🏦 *MERCADOS INSTÁVEIS*
Os mercados globais continuam instáveis com o protecionismo de Trump, que ameaça tarifar em 250% os laticínios canadenses. Nos EUA, há receios de recessão, enquanto o Brasil tenta evitar tarifas sobre o aço. A inflação nos EUA e no Brasil segue no radar, testando o rumo da Selic. Lula busca recuperar apoio popular e nomeia Gleisi Hoffmann para articulação política, indicando afastamento do Centrão. No evento do MST, cogitou medidas contra a inflação dos alimentos, gerando temores de intervenção no mercado. A popularidade do presidente cai, e pesquisas indicam empate com Tarcísio em 2026. O governo prepara MPs para crédito consignado e FGTS, injetando recursos na economia. Há ainda discussões sobre redução de tarifas de energia e combustíveis. Haddad atribui dificuldades fiscais à pressão política de grupos empresariais.
*INDICADORES* - O IBGE divulgará indicadores econômicos ao longo da semana, incluindo o IPCA de fevereiro (4ªF), produção industrial (3ªF), volume de serviços (5ªF) e vendas no varejo (6ªF). A produção industrial deve crescer 0,4% em janeiro, após três meses de queda. A Fazenda projeta um PIB de 2,3% em 2024, mas economistas preveem 2,01%. O PIB do 4º trimestre desacelerou para 0,2%, abaixo da expectativa de 0,4%, com destaque para a queda de 1% no consumo das famílias. A possível redução da Selic animou o mercado. Simone Tebet aposta no agro como impulsionador da economia, mas o efeito deve ser limitado ao 1º trimestre. Além do IPCA, a semana trará outros índices de inflação e dados fiscais.
*DOMÉSTICO* - O Ibovespa fechou em alta de 1,36%, aos 125.034 pontos, impulsionado pela valorização das commodities e pelo PIB do 4º trimestre abaixo do esperado, que reduz a pressão por alta da Selic. Vale, Petrobras e bancos puxaram os ganhos, com destaque para Brava (+10,82%) e Magazine Luiza (+10,55%). A curva de juros precificou taxas abaixo de 15%. O PIB cresceu 0,2% no 4º tri, levando a revisões para baixo nas projeções de crescimento para 2025, com Goldman Sachs prevendo 1,7%. O déficit comercial de US$ 323,7 milhões foi atribuído à compra de uma plataforma de petróleo. O dólar subiu para R$ 5,79 (+0,53%). Investidores seguem cautelosos com possíveis medidas populistas do governo, temendo impacto fiscal.
*RECEIOS* - Os dados fracos do payroll nos EUA (+155 mil empregos em fevereiro) aumentaram temores de recessão, levando o JP Morgan a elevar essa chance para 40% e o Goldman Sachs para 20%. Wall Street reagiu positivamente após declarações de Powell, que afirmou que a economia está "em bom lugar" e que o Fed não tem pressa para mudar os juros. O mercado segue dividido entre cortes em maio ou junho. Nos Treasuries, os rendimentos subiram, enquanto o dólar reduziu perdas. O petróleo avançou após a Rússia se mostrar disposta a negociar um cessar-fogo na Ucrânia.
Comentários
Postar um comentário