… Lá fora, o petróleo Brent avançou 0,83%, a US$ 68,62. O impulso teve como gatilho os ataques da Rússia à Ucrânia e comentário do chanceler alemão, Friedrich Merz, de que está “óbvio” que Putin e Zelensky não vão se encontrar.


… Só cinco dos 84 papéis do Ibovespa fecharam no vermelho: Pão de Açúcar (-1,39%), Telefônica Brasil (-0,44%), Suzano (-0,28%), Petz (-0,26%) e BRF (-0,05%). A B3 divulgou que C&A entrou na carteira teórica e Petz saiu.


CURVA FECHA – De olho na corrida presidencial de 2026, os juros futuros domésticos passaram por forte ajuste em queda, especialmente entre os vencimentos mais longos, enquanto os curtos operaram engessados ontem.


… O recuo das taxas também encontrou apoio em leilão de prefixados do Tesouro com volume abaixo do esperado.


… Mas o fiscal impediu que o DI queimasse ainda mais prêmio, com o investidor constrangido pelo resultado do governo central. O déficit primário elevado de R$ 59,124 bi em julho foi pressionado pelo pagamento de precatórios.


… O resultado voltou ao negativo nos 12 meses até julho (-R$ 34,1 bilhões), após dois meses positivos consecutivos.


… Do lado das despesas, benefícios previdenciários como o BPC continuam a exercer pressão e reforçam a expectativa do Santander de um bloqueio adicional de R$ 5 bilhões em gastos na revisão bimestral de setembro.


… O DI Jan/29 caiu a 13,180% (de 13,240% no pregão anterior); Jan/31 recuou para 13,485% (de 13,615%); e Jan/33, a 13,660% (13,810%). Já o Jan/26, a 14,890% (de 14,895%), e Jan/27, a 13,970% (de 13,968%), pouco oscilaram.


… Na onda de revisões das expectativas de inflação abaixo de 5%, o Banco Inter reduziu sua projeção para o IPCA deste ano para 4,8% (de 5% anteriormente) e também ajustou em baixa a estimativa para 2026, de 4,3% para 4,2%.


… Citou a desaceleração da atividade econômica e o câmbio no patamar atual mais favorável.


… O que se nota, porém, é que o dólar tem encontrado piso informal no nível de R$ 5,40. Eventualmente, um PCE fraco hoje poderia servir de driver para a moeda americana furar este suporte. Mas existem outros riscos no radar.


… Além do fiscal, a chance de o governo Lula revidar o tarifaço de Trump pode fazer preço, em dia de briga da ptax e leilão de linha de até US$ 1 bilhão pelo BC, às 10h30, para rolagem do vencimento da próxima quarta-feira (dia 3).


… Ontem, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,20%, negociado a R$ 5,4064.


EMINÊNCIA PARDA – A ofensiva de Trump para exercer o seu poder e influência sobre o Fed, enquanto a demissão de Lisa Cook se arrasta pelos tribunais, acentuou ontem a queda do DXY, que fechou abaixo da linha dos 98 pontos.  


… O mercado financeiro continua amplamente precificado (85% na ferramenta de apostas do CME) para o início do ciclo de corte dos juros pelo BC americano em setembro e para uma redução acumulada de 50 pontos-base no ano.


… Durante evento na noite de ontem, Christopher Waller (que já votou por corte na última reunião) endossou seu apoio por uma flexibilização de 25 pontos em setembro para evitar a deterioração do mercado de trabalho.


… “Do meu ponto de vista hoje, espero cortes adicionais nos próximos três a seis meses”, disse.


… A inclinação cada vez mais dovish que o Fed tende a ganhar com os indicados de Trump se reflete no câmbio. O DXY caiu 0,43%, a 97,813 pontos. Ainda operou de olho na volta do PCE trimestral para 2% em ritmo anualizado.


… O euro avançou 0,37%, a US$ 1,1686, após a UE apresentar proposta de tarifa mais baixa aos Estados Unidos para desbloquear o imposto automotivo de 15%. A libra ficou estável (+0,09%), a US$ 1,3512, e o iene subiu a 146,92/US$.


… O indicativo mais recente do BC do Japão sugere que as condições caminham para aumento do juro em outubro.


… A interferência cada vez mais direta de Trump no Fed vinha se refletindo esta semana na inclinação da curva dos Treasuries, com queda nos rendimentos curtos e alta nos longos. Mas ontem o movimento se inverteu.


… Em realização de lucro, a taxa da Note de 2 anos subiu para 3,634% (de 3,616% no pregão da véspera), enquanto a de 10 anos caiu a 4,207% (de 4,235%) e a do T-Bond de 30 anos recuou para 4,878%, contra 4,913% no dia anterior.


… Ignorando a decepção com o balanço da Nvidia (-0,82%), o S&P 500 tocou a marca dos 6.500 pontos pela primeira vez na história e renovou seu recorde de todos os tempos, aos 6.501,86 pontos, com valorização de 0,32%.


… Também o Dow Jones estabeleceu novo pico de fechamento: 45.636,90 pontos, em leve alta de 0,16%. O Nasdaq exibiu ganho de 0,53%, aos 21.705,16 pontos, no dia em que o PCE desacelerou e o PIB/2Tri foi revisado em alta.


CIAS ABERTAS – XP elevou o preço-alvo da ação do ITAÚ de R$ 43 para R$ 45, mantendo recomendação de compra; corretora considera que banco pode entregar ROE acima de 25%.


LOCALIZA. Citi cortou preço-alvo para a ação de R$ 43 para R$ 41,50, reiterando recomendação de compra…


… Para o banco, incertezas sobre a revenda de carros continuam elevadas, com risco de deterioração do crédito e preços que ainda não refletem totalmente o impacto da tributação do IPI.


FERTILIZANTES HERINGER. Conselho de Administração aprovou o nome de Sergio Longhi Castanheiro para o cargo de diretor-presidente da companhia, substituindo Rodrigo Horta Dias.

Fabio Alves