Os próximos passos do decreto do IOF
XP Política
Mesmo com a aprovação agora há pouco da urgência para o PDL que susta o decreto do governo sobre o IOF, o Planalto deve ter pela frente duas semanas para tentar reorganizar sua articulação, já que as atividades do Congresso nos próximos quinze dias devem ser reduzidas por causa das festas de São João e do Fórum Jurídico de Lisboa. Assim, a tendência é que a análise do mérito do texto fique parada no período — o que abre espaço para tentativas de apaziguamento sem a pressão imediata do plenário.
Enquanto isso, a oposição deve tentar usar o momento criado pela aprovação da urgência para ampliar a pressão sobre o governo e abrir uma janela para a votação do mérito no retorno das atividades, caso a rearticulação do governo não surta efeito. Esse esforço deve se iniciar já amanhã pela manhã em reunião com Hugo Motta, mas o presidente da Câmara diz que não tem data definida para pautar o mérito da matéria.
Nesse esforço de distensionamento do Planalto, o dia foi marcado por uma rodada de conversas entre governo e Câmara.
A insatisfação da base se concentra no impasse das negociações sobre emendas, tanto pelo atraso no pagamento de recursos impositivos quanto pelo despacho recente do ministro do STF Flávio Dino, que cobrou explicações sobre verbas supostamente camufladas em dotações discricionárias.
No encontro, os ministros escutaram as reclamações dos parlamentares, mas não fixaram uma data para a liberação dos recursos. De acordo com relatos, foi apenas sinalizado que o governo pretende atender parte das demandas nas próximas semanas.
Comentários
Postar um comentário