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CPI DA COVID NO CENTRO DOS DEBATES

  No Brasil, a CPI da Covid no centro das atenções, com o bombástico depoimento de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação. O que ele dirá? Comprometerá o governo, mais ainda, o ex-ministro Pazuello, chamando-o de incompetente pelas negociações com a Pfizer? Nos EUA, atenção para o CPI, importante para o balizamento de juro do Fed. Estimativas de mercado apontavam alta de 0,2% em abril e 3,6% na taxa anualizada, contra a base fraca do ano anterior. No núcleo, 0,3% no mês e 2,3% na comparação anual.  Aguardemos como o Fed deve reagir, dado o intenso fluxo de recursos para os emergentes e que uma mudança de postura de Jerome Powell tudo pode alterar.  No Brasil, como "pano de fundo", as várias operações de IPOs das empresas, visando se "capitalizar" para o pós pandemia, o aumento nos ingressos externos e no comercial, o superávit da balança causado pelo grande volume de exportações agrícolas para a China. E viva o super ciclo das commodities!  Decorrente disso,...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 120521 MAIS SOBRE A ATA DO COPOM

Os mercados continuam operando em torno da trajetória das commodities, com especial atenção para a soja e o minério de ferro no Brasil, e seus possíveis impactos inflacionários. Isso parece ser preocupação no mundo, também no Brasil, sendo que por aqui o BACEN já está agindo, correndo atrás da curva. Nos EUA, no entanto, o debate segue intenso, com o Fed ainda achando faltar muito para o início do ciclo de aperto monetário, já que, na leitura deles, o desemprego ainda é elevado (em torno de 6,1% da PEA) e as pressões inflacionárias, ainda transitórias. Nesta quarta-feira sai o CPI, na quinta, o PPI. Por aqui, o BACEN segue atento. Na ata do Copom, divulgada ontem, o board do banco deixou transparecer que o ciclo de ajustes da Selic, neste ano, deve terminar antes de chegar ao patamar neutro, em torno de 6,5%. Este seria aquele que não desestimula a economia, e mantém a inflação sob controle. Teremos um ajuste de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom, em junho, a 4,25%, out...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 11/05/2021 - DIA DE ATA DO COPOM

Iniciamos esta terça-feira atentos ao que será dito na ata do Copom, embora já pareça consenso a estratégia de “ajustes parciais” do Banco Central, pelo menos até a Selic atingir 5,5% e depois se “aguardar como a atividade econômica deve transcorrer, assim como o ciclo de vacinações”. Sobre a pandemia, há um certo desconforto no ar, pois não conseguimos ainda sair das 750 mil aplicações diárias de vacina. No balanço do dia 10 são 889 óbitos diários, acumulando 423 mil até o momento. A média de novos casos segue estabilizada, mas hoje o total foi muito influenciado pelo Paraná. São 25.200 novos casos e 13,5 milhões de recuperados. Como dito acima, na vacinação não estamos bem. Estacionamos em 750 mil doses diárias, e deveríamos estar no dobro disso. A China está vacinando mais de 7 milhões por dia, a Índia e os EUA 2 milhões e a Alemanha 800 mil. Israel já terminou o ciclo de vacinações e ao que parece, retorna a vida normal, mesmo que num novo olhar, pela ausência de mortes e novos...

TERÇA-FEIRA NO MERCADO

Nos EUA, a inflação continua no radar dos investidores, no Brasil o câmbio segue “derretendo”, dado o carry trade em curso e o ingresso de recursos externos, devido às concessões, fusões e exportações de agronegócio. Por outro lado, seguem as incertezas fiscais e os ruídos políticos. Nesta terça-feira, atenção para a ata do Copom e o IPCA. O IPCA deve registrar algo em torno de 0,3% a 0,4%, num ritmo de desaceleração, mas em 12 meses ainda muito elevado. Sobre a ata, o segredo será saber o que o Bacen deve decidir da sua “normalização parcial” da taxa Selic, quando boa parte do mercado esperava que a expressão fosse retirada na reunião do dia 5. O Copom de junho deve registrar mais um ajuste de 0,75 ponto percentual, a 4,25%, depois mais um, de 0,75 p.p., e outro, de 0,5 p.p., até a Selic fechar o ano em 5,5%. Na 2ª feira, em NY havia uma releitura do payroll (266 mil), considerando que os números fracos podem ter sido distorcidos pelo auxílio garantido pelo pacote fiscal de Biden,...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 07/05/21 - MAIS DO MESMO

Parece que a quinta-feira repetiu o restante da semana, com o mercado atento ao que seria dito pelos ministros da Saúde convocados, neste caso, o médico cardiologista e atual ministro Marcelo Queiroga na CPI da Covid 19, e mais sobre a “precificação”, ou absorção pelo mercado, do que foi decidido na reunião do Copom de quarta-feira.  Nada de grandes novidades. Sobre a CPI, novamente, não trouxe grandes revelações e manteve percepção de que a CPI ainda carece de maior embasamento técnico na área de saúde e infectologia. Os senadores envolvidos pouco sabem sobre medicina. O depoimento do ministro Queiroga consolidou um braço que será central para estratégia do grupo majoritário da CPI, capitaneado por Renan Calheiros: a tese de que o Planalto, por iniciativa pessoal do presidente Bolsonaro, montou uma espécie de "gabinete paralelo", visando passar por cima do ministério da Saúde.  Segundo um membro da CPI o “3º dia de CPI está encerrado. Ficou claro um roteiro trágico e repetit...

MERCADOS EM MAIO

Chegamos ao segundo relatório sobre as perspectivas dos mercados em maio. A análise "top down", de "cima para baixo" ("top down approach”), segue como ferramental recomendada, pois permite aos investidores um olhar, primeiro, do ambiente macroeconômico como um todo (doméstico e global), depois, mais de setores e empresas. Neste, é possível observar as oportunidades, a serem "garimpadas", no mercado de capitais.   De antemão, consideramos MAIO, no mercado de capitais brasileiro, mais um mês desafiante, o que deve demandar uma postura mais CONSERVADORA dos investidores na alocação de recursos. De antemão, dependendo do ritmo das vacinações, achamos que os lockdowns localizados devem começar a se afrouxar, até pouco estaremos diante da redução do número de óbitos. Isso, no entanto, não deve afastar o fato de que teremos ainda um período de transição em que todo o cuidado será necessário. O tripé isolamento social, uso de máscara e álcool gel, continuará...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 04/05/2021 - AMBIENTE É DE CAUTELA

A semana teve início com os mercados “meio de lado”, cautelosos sobre uma série de eventos em curso. Por aqui, a reunião do Copom e a CPI da Covid capitalizam as atenções, enquanto que nos EUA, o debate se desloca para os custos inflacionários dos pacotes anunciados pelo presidente Biden e os indicadores, em divulgação, alguns melhores do que outros. Nesta segunda-feira (03), as bolsas de valores de NY operaram tímidas e o dólar perdeu um pouco de terreno, diante da divulgação do PMI Industrial de abril, dos Gerentes de Compra (MSI), que acabou aquém do esperado. Passou de 64,7 para 60,7 pontos, quando o mercado esperava expansão. Por outro lado, o PMI Industrial do IHS Markit veio em suave expansão, passando de 59,1 para 60,5 pontos, mas abaixo das expectativas do mercado (60,6). A interpretar estes dados a “limitação de oferta”, e não problemas com a demanda. Não há esta certeza. A economia norte-americana ainda mostra alguns “pontos vacilantes”, diante dos riscos da pandemia e d...